Resenhas - Pequenos Incêndios Por Toda Parte

Aione 04/07/2020

Pequenos Incêndios Por Toda Parte é o segundo romance de Celeste Ng, e que, além de escolhido para o Clube de Leitura de Reese Whiterspoon, foi também adaptado como série de TV pela produtora da atriz, que o estrela em um dos papéis principais.

A chegada de Mia Warren e sua filha, Pearl, a Shaker Heights causa abalos. A cidade extremamente organizada — de suas estruturas ao estilo de vida de cada cidadão — tem dificuldades de lidar com a liberdade das novas moradoras, que causam encantamento aos filhos de Elena Richardson. Elena, defensora ferrenha do controle e planejamento, fica incomodada com um estilo de vida tão diferente do que ela leva. Quando o equilíbrio da comunidade parece estar ameaçado, os segredos do passado de Mia correm o risco de virem à tona.

Pequenos Incêndios Por Toda Parte se inicia com a informação de que houve um incêndio intencional na casa de Elena Richardson. A partir disso, retrocedemos alguns meses no tempo para compreender os acontecimentos que culminaram nesse evento. Em terceira pessoa, a narrativa é objetiva e um tanto quanto distante das personagens, mesmo que revele seus pensamentos e impressões. Esse distanciamento é usado de maneira a proporcionar uma tentativa de imparcialidade, na qual os fatos e situações são expostos sem um julgamento crítico. Essa avaliação é tarefa do leitor, que precisa tirar as próprias conclusões sobre o que é demonstrado. As situações abordadas, no geral, não têm respostas corretas: elas variam de acordo com a perspectiva assumida.

Outra característica da narrativa é que ela se desenvolve de forma tranquila, dando uma falsa impressão de que nada acontece na história. Se você espera de Pequenos Incêndios Por Toda Parte grandes emoções ou um suspense repleto de adrenalina, suas chances de se decepcionar são grandes. A tensão é construída aos poucos — como pequenos focos de incêndios que, juntos, culminam em uma explosão final. Da mesma maneira que Shaker Heights exibe uma aparência de superficialidade e calmaria, mas esconde seus próprios segredos sórdidos, assim é a narrativa.

O tema central desse romance de Celeste Ng é a maternidade. Ela é exercida e apresentada em situações diversas, demonstrando não apenas as dificuldades que pode assumir, mas as diferentes formas em que pode se dar. Há a perspectiva de mães sobre seus filhos, de filhos sobre suas mães e, no meio disso, como essa relação pode ser complicada, já que há uma troca mútua e constante de incompreensões, expectativas e frustrações. Há, também, a relação entre maternidade e individualidade, mostrando que os relacionamentos de mães e filhos são únicos porque, em primeiro lugar, as mulheres que assumem o papel da maternidade também são únicas — e existem individualmente antes de existirem como mãe.

A arte é também um elemento importante da história, uma vez que Mia é uma artista. Com isso, o final de Pequenos Incêndios Por Toda Parte se fez ainda mais intenso, resultante da tensão crescente da história com o papel que a arte tem de revelar e representar o que há de mais humano em cada um de nós. Apesar de ter feito uma leitura tranquila no todo, finalizei o livro de Celeste Ng sentindo a força de um soco no estômago, refletindo sobre tudo aquilo que eu havia lido. Em relação à série de TV, disponível atualmente no catálogo da Amazon Prime, ela retrata com fidelidade a obra original, mas incorpora outros elementos próprios, capazes de intensificar os temas debatidos no livro. Na série, a tensão e os conflitos são mais aparentes, assim como senti uma maior humanização das personagens. No geral, considerei uma excelente adaptação e a acho tão boa quanto a obra original.

site: https://www.minhavidaliteraria.com.br/2020/06/26/resenha-pequenos-incendios-por-toda-parte-celeste-ng/

Juliete Marçal 30/05/2020

Às vezes é preciso queimar tudo e recomeçar.
A história se passa no mundo ordenado de Shaker Heights, um bairro de Ohio, onde tudo nesse bairro beira à perfeição e que foi perfeitamente planejado.

Logo no início, a história começa com um incêndio que tomou conta da casa da família Richardson. A partir daí, voltamos ao passado para entender como surgiram as primeiras faíscas que desestabilizaram as estruturas dessa comunidade perfeita.

"Era mesmo necessário atear fogo ao velho para abrir espaço para o novo?"

A família Richardson é composta por Elena Richardson que tem "uma tendência a superação e uma grande intolerância por defeitos", o marido Bill Richardson e os quatro filhos adolescentes: Lexie, Trip, Moody e Izzy. Eles tem os seus destinos cruzados com a chegada da nova moradoradora Mia que aluga uma de suas casas para morar. Mia Warren é fotográfa e pecorre o país com sua filha única, Pearl, sempre numa nova cidade e numa nova casa.

"Uma cidade, um projeto, então era hora de seguir a diante."

A mistura desses dois mundos diferentes e o incêndio na casa dos Richardson só provam que existem muitos segredos, dores e desavenças não revelados, escondidos por baixo de tanta "perfeição".

"Lindo e perfeito por fora, independente do caos que fosse por dentro."

O livro é mais sobre dramas familiares do que um suspense com plot twists. O foco principal da autora foi abordar as relações familiares e sociais, tratando de questões como a maternidade, a sexualidade, o aborto, a adoção, as diferenças sociais, o preconceito e o racismo. Assim, como também, me fez refletir sobre julgamentos, em como muitas vezes julgamos as pessoas sem conhecer mais profundamente a sua história, em como nos vemos e enxergamos os outros e sobre recomeços.

"Porém, não havia muitas crianças negras na orquestra, e quando os pais dela iam assistir aos concertos, sentavam-se na última fileira, sozinhos."

O que também me chamou a atenção foi a construção dos personagens, que me levou a criar antipatia pela personalidade superficial, o egoísmo e o ar de superioridade disfarçados de bondade e caridade de alguns deles. No entanto, durante a leitura, em determinados momentos eu passei a enxergá-los de outro forma, menos contrária à impressão inicial e tentar compreender (apesar de às vezes não concordar) as suas atitudes. Ou seja, a autora conseguiu humanizá-los, sendo possível vê-los através de seus dramas. A simbologia de tudo dentro do enredo também é algo interessante de se notar.

"Acho que na maioria das vezes, todo mundo merece uma chance. Todos nós fazemos coisas de que nos arrependemos de vez em quando. Você só tem que carregá-las consigo."

Gostei da leitura desse livro apesar de ter algumas ressalvas, e tenho que ressaltar que a narrativaa te prende no início, fica arrastada em determinada parte, - por ter descrições demais, fazendo com que fique cansativa -, porém, depois pega o ritmo de novo. Preciso também dizer, que ao longo da leitura o leitor recebe diversos pequenos tapas e o final do livro deixou algumas pontas soltas, na verdade, me deixou com a sensação de querer saber mais, principalmente sobre o que aconteceria com Izzy. Por último, eu espero que na série as questões abordadas no livro sejam retratadas de forma mais evidente e as personalidades dos personagens estejam também de acordo com o livro.

"Às vezes é preciso queimar. Depois de queimar, o solo fica mais rico e coisas novas podem crescer ali. As pessoas também são assim, sabe? Elas recomeçam. Dão um jeito."

^^

Victoria (Vic) 12/01/2022

uma bela surpresa
achei que não ia gostar pelo tanto de coisas ruins que já ouvi do livro. eu mesma tentei ler há uns 2 ou 3 anos mas não passei do segundo capítulo. agora decidi dar outra chance pois tinha uma forte impressão de que é o tipo de narrativa e enredo que me agradam; não me decepcionei!

primeiro é importante alinhar expectativas: esse livro NÃO é sobre incêndios (pelo menos não os literais) e muito menos uma investigação sobre quem os cometeu (aliás, isso seria uma ótima premissa para um thriller, eu amaria!). o livro é um drama familiar em um subúrbio americano que envolve questões de raça, sexualidade, maternidade, prisões nas quais a sociedade/família nos coloca e as quais colocamos em nós mesmos.

eu amooooo um bom drama misterioso em subúrbio com a CARA ESTAMPADA da reese whiterspoon, é TUDO pra mim (olá, liane moriarty!) então é um tipo de livro que eu gosto! com segredos, personagens interessantes, fofoca, famílias ricas, adolescentes em crise.
a narrativa pode ser considerada mais lenta, celeste ng toma tempo em descrever o local perfeito com as pessoas aparentemente perfeitas. então entendo que algumas pessoas podem não gostar por ser um livro mais introspectivo sem muita ação. porém, discordo que a história demore a começar, pois ela começa na primeira página! a primeira frase já diz muito! o livro não é sobre x ou y e sim sobre TUDO AQUILO que está sendo dito e não dito.

comecei gostando mais de elena, me identificando mais com a estabilidade, as regras, a família grande em uma casa, a vida "tradicional" e estranhando o modo nômade que mia vivia. terminei o livro com impressões completamente opostas e maior sensibilidade para analisar as nuances dessas personagens.

me peguei refletindo MUITO sobre a questão judicial da bebezinha. em que lado estou? o que a bebê merece? o que é o certo? um dilema moral tão interessante que poderia inspirar infinitas discussões.

fico animada em assistir a série, pois o livro traz tantas possibilidades, narrativas e personagens deliciosos que eu PRECISO consumir mais essa história. aliás, destaque para o dia do palito! cena divertidíssima parecendo criada para a televisão, eu amei.

recomendadíssimo para quem gosta desse tipo de leitura! tipo de livro que me faz esquecer de tudo e me sentir habitante da pequena cidade perfeita com seus pequenos incêndios por toda a parte.

4,5 estrelas (tiro meia estrela porque achei que no final teve muita coisa não dita. e eu estava desesperada para que houvessem algumas necessárias conversas!!)

Cami @leiturizar 04/08/2022

Esperava mais, bem mais, muito mais
Assim que soube que esse livro ganharia adaptação pela Reese Witherspoon pensei que precisava ler o quanto antes pra poder comparar com a série e dizer: "no livro não é assim." Sou dessas que ficam criticando as adaptações. Pois é.

Então imaginem que eu estava com boas expectativas sobre ele, afinal, virou uma série! Embora tenha visto resenhas negativas sobre ele eu pensei: virou uma série! Vai ser bom!

O livro começa agitado já com a casa incendiada e depois ele volta no tempo, mas você não sabe exatamente há quanto tempo atrás, se foram dias, meses ou anos. As coisas começam a acontecer e você fica se perguntando se é um suspense ou um drama familiar porque até quase metade da história você não consegue ligar os fatos, fica tudo muito confuso. Sem falar na escassez de diálogos e um diálogo ligado a uma mudança de cenário, ou seja, completamente perdida.

No meio para o final o livro dá uma guinada interessante, principalmente sobre a batalha na justiça sobre a guarda de Mirabelle, entre outras coisas interessantes que acontecem. O tempo todo fiquei tentando entender o que fez Mia e Pearl irem embora de Shaker mesmo depois de Mia ter prometido que aquele seria o lar delas.

Agora o final me deixou frustrada, principalmente por ser um final aberto. Finais abertos me incomodam profundamente. Fiquei com a sensação de que tiraram um doce da minha boca. E aí o que aconteceu com Izzy? Entre outras perguntas rodearam minha mente. Por quê? Como assim? Não faz sentido!!

O livro fala sobre a maternidade em muitos aspectos e o respeito dos filhos pelas mães. Além disso, fala também sobre os perigos da perfeição. Um tema bem importante, principalmente nos dias de hoje, mas achei que faltou algo mais para incrementar a história. Enfim, agora vamos assistir a série.

laxxal 10/12/2021

Pequenos incêndios por toda parte explora o drama vivido por duas famílias totalmente opostas, a de Mia que é uma mãe solteira que sempre criou sua filha sozinha, sem estabilidade e vivendo como nômade pelo país e a de Elena que é muito bem sucedida com um marido e quatro filhos vivendo a vida toda no mesmo bairro, elas acabam se tornando muito próximas depois de Mia alugar uma casa de Elena e suas filhas começarem a frequentar diariamente as duas casas.

O drama das famílias que vai se desenvolvendo se torna maior do que o plot do livro, onde a troca entre os mundos opostos é muito interessante, vários temas importantes são discutidos por eles evidenciando diversas questões sociais e culturais da sociedade. Realmente acontecem pequenos incêndios por toda parte na vida dessas famílias.

Esse é o segundo livro que leio da autora e eu sou completamente apaixonado pela forma que ela escreve, é tudo contado de forma calma, como se não tivessem coisas intensas se desenvolvendo, além de que ela explica tudo, a história sempre volta no tempo para detalhar os acontecimentos e dar contexto, assim, criando bastante imersão no texto. Os capítulos também são narrados por vários personagens, te fazendo ter que prestar ainda mais atenção para não se perder.

4 estrelas porque o final poderia ter sido melhor.
POR FAVOR, se alguém conhece algum livro nesse mesmo estilo com um drama familiar bem desenvolvido, me recomende pfv

Michela Wakami 04/02/2023

Incendiou foi minha cabeça.
Livro problemático, cheio de personagens chatos e egoístas.
Perdi meu tempo é minha paciência lendo esse livro.

girlbetweenbooksandcoffee 27/06/2021

RESENHANDO 'PEQUENOS INCÊNDIOS POR TODA PARTE'.
Esse foi o livro do mês do @alimentandomemoriasliterarias (clube de leitura maravilhoooooso, aproveitando o ensejo), e ele foi muito panfletado. Ganhou com folga para ser o livro de junho, e as expectativas estavam nas alturas.

Mas a verdade, meu caro, é que ele é apenas um livro 'OK'. Apesar de ser um livro cuja escrita é muito fluida, a história narrada é apenas uma sucessão de 'causos' vividos por personagens perfeitos, lutando para manter sua vida perfeita, numa comunidade perfeita, e que não aceita nada que for diferente. Nada de novo sob o sol, não é mesmo?

Fiquei sentindo falta de um final para os personagens. Não houve desfecho, apenas alguns incidentes jogados para chocar, mas, ainda assim, não chocam.

Um livro apenas morno. Para mim, não valeu o hype.

site: www.instagram.com/pequenasmemoriasliterarias

Joanna Kod'S 26/04/2021

Comunidades perfeitas e famílias desfuncionais
Pequenos incêndios por todas as partes conta sobre o choque cultural entre duas mulheres e seus estilos de vida.
De um lado a desapegada, rebelde e atenciosa Mia Warren e dou outro a elegante e brilhante Elena Richardson.
O mais interessante sobre Pequenos Incêndios por Todas as Partes é a forma como a autora consegue levar a história levantando vários focos (de incêndio) pela trama. Não é como se houvesse uma trama linear e única, mas sim muitas coisas que influenciam para o clímax.
Porém, eu sinto que o livro poderia ser melhor.
É como se a história apenas começasse próximo a página 100 e poucos, o que é péssimo para um livro de 416 páginas.
No fim, Little Fores Everywhere é um livro com uma levada bem natural, mas bastante lento e que pode se tornar cansativo.
@Joan_KodS

Aline 02/08/2021

Quase 5 estrelas
Esse livro me prendeu de uma forma absurda, uma fofoca atrás da outra, com reviravoltas e revelações importantíssimas.

Cada personagem era bem desenvolvido, sem nenhum foco principal.

Não mereceu 5 estrelas porque queria que falassem mais sobre os Ryan e como seguiu a vida de Mia, Pearl e Izzy depois de tudo.

Precisava de um capítulo extra ou um segundo livro.

Eu necessito de mais!!!!!!

amandavsc 25/05/2021

Livro muito bem escrito, alguns personagens são bem desenvolvidos e outros não, a história é interessante mas nem tanto, em alguns pontos achei cansativo, enfim... foi uma leitura ok, mas esquecível.

Rocky Noboa 28/01/2021

Ai esse final...
Quando eu leio um livro com final em aberto eu sinto um gosto meio amargo na boca. Tudo bem algumas histórias terem finais em aberto, em algumas funciona, ok. Mas quando você termina o livro e a história não entrega a resolução da própria trama que ele aborda, me deixa bastante frustrado. A história me prendeu demais, os personagens são muito bons, a escrita da Celeste é excelente, mas o final deixou a desejar, na minha opinião. Não é um livro ruim, acho que apenas esperava um final diferente. Na verdade, esperava um final kkk. É como se fosse a primeira parte de uma duologia e eu estivesse aqui esperando a continuação ser lançada. O que provavelmente não vai acontecer.
Não sei se recomendo ou não, escrevendo essa resenha nem sei ao certo qual nota dar, vou ter que pensar por alguns dias, mas é um livro que muita gente gosta, então, pode ser que para muitos esse detalhe que eu citei não faça tanta diferença na experiência como um todo.

giheiden 12/05/2020

Celeste Ng escreve como ninguém e sabe como te envolver antes do primeiro capítulo terminar. Eu amei esse livro e fiquei encarando o nada, super chocada quando acabou. Recomendo muito!

Luhran 17/05/2020

Incendeiem
??Nota: este livro faz abordagem de abandono, depressão pós-parto e aborto.

Shaker Heights foi planejada em 1912 e desde então vem abrigando famílias tradicionais (impregnadas de racismo velado) com custos de vida altos e conforto diário. Com seus próprios carros, casas enormes e diplomas no currículo, a família Richardson é uma dessas bem-aventuradas após Elena herdar a casa de seus pais na rua Winslow.

Mas no atual presente, seus filhos Trip, Lexie e Moody estão assistindo a sua casa pegar fogo. Enquanto o Sr. Richardson e sua esposa comtemplam a chegada do corpo de bombeiros. Tudo estaria muito ?bem?, se não houvesse uma filha faltando no gramado chamuscado.

Izzy é uma garota com personalidade única, que desafia todos os princípios simplórios de sua família. Sendo a mais nova de quatro irmãos, Elena meio que deixou o amor maternal de lado após anos criando seus outros filhos. O que acabou por deixar Izzy com uma voz mais ativa e seguir seus próprios ideais.

Além da garota mais nova dos Richardson´s, é a pequena família de Mia, composta por ela e sua filha Pearl, que não está presente em frente a luz acesa pelo fogo na rua Winslow. Inquilinas de Elena no pequeno duplex em sua outra casa de dois andares, as mulheres sempre mudam de cidade em cidade para seguir a aspiração de Mia e seu trabalho. O que não imaginariam, é que se envolveriam numa teia de aranha enorme e num drama familiar de tirar o fôlego.

Pequenos incêndios por toda parte é realmente um alastramento enorme de ínfimos problemas não resolvidos que se encaminharam para outros de proporções gigantescas. Narrado em terceira pessoa, o livro de Celeste Ng contará tudo que desencadeou o incêndio mais insignificante deste livro: o da casa dos Richardson´s.

Este livro me causou um desconforto enorme por eu não conseguir tomar uma posição ou opinião sobre as atitudes de uns personagens durante a leitura. Foi a primeira vez que ao ler algo, e me imaginar na pele do personagem, que eu me senti desnorteado e confuso sobre qual caminho escolher.

Um drama familiar incrível, totalmente intrigante, cheio de plots de acelerar qualquer coração. Só ficaria melhor e mais rápido de ser lido, se os capítulos fossem menores.

A escrita da autora é de uma precisão apaixonante, as descrições de fotografias e cenários foram perfeitas. Preciso alertar que qualquer informação a mais, poderia estragar a experiência do leitor, mas se atentem a nota lá em cima.

Bru 19/07/2020

sinônimo de fogo no parquinho
amei o título e essa idéia de pequenas faíscas abordada, tanto na questão de problemas familiares quanto na abordagem de temas como sexualidade, racismo, machismo e outros assuntos polêmicos.

o que me decepcionou mesmo foi apenas o final, ficou meio confuso e deixou umas pontas soltas (espero realmente que tenha continuação )

Karol 29/05/2020

Eu achei a narrativa interessante, e a forma com que a gente fica preso na história sem um mistério tão grande pra ser revelado, mas senti que o final me deixou com uma ponta solta. Fiquei com um pouco de raiva e um sentimentozinho de que Mia e Pearl foram injustiçadas, mas não sei se "vingadas". Alguém mais sentiu isso?