O crime do cais do Valongo

O crime do cais do Valongo Eliana Alves Cruz




Resenhas - O crime do Cais do Valongo


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Sandra.Fatima 19/03/2021

Cultura africana no Rio de Janeiro
É um livro delicioso de ler, flui de uma maneira tranquila, onde o crime é o que menos importa e sim a vida dos personagens, que são ricos em histórias.
Remete a cultura africana no Rio de Janeiro e de como as pessoas sobreviviam a todas as dificuldades de ser negro, pobre e desafortunado.
Remete a lugares conhecidos do carioca fazendo um passeio por suas ruelas visto com o olhar da época.
Vale a pena ler para conhecer um pouco dos costumes de uma época que vida efêmera.
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Ju 17/03/2021

Comecei ler no início da quarentena e só terminei ontem, parei voltei parei de novo.
Comecei a ler procurando mistério, encontrei um livro sobre memória, belas descrições de uma escrava letrada que sabe muito bem de onde veio. Nos convida a refletir sobre liberdade, sobre humanidade e sobre identidade e sobre privilégio. Me resgatou um defeito de cor na hora que Muana descreve o navio negreiro, a angústia da felicidade extrema ser rapidamente substituída pelo pavor e de repente perder tudo e todos para nunca mais encontrar.
Depois de ler fui pesquisar a história do cais do Valongo, me deparei com um vídeo de restauração da época das olimpíadas, ocorreram escavações e foram encontrados muitos pequenos objetos dos escravizados, cachimbos, brincos, búzios. Pra quem não sabe o cais ficar pertinho do museu de amanhã? Cadê o museu do ontem? Cadê nossa história contada como realmente foi?

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BiCarrie 06/03/2021

Envolvente
Em O crime do Cais do Valongo, obra realizada pela autora Eliana Alves da Cruz, trata-se de uma narrativa com o ponto de vista de dois personagens: Muanda e Nuno, alternando-se entre capítulos, a vivência de cada um. A história também abrange outros personagens que possuem grande importância no contexto do assassinato de Bernardo Lourenço Viana, um rico comerciante, branco, dono da escrava Muanda e credor de Nuno.

Apesar da morte de Bernardo, o cenário principal não se dá por isso, e sim através de relatos pessoais sobre a vida de Muanda, abrangendo sua antiga vida, expondo sua religião, cultura e sua trajetória até o Cais do Valongo e também através de pequenos relatos de Nuno, sobre o fato de ser nem branco e nem negro, mas ainda assim, ser ser excluído socialmente.

Como dito anteriormente, Muanda narra sobre sua cultura, religião e até mesmo sobre rituais realizados em determinados momentos, porém, num dado momento, ela se vê tendo que adotar hábitos e ritos de outra religião, mas para infiltrar-se melhor para conviver naquele povo que não era seu de nascença, pois estava em fuga com sua família, devido a um líder inimigo que queria entregar-lhes ao portugueses, ou seja, vender-lhes como escravos. Já nesse contexto, é possível perceber a mudança de hábitos devido a uma imposição exterior, por estarem num local em que seus costumes não são válidos, mas, seguidamente deste ocorrido, Muanda, após ter sido capturada e trazida para o Brasil, percebe-se que o catolicismo é lhe imposto também. Durante sua vinda para o Rio de Janeiro, ela relata sobre as precárias condições dos navios negreiros, onde as doenças eram facilmente transmitidas, causando a morte de diversos negros naquele minúsculo local de tráfego. Após sua chegada, Muanda acaba sendo comprada pelo Bernardo juntamente com mais dois outros negros que possuem um papel importante na narrativa, o Marianno e a Roza. Durante a história, é possível perceber que há casos de assédio e estupro, mas não acaba sendo dito explicitamente sobre, deixando mais oculto tais ocorridos, porém sabe-se bem que eram recorrentes.

Nuno, por sua vez, era um rapaz nem branco e nem negro, mas que se vê excluído da sociedade, onde amigos aconselhavam-no de casar-se com uma moça branca para ?esbranquiçar? e ?purificar? seu sangue, mas, ele se dá por apaixonado por Tereza, uma escrava que vendia frutas para comprar sua alforria. Nuno tinha o sonho de abrir um estabelecimento chamado Mazumba, onde o nome explica-se na própria história, porém que refere-se ao fato dele ser um rapaz nem branco e nem negro, porém livre. Com isso, para conseguir abrir seu negócio, necessitou de empréstimos, feitos através de Bernardo. Quando soube-se de sua morte, Nuno pulou de alegria por não ter de pagar mais sua dívida, o que fez com que ele acabasse sendo mais um entre os suspeitos, que eram os três escravos que trabalhavam na casa do comerciante.
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anacmontijo 05/02/2021

Que leitura gostosa! Romance histórico cheio de reviravoltas, dores e belezas da nossa ancestralidade. Eliana escreve com maestria! Foi incrível me conectar com os lugares onde se passa a história pois já visitei o Cais do Valongo e o IPN, espaço de memória do Cemitério dos Pretos Novos no Rio de Janeiro. Livro essencial para se conhecer mais sobre essa parte tão importante da história brasileira que segue invisibilizada assim como o Valongo seguiu até sua redescoberta a partir das obras do Porto Maravilha.
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Dulci 31/01/2021

Livro Maravilhoso!
A escrita me lembra Machado de Assis, a trama e muito bem enrredada e historicamente fundamentada.
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Lu 22/01/2021

Esse livro é incrível. Me faltam palavras para descrever ele.
Se passa em em 1800, porém, ao mesmo tempo, em 2021. Extremamente atual.
O suspense foi desenvolvido PERFEITAMENTE.
Cada personagem representa aqueles que tiveram sua voz e sua história apagadas, e é por esse e tantos outros motivos que eu digo que esse livro é baseado em fatos reais.
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@gezaine_ 20/01/2021

A premissa é simples: um comerciante endinheirado e escravocrata é encontrado morto no Valongo. A estória, porém, é agradável de ler, pois a escrita de Eliana Alves Cruz é fluida e cativante. Narrado por dois personagens, uma mulher moçambicana que foi sequestrada e escravizada, e um mestiço, o livro é fruto de muita pesquisa histórica e trouxe vários ensinamentos.
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Sergio 17/01/2021

excelente livro !
Essa novela (gênero literários, não confundir com telenovela) é para se ler um fôlego só,
Ao descrever um crime ocorrido nesse ponto de chegada de escravos, a autora nos descreve o processo que trouxe uma jovem vendida na África para traficantes que a trouxeram ao Brasil para ser escravizada,
Com uma linguagem ágil e envolvente a escritora prende a atenção do leitor desde as primeiras páginas.
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edsonlucas 14/01/2021

redescobrindo
desde o início foi muito bom enxergar um outro ângulo do Rio, e do peso histórico que certos lugares têm. uma história cativante e dolorosa que não nos deixa esquecer que cada número é uma vida, uma história e uma luta.
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Renata (@renatac.arruda) 13/01/2021

A princípio, "O crime do Cais do Valongo" parece ser literatura policial: estamos no século 19 e um comerciante branco é encontrado morto, em circunstâncias misteriosas. Um livreiro mestiço resolve investigar o caso. Uma mulher africana escravizada pelo morto parece guardar um segredo. No entanto, o livro não é sobre isso. Ele trata de relações de poder e resistência, resgatando um capítulo triste da história do Rio de Janeiro.

O Cais do Valongo, hoje um Patrimônio Histórico da Humanidade, funcionou durante 20 anos como o local onde desembarcavam e eram comercializadas as pessoas sequestradas no continente africano. Os que não resistiam aos maus tratos e à insalubridade da viagem eram despejados de forma degradante no que ficou conhecido como o Cemitério dos Pretos Novos: local onde os corpos ficavam empilhados, eram queimados e misturados ao lixo doméstico. Uma área onde o terror da escravidão podia acontecer longe dos olhos da Corte.

No livro, Eliana Alves Cruz dá protagonismo aos sobreviventes deste terror sem maltratá-los: de forma leve, ela nos conduz de volta à África, onde hoje é Moçambique, e podemos ter uma visão de como era a vida dessas pessoas antes, e no exato momento, da invasão portuguesa. Quem eram, como viviam, como eram seus costumes e crenças. Também não há romantização: ela não deixa de retratar os conflitos e violências entre aldeias e povos.

De volta ao Rio, conseguimos entender as motivações de cada personagem e percebê-los como sujeitos da própria história em seu limitado, mas poderoso, poder de resistência. Nesse momento, cai a ficha de qual crime do Cais do Valongo nós estamos realmente falando aqui.

É uma deliciosa aula da história da população negra carioca que você provavelmente não aprendeu na escola. Recomendo muito.

@renatac.arruda
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Janaina 05/01/2021

Os melhores livros...
... são aqueles que me fazem escrever uma lista de referências e fatos históricos para pesquisar depois. Esse foi um deles.
Uma aula de história e humanidade.
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Gabi 02/11/2020

Eliana é maravilhosa
Amo ler livros que se passam em lugares que eu ?conheço? mesmo que em épocas diferentes, sinto que é mais fácil de compreender e de me localizar e esse foi um dos principais motivos de ter me interessado pelo livro so de ler o título (Valongo).

Amei a escrita da Eliana, achei uma leitura gostosa e fácil e eu demorei mais pra ler pela minha falta de tempo mas se não fosse por isso com certeza teria terminado em pouco tempo sem achar a leitura cansativa.
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Luciana 02/11/2020

A trama é bem simples, porém é um livro muito bem escrito, leitura flui que você nem sente.
Fica a pergunta, qual o verdadeiro crime? O que ocorreu com Sr. Bernardo ou os que ocorriam todos os dias com os negros do Cais do Valongo?
Leiam!
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