O crime do cais do Valongo

O crime do cais do Valongo Eliana Alves Cruz




Resenhas - O crime do Cais do Valongo


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Mari Fourquet 29/10/2020

Uma obra surpreendente
Trata-se de uma ficção histórica que se passa durante a escravidão no país.

Todos os 4 protagonistas se encontram em uma situação em que se envolve o assassinato de um burguês. Cada um apresenta um envolvimento diferente com o indivíduo assassinado (que de santo não tem absolutamente nada).

É uma história, acima de tudo, sobre ancestralidade, sobre amor e sobre magia.
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Livinha 01/11/2020

Adorei!
Não tenho palavras para descrever esse livro! Senti muitas emoções com ele!
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Gabi 02/11/2020

Eliana é maravilhosa
Amo ler livros que se passam em lugares que eu ?conheço? mesmo que em épocas diferentes, sinto que é mais fácil de compreender e de me localizar e esse foi um dos principais motivos de ter me interessado pelo livro so de ler o título (Valongo).

Amei a escrita da Eliana, achei uma leitura gostosa e fácil e eu demorei mais pra ler pela minha falta de tempo mas se não fosse por isso com certeza teria terminado em pouco tempo sem achar a leitura cansativa.
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Janaina 05/01/2021

Os melhores livros...
... são aqueles que me fazem escrever uma lista de referências e fatos históricos para pesquisar depois. Esse foi um deles.
Uma aula de história e humanidade.
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Lu 22/01/2021

Esse livro é incrível. Me faltam palavras para descrever ele.
Se passa em em 1800, porém, ao mesmo tempo, em 2021. Extremamente atual.
O suspense foi desenvolvido PERFEITAMENTE.
Cada personagem representa aqueles que tiveram sua voz e sua história apagadas, e é por esse e tantos outros motivos que eu digo que esse livro é baseado em fatos reais.
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Luciara 18/06/2023

Primeiro livro da autora, o suspense fica de fundo, o que mais transparece na leitura é o Brasil escravocrata.
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Julia.Martins 23/11/2023

Texto muito vibrante da escritora Eliana Cruz e que faz um resgate histórico do Brasil / Rio de Janeiro joanino no começo do século XIX. Embora fale de tema tão doloroso para a história do Brasil, a autora consegue deixar o texto leve. A obra é um romance histórico policial e traz inclusive algumas notícias de jornal da época referenciadas pela autora no final do livro. A história dá visibilidade a indivíduos historicamente apagados na história do Brasil, como os escravizados advindos da África. A história é contada sob dois pontos de vista: a de Muana, escravizada de Moçambique, que apesar de ter vindo forçosamente para o Brasil não perde sua ancestralidade, suas crenças e sua relação com a espiritualidade africana; e o do Nuno, brasileiro, pardo, filho de negra com um português branco, livre, descrito como cachaceiro, malandro e bastante divertido. Acompanhamos o assassinato do comerciante asqueroso, Bernardo Vianna que acontece no Valongo, região hoje reconhecida como sítio arqueológico no Rio de Janeiro, em que escravos eram negociados e enterrados no cemitério dos pretos novos e que começa a ser estudado e revitalizado no final da década de 1990. A história tem reviravoltas interessantes e acho que valem muito a leitura, porque consegue trazer além da subjetividade brutalizada e oprimida de pessoas escravizadas, dando agência e voz a essas pessoas. Gostei bastante. Recomendo.
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ritita 18/04/2021

História boa do Rio.
Embora possa parecer, não é um romance policial: trata-se de uma obra profunda e complexa, ao mesmo tempo em que é ficção, é uma vitrine dos acontecimentos históricos que marcaram – e ainda marcam! – a existência negra no Brasil.
a morte do comerciante é apenas uma mola , um pano de fundo para o desenvolvimento do enredo.
A história é fluente e bem contada. Nem preciso dizer que amei e enfurnei-me nas mandingas dos pretos africanos escravizados.
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Aisiel 05/05/2021

"O Crime Do Cais Do Valongo" (Eliana Alves Cruz, 2018).

Quem lê essa obra, não tem dúvidas de que, junto a Conceição Evaristo, Eliana Alves Cruz já demarcou seu lugar como escritora maestra na literatura brasileira contemporânea.
O romance histórico-policial, que vai muito além disso, nos captura para a potente história dos becos e ruelas do Rio, e a nossa maior memória afro-carioca, que é o Cais do Valongo, carregado de simbologias e nuances que nos sintonizam com um passado muito próximo.
Narrado a partir de dois personagens: o livreiro mestiço Nuno Alcântara Moutinho, e a moçambicana escravizada Muana Lomué, o romance resgata o horror da escravidão aqui no Rio, sobre como os escravizados socializavam os saberes e a ancestralidade do lado de lá do Atlântico, e mescla realidade e ficção quando nos põe em contato com personagens como Tereza Nagô, o Intendente Geral e a cantora lírica Joaquina Lapinha.
Nessa fluidez entre ficção e realidade, Eliana também nos fornece instrumentos para compreendermos como a violência patriarcal re-atualiza o passado na brutalidade dos crimes sexuais contra mulheres negras e brancas, no entanto, as chances de justiçamento para as últimas são muito maiores pelo privilégio e "biografia" da cor.
O romance policial carrega as estruturas da própria narrativa: o amor, as tensões, a presença do crime, a investigação e a revelação do malfeitor. No entanto, Eliana mergulha e enriquece seu trabalho com elementos estéticos que vão desde as notícias da Gazeta do Rio, perpassando pelos símbolos da diáspora, e os planos de um abolicionista inglês.
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Ana 11/05/2021

Livro necessário!
A história de "O crime do Cais do Valongo" parte do assassinato de um comerciante para mostrar diferentes facetas da sociedade escravagista no Rio de Janeiro do século XIX. O fato de ter dois narradores — Nuno, um homem que, apesar da descendência africana, tem a pele mais clara e pode circular "normalmente" naquela sociedade e Muana, uma moçambicana escravizada, que carrega elementos de sua ancestralidade e relata sua trajetória de vida ao longo do livro — faz com que conheçamos diferentes aspectos do assassinato de Bernardo — inimigo de Nuno e "dono" de Muana — e da sociedade em que os personagens viviam. Os elementos de História e cultura afrobrasileira são bastante ricos, pois apresentam informações que, muitas vezes, são invisibilizadas, a exemplo da vida e cultura dos africanos em seu país de origem. Recomendo muito a leitura e acredito que precisamos de mais livros como esse, inclusive na escola, uma vez que é necessário que todos nós tomemos conhecimento sobre o verdadeiro crime do cais do valongo.
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junenate 29/04/2022

A riqueza de detalhes das religiões africanas me encantou, mas não senti que o suspense me cativou muito...Quando comecei a ficar mais curiosa já me foi entregue as respostas do mistério : ( Mas ainda sim, é um livro incrível, a leitura flui muito facilmente.
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elainegomes 28/05/2021

Fui levada pelo título O Crime do Cais Valongo e criei uma expectativa de investigação criminal inserida dentro do contexto histórico real da comercialização humana.

Mas na verdade o livro tem outra proposta, ele nos apresenta personagens escravos simplesmente maravilhosos, eu particularmente sai do livro apaixonada por Muana Lomuè.

E sob o ponto de vista de Muana e de Nuno, o mestiço que resiste ao embranquecimento, conhecemos detalhes do crime ocorrido no cais Valongo e principalmente do crime contra a humanidade que o cais, suas pedras redondas e irregulares, sua terra, seu ar pesado e ensolarado, sua lama foram testemunhas.

Chão este enterrado para que novos nobres pudessem pisar, pra que se pudesse esquecer.

Chão que hoje ainda possui suas marcas embora sepultadas para não serem vistas, ainda refletem em cada humano que carrega a dor e a beleza de seus ancestrais.

?A verdade tem o dom de enlouquecer. Talvez por isso tantos vivam na mentira? - Eliana Alves Cruz.
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BiCarrie 06/03/2021

Envolvente
Em O crime do Cais do Valongo, obra realizada pela autora Eliana Alves da Cruz, trata-se de uma narrativa com o ponto de vista de dois personagens: Muanda e Nuno, alternando-se entre capítulos, a vivência de cada um. A história também abrange outros personagens que possuem grande importância no contexto do assassinato de Bernardo Lourenço Viana, um rico comerciante, branco, dono da escrava Muanda e credor de Nuno.

Apesar da morte de Bernardo, o cenário principal não se dá por isso, e sim através de relatos pessoais sobre a vida de Muanda, abrangendo sua antiga vida, expondo sua religião, cultura e sua trajetória até o Cais do Valongo e também através de pequenos relatos de Nuno, sobre o fato de ser nem branco e nem negro, mas ainda assim, ser ser excluído socialmente.

Como dito anteriormente, Muanda narra sobre sua cultura, religião e até mesmo sobre rituais realizados em determinados momentos, porém, num dado momento, ela se vê tendo que adotar hábitos e ritos de outra religião, mas para infiltrar-se melhor para conviver naquele povo que não era seu de nascença, pois estava em fuga com sua família, devido a um líder inimigo que queria entregar-lhes ao portugueses, ou seja, vender-lhes como escravos. Já nesse contexto, é possível perceber a mudança de hábitos devido a uma imposição exterior, por estarem num local em que seus costumes não são válidos, mas, seguidamente deste ocorrido, Muanda, após ter sido capturada e trazida para o Brasil, percebe-se que o catolicismo é lhe imposto também. Durante sua vinda para o Rio de Janeiro, ela relata sobre as precárias condições dos navios negreiros, onde as doenças eram facilmente transmitidas, causando a morte de diversos negros naquele minúsculo local de tráfego. Após sua chegada, Muanda acaba sendo comprada pelo Bernardo juntamente com mais dois outros negros que possuem um papel importante na narrativa, o Marianno e a Roza. Durante a história, é possível perceber que há casos de assédio e estupro, mas não acaba sendo dito explicitamente sobre, deixando mais oculto tais ocorridos, porém sabe-se bem que eram recorrentes.

Nuno, por sua vez, era um rapaz nem branco e nem negro, mas que se vê excluído da sociedade, onde amigos aconselhavam-no de casar-se com uma moça branca para ?esbranquiçar? e ?purificar? seu sangue, mas, ele se dá por apaixonado por Tereza, uma escrava que vendia frutas para comprar sua alforria. Nuno tinha o sonho de abrir um estabelecimento chamado Mazumba, onde o nome explica-se na própria história, porém que refere-se ao fato dele ser um rapaz nem branco e nem negro, porém livre. Com isso, para conseguir abrir seu negócio, necessitou de empréstimos, feitos através de Bernardo. Quando soube-se de sua morte, Nuno pulou de alegria por não ter de pagar mais sua dívida, o que fez com que ele acabasse sendo mais um entre os suspeitos, que eram os três escravos que trabalhavam na casa do comerciante.
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Janaí­na 29/06/2021

E o que é crime mesmo?
O pano de fundo é um crime. Uma pessoa detestável foi assassinada de jeito específico. Gostei que ela coloca anúncios de jornal ao iniciar os capítulos. Logo vc percebe que não se trata só de um romance policial histórico bem escrito. As histórias dos personagens se entrelaçam e lembrei da frase de Luiz Gama - note que isso não é um spoiler, mas acho que é natural ao se referir ao cais do Valongo - "O escravo que mata o senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa". Ela escreve muito bem. Meu segundo livro dela, sigo fã.
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Robson68 16/02/2023

A sutileza na escrita e a crueldade dos atos
Eliana Alves Cruz tem o dom. Mas não é somente o dito dom da escrita, tão bom e de tão bom afago para nós, leitores. O seu dom é também o de trazer a história tão cruel e tão dolorida da escravidão para os seus romances. Com muito cuidado com o contexto histórico, O Crime do Cais do Valongo nada mais é do que o pano de fundo para conhecermos a história de Muana e de toda a crueldade que foi sua retirada da terra de seus ancestrais. Aliado a isso, um contexto histórico de crueldade com os escravizados, e também a narração de vozes pretas livres, como a de Nuno. Tudo muito bem concatenado em um livro de 200 páginas que só nos deixa com vontade de ?quero mais?.
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