Memórias de Adriano

Memórias de Adriano Marguerite Yourcenar




Resenhas - Memórias de Adriano


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Inlectus 15/05/2009

Livro interessante.
De fato, esse livro romancêia com muita fidelidade, a Roma dos imperadores, a sordidão, perversidade, e grandeza da civilização romana. Leitura recomendavel.
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Andrea 07/01/2011

Uma carta dividida em seis partes, cada uma com histórias de luta, nomeação, paixões e perdas que o imperados romano Adriano deixa ao seu futuro herdeiro, nomeado filho, Marco Aurélio.

Resenha completa em http://literamandoliteraturando.blogspot.com/2010/02/memorias-de-adriano.html
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Luiz Souto 05/05/2010

Adriano ou a solidão
Dando voz ao imperador romano Adriano Yourcenar apresenta neste romance histórico um breve e intenso período : a passagem do paganismo para o cristianismo. O Império Romano enfrenta as primeiras ameaças em suas fronteiras , o paganismo está em declínio e a seita cristã cresce , neste curto intervalo que é seu governo Adriano representa o homem tendo que se posicionar sem o amparo da tradição que esta morrendo nem da que está nascendo.
Com ecos do existencialismo na busca de conhecimento e experiência do jovem Adriano e nas decisões políticas do já imperador, a sua solidão perpassa todo o romance. É a história de um homem que se sabe mortal e não lamenta nem culpa sua natureza humana ; que escreve ao seu sucessor por estar perto da morte ,olhando o passado e fazendo um balanço da vida como quem se afasta da amada , sem idealizá-la nem chora-la.

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cnannini 12/08/2014

Fantástico ! Apaixonante !
O livro faz uma retomada não só da administração mas também da vida de um dos maiores e melhores imperadores que Roma teve.
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Ricardo Rocha 03/12/2010

deuses não mais existem e o Cristo ainda não ” – nessa frase marguerite irá se deter e nesse período gastar boa parte da vida e depois de diversos manuscritos destruídos descobre o tom de seu livro. se dizia jovem demais quando começou mas agora está pronta e a literatura recebe uma de suas obras mais importantes. não bastasse, recusou o goncourt que na frança é o equivalente a recusar o nobel. é coisa linda quando autor e obra se equivalem, quando não é a obra prima de um vaidoso (pra dizer o mínimo) nem o livro mediocre de um homem bom.
um homem entre o ascetismo e o prazer de repente diante de algo cuja aceitação não lhe trará prazer algum ou talvez algum, é o que ela passou tanto tempo à procura - vozes, a da humanidade inteira ou apenas a voz dele, homem imenso porque único, mas ainda homem e por isso muito pequeno. desses paradoxos Adriano se constrói.

o corpo de um homem que avançando em idade se prepara para morrer - o que faz sentido e não faz, essa coisa de idade, porque toda idade tem um corpo e se o corpo funciona, toda idade é qualquer idade, não há diferença - ah, é isso, ó tu guardião da pequena alma terna e inconstante, companheira com que descerá aos lugares onde só ali renunciará aos jogos e só ali dirá "jogos de outrora"
sim: a biografia de um escritor são seus livros

Trecho

“Esta manhã, pela primeira vez, ocorreu-me a idéia de que meu corpo, este fiel companheiro, este amigo mais fiel e mais meu conhecido do que minha própria alma, não é senão um monstro sorrateiro que acabará por devorar seu próprio dono. paz... Amo meu corpo. ele me serviu muito e de muitas maneiras: não lhe regatearei agora os cuidados necessários. mas já não creio — como Hermógenes pretende ainda — nas maravilhosas virtudes das plantas, na dosagem exata dos sais minerais que ele foi buscar no oriente. esse homem, embora perspicaz, cumulou-me de vagas expressões de conforto, demasiado banais para iludir a quem quer que seja.”
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Ildo 26/05/2011

um dos melhores livros que já li
daqueles livros que ao chegar no final a gente economiza, vai lendo só 2 a 3 páginas, pra ele não acabar...dizem que ela levou a vida inteira pra escrever...eu vou ler este livro, como lição de estética numa obra a vida inteira.prosa superior.
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bruna 18/02/2024

Perfeito em todos os sentidos
Esse é provavelmente um dos projetos mais ambiciosos da literatura e também um dos melhores livros que eu já li.

Reflexões sobre imortalidade, humanidade e história são lidos de maneira natural e orgânica. Em nenhum momento eu senti alguma intervenção da mentalidade da autora ou de algum valor da atualidade, ela felizmente não censurou nada do século II. Apesar de ser um livro inteiramente sem diálogos e com a escrita mais rebuscada senti história fluída e interessante. Tenho ainda muito a refletir, mas é com certeza um livro encantador que todos os amantes de história deveriam ler.
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Isabella 02/09/2012

Belo, tão belo!
Foi com certa desconfiança que trouxe para casa a obra "Memórias de Adriano" - depois de tê-la confundido e trago por engano, na verdade - e acabei sendo surpreendida por um texto incrível. O modo como a autora se transportou ao interior do imperador, reproduziu de forma impecável tudo aquilo que poderia ter sido a alma de um homem tão poderoso, é encantador. A poesia que vem regando toda a narrativa é extremamente envolvente e reflexiva, nos colocando nesse estado elevado durante toda a leitura. Obviamente, para acompanhar esse tipo de texto é preciso certa dedicação e esforço, mas é garantido que vale a pena.
Está recomendado. Este é, sem dúvidas, um dos meus títulos favoritos.
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Ben Hur 27/09/2012

As ideias de um Imperador
Um livro para ser lido no futuro novamente.Porque é a vida de um grande Imperador e a suas conquistas em todos campos e a na politica ou nas artes ele inovou.Uma leitura encantadora e emocionante.Conheci com esse livro um pouco sobre a arte, politica dos romanos e sus conquistas.
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cid 25/04/2013

O verdadeiro lugar de nascimento
O livro é uma carta para Marco Aurelio, narrado na primeira pessoa, de uma forma poética e lirica
Não foi uma leitura muito fácil. Muitas vezes parei e voltei a ela no outro dia. Mas, sempre trouxe uma gama imensa de sensações. M Y. “ assumiu a personalidade de Adriano”,falando dos seus sentimentos e sentidos, baseada num extenso conhecimento da vida do imperador. E o escolheu por ele ter sido considerado um dos cinco bons imperadores. Mas, quem pode saber o que o moveu em seu reinado? Olho para o livro como um romance historico. Gostei apaixonadamente da história de Antinoo e corri ao google para saber se Antinoe ainda existia. Pude contemplar o seu rosto esculpido em marmore, saber do culto que foi criado, quando Adriano o deificou, e olhar as ruinas da antiga cidade.
Alguns trechos belos do livro:
- O verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que lançamos pela primeira vez um olhar inteligente sobre nós mesmos: minhas primeiras pátrias foram os livros. Em menor escala, as escolas. (pag 40)
- Não desprezo os homens. ... O homem mais tenebroso tem seus momentos iluminados: tal assassino toca corretamene a flauta; tal feitor, que dilacera a chicotadas o dorso dos escravos, é talvez um bom filho; tal idiota partilharia comigo seu ultimo pedaço de pão.(pag 47)
- Falamos muito nos sonhos da juventude. Esquecemos talvez demasiado os cálculos. Cálculos são também sonhos, e não menos loucos que estes. (pg 66)
- Não sabia ainda que a dor contém em si estranhos labirintos, através dos quais eu não terminara minha longa caminhada. (pag 205)
- Pequena alma, alma terna e inconstante, companheira do meu corpo, de que foste hospede, vais descer àqueles lugares pálidos, duros e nús, onde deverás renunciar aos jogos de outrora.Por um momento ainda contemplemos juntos os lugares familiares, os objetos que certamente nunca mais veremos... Esforcemo-nos para entrar na morte com os olhos abertos...
Acredito que um dia voltarei a leitura desse livro,para talvez sofrer menos, tornar a vida quase doce.



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DIRCE 01/05/2013

Pecou por omissão.
No livro "Uma Real Leitora"( Alan Bennett) tem uma frase que acredito eu,todos nós, leitores, concordamos com ela: "O que ela estava descobrindo também era como um livro levava a outro...". Eu acrescentaria a essa frase que um escritor leva ao outro principalmente se seus nomes são homônimos. Foi o que aconteceu comigo quando estava lendo o livro "O Amante"de Marguerite Duras.Ao pesquisar sobre a vida dessa escritora (Marguerite Duras) descobri Marguerite Yourcenar, e algumas das suas biografias que acessei me tornaram admiradora dessa escritora de intelecto impar. Descobri também que Memórias de Adriano, uma das suas obras, era de cunho histórico e como gosto muito de romances históricos, não hesitei em adquirir o livro.
Yourcenar transporta para "Memórias de Adriano" anos de árduas pesquisas, resultando em uma criação literária na qual à história é acrescida a ficção romanceada.Como o próprio título sugere é um livro de ”memórias” .
Adriano , o imperador romano, envelhecido e doente, escreve uma carta ao seu neto adotivo que , um dia, iria sucedê-lo ao trono e , ao escrever essa carta,se despe da aura de divindade atribuída ao imperadores, e revolve das brumas da sua memória, a sua trajetória na vida: sua infância, sua ascensão ao poder, seu modo de governar, suas expedições que resultaram nas construções de grandes obras , suas conquistas, incluindo as amorosas e, dentre elas,o jovem e belo Antínoo que lhe impingiu,com sua morte precoce,um sofrimento dilacerante.
Memórias de Adriano não é um livro muito fácil de ler. Penso que é um daqueles livros: AME-O OU DEIXE-O , e o que aconteceu comigo foi um tanto quanto paradoxal: relutava em ler, mas, uma vez lendo,me era penoso interromper a leitura - a criação da atmosfera do século II e todo o contexto de intriga que o cercava, a frequente evocação dos deuses (A-DO-ROOOooo), a narrativa primorosa,eloquente e convincente me faziam esquecer a escritora, pois eu tinha a nítida sensação que voz que entoava da "carta" que eu lia era do Imperador Adriano.
No final do livro há um Caderno de Notas, no qual Yourcenar relata seu processo criativo e suas pesquisas, mas ela pecou por omissão, haja vista que não confessou: - "E UM ESPÍRITO BAIXOU EM MIM”.
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janete 04/08/2013

Ler Memórias de Adriano, da escritora belga Margherite Yourcenar, lançado pela primeira vez na França em 1951, é mais do que fazer um passeio pelo bosque da ficção.

O livro, narrado em primeira pessoa pelo próprio imperador já velho e bem doente, é recheado de momentos líricos e povoado de personagens históricos deliciosos. O tom confessional nos coloca facilmente dentro dos olhos de Adriano, permitindo-nos ver através desses mesmos olhos todos os acontecimentos da época. Adriano, ele mesmo um adepto da filosofia estoica, escreve essa carta testamentária para seu filho adotivo Marco Aurélio, aquele que virá a ser o mais famoso imperador filósofo. Temos ali um relato, não de um homem acima do bem e do mal, mas sempre de um ser em luta constante contra esses dois polos enganadores. Um ser que acima de tudo está sujeito à paixões e equívocos, tal como o mais simples dos mortais. Os questionamentos doloridos de Adriano a respeito da vida são os mesmos nossos, as buscas que ele empreende ao longo de sua existência e as renúncias que, inevitavelmente, o acolhem pelas beiras dos caminhos, soam-nos mais familiares do que poderíamos imaginar.

Yourcenar demorou cerca de trinta anos para ver sua obra mais ambiciosa finalizada e por momentos teve dúvidas se conseguiria dar conta. Somente com a maturidade e com uma boa dose de persistência conseguiu dar cabo de sua obra prima e legar ao mundo seu trabalho divinamente inspirado pelos deuses romanos.

Alguns trechos dentre tantos excelentes:

"A felicidade é uma obra-prima: o menor erro falseia-a, a menor hesitação altera-a, a menor falta de delicadeza desfeia-a, a menor palermice embrutece-a"

"O verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que lançamos pela primeira vez um olhar inteligente sobre nós mesmos: minhas primeiras pátrias foram os livros. Em menor escala, as escolas".

“ Não desprezo os homens. Se o fizesse, não teria o mínimo direito, nem a mínima razão para tentar governá-los. Eu os reconheço vãos, ignorantes, ávidos, inquietos, capazes de quase tudo para triunfarem, para se fazerem valer mesmo aos seus próprios olhos, ou, muito simplesmente, para evitarem o sofrimento. Sei muito bem: sou como eles, pelo menos momentaneamente, ou poderia ter sido”.

O homem mais tenebroso tem seus momentos iluminados: tal assassino toca corretamente a flauta; tal feitor, que dilacera a chicotadas o dorso dos escravos, é talvez um bom filho; um idiota partilharia comigo seu último pedaço de pão. Existem poucos a quem não se possa ensinar convenientemente alguma coisa. Nosso grande erro é tentar encontrar em cada um, em particular, as virtudes que ele não tem, negligenciando o cultivo daquelas que ele possui.

«Como toda gente, só disponho de três meios para avaliar a existência humana: o estudo de nós próprios, o mais difícil e o mais perigoso, mas também o mais fecundo dos métodos; a observação dos homens, que na maior parte dos casos fazem tudo para nos esconder os seus segredos ou de nos convencer que os têm; os livros, com os erros particulares de perspectiva que nascem entre as suas linhas."»

«... o gráfico de uma vida humana, que se não compõe, digam o que disserem, de uma horizontal e duas perpendiculares, mas sim de três linhas sinuosas, prolongadas no infinito, incessantemente aproximadas e divergindo sem cessar: o que o homem julgou ser, o que ele quis ser e o que ele foi.»

«Cada um de nós tem mais virtudes do que os outros supõem, mas só o êxito as torna notórias, talvez porque se espera então que deixemos de as praticar.»

«Quando se tiver diminuído o mais possível as servidões inúteis, evitado as desgraças desnecessárias, continuará a haver sempre, para manter vivas as virtudes heroicas do homem, a longa série de verdadeiros males, a morte, a velhice, as doenças incuráveis, o amor não correspondido, a amizade recusada ou traída, a mediocridade de uma vida menos vasta que os nossos projetos e mais enevoada que os nossos sonhos: todas as infelicidades causadas pela divina natureza das coisas.»

«Duvido de que toda a filosofia do mundo consiga suprimir a escravatura: o mais que poderá suceder é mudarem-lhe o nome.»

«Uma parte dos nossos males provém de haver demasiados homens excessivamente ricos ou desesperadamente pobres.»

"Esforcemo-nos por entrar na morte com os olhos abertos."
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PC_ 02/11/2013

pc
um livro excelente, com passagens muito bem elaboradas, onde se fundem filosofia, poesia e história, que revelam também uma escritora talentosa e de grandeza intelectual. o livro é um mergulho no universo da cultura greco-romana.
Para algumas pessoas pode parecer um pouco monótono, pois o livro resume-se a uma longa carta do imperador adriano a marco aurélio e tem o tom de monólogo, um velho refletindo sobre a vida , filosofia , política e guerra, mas é sobretudo um livro humano. a autora deixa transparecer fortemente o lado humano dessa figura marcante, tornando-a próxima de nós.
quem gosta de filosofia, história e mitologia ficará impressionado com a quantidade de fatos, personalidades e acontecimentos históricos tangenciados na narrativa.
leitura obrigatória a quem quer se aprofundar no universo literário de bom nível e se interessa por antiguidade clássica.
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