Dentes de Dragão

Dentes de Dragão Michael Crichton




Resenhas - Dentes de Dragão


124 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Gabriel.Chiquito 14/03/2022

Um livro que mais parece um filme
Achei o começo meio ruim, mas me surpreendi no decorrer da história; acho que interpretei errado o conceito do livro no início. Ele mescla o bang bang de faroeste com paleontologia de uma forma que faz com que se pareça mais com um filme do que com um livro.

As passagens são rápidas, os capítulos curtos, e a história vai se passando de um jeito que não se pensa muito sobre. Justamente a experiência que tenho com filmes, e acho que não é estranho vindo de um livro do autor que escreveu Jurassic Park.

É uma leitura muito fácil e rápida, ótima pra matar o tempo e com um tema muito interessante. Gostei e recomendo.
Alice.Beatriz 14/03/2022minha estante
Nossa simmmm, nunca tinha lido ficção histórica e me surpreendi muito, adorei o posfácio que esclareceu algumas coisas e to mt animada pra continuar lendo mais do autor, a escrita dele é impecável


Gabriel.Chiquito 14/03/2022minha estante
Siiim, eu gostei muito que o autor alterou algumas coisas na história pra ficar mais interessante e aproveitar melhor o tema, mas depois explicou tudo o que fez no final e deu todas as fontes pra quem quiser saber o relato exato. Com certeza vou ler mais livros dele.




Thiago Araujo 27/05/2021

Novo Crichton, de dentes afiados
O Enigma de Andrômeda ficou para trás... prefiro muito mais esse Crichton: aventureiro, contador de histórias e científico (por que não?).

Dentes de Dragão bebe da fonte da experimentos de seu autor no cinema, basicamente um roteiro de filme, que transita pelo inimaginável nas aventuras de Johnson, nosso protagonista.

De um almofadinha a um legítimo pistoleiro do oeste americano, Johnson passa por um Estados Unidos bem diferente, em formação, e nos conta um pouco de como seu território foi ocupado e colonizado.

Além de muito tiros e índios, também nos mostra um pouco de paleontologia e traz a novidade da descoberta dos fósseis de dinossauros e como foi chocante na época.

O que pesou contra uma avaliação perfeita são as decisões de transformar o protagonista em um herói de cinema, que vai sobrevivendo e desafiando o imponderável, longe de ser muito realista e com muita fuga cômica.

É uma viagem muito interessante, a trajetória de Johnson é fruto da imaginação de Crichton e traz sua marca da pegada de dinossauros. Vale muito a leitura.
dani 27/05/2021minha estante
Interessante! No ano passado li Jurassic Park.


Thiago Araujo 27/05/2021minha estante
Jurassic tá na minha lista pra esse ano.




Cia do Leitor 06/06/2018

Dentes de Dragão
Assim que fiquei sabendo que a nossa parceira editora Arqueiro iria publicar um livro inédito de Michael Crichton fiquei morrendo de vontade de ler, ainda mais tratando de descoberta de fósseis de dinossauros. Não tem como deixar de lembrar de sua obra de maior sucesso Parque dos Dinossauros no qual sou apaixonada pela franquia de filmes e tive o prazer de ler o maravilhoso livro que deu origem aos filmes.

Nesse livro, o protagonista Willian Johnson tem aproximadamente 18 anos e estuda na universidade de Yale. Após o seu rival debochar da sua viagem para Europa e dizer que ele não teria coragem de seguir a expedição do professor da universidade para o Oeste americano a procura de fósseis de dinossauros, Willian como é muito orgulhoso e gosta de ser o centro das atenções acaba cedendo as provocações de seu rival e aceita o desafio por uma aposta de mil dólares. Na época em que se passa a trama, nos anos 70, era a época de ouro da caça aos fósseis e o velho oeste americano abrigava inúmeros perigos como perigosos índios defendendo seus territórios.

Willian então procura o professor da universidade para entrar para expedição e para convencê-lo teve que ser o fotógrafo da expedição, sendo que ele nunca tinha tocado em uma câmera fotográfica antes. Como ele tem uma boa vida financeira não teve dificuldades para conseguir pagar um professor particular para lhe ensinar a arte da fotografia.

Chegada a tão esperada viagem Willian descobre que o professor tem um rival que disputa com ele as grandes descobertas e ambos estão sempre tentando sabotar um ao outro. Logo o professor acaba sismando que Willian é um traidor e está na expedição para colher informações para o rival e acaba abandonando Willian pelo meio do caminho, então o professor rival acaba acolhendo Willian em sua própria expedição.

A trama é repleta de aventura e ação, com uma leitura bem dinâmica. Aos poucos o leitor vai aprendendo a ter empatia com o protagonista antes arrogante.

Vale ressaltar que o livro foi escrito por Michael na mesma época que se passa a trama. A rivalidade entre os professores foi real. Nem tudo no livro é verdade, tem um grande toque de ficção mas o plano de fundo aconteceu realmente.

A obra apesar de escrita há muito tempo vinha sendo revisada constantemente pelo autor e foi encontrada por sua mulher após sua morte.

Recomendo bastante a leitura para todos que gostem de aventura, ação, paleontologia e que seja fã de Michael Crichton.

Resenha de Danielle Peçanha do blog Cia do Leitor

site: http://www.ciadoleitor.com/2018/06/resenha-dentes-de-dragao-de-michael.html
Leitora Viciada 06/06/2018minha estante
undefined




Nilsonln 03/03/2024

Diferente e divertido
"Dentes de dragão" mistura dinossauros e Cowboys e o resultado é bem divertido e interessante.

A história, baseada em fatos e pessoas reais, é uma interessante e divertida leitura ambientada no início da colonização do oeste americano.

Apesar de ter gostado da leitura, tenho este como o livro mais fraco de Crichton. Mesmo assim, é um livro que vale muito conferir!

Minha avaliação: Curti
Valeu o tempo dispendido? SIM
Quero ler mais do autor? SIM
Recomendo a leitura? SIM

Li também do autor Michael Crichton e recomendo: "Jurassic Park" e "O Mundo Perdido".
Henrique Sanches 07/03/2024minha estante
Vai pra minha lista...




Leonardo.Heffer 28/07/2018

Bem distante do que esperava
Michael Crichton é um autor visual. Ele já havia provado isso com seus best sellers "Jurassic Park" e "Mundo Perdido". Mas para além disso, Crichton tem em seu currículo grandes clássicos do cinema, não só como roteirista/autor (Linha do Tempo, Twister), como produtor, como por exemplo, a série "Plantão Médico". Com um currículo tão forte, era de se esperar que seu mais recente trabalho - diga-se de passagem, póstumo - tivesse o mesmo nível incrível.

Infelizmente, para minha surpresa, Dentes de Dragão não conseguiu chegar nem aos pés dos seus trabalhos mais fracos. Seu retorno ao mundo dos dinossauros, dessa vez contados a partir da ótica dos paleontólogos e a corrida pelas escavações há dois séculos atrás, criou personagens rasos, sem aprofundamentos e muitas vezes até descartáveis ou difíceis de compreender suas motivações - a não ser pelo fato de que o autor queria que eles fizessem cada ação contada no livro.

Vale ressaltar aqui que não desmereço o trabalho de pesquisa de Crichton, como sempre, bem forte e incrível. No entanto esse trabalho de pesquisa se perde em uma história que muitas vezes parece dar um salto inexplicável, que é capaz de deixar você meio perdido, se perguntando em como o livro conseguiu chegar ali.

É culpa do autor uma escrita tão desleixada assim? DE FORMA ALGUMA! Lembre-se, é um trabalho póstumo. É um livro que surge anos após a morte do autor, baseado nas anotações e muito provavelmente na primeira versão da história dele. Se ainda vivo, com certeza essa história teriam passado por muito mais tratamentos, que com certeza colocariam-na no patamar digno de seus clássicos antecessores.

Afinal, é um trabalho que começou ainda em 1974, com trocas de cartas e motivações. Isso é fato. Basta ler prefácio, pósfácio, anotações e até mesmo o texto escrito pela viúva do escritor. Reforço que são anotações qu edatama inda da época em que o escritor lançava livros como O Enigma de Andrômeda (1969), O Homem-Terminal (1972), O Grande Roubo de Trem(1975), e Congo (1980). Se haviam anotações guardadas e não viraram livros até sua morte em 2008, muito provavelmente era porque o próprio autor ainda achava que o trabalho precisava de trabalho - que ficou por ser feito.

Ok, agora podem jogar suas pedras.
skuser02844 07/08/2020minha estante
Hahahaha
Não vou jogar pedras, reconheço que é um texto bem mais cru do que outras obras (só li Jurassic Park e O Mundo Perdido, mas dá para perceber), diferente de você achei o livro incrível, o final é meio qualquer coisa, mas achei o amadurecimento do protagonista muito bem trabalhado




Ruan131 23/04/2024

Os Dentes do Lagarto Trovão
O ano é 1875, a civilização segue avançando para o Oeste Selvagem dos EUA. Guerras indígenas, corrida do ouro e a infame Guerra dos Ossos.

O arrogante e rico estudante William Johnson é desafio pelo seu arquirrival a passar um verão no oeste, valendo dinheiro. Johnson embarca na expedição científica do paranoico professor Othniel Charles Mash, que visa encontrar a catalogar fosseis de dinossauros. Logo de início Johnson fica a par da rivalidade insana com Edwin Drinker Cope.

Após ser abandonado por Mash, Johnson se vê sem saída, a não ser se unir a Cope. Junto de outros membros a expedição parte para basia do rio Judith, Montana, e fazem a descoberta que irá imprecionar toda a comunidade paleontologica.

Após muitos problemas como índios, intempéries do terreno e brincadeiras do destino Johnson se vê sozinho, sem perspectivas e com uma enorme responsabilidade em mãos.

No fim da jornada Johnson não é mais o mesmo, passou por muitas dificuldades e privações, tornando-se alguém responsável e capaz.

O livro é daqueles prendem sua atenção do início ao fim. Divertido e, por vezes técnico, como Crichton faz com maestria. Recomendado a qualquer um.
comentários(0)comente



Ricardo.Vibranovski 29/05/2018

Bacaninha.
"Dentes de Dragão" é uma publicação póstuma, encontrado pela viúva nos arquivos do autor. Dá para entender. Realmente não é um livro incrível e talvez não tenha sido digno de ser publicado na época. A leitura, no entanto, não chega a aborrecer e tem até alguns momentos interessantes. O pano de fundo, a duríssima guerra dos EUA contra os povos indígenas a oeste, no final do século XIX, é um momento histórico impressionante que eu realmente não conhecia. Um Crichton "mais ou menos" acaba sendo melhor do que muitos outros escritores conseguem fazer.
comentários(0)comente



Cheiro de Livro 07/06/2018

Dentes de Dragão
Dinossauros e cowboys são paixões de infância. Nasci no estado americano de Utah, o que mais tem escavações com fósseis nos Estados Unidos, e os fósseis mais completos. Me lembro de uma visita quando pequeno a um desses parques, e o meu livro preferido era um de pop-ups da Hallmark com os principais dinossauros, que eu conhecia de cor e salteado. Utah também é no oeste; no sul do estado, na divisa com o Arizona, fica o Monument Valley, com as paisagens filmadas magistralmente por John Ford em westerns clássicos. Eu não perdia um episódio de Bonanza (e não era reprise…), e tinha os bonecos. E quando aparecia um filme como O Vale de Gwangi (1969), em que cowboys capturavam um dinossauro criado pelo mago dos efeitos especiais Ray Harryhausen, era perfeito. Não existia nem o videocassete ainda, então pra reviver a aventura tinha que ser com a adaptação em quadrinhos. Aí quando cai no colo da gente um livro como Dentes de Dragão, não tem como resistir.
Antes de mais nada, pros fãs do Michael Crichton de Jurassic Park, os dinossauros de Dentes de Dragão (tradução: Marcelo Mendes) estão bem mortos, e só aparecem na forma de fósseis mesmo. Eles são o objeto da disputa de dois paleontólogos da vida real, que em 1876 lançam expedições rivais para buscar ossos de dinossauros no oeste americano. É aquele Velho Oeste com índios em guerra com os brancos, e cidades povoadas por foras-da-lei. E é real: Crichton se baseou na rivalidade entre Othniel Marsh e E. D. Cope, que entre 1872 e 1892 travaram a chamada “Guerra dos Ossos”. Crichton insere nessa disputa um jovem estudante fictício, William Johnson, que é o herói da aventura. Claro, o escritor toma algumas liberdades com os fatos, mas tudo bem, já que estamos falando de personagens que a todo tempo buscavam enfeitar a própria história.
Esse é o terceiro romance publicado postumamente do autor americano falecido em 2008. Foi escrito em 1974, quando Crichton estava estourando, impulsionado por O Enigma de Andrômeda (livro, 1969; filme, 1971) e Westworld – Onde Ninguém tem Alma (filme, 1973). Embora seja uma leitura divertida e instigante, dá pra entender por quê ficou tanto tempo engavetado. Mas também o motivo de merecer uma segunda chance.

O livro se divide em duas partes: antes e depois da grande descoberta de uma ossada por uma das expedições. A primeira, até chegar lá, tem um ritmo lento. Os personagens passam longo tempo num trem – passam até pela minha Salt Lake City! E apesar de criar muita expectativa com a ameaça dos sioux em guerra, pouca coisa acontece. Em compensação, a segunda parte, em que as duas expedições lutam pra voltar pro leste com a descoberta, vai a galope.

Como é sua marca registrada, Crichton pesquisou exaustivamente todos os detalhes para dar o máximo de realismo a sua aventura. Ele estabelece as Guerras Indígenas como grande pano de fundo, explicando detalhadamente o vaivém dos acordos e desentendimentos entre índios e brancos. Esse detalhamento histórico é rico e interessantíssimo, mas às vezes entra no caminho da narrativa.

Na segunda é que o autor parece se divertir mais (e nós leitores também). Tem perseguição com índios, estouro de manada de búfalos, emboscadas noturnas, e a tradicional cidadezinha do Velho Oeste. No caso, a verídica Deadwood, sem xerife, lotada de pistoleiros, e com direito a saloon, carteado de vida ou morte, a até um duelo na rua principal. Desfilam pela trama personagens reais como o General Custer, Touro Sentado, General Sheridan, Calamity Jane, e especialmente Wyatt Earp.

Diversão garantida, com um pouco de história pelo caminho. Hora de cavalgar rumo ao pôr do sol.

site: http://cheirodelivro.com/dentes-de-dragao/
comentários(0)comente



Jeff.Rodrigues 07/06/2018

Resenha publicada no Leitor Compulsivo.com.br
Se muitos de nós somos fãs de dinossauros e sonhamos (e nos aterrorizamos, claro) com as possiblidades mostradas nas telas do cinema, o responsável direto por isso é Michael Crichton. Autores antes dele já haviam escrito sobre os “lagartos gigantes”, como sir Arthur Conan Doyle, por exemplo, mas foi através de sua mente visionária e criativa que o parque jurássico ganhou vida e até hoje, décadas depois, ainda fascina e encanta. Para quem tão bem deu vida aos Tiranossauros e Velociraptores, fácil seria trilhar também os caminhos da busca por seus fósseis. Assim, como presente aos fãs, Dentes de Dragão, obra póstuma, vem como uma despedida e traz um passeio incrível por um período real da história norte-americana.

Dentes de Dragão, antes de mais nada, retrata episódios reais da corrida de dois renomados paleontólogos em busca de fósseis de dinossauros pelo Oeste americano. Nesse cenário, Crichton insere seu protagonista fictício para participar de uma dessas expedições. E aí sobra aventura em meio a campanhas militares, ataques indígenas, cidadezinhas perdidas no meio de cânions e aquele clima de Velho Oeste com pistoleiros, duelos, diligências e tiroteios de sobra.

A linguagem de Crichton é empolgante, veloz e vigorosa. Somos facilmente transportados para os cenários e vivemos junto com os personagens o ritmo frenético, e de sobrevivência, da história. Mesmo não tendo o fôlego revolucionário dos livros mais famosos do autor, Dentes de Dragão carrega aquele estilo de trama meio ficção, meio realidade, com um tom descompromissado que qualquer apreciador de bons causos vai gostar.

A Guerra dos Ossos, que durou cerca de dez anos, mas foi condensada em uma única expedição em Dentes de Dragão, é um daqueles episódios talvez não tão fundamentais para o nosso conhecimento geral, afinal ela faz parte da história norte-americana. Contudo, desbravar esse período, principalmente para os leitores ávidos por ficção histórica, é rico e prazeroso. Acostumados com filmes ou com o inconsciente coletivo moderno de pesquisadores munidos de delicados pincéis e equipamentos tecnológicos a buscar artefatos históricos, chega a ser difícil imaginar o calvário enfrentado pelos pioneiros que se embrenhavam em lugares ermos, desérticos e perigosos em busca de algo que, à época, não tinha nenhum valor.

A saga de William Johnson e sua proteção infinita aos ossos descobertos que vocês vão acompanhar nestas páginas tem passagens tensas e caricatas, tem drama e tem flertes românticos à lá Velho Oeste, mas sobretudo, tem o DNA da curiosidade desbravadora que tanto faz alguém cruzar um país em busca de um fóssil, quanto faz outro alguém buscar reviver animais extintos através de material genético preservado. É a saga real e a saga fictícia que as mãos de Michael Crichton tão bem souberam misturar para gerar mundos fascinantes.

Suba na primeira carroça ou monte seu cavalo e embarque nessa expedição preparado para uma leitura leve, divertida, informativa e que certamente vai despertar o seu lado desbravador. Ah, e cuidado com os índios…

site: http://leitorcompulsivo.com.br/2018/06/05/resenha-dentes-de-dragao-michael-crichton/
comentários(0)comente



livrosepixels 08/06/2018

Uma aventura no melhor estilo Farwest
Michael Crichton é bastante famoso hoje em dia, dada às suas obras que já foram adaptadas para o cinema ou para a televisão. Talvez a sua obra mais notável seja Jurassic Park, adaptada por ninguém menos que o Steven Spielberg e, acredito eu, já um integrante do hall dos clássicos. E atualmente a série de TV Westworld, ainda que não seja uma adaptação, parte da mesma premissa que o roteiro de Crichton tinha no filme de 1973.

O autor tem uma dinâmica muito boa no que tange a mistura entre realidade, ficção e filosofia. Ele consegue criar uma realidade alternativa puramente crível e compreensível, o que torna as suas obras muito prestigiadas. É o caso de Dentes de Dragão. Ainda que a trama si seja ficcional, alguns personagens, locais, eventos e até mesmo pesquisas sobre fósseis condizem com eventos reais. É o caso de personagens como Marsh e Cope, ou dos lendários pistoleiros Earp, por exemplo.

“Interesses semelhantes, professor Cope, levam a caminhos semelhantes.”

Em meados dos anos 1876 acontecia no velho oeste americano uma busca frenética por fósseis que, mais tarde, ficaria conhecida como Guerra dos Ossos. Isso porque os dois mais importantes e contribuintes paleontólogos da época, Othniel Marsh e Edwin Cope, fizeram inúmeras descobertas de espécies de dinossauros (mais de 100 aproximadamente), entre outras espécies animais. Mas ambos eram rivais e constantemente sabotavam pesquisas, destruíam amostras, entre outras coisas. Ambos gostavam de escavar no oeste americano, onde a urbanização ainda estava a passos lentos e havia muita área intocada pelos humanos propícias para encontrar ossos. Era onde também viviam se confrontando. Isso realmente é fato e serviu de ponto de partida para a história em Dentes de Dragão.

Aqui temos um personagem ficcional bastante peculiar. William Johson é um estudante de 18 anos de Yale. Rico e um tanto imprudente, nunca enfrentou desafios perigosos de verdade. Sempre viveu na mordomia burguesa que o leste americano oferecia. Logo, sua visão de mundo era que tudo era fácil de resolver, uma grande aventura sempre. Mas isso muda quando ele chega no oeste e percebe que aquele pedaço de mundo ainda não conhece bem a “civilidade”. Não há leis, regras ou mesmo conversinha mole. No oeste tudo é mais perigoso, assombroso e chocante.

“Como é fácil as pessoas se deixarem enganar pelos sonhos de riqueza e fama, ou até mesmo pela esperança de um mínimo de conforto material!”

Esse choque de realidade traz uma grande mudança no comportamento do protagonista. Se antes ele era imaturo e inconsequente, a estadia no oeste o transformou em alguém mais prudente, determinado e sensato. Depois de meses na convivência de ladrões, pistoleiros, e com a morte rondando cada esquina, ele deixa de lado o estilo “playboyzinho” e passa a se comportar com alguém nativo daquelas regiões, aprendendo costumes, tendo um emprego, ganhando reputação. Tamanho é seu amadurecimento e maturidade que, em dado momento, alguns bandidos da região, como Black Dick, se sentem incomodados com sua presença ao ponto de desafiá-lo para um duelo.

O senso de lealdade do jovem estudante também se torna grande, sendo que Johnson prefere morrer lutando do que entregar de mão beijada as caixas contendo os fósseis do professor Cope. Mesmo sem saber se Cope está vivo, ou mesmo sabendo que ali no oeste ossos não tem valor comercial, William entendia a real importância deles para a ciência e não achava justo não traze-los à luz.

Se não me falha a memória, é a primeira vez que leio algo do estilo western. É um estilo bacana e gostoso de ler, com bastante ação e reviravoltas. No western qualquer um pode ser o vilão da trama, basta uma mal encarada ou um bater de ombros. E neste livro o que não falta são cenas de duelos, tiros, emboscada de índios (no velho oeste havia também a rivalidade entre as tribos sioux – altamente mortíferas – e os crows – mais pacíficos), trapaças, entre outros. O contexto fala por si só e não é preciso muitos detalhes para imaginar as cenas.

Mas ao terminar a leitura, eu cheguei a conclusão de que mesmo sendo uma boa história, ela ainda estava muito crua. Senti a falta de um desenvolvimento maior, tanto da parte dos personagens como também da ambientação da trama. Talvez histórias western sejam desse jeito, não sei. Mas a impressão que tive é que tudo era muito fácil e amador. Não havia um aprofundamento das cenas. E para mim isso foi um pouco frustrante.

Talvez o autor nunca tenha acreditado no potencial a ponto de dar uma revisada e incrementada e por isso ele tenha ficado “esquecido” nos arquivos até 2017. Claro que isso é apenas uma suposição. Ou pode ser que eu esteja sendo um tanto quanto exigente em relação ao autor, devido à sua fama. Apesar disso, foi uma leitura agradável e rápida, de puro entretenimento, e só por isso já vale a indicação. Afinal, nem toda leitura precisa ser cheia de conceitos aprofundado e criar inúmeros quebra-cabeças; às vezes, pode ser apenas diversão e lazer, uma aventura em letras. E Dentes de Dragão tem isso de sobra.

site: http://resenhandosonhos.com/dentes-de-dragao-michael-crichton/#more-17650
comentários(0)comente



Carlos.Santos 15/06/2018

CAUBÓIS E DINOSSAUROS
Michael Crichton foi um dos responsáveis pelo meu gosto pela literatura. Adolescente, ainda nos anos noventa, li Parque dos Dinossauros e sua continuação Mundo Perdido em questão de poucos dias. A leitura das aventuras sobre dinossauros nos dias de hoje me levaram a ir atrás de outras leituras de gênero como, por exemplo, os de capa e espada e a ficção científica. Seu estilo extremamente ágil, envolvente e cinematográfico (não esquecendo que Crichton também dirigiu filmes) caiu como uma luva para Steven Spielberg. O diretor de E.T fez um trabalho memorável na adaptação de Parque dos Dinossauros.

Crichton faleceu em 2008 e sua viúva, ao remexer em velhos arquivos do escritor, encontrou o manuscrito de um romance escrito ainda nos anos setenta intitulado Dentes de Dragão. A obra que mistura dinossauros e faroeste foi publicado ano passado nos EUA e chegou recentemente ao Brasil.

Dentes de Dragão traz a marca registrada do escritor: aventura envolvente e escapista para ser devorada em poucas horas. Dificilmente quem se deparar com esse romance e curtir uma boa história do gênero não vai levar mais do que dois dias para ler o alfarrábio.

O livro trata da rivalidade de dois famosos paleontólogos do final do século XIX e a busca por fósseis dos até então pouco - ou nada - conhecidos dinossauros em pleno oeste estadunidense. No meio dessa "treta", temos o protagonista, Johnson, um estudante almofadinha, que por conta de uma aposta, embarca rumo ao oeste ao lado de um dos paleontólogos em busca dos ossos das criaturas extintas. Claro que não vão faltar intrigas, perseguições, tiroteios e reviravoltas que vão transformar a personalidade do sujeito.

O grande destaque de Dentes de Dragão é sua fluidez narrativa. Crichton é muito bom nesse quesito e nunca deixa a peteca cair. Ele pode não ser exímio desenvolvedor de personagens, todavia sabe conduzir muito bem a ação. Noventa por cento do romance se passa em meio ao oeste, onde temos cowboys, índios, diligências e tudo mais que o gênero oferece. Inclusive, até mesmo Deadwood - povoado de garimpeiros e foras da lei bastante famoso - tem papel importante na trama.

Não sei porque Crichton não publicou esse livro em vida. Não é uma obra memorável, no entanto não é algo para se deixar esquecida numa gaveta. É o tipo de romance que pode servir de porta de entrada para a garotada - interessada - adentrar no mundo fascinante da literatura. Assim como aconteceu comigo no passado ao ler Parque dos Dinossauros.
comentários(0)comente



bobbie 29/06/2018

"Puro Crichton", como classificou a viúva?
Já li Crichton mais puro do que este. Sim, o livro é uma grata surpresa e um belo presente para os admiradores do falecido escritor. De fato, este romance póstumo traz traços de sua marca: ciência (embora este tenha apenas pinceladas dela), aventura, história. No entanto, a trama de Dentes de Dragão está longe de provocar a imaginação do leitor da mesma forma que Jurassic Park, Mundo Perdido ou até mesmo Congo conseguiram fazer. Não se trata de um livro ruim, apenas raso. Vale pela parte histórica da luta do leste contra os índios em seus territórios do oeste americano. Neste aspecto, Dentes de Dragão nos brinda com uma boa amostra do Velho Oeste americano. E só.
comentários(0)comente



Lucas dos Reis @EstanteQuadrada 02/07/2018

É do autor de Jurassic Park, mas os dinossauros estão mortos (e enterrados)
O Michael Crichton, autor de Jurassic Park, morreu em 2008, e mesmo depois de morto lançou o livro Dentes de Dragão. Sua esposa encontrou a história toda pronta para ser publicada após a sua morte, e assim fez. O livro no Brasil foi publicado pela Editora Arqueiro, e é um livro com o mesmo ar dos clássicos filmes de dinossauros.

O livro fala sobre o início da catalogação de ossos de dinossauro, no final do século XIX. Dois grupos de professores e paleontólogos, inimigos, diga-se de passagem, são a parte central dessa história. O jovem estudante Johnson é desafiado a passar seu verão numa das viagens do professor Marsh, que vai sempre para o Oeste dos Estados Unidos caçar fósseis de dinossauro.

É nessa viagem que muitas coisas acontecem, e diversas reviravoltas são contadas. Um dos pontos mais curiosos é descobrir que todo esse livro é baseado em histórias que realmente aconteceram. Marsh, o professor da faculdade de John, e o inimigo, Cope, foram baseados em pessoas reais que foram importantíssimos para a paleontologia.

Continue lendo a resenha:
http://estantequadrada.blogspot.com/2018/07/dentes-de-dragao-de-michael-crichton.html

site: http://estantequadrada.blogspot.com/2018/07/dentes-de-dragao-de-michael-crichton.html
comentários(0)comente



Laís 03/07/2018

[#resenhamaniadelivro] Dentes de Dragão - Michael Crichton
[#resenhamaniadelivro] Dentes de Dragão - Michael Crichton

Crichton faleceu em 2008. Embora sua morte tenha sido uma perda terrível para os amantes de ficção cientifica, ao menos ele nos deixou um grande legado – inúmeros livros, séries e filmes inspirados em suas obras fazem sucesso até hoje. O mesmo autor que deu voz ao incomparável Jurassic Park, começou sua jornada com os dinossauros lá no Oeste americano, numa guerra entre nativos e a civilização. Dentes de Dragão foi encontrado em seus arquivos e publicado por sua esposa - só posso dizer muito obrigada!

William Johnson é desafio a se inscrever numa expedição pelo oeste americano: iria passar meses sem contato algum com o mundo, procurando apenas por ossos de dinossauros. Que furada ele tinha se metido! No finalzinho do século 19 os cientistas ainda não tinham o conhecimento que possuem hoje, ou seja, essa expedição prometia mudar a história mundial.

O ponto chave do livro gira em torno dos fosseis de dinossauros sim, mas é também uma viagem muito arriscada e doida pelo oeste americano, com direito a tribos indígenas bem cruéis, um exercito sem escrúpulos e personagens dignos de um filme de bang-bang. Do começo ao fim, o livro é uma verdadeira aventura – o que só torna a leitura, que já é bem prazerosa, ainda mais envolvente.

Não é surpresa alguma que a história seja regada de fatos superinteressantes. Crichton pesquisava muito para escrever seus livros e, mais uma vez, isso fica evidente. Aqui você vai conhecer um pouquinho de como foi o “início” dos estudos na paleontologia americana – não se preocupe, nada disso foi maçante ou cansativo! Mesmo pra quem não tem interesse algum pelos animais, vai encontrar aqui uma história com muitas intrigas, tiroteios, aventura e conhecimento.

Michael Crichton tornou os dinossauros “acessíveis” aqueles que não estudam a área e seu legado está sempre crescendo pelo mundo! Eu verdadeiramente amei e me diverti demais nessa experiência pelo Velho Oeste. Recomendo muito fãs de uma boa aventura!

site: https://www.instagram.com/_maniadelivro/
comentários(0)comente



124 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR