Memórias de Adriano

Memórias de Adriano Marguerite Yourcenar




Resenhas - Memórias de Adriano


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haroeira 26/01/2009

Demais!
Em suma: o livro trata de Adriano, imperador de Roma, qdo o império está no auge do poder estabelecido: Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente. Então, tudo sob controle, as artes florescem: teatro, literatura, escultura. E por quê? Porque Adriano, apesar de romano, foi criado na Grécia, sob a égide da cultura grega. E depois de adulto, continuava passando suas férias na Grécia. E os romanos tinham raiva disso, diziam que ele era grego etc. O livro tem pérolas, como a que Adriano diz: "Com os livros, aprendi as palavras, e com a imobilidade das estátuas, aprendi os gestos". É maravilhoso. Marguerite Yourcenar pesquisou anos e anos sobre Adriano e ia arquivando tudo o que ela achava sobre ele. 20 anos depois, ela tirou suas anotações e escreveu o livro. Magistral
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Valério 09/09/2014

Reconstrução histórica
Este livro é considerado a obra prima da autora, que recria a vida do Imperador romano Adriano, nascido em 76 d.C. e considerado um dos maiores imperadores que Roma já teve. Toda a história foi escrita a partir de textos encontrados não apenas do próprio imperador, como também de pessoas à sua volta ou que viveram à época.
Com uma primeira parte arrebatadora, o livro é permeado por filosofia.
A partir do meio, o destaque é muito profundo ao amante e grande amor da vida de Adriano, o jovem Antínoo.
Morto sob condições que geram controvérsias, aos seus 20 anos, há partes inteiras dedicadas ao lamento de Adriano à perda de Antínoo.
Contudo, não por capricho da autora. Adriano efetivamente dedicou grandes obras em memória de Antínoo.
Livro com grande riqueza histórica, além de lições filosóficas. Sem dúvida, vale muito a pena.
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cnannini 12/08/2014

Fantástico ! Apaixonante !
O livro faz uma retomada não só da administração mas também da vida de um dos maiores e melhores imperadores que Roma teve.
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Hernani 01/07/2014

MEMÓRIAS DE ADRIANO
Morris West nos desconcerta com uma pergunta em A salamandra: Quem pode ter algum sentimento de permanência quando vai todos os dias para o trabalho pisando sobre imperadores mortos? (a trama se passa em Roma) Essa pergunta sempre me incomodou e a trago junto comigo não é de hoje. O quão importante é o que fazemos frente a certeza da nossa morte?
Demorei oito anos para terminar de ler Memórias de Adriano. Yourcenar demorou trinta para escrevê-lo.Então, estou com a vantagem. Podem pensar que com esse fdado o livro deve ser ou bem difícil ou bem chato... nem uma coisa nem outra.
O livro foi lançado em 1951, e rapidamente se tornou um best-seller mundial. Ele é uma carta de imperador Adriano, às portas da morte, para seu filho adotivo e futuro sucessor Marcus Aurélius (que se tornaria o Imperador-Filósofo).
O que começa como uma simples carta descrevendo o estado de saúde, torna-se rapidamente o relato de uma vida. Adriano está morrendo de um problema cardíaco e resolve passar sua vida a limpo para seu sucessor. O imperador então com 62 anos, relativamente novo, narra episódios da sua doença e se compromete com a sinceridade, já que a idade permite que ele retire a sua máscara social e fale com franqueza sobre quem é e o que pensa. Adriano narra sua infância, sua juventude, sua ascensão não desejada ao trono bem como sua aceitação do estado régio. Aprende a lidar com as guerras, amizade interesseiras, intrigas palacianas, guerras, amores sinceros e as revoltas de uma nova religião fanática e perigosa que está nascendo (cristianismo).
Em todas essas experiências ele, jovem atleta, tem um companheiro inseparável, digno dos mais altos elogios e reflexões nietzschianas, o seu corpo. Norman Mailer costumava dizer que uma coisa era ter consciência da morte e outra era acordar com dores no peito. Esse personagem passa por ambas as experiências.
Adriano ama o seu corpo, e ao final essa é a traição que mais lhe dói. Mas mesmo sendo traído por si mesmo, encontra a paz com ele, reencontra sua cumplicidade,e a aceitação final do inexorável agir do tempo sobre nós. Mesmo pensando no comum ato romano de suicídio em certas situações, Adriano resolve não se entregar. Essa tenacidade, essa postura tão humana frente a nossa condição absurda de realizarmos coisas grandiosas só para ao final não sobrevivermos a elas, essa força indestrutível de negação da nossa própria condição mortal é o que liga Adriano, não o imperador, mas o homem a todos nós.
Eis um livro que nos dá o sentimento de permanência, apesar da morte.
Conclusão: 10 (daria 11 se a escala permitisse)
Recomendo veementemente (as notas aos final do livro, são de extrema importância e de admirável beleza).
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PC_ 02/11/2013

pc
um livro excelente, com passagens muito bem elaboradas, onde se fundem filosofia, poesia e história, que revelam também uma escritora talentosa e de grandeza intelectual. o livro é um mergulho no universo da cultura greco-romana.
Para algumas pessoas pode parecer um pouco monótono, pois o livro resume-se a uma longa carta do imperador adriano a marco aurélio e tem o tom de monólogo, um velho refletindo sobre a vida , filosofia , política e guerra, mas é sobretudo um livro humano. a autora deixa transparecer fortemente o lado humano dessa figura marcante, tornando-a próxima de nós.
quem gosta de filosofia, história e mitologia ficará impressionado com a quantidade de fatos, personalidades e acontecimentos históricos tangenciados na narrativa.
leitura obrigatória a quem quer se aprofundar no universo literário de bom nível e se interessa por antiguidade clássica.
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marcos0991 23/02/2009

Bom livro
Excelente reconstituição do período de reinado de Adriano, o Nero que deu certo. Peca, em minha opinião,por ser tornar as vezes muito filosofico e deveras cansativo. Mas para quem gosta de história, principalmente do período de auge de Roma esse livro é excelente.
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cid 25/04/2013

O verdadeiro lugar de nascimento
O livro é uma carta para Marco Aurelio, narrado na primeira pessoa, de uma forma poética e lirica
Não foi uma leitura muito fácil. Muitas vezes parei e voltei a ela no outro dia. Mas, sempre trouxe uma gama imensa de sensações. M Y. “ assumiu a personalidade de Adriano”,falando dos seus sentimentos e sentidos, baseada num extenso conhecimento da vida do imperador. E o escolheu por ele ter sido considerado um dos cinco bons imperadores. Mas, quem pode saber o que o moveu em seu reinado? Olho para o livro como um romance historico. Gostei apaixonadamente da história de Antinoo e corri ao google para saber se Antinoe ainda existia. Pude contemplar o seu rosto esculpido em marmore, saber do culto que foi criado, quando Adriano o deificou, e olhar as ruinas da antiga cidade.
Alguns trechos belos do livro:
- O verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que lançamos pela primeira vez um olhar inteligente sobre nós mesmos: minhas primeiras pátrias foram os livros. Em menor escala, as escolas. (pag 40)
- Não desprezo os homens. ... O homem mais tenebroso tem seus momentos iluminados: tal assassino toca corretamene a flauta; tal feitor, que dilacera a chicotadas o dorso dos escravos, é talvez um bom filho; tal idiota partilharia comigo seu ultimo pedaço de pão.(pag 47)
- Falamos muito nos sonhos da juventude. Esquecemos talvez demasiado os cálculos. Cálculos são também sonhos, e não menos loucos que estes. (pg 66)
- Não sabia ainda que a dor contém em si estranhos labirintos, através dos quais eu não terminara minha longa caminhada. (pag 205)
- Pequena alma, alma terna e inconstante, companheira do meu corpo, de que foste hospede, vais descer àqueles lugares pálidos, duros e nús, onde deverás renunciar aos jogos de outrora.Por um momento ainda contemplemos juntos os lugares familiares, os objetos que certamente nunca mais veremos... Esforcemo-nos para entrar na morte com os olhos abertos...
Acredito que um dia voltarei a leitura desse livro,para talvez sofrer menos, tornar a vida quase doce.



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Ben Hur 27/09/2012

As ideias de um Imperador
Um livro para ser lido no futuro novamente.Porque é a vida de um grande Imperador e a suas conquistas em todos campos e a na politica ou nas artes ele inovou.Uma leitura encantadora e emocionante.Conheci com esse livro um pouco sobre a arte, politica dos romanos e sus conquistas.
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Isabella 02/09/2012

Belo, tão belo!
Foi com certa desconfiança que trouxe para casa a obra "Memórias de Adriano" - depois de tê-la confundido e trago por engano, na verdade - e acabei sendo surpreendida por um texto incrível. O modo como a autora se transportou ao interior do imperador, reproduziu de forma impecável tudo aquilo que poderia ter sido a alma de um homem tão poderoso, é encantador. A poesia que vem regando toda a narrativa é extremamente envolvente e reflexiva, nos colocando nesse estado elevado durante toda a leitura. Obviamente, para acompanhar esse tipo de texto é preciso certa dedicação e esforço, mas é garantido que vale a pena.
Está recomendado. Este é, sem dúvidas, um dos meus títulos favoritos.
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Inlectus 15/05/2009

Livro interessante.
De fato, esse livro romancêia com muita fidelidade, a Roma dos imperadores, a sordidão, perversidade, e grandeza da civilização romana. Leitura recomendavel.
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Ildo 26/05/2011

um dos melhores livros que já li
daqueles livros que ao chegar no final a gente economiza, vai lendo só 2 a 3 páginas, pra ele não acabar...dizem que ela levou a vida inteira pra escrever...eu vou ler este livro, como lição de estética numa obra a vida inteira.prosa superior.
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Ricardo Rocha 03/12/2010

deuses não mais existem e o Cristo ainda não ” – nessa frase marguerite irá se deter e nesse período gastar boa parte da vida e depois de diversos manuscritos destruídos descobre o tom de seu livro. se dizia jovem demais quando começou mas agora está pronta e a literatura recebe uma de suas obras mais importantes. não bastasse, recusou o goncourt que na frança é o equivalente a recusar o nobel. é coisa linda quando autor e obra se equivalem, quando não é a obra prima de um vaidoso (pra dizer o mínimo) nem o livro mediocre de um homem bom.
um homem entre o ascetismo e o prazer de repente diante de algo cuja aceitação não lhe trará prazer algum ou talvez algum, é o que ela passou tanto tempo à procura - vozes, a da humanidade inteira ou apenas a voz dele, homem imenso porque único, mas ainda homem e por isso muito pequeno. desses paradoxos Adriano se constrói.

o corpo de um homem que avançando em idade se prepara para morrer - o que faz sentido e não faz, essa coisa de idade, porque toda idade tem um corpo e se o corpo funciona, toda idade é qualquer idade, não há diferença - ah, é isso, ó tu guardião da pequena alma terna e inconstante, companheira com que descerá aos lugares onde só ali renunciará aos jogos e só ali dirá "jogos de outrora"
sim: a biografia de um escritor são seus livros

Trecho

“Esta manhã, pela primeira vez, ocorreu-me a idéia de que meu corpo, este fiel companheiro, este amigo mais fiel e mais meu conhecido do que minha própria alma, não é senão um monstro sorrateiro que acabará por devorar seu próprio dono. paz... Amo meu corpo. ele me serviu muito e de muitas maneiras: não lhe regatearei agora os cuidados necessários. mas já não creio — como Hermógenes pretende ainda — nas maravilhosas virtudes das plantas, na dosagem exata dos sais minerais que ele foi buscar no oriente. esse homem, embora perspicaz, cumulou-me de vagas expressões de conforto, demasiado banais para iludir a quem quer que seja.”
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Carlos Nunes 22/10/2010

Agradável surpresa
Comprei o livro pensando tratar-se de uma simples narrativa da vida do imperador (como "Eu, Claudius, Imperador", que havia lido há pouco tempo). Grata surpresa: um livro altamente poético, impossível de se ler apenas para passar o tempo. É um livro que precisa ser entendido, degustado, leitura para horas e horas de puro prazer. Mas é necessário estar com o espírito preparado - já recomendei o livro a várias pessoas que simplesmente o abominaram, pelo estilo da narrativa. Já o li duas vezes, e pretendo fazê-lo novamente daqui a alguns anos. Aguardo curioso o filme que está sendo feito. Não espero grande coisa, claro, a filosofia do livro com certeza será ignorada, como fizeram com "O Nome da Rosa". É aguardar para ver...
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