O crime do cais do Valongo

O crime do cais do Valongo Eliana Alves Cruz




Resenhas - O crime do Cais do Valongo


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AnaB. 08/11/2021

Mais um livro de indicação, e mais um livro maravilhoso.
O livro conta a história de investigação criminal do assassinato de um senhor comerciante muito importante na região. A narrativa é dividida entre dois personagens, um no passado e outro no presente. A Muana traz sua história de vida e Nuno traz a investigação.
A autora buscou publicações verídicas de uns periódicos nos anos de 1809 a 1821, entre eles a Gazeta do Rio de Janeiro, o que ajuda a dar o tom da época e trazer o plano de fundo histórico.
A leitura é bem boa, o ritmo da história é envolvente (que mexe com a mente kkkk) então você consegue ler rapidinho.
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ritita 18/04/2021

História boa do Rio.
Embora possa parecer, não é um romance policial: trata-se de uma obra profunda e complexa, ao mesmo tempo em que é ficção, é uma vitrine dos acontecimentos históricos que marcaram – e ainda marcam! – a existência negra no Brasil.
a morte do comerciante é apenas uma mola , um pano de fundo para o desenvolvimento do enredo.
A história é fluente e bem contada. Nem preciso dizer que amei e enfurnei-me nas mandingas dos pretos africanos escravizados.
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Maria Ferreira / @impressoesdemaria 04/07/2019

Um crime
Crime do Cais do Valongo (editora Malê, 2018), de Eliana Alves Cruz, é um romance que se passa no período colonial, em um Rio de Janeiro do século 19. A narrativa acontece de modo intercalado pelas vozes de Nuno Alcântara Moutinho, que é um mulato filho de pai português e mãe negra, e Muana Lòmué, africana escravizada, advinda de Moçambique.
Logo de início sabe-se que no Cais do Valongo aconteceu um crime: o homicídio de Bernardo Lourenço Vianna, um dono de hospedaria em ascensão social. Este crime é investigado pelo Intendente-Geral de Polícia, que também era primo da vítima, Paulo Fernandes Vianna.
Os primeiros suspeitos são os escravizados que pertenciam ao morto: Muana, Roza e Marianno. Estes dois últimos, apesar de não terem muita voz na história, possuem uma identidade bastante definida, o que faz com que suas habilidades manuais, ela com a comida e ele com a costura, sejam um fator importante no desenrolar da história. Nuno, suspeito em potencial de ter cometido o crime por ter uma dívida com o morto, se aproxima do intendente-geral para estar mais próximo das informações que aquele descobria, enquanto, por conta própria, também empreende as suas.
Muana, que sabe ler e escrever, mas como forma de proteção esconde isso de seu senhor, escreve sua história de vida. Ela narra os relatos que contou para um advogado inglês que estava interessado em reunir testemunhos de escravizados para ajudar a acabar com a escravidão. Enquanto Muana conta sua vida para o advogado inglês, o leitor acompanha a narrativa e este é um recurso muito bem utilizado pela autora porque economiza espaço e a leitura desperta ainda mais interesse na medida em que vamos conhecendo como havia sido a vida de Muana em Moçambique e tudo que ela passou até chegar ao Brasil.
O livro tem como ponto forte usar o crime como pano de fundo para levar o leitor a conhecer a época e seus costumes. Além disso, traz informações preciosas sobre as atividades exercidas no Cais do Valongo, local onde os trazidos da África aportavam e eram separados para venda.
A resolução do homicídio ganha uma justificativa que pode ser interpretada como realismo fantástico por conta dos acontecimentos sobrenaturais, revelando que ninguém ali é o que parece ser, mas uma outra interpretação é que estes acontecimentos estão ancorados em uma cultura ancestral que nós, como brasileiros, pouco conhecemos.
Acho que muito do que este livro expõe sobre a realidade dos escravizados vai em consonância com o que é exposto no romance Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves e pode mesmo funcionar como leitura complementar, com a diferença de que um é situado em Salvador enquanto o no Rio de Janeiro.

site: https://www.impressoesdemaria.com.br/2019/05/o-crime-do-cais-do-valongo-eliana-alves.html
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Ritaeseuslivros 30/07/2021

Por que ler O crime do Cais Valongo
O segundo livro de Elaine Alves Cruz tem o enredo em torno do assassinato de Bernardo Lourenço Viana, um branco sovina que tem a pretensão de ser alguém importante na corte portuguesa.
A história é narrada por dois personagens que apresentam perspectivas diferentes: Nuno e Muana. Nuno devia muito dinheiro ao morto e para se livrar dessa dívida, se aproxima do investigador do caso e começa a nos contar sobre a investigação. Muana era escrava de confiança do falecido e nos conta sobre a vida do morto além de nos contar também como foi parar no Brasil. Ela também nos conta como era em seu país de origem (Moçambique) e conta também sobre a religião que seguia.
O livro é bem mais curto que Água de Barrela e a perspectiva dividida nos tras a ideia de algo ligeiro. Apesar disso, o livro é cheio de referências históricas que nos ajuda a conhecer um pouco mais sobre a crueldade da época escravista.
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itsjulia 23/08/2020

cirúrgico e necessário
de todos os livros que eu já li, esse sem dúvida foi o mais forte. muitas cenas de peso, mas extremamentes necessárias.
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junenate 29/04/2022

A riqueza de detalhes das religiões africanas me encantou, mas não senti que o suspense me cativou muito...Quando comecei a ficar mais curiosa já me foi entregue as respostas do mistério : ( Mas ainda sim, é um livro incrível, a leitura flui muito facilmente.
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Alcione.Ferreira 28/01/2023

Não dá pra enumerar a riqueza de temas que Eliane Cruz traz nesse livro. Um romance histórico ancorado em uma profunda pesquisa que traz cenas, cheiros, paisagens e vida, em sua diversidade, à relação África-Brasil do século XVIII e XIV sob a perspectiva das vivencias de negros(as) livres e escravizados.
Vale muito a leitura.
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Mari Fourquet 29/10/2020

Uma obra surpreendente
Trata-se de uma ficção histórica que se passa durante a escravidão no país.

Todos os 4 protagonistas se encontram em uma situação em que se envolve o assassinato de um burguês. Cada um apresenta um envolvimento diferente com o indivíduo assassinado (que de santo não tem absolutamente nada).

É uma história, acima de tudo, sobre ancestralidade, sobre amor e sobre magia.
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Lu 22/01/2021

Esse livro é incrível. Me faltam palavras para descrever ele.
Se passa em em 1800, porém, ao mesmo tempo, em 2021. Extremamente atual.
O suspense foi desenvolvido PERFEITAMENTE.
Cada personagem representa aqueles que tiveram sua voz e sua história apagadas, e é por esse e tantos outros motivos que eu digo que esse livro é baseado em fatos reais.
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elainegomes 28/05/2021

Fui levada pelo título O Crime do Cais Valongo e criei uma expectativa de investigação criminal inserida dentro do contexto histórico real da comercialização humana.

Mas na verdade o livro tem outra proposta, ele nos apresenta personagens escravos simplesmente maravilhosos, eu particularmente sai do livro apaixonada por Muana Lomuè.

E sob o ponto de vista de Muana e de Nuno, o mestiço que resiste ao embranquecimento, conhecemos detalhes do crime ocorrido no cais Valongo e principalmente do crime contra a humanidade que o cais, suas pedras redondas e irregulares, sua terra, seu ar pesado e ensolarado, sua lama foram testemunhas.

Chão este enterrado para que novos nobres pudessem pisar, pra que se pudesse esquecer.

Chão que hoje ainda possui suas marcas embora sepultadas para não serem vistas, ainda refletem em cada humano que carrega a dor e a beleza de seus ancestrais.

?A verdade tem o dom de enlouquecer. Talvez por isso tantos vivam na mentira? - Eliana Alves Cruz.
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Isabel.Maciel 30/12/2022

um livro que todos deveriam ler. vale muito a pena. a história é otima, intrigante e cativante do início ao fim. o livro conta situações pesadas enquanto te deixa curioso para saber o que aconteceu. gostei bastante do desfecho da história
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Olga 29/11/2021

Imperdível!
Tem q ser lido! Nos conta (muito bem contado) um pouco da história de um canto do Rio que foi declarado patrimônio histórico recentemente, o cais do Valongo, e algumas de suas personagens. Um crime, q como muitos, envolve vários outros! Ô história bem contada! Dou 5 estrelas pq não posso dar 10!
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Cris 12/05/2022

Mais sobre a história do Rio e dia escravizados
O Crime do Cais do Valongo trás muitas informações sobre a história de povos escravizados, principalmente de Moçambique, da vida (que vida?) deles na travessia nos navios (?tumbeiros?) e quando chegavam ao Rio, e também muito da história do Brasil no período de D João VI no Rio.
Gostei muito da escrita objetiva da Eliana.
Muitas vezes senti vontade de montar um mapa com as informações pra comparar com a cidade agora, para tentar encontrar os locais descritos.
Preciso urgente fazer uma caminhada pelo Valongo?
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Ana 11/05/2021

Livro necessário!
A história de "O crime do Cais do Valongo" parte do assassinato de um comerciante para mostrar diferentes facetas da sociedade escravagista no Rio de Janeiro do século XIX. O fato de ter dois narradores — Nuno, um homem que, apesar da descendência africana, tem a pele mais clara e pode circular "normalmente" naquela sociedade e Muana, uma moçambicana escravizada, que carrega elementos de sua ancestralidade e relata sua trajetória de vida ao longo do livro — faz com que conheçamos diferentes aspectos do assassinato de Bernardo — inimigo de Nuno e "dono" de Muana — e da sociedade em que os personagens viviam. Os elementos de História e cultura afrobrasileira são bastante ricos, pois apresentam informações que, muitas vezes, são invisibilizadas, a exemplo da vida e cultura dos africanos em seu país de origem. Recomendo muito a leitura e acredito que precisamos de mais livros como esse, inclusive na escola, uma vez que é necessário que todos nós tomemos conhecimento sobre o verdadeiro crime do cais do valongo.
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