Os Imortalistas

Os Imortalistas Chloe Benjamin




Resenhas - Os Imortalistas


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douglaseralldo 31/07/2018

10 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS IMORTALISTAS, DE CHLOE BENJAMIN OU SOBRE VIDA E MORTE
1 - Tocante, sensível e em muitos momentos dotado de grande emoção, Os Imortalistas é ficção bem feita e que envereda-se por terrenos ainda nebulosos e misteriosos, refletindo sobre vida e morte a partir da história dos irmãos Gold, uma narrativa de fronteiras tênues entre os insondáveis desígnios dos mistérios da existência e a razão, que mesmo quando presente (no caso da narrativa) não deixa de ser impactada pela aleatoriedade da jornada da existência humana;

2 - Para tanto, a autora constrói sua narrativa a partir do último ano da década de 60, quando curiosos pela presença de uma estranha mulher na cidade, os quatro irmãos Gold (Varya, Daniel, Klara e Simon) decidem consultarem-se com a cigana, quando então teriam recebido desta a profecia com suas respectivas datas de morte. O impacto de tal informação percorrerá então a vida de cada um deles, ao mesmo tempo em que suas experiências e identidades vão se revelando à sombra de grandes movimentos sociais e históricos;

3 - Estabelecido a partida inicial da narrativa (diga-se que os Gold pertencem a uma família judia típica da diáspora de seu povo), o livo então divide-se em quatro partes bem especificas em que se debruça sobre cada uma das jornadas dos irmãos, focalizando cada um dos protagonistas em respectivos momentos de sua vida, mas todos sempre com a sombra daquele dia de 1969 e cujos impactos reverberarão nos anos 80, 90 e 2000. Ao narrar com apuramento cada um dos Golds, Benjamin discutirá o peso das ideias incutidas, bem como penetrará com certa forma no drama ainda insolúvel da humanidade: sua imortalidade;

+: http://www.listasliterarias.com/2018/07/10-consideracoes-sobre-os-imortalistas.html

site: http://www.listasliterarias.com/2018/07/10-consideracoes-sobre-os-imortalistas.html
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João 27/11/2018

Imortalistas
Depois de ver esse livro em mais de 10 canais do YouTube, eu finalmente o comprei... bem, a variação de personagens é grandes, e este é o único problema do livro, já que alguns dos pontos de vista são muito melhores que os outros.
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Dri F. @viagenscomlivros 26/11/2018

Varya, Daniel, Klara e Simon são 4 irmãos que ficam alvoroçados ao saber da existência de uma vidente que chegou ao bairro, em Nova York.
O ano é 1969, e as crianças saem escondidas de casa para saber sobre sua sorte. A mulher diz a cada um deles o dia da sua morte.
E assim a história vai trazendo a vida de cada um dos irmãos em separado, o que acontece a cada um deles depois dessa informação.
.
Acho que esperava um pouco mais dessa história.
A premissa é realmente interessante, fala sobre o poder das nossas escolhas, sobre o destino ser ou não definido independente do que façamos. A história se desenrola em separado contando a passagem do tempo, as escolhas de cada um e seus destinos.
A narrativa, pelo menos para mim, se tornou cansativa em alguns momentos.
Ficamos sabendo pouco sobre o que foi dito para cada um dos irmãos e vamos acompanhando mais como cada um deles seguiu com sua vida depois de supostamente terem descoberto as datas da mortes. Em alguns momentos os irmãos se reúnem, e fica um suspense se realmente as datas serão certas ou não.
Acho que esperava um pouco mais de profundidade, e talvez uma narrativa mais ágil. Embora eu tenha gostado muito da história em si, foi um livro difícil de definir quanto gostei ou não e até de pontuar.

"E foi mais do que isso, foi a explosão, dançar à beira da casualidade - se for para ser - com o homem que ela ama. O que é criar um bebê se não fazer uma flor aparecer do próprio ar, transformando um lenço em dois?"

"Claro que as pessoas escolhem coisas em que acreditar o tempo todo: relacionamentos, ideologias políticas, bilhetes de loteria. Mas Deus é diferente, Daniel pode ver agora, Deus não deveria ser criado baseado em preferências pessoais, como um par de luvas customizadas."


site: Instagram @viajecomlivros
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LT 20/11/2018

E se você soubesse o dia em que morrerá?

Bom, essa é a temática principal dessa obra e logo quando iniciei a leitura, passei a me questionar. Definitivamente não saberia lidar com essa informação.

Segue lendo que logo descobrirão o que há por trás de todo esse livro

Simon, Daniel, Varya e Klara, são quatro irmãos que movidos pela curiosidade quando crianças e vão atrás de uma vidente que se tornou famosa por falar para as pessoas o dia em que elas irão morrer. Impossível não apavorar com tal informação. Sendo assim, cada criança tenta levar a vida sem pensar no dia seguinte. Apenas tentando não pensar se a cigana estava certa, praticamente impossível.

“QUOTE: – Não entendo. – Varya apoiou um pé sujo no teto. – O que essa mulher faz exatamente?

– Já te disse. – Daniel era hiperativo, impaciente. – Ela tem poderes.

– Tipo o quê? – perguntou Klara, movendo a peça do jogo. Ela passou a primeira parte do verão aprendendo truque de cartas com elástico do Houdini, sem muito sucesso.

(…) – Ela sabe dizer quando você vai morrer.”

O livro foi dividido em quatro partes e cada parte é referente a história de vida de um dos irmãos. Posso dizer que a autora conseguiu me prender na história de cada um deles, porque fiquei apreensiva durante a leitura, pois a todo momento ficava esperando para descobrir como eles morreriam.

Simon, a primeira parte do livro, deixa a mãe e segue para San Francisco, onde para ter dinheiro segue a vida como bailarino e se descobre gay em pleno anos 70. Os cenários são muito bem construídos pela autora. Ela mostra o movimento gay e a violência contra os homossexuais em uma época onde a AIDS começa aparecer. Porém, não é apenas a parte ruim que se destaca, o amor que ele descobre sentir, por quem ele se apaixona, tudo está envolvido e muito bem escrito.

“QUOTE: – Eu não sabia… – diz Simon, balançando a cabeça. – Eu não sabia que você… gostava de mim.

Ele quase disse “gostava de homem”. Robert dá de ombros, mas não em descaso; ele está pensando, pois seus olhos estão distantes, mas focados, em algum lugar no meio da baía. Então eles retornaram a Simon.

– Nem eu – ele diz.”

Simon, segue sua vida em algo que é apaixonado, a dança, mas sempre lembrando de quando a vidente lhe disse que morreria. Ele sabia a data, mas seus irmãos, não. Eles apenas tinham a consciência de que ele morreria jovem. E assim mostrando a vida dele, a autora descreve como foram os anos até sua morte.

Klara, é a segunda parte do livro. Em sua história, ela segue para San Francisco com o seu irmão e leva a vida como mágica recriando a fantasia de grandes mágicos. Ela sempre sonhou em estar nos palcos, mas isso era algo totalmente distante da sua realidade, até agora. Klara conseguiu com ambição se tornar uma grande ilusionista, mas o que ela mais se arrepende é não conseguir trazer Simon de volta.

“QUOTE: Klara pode transformar um lenço preto numa rosa e um ás numa rainha. Pode fazer uma moeda de dez centavos virar uma de um, e uma moeda de vinte e cinco se tornar uma de dez, e tirar dólares do próprio ar.

(…) O que ela não pode fazer – o que ela nunca vai parar de tentar – é trazer seu irmão de volta.”

Ela sofre muito com a perda do irmão e isso a consome, por mais que tenha seguido sua vida e conhecido alguém que a apoie, o fantasma de Simon não a deixa.

Daniel, a terceira parte do livro, é um médico do exército que tem que lidar com as perdas do 11 de setembro. Ele fez faculdade e conheceu Mira, com quem se casou. Porém, nunca contou a ela sobre a vidente. Entretanto, isso muda quando um policial, que trabalha no caso de sua irmão Klara, o contata e fala sobre a família de charlatões, onde um dos membros é a vidente que eles conheceram anos atrás.

“QUOTE: Vários anos depois, quando estavam casados e morando em Kingston, Nova York, ele perguntou a Mira se ela havia sentado intencionalmente ao lado dele na cantina anos antes.

(…) Mira o beijou. Ele podia sentir na nuca a faixa fria da aliança dela, um anel dourado igual ao dele.

– Eu sabia exatamente o que estava fazendo – disse ela.”

Na última parte do livro, conhecemos mais sobre Varya, ela busca a longevidade em uma sociedade que não sabe lidar com a morte. Cuida da mãe em um asilo, e sua história é mais complexa do que o esperado, com alguns pontos fora do lugar e outras questões a serem resolvidas. Agora sozinha, passa mais tempo trabalhando do que vivendo, e dizem que quem pouco vive, morta está. Até que alguém inesperado surge em sua vida. Alguém que ela não queria que a encontrasse.

“QUOTE: – Você me deu o nome de Solomon – diz ele.

E o buraco na escuridão. Inicialmente ela sente confusão: Como? Não é possível. Eu teria sabido. Então o impacto completo, o baque. Sua visão borra.”

De um modo geral, os quatro personagens foram bem construídos assim como suas histórias. Chloe mostra para o leitor como as pessoas podem mudar suas vidas através de apenas uma informação que jamais deveríamos ter acesso. Posso dizer que os quatro irmãos se arriscaram, erraram, mas, no fundo, eles viveram como queriam após eles descobrirem quando morreriam.

A história do livro é linda, porém a escrita da autora é um pouco lenta e isso atrapalhou um pouco o desenvolver da leitura para mim. Outra coisa que deixou um pouco a desejar, na minha opinião, foi em relação de as histórias dos irmãos serem contadas em separado e não como um todo. Porém, por outro lado, nos permitiu focar atentamente na vida de cada um.

Eu amei descobrir como eles levaram a vida após descobrirem uma informação tão importante.

Em um livro narrado em terceira pessoa, a autora teve o cuidado de nos apresentar um cenário muito bem construído, assim como os personagens primários e secundários. Ela desenvolveu tudo tão bem e de forma bem ampliada que permite ao leitor viajar para o interior do livro.

Uma coisa que vale ressaltar é o trabalho da editora em relação a edição do livro. Que coisa mais linda. A capa é dura, cheia de detalhes e com um acabamento impecável. As páginas são amareladas e os espaçamentos, assim como a revisão estão impecáveis.

Em suma, Os Imortalistas, é um livro que tem uma história linda, que nos faz parar e refletir sobre a nossa vida. Em determinados momentos a leitura se tornou um pouco lenta, mas é uma obra que sem dúvidas merece ser recomendada.

Resenhista: Analuiza Amorim.

site: http://livrosetalgroup.blogspot.com.br/
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Erika Alcantara @literandofotos 12/11/2018

O que você faria se soubesse o dia de sua morte?
Título: Os Imortalistas
Editora: Harper Collins
Autora: Chloe Benjamin
Páginas: 327
Nota: 2,5 ?
Os irmortalistas nos conta a trajetória de 4 irmãos, fadados a carregar a informação do dia de sua morte após Daniel ouvir a conversa de dois garotos na fila de um restaurante e ter a ideia de ir visitar essa vidente, segundo os garotos, a mulher poderia dizer exatamente o dia de sua morte.
O livro é dividido em 4 partes, para cada irmão, Simon, Klara, Daniel e Varya. Narrando a trajetória de cada um até o dia de sua morte.
Ainda estou refletindo, se gostei desse livro, eu esperava mais, algo sobrenatural, mas o que temos é uma reflexão da vida e morte, e sobre o que você faria se soubesse o dia que iria morrer, achei que os personagens só apressaram tal evento. Essa também é uma questão do ponto de vista de cada leitor ( foi o que achei mais interessante). É um retrato da nossas escolhas. A leitura flui bem, porém é muito descritiva, o que só faz alongar desnecessariamente.
Edição magnífica, capa dura com toque aveludado.
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Frannynh 04/11/2018

Destino ou burrice?
Esse livro vai ficar na minha memória por muito tempo, não por ser muito bom mas por ser perturbador. Traz muitos questionamentos e muita raiva dos personagens, seria só burrice da parte de alguns em escolher caminhos claramente desastrosos? ou seria só o destino?

Sei lá, é um bom livro, embora gostaria de não nunca ter lido.
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Camila | Book Obsession 31/10/2018

Quando li essa sinopse sabia que teria que incluir essa leitura na minha meta desse ano. Com um catálogo que tem me surpreendido cada vez mais, a HarperCollins não perdeu tempo em trazer mais uma obra incrível que nos faz refletir muito sobre a vida.

Em Os Imortalistas, conhecemos a história de quatro personagens: Daniel, Klara, Simon e Varya. Os irmãos resolvem irem consultar uma vidente que está dando o que falar na cidade e dentre as previsões, ela acaba revelando o dia que eles irão morrer. Para eles seria apenas mais uma daquelas previsões malucas, afinal quem poderia afirmar que eles iriam morrer no dia previsto.

A partir daí, por mais que tentem seguir cada um com seu caminho, vira e mexe acabam lembrando das previsões da vidente e a história traz sob a perspectiva desses personagens, uma forma de mudarem esse possível acontecimento.

“Sempre, é assim: a família que a criou e a família que ela criou, puxando-a em direções opostas."

A trama vai se alternando conforme acompanhamos cada um dos irmãos na tentativa de evitar a morte e principalmente como estão lidando com suas vidas desde o momento que tiveram essa revelação, assim como a proximidade dessa data.

"— Não me importo com relevância. Me importo com a família. Há coisas que você faz por pessoas que fizeram isso por você.”

Dividido em quatro partes, com enfoque nos irmãos, a história se passa inicialmente em 1969, onde tudo começou com a previsão que na narrativa é mostrada através de Varya.

Com uma passagem de tempo, os irmãos voltam a se reunir devido à perda de seus pais e logo começamos a ficar em suspense a cada parte e se realmente a data prevista irá acontecer na vida deles.

“O pior aconteceu, e em meio ao vazio da perda está a ideia de que agora há muito menos a temer.”

Vários elementos chamam atenção, principalmente a forma como os anos ao final das partes são diferentes, mas confesso que o tema explorado me deixou um pouco angustiada e mesmo com uma escrita muito fluida por parte da autora é impossível não lamentar, ficar triste.

Claro que não vou contar exatamente o que acontece com cada um dos personagens porque todos os sentimentos, medos, angustias vividos por eles, vale a pena o leitor conhecer a partir da sua perspectiva na leitura, mas já adianto que é um livro intenso, reflexivo, que irá mexer com sentimentos que talvez você nem imaginaria sentir em uma leitura assim.

Os temas são bem explorados, mas depois da leitura fica aquela sementinha: será que estamos aproveitando nossa vida de forma plena? Será que seríamos mais felizes ou até menos mesquinhos, egoístas se realmente soubéssemos a data da nossa morte?

Por causa desses questionamentos, a autora conseguiu com maestria em meio a esse drama nos trazer boas surpresas ao longo do enredo. Trouxe também uma forma de falar de um assunto que por muitos é difícil de encarar, sem esquecer de mencionar outros importantes fatos da nossa história, como atentados e todas as evoluções tecnológicas.

Os Imortalistas é aquele tipo de livro que te dá aquela sacudida sobre os rumos que damos para nossas vidas. Com um enredo impactante, reflexivo, emocionante sobre a família, com personagens bem construídos e diferente de tudo que você possa ter lido.

site: http://www.bookobsessionblog.com/2018/10/resenha-os-imortalistas-chloe-benjamin.html
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steph (@devaneiosdepapel) 30/10/2018

Os Imortalistas
Nova York, 1969. Quatro irmãos (Varya, Simon, Klara e Daniel), ainda crianças, decidem visitar uma famosa vidente que, segundo rumores, pode prever a data da morte de qualquer pessoa. Após esse acontecimento, acompanhamos a vida dos irmãos Gold pelas décadas seguintes.

Como você viveria se soubesse o dia exato da sua morte?

"Os Imortalistas" chamou minha atenção pela capa e pelo título; eu sabia que esse livro teria grandes chances de ser o meu tipo de história, e por isso dei prioridade na leitura. Também decidi fazer o desafio #30minutosDeLeitura com ele, o que me ajudou a ler mais rapidamente.

O livro é dividido em quatro partes, cada uma acompanhando um dos irmãos Gold. Na minha opinião, as duas primeiras – que acompanham Klara e Simon – são as melhores e mais dinâmicas. Os dois irmãos são personagens fascinantes, a escrita de Chloe Benjamin flui muitíssimo bem e ela levanta temas importantes como machismo, homossexualidade e a descoberta da AIDS.

Da terceira parte em diante, a obra fica morna; Daniel e Varya não soaram muito interessantes pra mim. Por mais que eu entenda que a intenção do livro seja a de mostrar o cotidiano e os problemas familiares, acho que a força da história foi se perdendo, e no final, eu fiquei meio sem entender a "moral".

No geral, é um livro com uma escrita ótima e boa fluidez, que depois se perde um pouco e nos deixa confusos no final. Se a autora tivesse seguido a mesma linha das primeiras partes, eu provavelmente teria gostado um pouco mais da leitura.

site: https://www.instagram.com/devaneiosdepapel/
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Silvana 29/08/2018

O enredo de Os Imortalistas foi criado a partir da frase "Se você soubesse a data da sua morte, como seria a sua vida?" O livro dividido em quatro partes e um prólogo, nos apresenta quatro irmãos que vivem em Nova York no ano de 1969. Varya é a mais velha com treze anos, Daniel está com onze, Klara tem nove e Simon o caçula, está com sete. Eles estão no meio das férias de verão e com o calorão que está fazendo eles praticamente ficam dentro de casa sem nada para fazer. É quando eles ficam sabendo sobre uma mulher que chegou na cidade e sobre os rumores dela ter poderes. Dizem que a mulher, uma vidente, é capaz de dizer o dia exato da morte das pessoas.

Os irmãos acham que isso é bobagem, mas acabam indo até ela e quando chegam ao local são atendidos separadamente, por isso só sabemos a suposta data da morte de Varya, que é quem acompanhamos durante o prólogo. Segundo a vidente, Varya vai morrer aos oitenta e oito anos. Então temos uma passagem de tempo de nove anos e começa a primeira parte onde vamos acompanhar Simon do ano 1978 até 1982. Como temos essa data de/até fica aquela dúvida se é nesse ano, 1982 que Simon vai morrer. Os irmãos estão reunidos novamente, dessa vez para o enterro do pai deles.

Varya e Daniel estão fazendo faculdade em outra cidade. Klara está terminado o ensino médio e pretende seguir a carreira de ilusionista. E como Simon não tem nenhuma vocação para gerir o negócio do pai, ele decide ir embora com Klara para São Francisco. Ninguém sabe, somente Klara, mas Simon é gay e ele ouviu falar que em São Francisco as pessoas podem ser o que quiserem, por isso ele aproveita a ida a irmã para se libertar. E assim segue a história em ordem cronológica, e em cada uma das partes vamos acompanhar um dos irmãos, Klara 1982-1991, Daniel 1991-2006 e Varya 2006-2010 vivendo suas vidas, tentando esquecer o que foi dito na sala daquela vidente.

Primeiro quero dizer que o livro não é o que eu esperava. Quando vi ele classificado como fantasia no skoob, fiquei esperando algo meio sobrenatural nessa coisa de saber a data das mortes. E não foi isso que aconteceu, encontrei mais um romance/drama familiar do que uma fantasia. E nem por isso o livro deixou de ser menos do que ótimo. Me surpreendi com a forma com que a autora escreveu sobre tantos assuntos considerados tabus, ou apenas como temas difíceis mesmo e que a maioria dos autores fogem. Ela escreveu de uma maneira leve e despretensiosa, mas que me absorveu de uma maneira que eu que estava lendo no ônibus só não perdi o ponto porque ia até o ponto final mesmo.

Me vi sendo sugada para dentro da história e era como se eu estivesse chegando e conhecendo São Francisco junto com Simon. E essa foi uma das melhores sacadas da autora. Os lugares apresentados são como se fossem personagens da história e eu que vivi essa época e lembro muita coisa, foi como se estivesse revendo acontecimentos marcantes da nossa história. A primeira parte foi minha favorita de todas e o Simon também foi o irmão que mais gostei. Que triste ver ele passar por tudo aquilo e logo quando ele conseguiu ser livre. a primeira parte do livro é fantástica e até então você fica na dúvida se Simon apressou as coisas ou se a vidente tinha razão.

A dúvida ainda permanece com Klara, que também me ganhou ao viver um pouco das histórias dos mágicos. Ela era uma mulher em meio a tantos homens na profissão, mas isso não impediu ela de seguir seus sonhos. Já com Daniel, o personagem que menos gostei dos quatro, a profecia da vidente volta com tudo e ele fica obcecado em descobrir mais sobre a mulher que eles encontraram tantos anos atrás. E por fim temos Varya, que me identifiquei muito, principalmente na parte sobre ela precisar de uma rotina. E no fim temos que responder a pergunta feita no início do livro. Se você soubesse a data da sua morte, como seria a sua vida?

Eu sempre me perguntei como seria nossa vida se já soubéssemos o dia da nossa morte. Será que viveríamos de forma livre, sem se preocupar com opiniões alheias e aproveitaríamos a vida ao máximo ou será que deixaríamos de viver para tentar mudar a data fatal? Aqui temos os dois exemplos, Simon que faz tudo o que tem vontade e Varya que vive dentro de um laboratório estudando uma forma de prolongar a vida. Qual deles fez o certo? Será que se Simon tivesse agido de outro jeito ele teria mudado seu destino? E Varya teria morrido jovem, antes da data prevista? Essa é a grande questão levantada pelo livro e no final cada um tem que encontrar sua resposta.

E enquanto pensamos nessa questão vamos acompanhar a vida dos quatro irmãos que deixam de ser uma família no momento em que a profecia é feita. E eu particularmente cheguei a conclusão que em hipótese nenhuma eu quero saber algo que vai acontecer de um jeito ou de outro. Mas em contrapartida vi o quando pode se perder se não fizermos exatamente o que temos vontade. Enfim, é um livro que recomendo. Ele é bem diferente de tudo o que tenho lido e visto por ai. A edição está um arraso. O livro é em capa dura e essa capa é perfeita. Se der leiam ele, é um livro que com certeza vai te fazer pensar e é uma história linda para se acompanhar.

site: https://blogprefacio.blogspot.com/2018/07/resenha-os-imortalistas-chloe-benjamin.html
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Gislene.Batalha 12/05/2024

Os imortalistas
Quatro irmãos ainda crianças procuram uma vidente que revela a cada um o dia da sua morte.
Com o passar dos anos o caçula morre exatamente no dia que a vidente falou.
E agora? Será verdade a previsão dela? Como ficam os 3 irmãos?
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FabyTedrus 02/10/2018

Os Imortalistas - Chloe Benjami
Nesse livro temos varias visões, e acredito que mesmo assim não temos todas as possíveis, de "o que você faria se soubesse a data da sua morte?".
Os irmãos Varya, Daniel, Klara e Simon são os protagonistas desta história, e ficam sabendo da data fatídica durante um verão na infância/adolescência deles, e então ficamos sabendo como cada um, a sua maneira, lidou com essa informação.
Gostei muito do livro, da forma como a história se desenvolveu, o ritmo e os personagens. Foi muito interessante ver as varias formas de lidar com o fato de que, não só a morte era inevitável, mas tinha uma data definida e conhecida, podemos ver do descontrole ao controle excessivo da vida.
Na minha opinião a história menos interessante foi a do Daniel, mesmo tendo partes interessantes, e achei que a da Varya ganharia a mesma opinião mas ela foi me ganhando e uma reviravolta fez a diferença. Recomendo, vale a pena conhecer a família Gold, suas vidas e mortes.
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Luciana732 02/10/2018

Emocionante, tocante !
Gostei muito da forma que a autora escreveu o livro dividindo cada capítulo para cada um dos irmãos e as conexões entre eles, começando por um capítulo geral onde descreve a premissa do livro sobre a cigana que diz a data que cada um iria morrer, a partir disso vem as vertentes de destino ou escolhas de cada um. Uma parte que realmente me emocionou muito foi quando a mãe pede desculpas e perdão do filho, muito verdadeiro o sentimento que ficou bem explícito, entre outros tópicos que envolvem os laços familiares como perdas, superação, arrependimentos, segredos, autoconhecimento, achei um drama maravilhoso, o livro fala de amor e da saga desta família. Sempre bom demonstrarmos o quanto amamos as pessoas mais próximas. Recomendo a leitura.
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Leonardo1263 14/08/2018

A Sabedoria é uma Maldição?
Os Imortalistas, traz um tema daqueles a se refletir por horas e horas. Se você pudesse saber o dia de sua morte, arriscaria saber quanto tempo ainda lhe resta? A escritora Chloe Benjamin, transformou essa que acredita-se ser uma das mais antigas indagações humanas, em um romance tocante e reflexivo. Distribuído no Brasil pela editora Harper Collins o livro conta com 320 páginas, edição capa dura, facilmente encontrado em grandes livrarias.

A premissa apresenta quatro irmãos filhos de judeus. São eles: Varya, Daniel, Klara e Simon. Um determinado dia, Daniel fica sabendo que há uma cigana na cidade que pode revelar qual a data de morte das pessoas. Motivados pela curiosidade infantil eles decidem encontrar tal cigana e descobrir tais datas. A partir daquele momento, aquela informação mexeu com cada um deles, a maneira com pensar o futuro, como viver o presente, quais escolhas fazer e outras questões que foram assombrando cada um deles. Além de fazerem parte de uma grande família, por mais que sejam irmãos, cada um mantem uma personalidade bem unica e incomparável. O Modo como se relacionam também é importante para o desfecho de suas vidas.

Com isso a autora Chloe Benjamin, traz uma série de indagações sobre como viver essa vida. Saber a data que iremos partir, nos causa tristeza por termos a noção do tempo restante ou devemos nos alegrar em poder viver esse tempo finito da melhor forma possível?

A premissa em si já desperta muito a curiosidade, mas a forma como é escrita, a velocidade de narrativa, a escolha dos acontecimentos e amarração dos fatos, coloca o leitor a repensar tudo de uma vez só. O livro consegue de uma forma orgânica, até o seu final te prender as primeiras páginas e tornar a leitura algo muito pessoal. Em dado momento a narrativa é tão rica em detalhes e veloz onde deve ser, que é possível uma imersão a ponto de se envolver emocionalmente com os personagens e a cenas.

Um livro que faz repensar como viver, repensar o relacionamento em família, repensar os planos e como se preparar para o dia em que todos nós iremos dessa pra outra, mesmo isso sendo impossível. Uma das mensagens mais importantes que permeia todo livro é uma especie de como encarar as crenças, como confrontar dentro da razão as coisas do coração. Uma espécie de placebo que nos permite afundar naquilo que nos é acreditável.

Até onde nossas crenças nos afetam e a nossa caminhada? Com certeza nunca saberemos, mas há alguns valores que são construídos durante a vida que nos torna possível tomar as rédias de muitas situações. O ser humano é frágil, quanto mais forte se acha, mais frágil se apresenta. Nossa querida escritora Chloe, com o auxilio de vários especialistas em muitas áreas diferentes, traz a nós leitor um romance que merece ser lido por gerações. Talvez sua sensibilidade para os fatos esteja baixa, mas uma releitura daqui a algum tempo vai te permitir enxergar uma carga emocional gigantesca e alguns detalhes que havia passado despercebido.

Antes de querer saber a data em que vai morrer, descubra como quer viver!

site: https://mundohype.com.br/resenhas/review-os-imortalistas-de-chloe-benjamin/
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@retratodaleitora 20/08/2018

Instigante
Os Imortalistas é o segundo romance publicado da autora Chloe Benjamin e desde o seu lançamento em 2018 está fazendo grande sucesso entre os leitores. A HarperCollins Brasil trouxe o livro ao país em uma edição incrível, capa dura e com um lindo projeto gráfico, apresentando na capa original a ilustração de uma Árvore da Vida, o método cabalista de explicar a criação do universo ou também hierarquizar o processo evolutivo do homem. E é sobre evolução que a autora vai falar ao abordar quatro irmãos.

Os Gold são crianças inteligentes que, no verão de 1969 em Nova York, aproveitam as férias da maneira que podem. Quando corre a notícia de que uma vidente está na cidade, eles juntam toda a mesada e vão juntos saber sua sorte, ou melhor: descobrir qual será o dia de sua morte. Na sala bagunçada da misteriosa mulher, eles já não têm ideia se querem mesmo aquela brincadeira, mas cada um sai de lá com sua própria data e, em suas mentes, o medo de que ela pode estar certa.

O livro é dividido em quatro partes, e em cada uma delas acompanhamos a vida dessa família. Cada irmão tem uma personalidade, sonhos e esperanças, e cada um deles reage a sua maneira àquela tarde em que cada um saiu do apartamento da cartomante com uma data na cabeça. Como você reagiria ao saber a data exata da sua própria morte?


"Alguns mágicos dizem que a mágica despedaça nossa visão de mundo. Mas eu acho que a mágica é o que mantém o mundo inteiro. É matéria escura; é a cola da realidade, a argamassa que preenche os buracos entre tudo que sabemos ser verdade. E é preciso mágica para revelar quão inadequada a realidade é."


Simon é o mais novo, e mesmo antes de atingir a maioridade escapa para São Francisco com a irmã, Klara, que tem o sonho de se tornar uma grande ilusionista, assim como foi sua avó tantos anos antes. Daniel é o filho mais velho, e se torna médico do exército, vivendo uma vida segura junto a sua mulher. Varya é a leitora da família; estudiosa, ela se torna uma renomada pesquisadora em longevidade.

Com o tempo eles se separam e se reaproximam, formam laços entre eles e também os rompem. Cada um vive a sua maneira, até que a data que os perseguem se aproxima. Foi emocionante acompanhar a trajetória de cada um, da infância até a data que lhes foram atribuídas. Se a vidente estava certa ou não, vocês terão que descobrir ;)

As duas primeiras partes (Simon e Klara) foram para mim as mais tocantes, e eles os personagens mais cativantes entre os quatro irmãos; justamente por isso a primeira metade do livro foi a mais envolvente e me prendeu mais, enquanto na última metade percebi uma queda no ritmo do livro.

Os Imortalistas é um livro fantástico, com uma ideia realmente interessante, e aguardei seu lançamento com muita ansiedade. É um drama questionador, que faz o leitor pensar bastante e se colocar no lugar de cada um desses personagens, e não só eles como também as pessoas que são afetadas pelas atitudes dos mesmos. Foi uma leitura que me envolveu, me fez refletir e emocionou. Recomendo muito e espero ler mais da autora em breve :)

E fica a questão: Se você soubesse o dia exato da sua morte, como você viveria?

site: https://umaleitoravoraz.blogspot.com/2018/08/resenha-os-imortalistas-de-chloe.html#more
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Queria Estar Lendo 29/08/2018

Resenha: Os Imortalistas
Os Imortalistas é um livro de Chloe Benjamin, que foi publicado pela HarperCollins e nos cedido para resenha. Com uma narrativa simples e bonita, que vai te pegar pela mão e te levar para dentro da vida dos irmãos Gold.

A história começa com as quatro crianças da família Gold indo visitar uma vidente que, segundo os rumores, é capaz de adivinhar a data em que as pessoas vão morrer. Com essa informação em mãos, cada um deles passa a reagir de maneira diferente em relação a sua vida e a forma de vive-la. A vidente pode ser uma fraude, é verdade, mas a única maneira de descobrirem isso é morrendo (ou vivendo além da data que lhe foi dada).

Passado o capítulo inicial com a apresentação dos personagens, a premissa da história e a separação da família, o livro então passa a ser dividido em quatro partes. Cada uma dessas partes é narrada pelo ponto de vista de um personagem, até o seu desfecho, então passando para o próximo.

Primeiros temos Simon, o mais jovem de todos e primeiro a partir, que foge para São Francisco em uma gana de viver a vida e ter todas as experiências que puder. Sendo um adolescente gay na década de 80, o caçula dos Gold faz parte de grandes acontecimentos da comunidade LGBT da época, nem todos eles positivos.

É impossível não se conectar com Simon, o mais carismático dos quatro irmãos, e entender seus tormentos, mesmo quando julgamos suas más decisões. O caçula da família é simplesmente muito cheio de vida, para o bem ou para o mal. E foi com dor no coração que nos despedimos dele para dar espaço a Klara.

"Ela sempre pensou no lar como um destino físico, mas talvez Raj e Ruby sejam lar o suficiente. Talvez o lar, como a lua, a seguirá para onde ela for."

Ela que sempre teve o sonho de ser uma grande ilusionista, mas que deixa sua vida em pausa para se mudar com o irmão e permitir que ele vivesse no auge, e que sempre se sentiu diferente dos demais, com uma conexão além. Klara sempre acreditou na previsão da vidente, na essência do algo a mais, e isso foi parte do que guiou todas suas escolhas em vida (e em morte).

Posso ter amado Simon, mas Klara é a personagem que melhor entendi, por quem mais senti. Queria que ela tivesse sido tão feliz quanto ela gostaria, quanto ela merecia. O sonho de ser uma grande ilusionista não passava por Las Vegas, mas ainda assim é lá que ela vai parar, com seu marido e sua filinha Ruby. Talvez eu me identifique com algo de sombrio que havia dentro dela, a pequena pontinha de descontentamento, aquele mínimo detalhe que impede a felicidade completa. Mas a questão é que Klara era maravilhosa, mas doía. E doeu até o fim.

"Dentro de Klara um longo caule se entorta e parte. Sempre, é assim: a família que a criou e a família que ela criou, puxando-a em direções opostas."

Então chegamos aos irmãos mais velhos, e menos carismáticos. Daniel foi um personagem com o qual não tive conexão ou empatia, e até mesmo quando me interessei por sua jornada – mais próximo ao fim -, ainda não consegui me importar o suficiente. Pode ter sido o azar de ele ter vindo logo após a Klara, é verdade, mas a sua narrativa não me segurou como eu gostaria. Foram-se os irmãos artísticos, eis os metódicos e pragmáticos.

"Por fim, temos Varya e sua vida tão vazia que chega a dar pena. E raiva. Mas o que se inicia com uma narrativa fria e distante vai se provando uma história complexa e cheia de camadas. Varya me intriga, e me peguei gostando dela mais do o esperado. O problema da personagem, agora já sozinha e apenas com a mãe em um asilo, é que na ânsia pela longevidade ela acabou por esquecer de viver. E quem pouco vive, morta está.

"- Não me importo com relevância. Me importo com a família. Há coisas que você faz por pessoas que fizeram isso por você.
- E há coisas que você faz por si mesmo."

Os Imortalistas é um romance sobre família, vida e escolhas. Sobre saber viver a vida que temos, e a vida que queremos ter.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2018/08/resenha-os-imortalistas.html
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