O crime do cais do Valongo

O crime do cais do Valongo Eliana Alves Cruz




Resenhas - O crime do Cais do Valongo


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Gabriela3420 31/08/2023

O crime do cais do Valongo
O crime do cais do Valongo, de @elialvescruz , é uma ficção histórica que conecta Moçambique ao Rio de Janeiro do século 18. É também uma linda homenagem à memória daqueles que foram sequestrados em África pra construir o Brasil.
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Marcone.Procopio 23/07/2020

Fiquei ainda mas fa? da Eliana Alves Cruz
. Com um romance histo?rico-policial ela constro?i uma trama que se passa em um dos locais mais abomina?veis que ja? existiram no Brasil, no Rio de Janeiro, ao mesmo tempo que apresenta uma A?frica, especificamente Moc?ambique, totalmente diferente mas ta?o linda quanto a apresentada em seu outro romance A?gua de Barrela. Vale a leitura por tudo que ha? nele: das maravilhosas plani?cies no sope? do monte Namuli e a incri?vel descric?a?o da multie?tnica e multicultural cidade de Quelimane, aos horrores da escravizac?a?o, seja na travessia nos tumbeiros, nas torturas e crueldades inimagina?veis praticadas pelos senhores e senhoras de engenho ou no terri?vel e repugnante cotidiano da regia?o do Valongo.

#ocrimedocaisdovalongo #editoramalê
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Jess.Goulart 27/04/2023

Um crime cheio de crimes
Que livro surpreendente, viu? Eu comecei achando a leitura um pouco confusa (tem mais de um narrador, com uma divisão um pouco confusa e meio indefinida no começo) e lenta. Mas apenas nas primeiras páginas.

Muito além do crime que acontece no começo do livro, Eliana Alves Cruz nos coloca para pensar sobre os diversos crimes cometidos no Cais do Valongo. Apesar de falar de tanta dor, morte e destruição, sua narrativa chega a ser poética, com enfoque nas muitas histórias que por ali passaram. A dor existiu, mas era apenas uma parte de um todo que também deve ser lembrado.

Muana é uma personagem maravilhosa, com uma desenvoltura e uma forma de contar histórias invejável. Através de sua fala doce, somos capazes de viajar o mundo com ela, imaginar os cenários maravilhosos que seus olhos viram, viver com sua intensidade e ter forças para continuar, apesar de tudo.

Nico, apesar de ser um tremendo malandro sedutor, é um personagem muito interessante e um elo sagaz que une passado, presente e futuro. É uma sacada muito interessante que ele seja um dos personagens principais. Afinal, seu "jeitinho brasileiro" de encarar a vida é o que faz com que uma parte muito importante da história se desenrole.

É um livro curto em número de páginas, de fácil leitura em termos de vocabulário. Mas é grandioso em sua narrativa, é forte e causa certo mal estar. É delicado e poético na mesma medida. E é, sem dúvidas, majestoso.
Não vejo a hora de devorar as outras obras da autora ??
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Tina Lilian Azevedo 29/11/2021

Verdades
O que mais gostei na leitura foram as informações históricas e a visão do Rio colônia a partir das pessoas escravizadas. A vida delas nessa parte da cidade, onde já caminhei muitas vezes e sempre me encanta e me lembra a dor dos que ali viveram. Deu sentido à vários aspectos históricos invizibilizados. Essa leitura é uma oportunidade de conhecer a real história de formação do país. Traz à luz o verdadeiro crime do cais do Valongo e desmistifica a hipocrisia oficial.
A estória me lembrou muito Um Defeito de Cor, livro que também aborda a história de pessoas escravizadas desde sua saída da África até seu regresso ao país de seus sonhos, e também aborda, com riqueza de detalhes, o que constitui as religiões de matriz africanas.
Achei algumas partes incongruentes, mas aprendi muito e, com certeza na minha próxima caminhada por aquela região vou levar comigo essa estória
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Lilly 10/04/2021

Forte
As vezes me pergunto o pq fico chocada com a crueldade humana, um dos períodos mais tristes e tensos que o Brasil viveu e apoiou; O período da escravidão, quantas famílias foram destruídas e sonhos esmagados, pelo fato de um homem querer subjugar o outro, se achar superior. E conseguimos ver isso nos tempos atuais.
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Saulors 26/03/2022

Um documento histórico extremamente necessário. A autora narra fatos arrasadores de nossa história, como a vinda de milhares homens, mulheres e crianças para o Rio de janeiro, a fim de serem escravizados em nossas terras. Uma história que não pode ser esquecida de forma alguma. E como pano de fundo, temos um thriller policial sobre o assassinato de um nefasto senhor de escravos. Um livro brilhante.
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Rafael G. 20/06/2020

[ comentário originalmente publicado no instagram @le_gurg ]

“O Crime do Cais do Valongo” chegou até mim através de uma entrevista de Eliana Alves Cruz para o canal Bondelê, onde ela conta que, nas obras para reforma do porto do Rio de Janeiro, encontraram ossadas muito antigas. O Valongo era justo por onde chegavam os negros sequestrados de suas nações em África, e onde ficava o Cemitério dos Pretos Novos, em que descartavam, sem qualquer dignidade, aqueles que aqui chegavam sem vida. A morte, aliás, como é de se imaginar, é um signo muito importante para a narrativa. É uma linguagem, uma possibilidade de saber. E o trabalho de Eliana, como ela mesma diz na entrevista, segue justamente pelo caminho da restituição de dignidade na costura dessas palavras – o que me lembra a imagem de Marianno, um chimbando (homossexual) e poderoso feiticeiro que está sempre tecendo uma mortalha. Mortalha que, inclusive, desempenha papel fundamental na trama investigativa. Eliana, portanto, mescla a narrativa policial, na voz de Nuno Moutinho, ao recolhimento e assentamento de histórias, na voz de Muanna (que consegue ver e falar com os mortos). “O Crime do Cais do Valongo” é um GRANDE livro. Forte, poderoso, necessário e que lança mão de pesquisa muito bem executada. As reconstituições cênicas tanto desse Rio de Janeiro fétido e opressivo quanto do Monte Namuli em Moçambique são bastante imersivas. Apesar de dolorido, foi com muito prazer que li.
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Kamyla.Maciel 18/05/2023

Eliana é sensacional, isso não há o que questionar! Ler esse livro me transportou ao Rio de Janeiro do mesmo jeito que Um Defeito de Cor me levou a Salvador, foi uma surpresa porque eu desconhecia o Valongo e o que representou.

O livro fala do Rio de Janeiro de 1800, em que ocorreu o assassinato de um homem branco que passa a ser investigado. Só que esse crime traz questões muito maiores, questões coletivas e sociais, e Eliana vai ligando os fatos e apresentando os personagens através dessa investigação.

São dois narradores, a escravizada Muana e um homem brasileiro livre, o Nuno, que ficam intercalando os capítulos. São personagens diferentes e essa diferença dá um tom mais leve ao livro, nas partes narradas por ele. Muana é incrível, uma mulher preta que nos conta sua vida desde África, com muita muita ancestralidade e consciência.

Ler esse livro depois de ter lido ?solitária? foi perfeito, concretizar através de personagens tão reais a escravidão e suas mazelas e como isso gerou o cenário de servidão das empregadas domésticas no outro livro. É como se um complementasse o outro.

São histórias não contadas que Eliana traz de forma clara, é o Rio de Janeiro aos olhos de quem estava à margem e não com aquela pompa que se conta sempre sobre a corte no Brasil.

É a formação histórico social do nosso país, de um lado um luxo e desperdício e a ideia de embranquecimento e eurocentrismo, do outro a fome, a miserabilidade dos corpos, a necessidade de sobreviver e resistir.

Entendi que o crime que o titulo fala não é aquele investigado no livro, mas sim a escravização e morte de milhares de pessoas negras trazidas da África e o total descaso e esquecimento com que isso foi tratado depois. O livro é um chamado para não esquecermos, para relacionar os problemas de hoje às atrocidades daquela sociedade. É um chamado a resistir, a entender a formação social do Brasil, a deixar de ter uma única versão da história.

Vi uma entrevista da Eliana e ela fala que escrever esse livro era uma necessidade de contar o que não era contado, de devolver dignidade para quem construiu o Brasil, de mostrar a narrativa de uma mulher negra, um resgate através da literatura.

Enfim, perfeito!! não tem como largar quando começamos.
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A.Henrique 09/03/2024

"ninguém é o que parece" (p. 155)
Mais uma vez fui arrebatado pela escrita da Eliana! Com "Solitária" ela me arrancou lágrimas com uma narrativa contemporânea. "Nada digo de ti..." e esse, "O crime do cais do Valongo" são romances históricos que também tratam de temas muito importantes. Entretanto, nesses dois últimos, vemos uma outra faceta da escrita da autora que puxa para algo mais cômico - sem ser forçado, sem desrespeitar a grandeza e a relevância dos temas abordados.

"O crime..." traz dois narradores: Nuno de Alcântara Moutinho e Muana Lomuè, temos alternância desses dois em todos os capítulos. Acompanhamos o desenrolar da investigação do assassinato cometido próximo ao cais do Valongo ao mesmo tempo que Muana reconstrói seu passado desde África, contando da sua infância aos pés do monte Namuli até sua chegada ao Brasil, chegando pelas areias do mesmo local antes da construção do cais. Não digo mais nada do enredo, apenas repito o que sempre digo (e com certeza sempre direi) ao terminar mais uma leitura dessa autora: leiam Eliana Alves Cruz!

Agora, só me falta ler "Água de Barrela" e aguardar ansiosamente por mais romances dela.
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Tati 13/07/2022

O crime do cais do Valongo
Num primeiro momento, pensamos se tratar só de um romance policial? no entanto, ao passar das páginas, o leitor compreende que o assinado do senhor Bernardo e só um plano de fundo que a autora utiliza para falar de um Brasil escravocrata e cruel.
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Alessandra 27/05/2021

Não me tocou
Uma leitura que passaria sem com certeza. Não me tocou de nenhuma das formas. De Crime não tem nada, o crime na verdade será falado apenas em 80% do livro onde se descobre tudo: motivação e quem é o assassino. Até lá vamos saber mais sobre a vida da principal escrava da vítima: Muama. Ela conta sobre sua infância, suas tradições em Moçambique, seus costumes na tribo em religião, mulheres no poder, vida após morte, família e o amor. Mostra como ser tornou escrava e sua luta para aceitar a condição em um país distante. A história dos três escravos é bastante interessante, mas não me motivou. Ao ler a sinopse estava procurando outro tipo de livro.....
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Deia 23/03/2021

Fascinante
Narrativa bem construída, às vezes cômica, para um período sóbrio da história do Brasil que até hoje nos assombra.
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Leonardo.Ataide 19/08/2021

Um breve relato do dia a dia no cais do Valongo no Rio
Escreve com detalhes momentos vividos por pessoas ao longo da jornada entre continentes. Informação que não aprendemos nos livros da escola.
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Ju 17/03/2021

Comecei ler no início da quarentena e só terminei ontem, parei voltei parei de novo.
Comecei a ler procurando mistério, encontrei um livro sobre memória, belas descrições de uma escrava letrada que sabe muito bem de onde veio. Nos convida a refletir sobre liberdade, sobre humanidade e sobre identidade e sobre privilégio. Me resgatou um defeito de cor na hora que Muana descreve o navio negreiro, a angústia da felicidade extrema ser rapidamente substituída pelo pavor e de repente perder tudo e todos para nunca mais encontrar.
Depois de ler fui pesquisar a história do cais do Valongo, me deparei com um vídeo de restauração da época das olimpíadas, ocorreram escavações e foram encontrados muitos pequenos objetos dos escravizados, cachimbos, brincos, búzios. Pra quem não sabe o cais ficar pertinho do museu de amanhã? Cadê o museu do ontem? Cadê nossa história contada como realmente foi?

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GIPA_RJ 19/03/2023

Um achado!
Ganhei o livro de presente de minha amiga -Skoob Aritmante e o inseri dentre as leituras de 2023. Foi sensacional!
A autora fez uma vasta pesquisa do Rio de Janeiro dos tempos da família real e o resultado foi surpreendente.
Como já disse em histórico de.leitura , pude entender na prática através dos personagens tudo o que Laurentino Gomes descreveu em sua trilogia Escravidão.
O destaque fica com as lembranças descritas pela moçambicana Muana, com as tradições de sua etnia e temas polêmicos como a mutilação sexual de meninas na África.
O título do livro em si já é uma grande provocação , pois retrata ao mesmo tempo o crime do enredo e algo.maior que foi a hedionda vinda de pessoas escravizadas para as Américas por mais de três séculos.
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