spoiler visualizarMatheus.Correa 24/03/2024
Não tão bom quanto o primeiro, mas interessante
A Nuvem é o segundo livro de uma série, sucessor de O Ceifador, não tem o mesmo carisma, mas têm uma expansão de universo que enriquece ainda mais esse mundo. Uma distopia utópica, onde pessoas não passam fome, não há guerras e a morte não é mais uma certeza para humanidade, existe um grupo chamado a Ceifa, que de maneira autônoma, coleta pessoas, para que o mundo não tenha gente demais.
A Nuvem, nos apresenta alguns personagens e resgata outros, o que ao meu ver é interessante, tendo força em Anastasia e Marie Curie, mas tendo uma mansidão que me irritou em pontos, principalmente os referentes ao ceifador Faraday. Rowan, com uma nova roupagem me chamou a atenção, mas assim como o ranger prata perde suas forças quando se torna do bem, Rowan é a andorinha que chama atenção apenas no começo, se tornando uma caricatura de personagem que fala mais do que faz. Me incomodou algumas falas e a facilidade em se perder. Um personagem que se autoentitula Lúcifer era para ser mais, bem mais.
O livro é bom, riquíssimo em frases de cunho filosófico ditas pela Nimbo Cúmulo, a inteligência artificial que salvou a humanidade, mas assim como tampar o sol com a peneira, não posso dizer sobre a presunção do autor em achar que um personagem revivido tem carisma o suficiente para ser um antagonista com força afim de nós fazer roer as unhas, é apenas reciclagem da reciclagem.
A Nuvem não é tão bom quanto o primeiro, mas tem um gancho final que faz com que o leitor pegue o quanto antes o terceiro, essa ansiedade é graças a uma narrativa cheia de eloquência e urgência, méritos do autor quanto a isso. Lerei o terceiro com toda certeza.