Kaique.Nunes 25/03/2019
Em A Ordem do Tempo, o físico e cosmologista italiano Carlo Rovelli explora o tempo em toda sua complexidade, mostrando que apesar de ser um conceito tão intuitivo, do qual nos referimos no dia a dia, na verdade é algo que mesmo com toda a história da humanidade, com toda o debate filosófico e desenvolvimento científico, nós ainda não temos uma resposta definitiva sobre o que é o tempo.
O tempo parece ser contínuo, universal e com uma direção, se desdobrando do passado ao presente até o futuro. Porém, pela nossa intuição a Terra parece ser plana, mas é esférica e o Sol parece se mover no céu, no entanto somos nós que nos movemos. Da mesma maneira o autor sugere que com a física quântica, junto com a interpretação relacional que o autor tem dela, o próprio tempo pode não ser o que achávamos que era. Ou até mais extravagante do que isso, pode ser que o tempo nem exista em escalas muito pequenas. Que o tempo não seja algo fundamental na realidade, apenas um subproduto do calor, e essa é a chamada teoria do tempo térmico, defendida pelo autor.
Por que nos lembramos do passado e não do futuro? O que significa o “fluxo” do tempo? Nós existimos no tempo ou o tempo existe dentro de nós? Se ele não é algo fundamental da realidade, o que faz com que percebamos algo no qual nos referimos como tempo? Talvez Nell, na série A Maldição da Residência Hill, esteja muito mais próxima da realidade quando disse aos seus irmãos: “Eu pensei que o tempo era como uma linha, que nossos momentos eram como dominó. Um caía em cima do outro, e assim por diante, em uma longa fileira entre o começo e o fim. Mas eu estava errada. Os momentos caem a nossa volta como chuva, ou neve”.
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