Época de Migração para Norte

Época de Migração para Norte Tayeb Salih




Resenhas - Tempo de migrar para o norte


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Julia Dutra @abibliotecadebabel 03/04/2020

Tempo de ler Epistemologias do Sul
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Nívia ¦ @niviadeoliveirapaiva 21/03/2020

O livro é intrigante, porém confuso.
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Jéssica (@simboraler) 17/02/2020

Realidade nua e crua
Um livro árabe clássico, se passa no Sudão e conta as moedas de Mustafa e sua busca de vingança de um modo peculiar. Livro para quem tem estômago
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Nandara.Secco 04/07/2019

Uma viagem ao Sudão pós-colonial
Eleito "o mais importante romance árabe do século XX" e listado entre as cem melhores obras de ficção mundial pelo clube do livro Norueguês (veja aonde chegou!), esta obra é muito mais que uma mera novela de ficção, é uma metáfora da vida.

Não podemos deixar de observar como Salih buscou retratar as ambiguidades e contrates entre Oriente e Ocidente e como o fez com maestria, para construir o olhar do outro sobre o diferente. Nesse quesito, um livro ideológico, político, que, no entanto, não pode ser reduzido a um livro que retrata apenas as relações que existem entre os dois lados do globo; ou a vida das mulheres sudanesas em uma sociedade patriarcalista; ou ainda, as rápidas mudanças que as invasões britânicas causaram na África; é mais que isso, é tudo isso. Há vários vieses aos quais se apegar durante a leitura, o que a torna inesgotável para que se apreenda todos os seus sentidos e significados.

O que ficou para mim, como ponto alto da leitura, além de seus contextos antropológicos tão bem explorados, foram suas perfeitas descrições, não só das paisagens (me senti DENTRO da tribo sudanesa!), mas, sobretudo, dos sentimentos humanos, da condição humana de se sentir parte do todo e de lugar nenhum.

Uma verdadeira viagem, com sons, cores, sabores e sentimentos. Em algumas passagens, a narrativa se mescla com a viagem a qual todos estamos submetidos: a da vida:

"A vida continua apesar de nossa vontade. Eu, como milhões de pessoas, caminho, movo-me, empurrado geralmente pela força do hábito, numa longa caravana, que sobe e desce, repousa e parte. A vida nessa caravana é totalmente ruim [...]. Durante o dia, a jornada pode ser cansativa, os desertos podem estender-se à nossa frente como mares sem praias. Cobertos de suor, com a garganta seca e sedenta, chegamos ao limite que ninguém pensa ser capaz de ultrapassar. Mas logo o sol se põe, a brisa sopra fresca, e milhões de estrelas piscam no céu; e só então comemos e bebemos [...]. Sobre nós, há um céu quente e compassivo. Ás vezes, viajamos durante a noite como desejamos e, quando o fio branco começa a se distinguir do preto, dizemos:"Quando amanhece, pela jornada noturna, a gente agradece". Ocasionalmente, somos enganados por miragens, porém não há mal nenhum que imagens febris, por causa do calor e da sede, nos induzem a ideias delirantes, sem sentido. "
[Página 61-62]

Termino a leitura com um misto de melancolia e gratidão.
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Biblioteca Álvaro Guerra 12/04/2019

O narrador é um sudanês que volta para o Sudão após um longo período de estudo na Inglaterra, para seu doutorado. Ao se reencontrar com sua família, vive os dramas do choque cultural entre a Europa e o mundo árabe, o cristianismo e o islamismo. Apresenta também uma discussão sobre a transição do poder do Sudão das mãos dos britânicos (durante o colonialismo) e nas mãos dos próprios sudaneses.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788542212488
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Dani Gazaniga 29/01/2019

Tempo de migrar para o norte
Uma história que revela a interessante jornafa de um homem que veio de outro lugar e que instiga a imaginação e curiosidade das pessoas que o conhecem recentemente, que ao desenrolar da história, vai revelando-se surpreendentemente.
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Bela 24/12/2018

Uma experiência repleta de angústias
O livro aborda diversos temas como racismo, xenofobia e vários tipos de violência. Apesar de não ter me prendido, reconheço que é uma ótima história e de fácil leitura, mesmo com os socos repentinos que o autor nos dá.

A narrativa revela situações capazes de causar a mais intensa angústia ao leitor, principalmente por serem abordadas com uma certa naturalidade.

Sinto falta de um protagonista forte e a romantização de determinados assuntos me incomodou absurdamente. Com toda certeza, o auge da obra é o contraste entre culturas que nos tiram da zona de conforto, fazendo com que seja o principal motivo para a leitura.

O livro tem seus defeitos, a monotonia é um deles. Contudo, o seu valor é inegável, sendo assim uma obra do século XX de grande relevância.
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Thaise @realidadeliteral 05/11/2018

Sobre sair da Zona de Conforto
Somos apresentados nessa obra à história de Mustafa Said, que a meu ver se mescla com a história da colonização “pacífica” da Inglaterra na África, mais especificamente no Sudão.
Mustafá é o fruto perfeito dessa colonização, e falar mais que isso seria estragar a experiência com essa história.
O que mais me encantou, e não se enganem, é uma obra difícil de digerir, foi conhecer a cultura e a história de um país até então totalmente desconhecido para mim, e de uma maneira tão, tão profunda.
Assuntos muito importantes são tratados nesse livro: religião, colonização, racismo, machismo, mutilação genital feminina (nem me lembrem disso, eu nem sabia que isso existia, real oficial), confesso que fiquei muito chocada com muita coisa que nem imaginava que pudesse existir, o choque cultural é muito grande, certos assuntos são tratados de maneiras que eu nem imaginei que pudessem ser.
A Escrita de Tayeb Salih é uma maravilha a parte, em poucas vezes, na minha vida de leitora me deparei com algo tão poético. .
Enfim, “Tempo de Migrar para o Norte” foi uma grata surpresa, e recomendo fortemente a todos que gostam de boa literatura e querem se aventurar em conhecer novas realidades totalmente diferentes da nossa.

site: https://www.instagram.com/realidadeliteral/
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Gabriela 30/09/2018

"Tempo de Migrar para o Norte" foi o livro de maio/2018 da TAG Curadoria. Este foi um daqueles livros que eu não compraria se visse na livraria, mas como a TAG enviou, eu tive que ler.

O livro me surpreendeu, pois nunca tinha ouvido falar dele e a sinopse não me deixou muito empolgada, mas ao começar a ler, não consegui mais parar. A história começa quando o narrador, cujo nome não sabemos, volta para sua cidadezinha no Sudão depois de passar alguns anos estudando na Europa. Ele fica intrigado com um homem desconhecido, Mustafa Said, que casou com uma mulher da cidade, mas que parece ser de fora e ter uma educação diferenciada. Então fica a pergunta: como alguém que não é dali, que já viajou pelo mundo, escolhe morar num lugarejo daqueles?

A curiosidade do narrador desperta a nossa também, até que Mustafa decide contar sua história em uma noite. Contudo, o narrador não compartilha conosco tudo o que ele ouviu naquela noite. Conforme o tempo vai passando, algumas situações despertam a memória do narrador, que só então vai revelar mais uma parte de sua conversa com Mustafa. Dessa forma, a história de Mustafa não é contada linearmente, mas sim conforme as lembranças do narrador vêm a tona.

A escrita do autor é bela, com metáforas interessantes, e fluida. O autor também tem uma visão bem realista da política de seu país. Por um lado, ele critica os colonizadores europeus por acharem que estavam salvando o povo da barbárie, por outro, ele reconhece que os colonizadores também não culpados por tudo de ruim que há no país e critica os políticos sudaneses. A visão que temos do Sudão neste livro não é romantizada, aqui são expostas a intolerância do povo e a ausência total de direitos para as mulheres.

É revoltante pensar que este livro foi escrito na década de 1960, mas muitas das coisas que são relatadas sobre as mulheres continuam do mesmo jeito no Sudão e em outros países. Enfim, é um livro bastante interessante, sobre um país do qual pouco ouvimos falar, então é ótimo para nos tirar da zona de conforto. Minha única reclamação é sobre o final, pois vocês sabem que não curto muito essa coisa de final aberto.

"A vida é cheia de dor, mas devemos ser otimistas e encará-la com coragem." p.40

site: https://bibliomaniacas.blogspot.com/
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Toni 25/09/2018

Indicação do Milton Hatoum para o livro de maio da TAG, Tempo de migrar para o norte é, segundo seu tradutor, uma das mais importantes obras árabes do século XX. Apesar de muito bem construída, a conexão que consegui estabelecer com o livro foi daquelas discadas, ruidosas e bastante instáveis do início da internet. Em suma, sofrida e sem futuro. As razões são várias, mas a principal delas atribuo à estrutura da novela que traz aquele velho motivo do narrador obcecado por uma figura elusiva que exerce encanto em todos ao seu redor mas de quem todos sabem muito pouco. É por meio dessa personagem misteriosa, Mustafa Said, e seu duplo contraponto, o narrador, que a breve novela de Salih lança um olhar crítico sobre os efeitos do colonialismo e a falácia política do intercâmbio cultural. Dado que nosso conhecimento sobre o Sudão e sobre a literatura sudanesa tende a ser quase nulo, fica aqui a sugestão de leitura para conhecer um pouco mais sobre a história pós-colonial desse país, um dos 11 territórios africanos atravessados pelo Nilo — rio no qual desaparecerá uma de suas personagens.
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GRIFO: “Cedo ou tarde irão embora, como fizeram outros tantos no curso da história, vindos de todos os cantos. Ficarão, porém, as ferrovias, os navios, os hospitais, as fábricas e as escolas. Falaremos sua língua, sim, mas sem nenhum sentimento de culpa nem de gratidão. Seremos de novo como éramos, pessoas comuns; podemos até ser mentiras, mas seremos mentiras fabricadas por nós mesmos.” P. 49
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Guynaciria 19/08/2018

Tayeb Salih faz parte da primeira geração de sudaneses educados na Grã-Bretanha, tendo portanto bastante embasamento para tratar do assunto abordado nesse livro incrível. 

O autor, assim como o personagem principal de seu livro, tentou sempre se manter ligado as suas raízes, tradições, mas sem diminuir a importância que o país que o acolheu teve em sua formação. 

De repente vemos o autor liberar esse sentimento de dualidade que carrega, em relação a diferença cultural dos dois países, suas tradições, costumes, liberdade sexual e de escolha.

O livro nos apresenta dois personagens marcantes, que  passaram pela mesma experiencia, em épocas distintas e com resultados totalmente diferentes. Enquanto um entrou em um processo de luta silenciosa contra seus colonizadores, até esses o dominar e sufocar sua pequena revolução. O outro aceitou a mudança com um olhar otimista, porém com com um incomodo permanente que o levou a ver as alterações de uma forma mais realista. 

O livro é denso, ao mesmo tempo que envolve o leitor em suas diversas camadas de informação. Embora nenhum dos personagens sejam de fatos atraentes ao leitor, ou causem um sentimento de empatia.
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neudsonpenha 30/07/2018

Todos temos que migrar para algum lugar para nos conheceremos
TEMPO DE MIGRAR PARA O NORTE
Tayeb Salih

Salih é um dos mais aclamados escritores do séc. XX. Nasceu no Sudãoem 1929 e faleceu em Londres, 2009...não temos muitos dos seus livros traduzidos. Estão apenas em Árabe.

TEMPO DE MIGRAR...é um romance, uma novela bem diferente daquelas que estamos acostumados, pois não há linearidade na escrita. Inicialmente, estranhei, mas no percurso, a leitura foi me envolvendo, envolvendo, envolvendo...e gostei muito.

Os mistérios que rodam a vida de Mustafa Said, narrada ora por ele, ora por um "narrador" que também faz parte da mesma, é uma reflexão sobre dois mundos: o ocidental e o oriental, o do colonizador e o do colonizado. De forma subjetiva somos conduzidos, ora poética-simbólica, ora concreta, a observar como se deu o colonialismo na África, suas contradições e perspectivas pessoais e coletivas.

Toda a história de Said se passa entre Londres e Sudão.

As descrições são de um lirismo fantástico.

É um livro ideológico? SIM, e que bom que é, pois assim podemos compreender parte da história da África a partir da visão do autor. Mas não é um livro didático ao ponto de ter uma estrutura denunciante chata. Algumas categorias temáticas são postas nas entrelinhas. Desta forma, a leitura se desenvolve na leveza e densidade apropriada.

Religião, o papel da mulher, a imigração, a morte e a liberdade são alguns dos temas abordados pelos personagens.

Confesso que me surpreendeu como a narrativa, não linear, vai nos mostrando os personagens e nos libertando de apegos simplistas aos mesmos.
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Mustafa Said é um personagem encantador, transgressor? Deve ser odiado ou amado?
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Apenas lendo para tomar suas próprias conclusões.
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Eu fiz as minhas!!!
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Salih, Tayed. Tempo de migrar para o norte; tradução do árabe e notas Safa Abou-Chahla Jubran. 2ed. São Paulo: Planeta do Brasil, 2018.

Nota: 3,0

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