Os Imortalistas

Os Imortalistas Chloe Benjamin




Resenhas - Os Imortalistas


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Luan 27/09/2019

Uma crítica à velocidade do nosso dia a dia e sobre o fim da vida.
Com que frequência você pensa sobre a morte? Qual a sensação te dá ao pensar sobre a morte? É um assunto que te faz refletir ou não? Você a teme? Eu, vez ou outra, me pego pensando neste tema. Principalmente em poder aproveitar a vida enquanto ainda há tempo, pois a gente nunca sabe o dia de amanhã. Os imortalistas, livro de Chloe Benjamin, trouxe justamente este tema, que foi abordado de uma forma que mexeu com o meu psicológico e me deixou reflexivo como poucas vezes.

O livro narra a história de quatro irmãos, ainda pequenos, que descobrem a presença de uma vidente na cidade em que vivem e que sabe dizer o ano que cada pessoa vai morrer. Depois da visita que eles fazem a esta mulher, a relação entre eles e a personalidade deles muda. Mas porque o que a vidente disse afetou tanto essas quatro pessoas? Eles acreditaram mesmo na previsão? Acompanhando a vida de cada um, vamos saber ou tentar entender a relação de cada um com a morte.

Os imortalistas é dividido em cinco partes. A primeira, a introdução, mostra rapidamente a relação entre os quatro irmãos ainda crianças. Em seguida, as outras quatro partes são sob a perspectiva de cada um deles: Simon, Klara, Daniel e Varya. Cada fase é dividida em capítulos curtos que focam na jornada de cada um deles depois daquele fatídico dia. Mesmo assim, os outros irmãos vão aparecendo aos poucos na história dos demais. Foi uma escolha, na minha opinião, acertada da escritora. Deu para mostrar um pouco mais a fundo a vida de cada um deles.

O livro tem diversas qualidades. Dividindo diversas opiniões, há aqueles que não gostaram, aqueles que acharam ok e os que gostaram, naturalmente. Eu faço parte do terceiro grupo. É um livro que me surpreendeu positivamente, mas não posso deixar de citar uns problemas, como é o caso da pressa da escritora na primeira parte. Ao longo do livro ela frisa que os irmãos se tornaram distantes depois da vidente. Mas não mostrou a relação próxima que eles tinham antes do episódio. Só me dizer não me convenceu tanto sobre isso.

Além disso, preciso ressaltar que em alguns momentos da narrativa de cada um dos irmãos faltou profundidade. Nestas partes, são contados anos da vida de cada um. Mas especialmente sobre Daniel e Varya, a autora foca em alguns episódios - importantes para a história -, mas que deixam uma sensação de falta de profundidade no restante. Queria saber como foram os outros anos da vida deles. É um livro que, certamente, poderia ter mais algumas páginas.

Mas tirando isso, preciso elogiar o conjunto da obra. Gostei da forma como a escritora construiu toda a história. Ela deve ter tido várias fórmulas para desenvolver Os imortalistas, mas me parece ter escolhido a melhor. A ordem cronológica dos fatos foi muito bem conduzida. A vida que cada um levou, suas profissões, tudo muito bem explicado e mostrou que a escritora foi a fundo para conhecer cada linha que escreveu porque ela me convenceu de verdade daquilo. Os personagens protagonistas também foram bem construídos e me agradaram neste aspecto. Soma-se a isso a escrita dela, que é muito bonita, com descrições bem feitas e diálogos naturais.

Submetendo o leitor a um tema polêmico e delicado, Chloe construiu uma história que me agradou bastante e soube ser muito pontual em seu objetivo. Vivemos em uma época que queremos tudo para agora, é o período que as informações andam em velocidade máxima e nunca estamos satisfeitos. Mas com essa rotina, às vezes esquecemos de viver aquelas experiências que vão realmente nos fazer feliz. E que poderão nunca ser vivenciadas pois a morte está logo ali. A morte não pode definir a forma como vou viver, mas não posso deixar de aproveitar minha vida porque ela é curta. É um choque de perspectiva e que o livro fez aumentar ainda mais em mim.
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@jaliagoraesuavez 23/09/2019

Adorável!
O livro conta a história de 4 irmãos, os irmãos Gold: Simon, Klara, Daniel e Varya. Que, quando crianças, procuram uma vidente no Lower East Side em Manhattan que anuncia para cada um deles a data exata de sua morte.

Se você soubesse a data da sua morte, como seria a sua vida?

Bom, eu de cara já digo que nunca iria querer saber uma coisa dessas. Menos mal se a vidente te conta que você vai viver até os 90 anos, mas se aos 11 anos você descobre que só vai viver até os 20? O que você faria?

E é isso que vamos descobrindo em cada parte do livro, que narra a vida de cada um dos 4 irmãos, até o dia de sua morte.

É difícil falar desse livro, sem dar spoiler, mas vou tentar!

Depois da leitura eu tive ainda mais certeza que nunca iria querer saber o dia da minha morte, pois é esse não saber que nos move, que nos faz viver.

Saber o dia da sua morte pode te paralisar, ainda mais se você descobrir que vai morrer cedo demais.

Pra que amar? Ter filhos? Ter uma formação e ambição, se não vou ter nada disso por muito tempo?

Melhor então seria levar uma vida inconsequente, sem afetos, apegos, esperando a morte chegar ou correndo na frente dela.

Essa vontade de viver tudo para ontem e, ao mesmo tempo, a falta de esperança com o futuro me emocionaram muito nessa leitura.

E fica uma pergunta: se você soubesse o dia da sua morte, você teria uma vida diferente? Será que saber a data não nos condicionaria também, de uma certa forma?

Essa história é sobre vida, irmãos, amor, medo da morte e medo da vida quando se sabe o dia da morte. Um livro que mexeu comigo!

site: @jaliagoraesuavez no Instagram
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Nayeli 26/08/2019

Morno.
Tentei ser gentil com "Os Imortalistas", mas minhas impressões gerais foram: boa premissa, ritmo lento, cada divisão do livro era como começar uma história nova então você tem aí facilmente três mini ressacas literárias. O "drama familiar" não é bem trabalhado, os personagens apontam continuamente como se afastaram, mas pensam tanto uns nos outros que esse distanciamento chega a não convencer (apesar de você saber que é real)...
Muitas pessoas reclamaram da divisão entre os primeiros dois capítulos e os últimos, tem uma quebra da forma de pensamento mudando do misticismo pro ceticismo e pro apego a ciência e a lógica (causado inclusive pelas profissões dos personagens) mas é apenas na última parte que nós temos as maiores reflexões, mesmo cansativo e lento o final ainda é a maior contribuição no termo de aprendizado.
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belaffig 13/07/2019

Amo todos vocês.
Tem uma frase de um filme muito marcante para mim, Sinédoque, Nova York, que diz: “Você lutou para chegar à existência e agora está deslizando silenciosamente para fora dela. Essa é a experiência de todos. Todos. As especificidades mal importam.”
A morte sempre foi uma incógnita para mim. Eu não penso muito nela, mas quando penso, é com temor. Quando perdi uma pessoa muito próxima de mim, o que mais me tomou foi o medo. Pelos que ficaram. “O que vai ser da vida agora? O que vem depois?” Essas perguntas me consumiram por um tempo e então, sem que eu percebesse, deixaram de importar. A vida voltou aos conformes, com a adição de momentos arrebatadoramente fortes onde um cheiro, um sorriso, um olhar ou uma fala reacendem lembranças e uma saudade me arrebata por completo. Nesses momentos, eu sorrio. Choro, mas sorrio. Por enquanto, ainda não me esqueci do rosto dessa pessoa, do som da sua risada, dos seus olhares e sua voz. Por ora. Meu maior medo é que um dia essas visões desapareçam no fundo da minha mente. Mas o “por ora”, isso é o suficiente.
Por isso eu estava tão receosa de adentrar esse livro. O que me esperava? Como minha visão sobre toda essa questão mudaria? Que feridas iam ser tocadas? Bom, nesse quesito, não foi tão arrebatador quanto eu pensava. Não que isso seja um problema: apenas significa que minha surpresa e maravilhamento vieram de outro lugar. E é assim que Os Imortalistas acabou me atingindo de uma forma maravilhosa e emocionante.
Os Gold, a primeira vista, não possuem nada de diferente. São uma grande família judia nos anos 80, seus seis membros vivendo normalmente e crescendo normalmente. Até que. E que “Até que”. Quando as quatro crianças descobrem a data exata de sua morte — um enredo muito cativante construído pela autora —, tudo muda.
O interessante é ver que, a princípio, conforme adentramos a história individual de cada um dos filhos, não parece que tanto assim mudou. A vida continuou. Voltou aos conformes. Cada um segue o seu rumo, e quando o momento chega, eles se vão.
Simon, o que eu achava que seria meu favorito (e que me tocou profundamente), se vai livremente. Contente. Não contente de “feliz”, mas de “contentamento”. O raro sentimento de saber que fez o suficiente e que viveu o suficiente, pois não resta mais escolha. Klara se vai como uma ilusão, e eu acho que ainda tenho muito a desvendar sobre ela. Daniel se vai olhando para o passado. Confrontando-o. E se tem algo que aprendi sobre o irmão que menos me cativou foi que não são muitas pessoas que enfrentam o passado assim — apesar de que todos o devessem fazer. E Varya. Que personagem gigante. Ao menos, merece um parágrafo inteiro só para ela.
A mais velha dos irmãos era a que eu achava que menos me atingiria. Dentre os quatro, era a que mais desvanecia, em segundo plano no começo da história. Quieta e sistemática, não sabia o que esperar de sua história. Mas que surpresa, das mais maravilhosas, mergulhar em sua vida. Se até seu POV eu senti que não fui tão impactada quanto achava que seria; que alguns pontos ainda estavam soltos e que faltava introspecção em algumas partes do livro (lê-se: Daniel), agora tudo iria ser finalizado, todos os nós atados e toda a história da família Gold enrolada em um laço e uma finalização magníficas. Quieta e sistemática, sim, mas com uma avalanche de sentimentos, pensamentos e lembranças dentro de si. E descascar suas camadas foi quase uma honra, uma tarefa árdua mas cuidadosa que eu tomava em minhas mãos a cada página virada. Quando percebi, eu chorava e me enrolava no que ela sentia — em seus arrependimentos, seus medos, suas fobias, seus monstros. E enquanto eu via cada um deles ser conquistado, quando a via a história mudar drasticamente (mas de forma orgânica), uma esperança me invadia. Por mim. Pela minha história. Varya me trouxe um jorro de esperança que eu vou manter dentro de mim. Para esperar mais. Para buscar mais. Para ter mais da vida e fazer parte dela. E por isso, sou eternamente grata.
O que mais se tira desse livro não é sobre a morte, mas sobre a vida. Família sempre foi um conceito que tento evitar; acredito muito mais em família como escolha do que como uma obrigação atada por laços de sangue, mas até isso fica em segundo plano. Os Gold não se escolheram, mas o amor os liga de forma imbatível. Foi João Guimarães Rosa que disse que “as pessoas não morrem, ficam encantadas”. Klara que o diga. A vida é um truque de mágica. E se vai com um estalo. Todo mundo é todo mundo, sim; a energia que flui entre pessoas que se ama tão profundamente é mais forte do que qualquer coisa e nem a morte consegue separar; mas as especificidades também importam. Simon e sua dança, Klara e seus truques, Daniel e sua resiliência e Varya e suas… lembranças. Sua força invencível vem de sua vida, de seus irmãos, não mais presentes fisicamente mas permeados em todo lugar: em sorrisos, em um estranho correndo na rua, nas gerações que se seguem e no pensamento de quem os ainda tem seguros, fortes, em seu coração. Ainda há tempo. Os Imortalistas é um brinde à vida. E que honra poder ter lido tão grandiosa história.
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Vivi 21/06/2019

E chego ao fim desse livro que poderia ser simplesmente lido rápido e tudo ok.
Mas é o tipo que deve ser sentido afinal tratasse de um tantas feridas em nossa existência e fica aberto para muitas reflexões.
Aqui conhecemos a história de três irmãos Varya, Daniel e Klara que aos 7 anos descobre uma vidente que diz a data certa de sua morte. E o quanto isso influenciou no destino deles.
E a partir dai em 4 partes vamos acompanhando a vida de cada um .
Temas como o tocs, sexualidade e familia são abordados , perda de pessoas importantes.Mas o carro chefe mesmo é a questão vida e morte. Ate que ponto muitos acontecimentos é tudo consequência de nossas escolhas? Toda a nossa existência tem um que... o livre arbítrio ? Está tudo escrito? É tudo uma influência? Esta nas mãos de Deus ou dos homens?
Personagens muito bem construídos, uma escrita de prender a cada trajetória e pontos muito bem amarradas.
Sinopse
Se você soubesse a data de sua morte, como viveria sua vida? É 1969 no Lower East Side de Nova York e os rumores na vizinhança são sobre a chegada de uma mulher mística, uma vidente que se diz ser capaz de dizer a qualquer um qual será o dia de sua morte. As crianças Gold ? quatro adolescentes que estão começando a conhecer a si mesmos ? saem de casa sorrateiramente para saber sua sorte. As profecias informam as próximas cinco décadas de sua vida. Simon, o menino de ouro, escapa para a costa oeste, procurando por amor na São Francisco dos anos 80; a sonhadora Klara se torna uma ilusionista em Las Vegas, obcecada em misturar realidade e fantasia; Daniel, o filho mais velho, luta para se manter seguro como um médico do exército após o 9 de setembro; e Varya, a amante dos livros, se dedica a pesquisas sobre longevidade, nas quais ela testa os limites entre ciência e imortalidade. Um romance notavelmente ambicioso e profundo com uma brilhante história de amor familiar, Os imortalistas explora a linha tênue entre destino e escolha, realidade e ilusão, este mundo e o próximo. É uma prova emocionante do poder da literatura, a essência da fé e a força implacável dos laços familiares.
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Dani 17/06/2019

Se você soubesse a data da sua morte, como seria sua vida?"
🔮 Trata-se da história dos irmãos Gold: Simon, Klara, Daniel e Varya. Em 1968, os irmãos ficam sabendo da chegada de uma vidente na cidade, que dizem ser capaz de revelar o dia exato da morte de cada pessoa. Não demora para que estejam os quatro em frente a porta da suposta mulher. Um a um, eles são instruídos a entrar no apartamento dela e, a partir daí, resolver se o que ela os disse terá ou não influência na forma como levarão suas vidas.
" Se a profecia é uma bola, sua crença é uma corrente; é a voz em sua mente dizendo corra, dizendo mais depressa, dizendo, acelera."
O decorrer da história foca na narrativa da vida de cada um dos irmãos Gold, atiçando a curiosidade do leitor para o que acontece com cada um deles.
"Se perguntava: como ela podia dar um destino tão terrível para uma criança? Mas agora pensa nela de forma diferente, como uma segunda mãe, ou um deus, ela o mostrou a porta e disse: Vá."
A escrita da autora Chloe Benjamin é muito detalhada e soube explorar muito bem os seus personagens, trazendo histórias e contextos bem variados para cada um deles. A cronologia em que o livro se baseia também é muito bem pensada - embora tenha me deixado um pouco confusa de início.
A pergunta inicial do livro é "Se você soubesse a data da sua morte, como seria sua vida?" Uma pergunta de grande impacto e que nos faz pensar em como essa informação pode ser libertadora ou destruidora para cada um de nós.

site: @casulo_literario
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Silvana 29/08/2018

O enredo de Os Imortalistas foi criado a partir da frase "Se você soubesse a data da sua morte, como seria a sua vida?" O livro dividido em quatro partes e um prólogo, nos apresenta quatro irmãos que vivem em Nova York no ano de 1969. Varya é a mais velha com treze anos, Daniel está com onze, Klara tem nove e Simon o caçula, está com sete. Eles estão no meio das férias de verão e com o calorão que está fazendo eles praticamente ficam dentro de casa sem nada para fazer. É quando eles ficam sabendo sobre uma mulher que chegou na cidade e sobre os rumores dela ter poderes. Dizem que a mulher, uma vidente, é capaz de dizer o dia exato da morte das pessoas.

Os irmãos acham que isso é bobagem, mas acabam indo até ela e quando chegam ao local são atendidos separadamente, por isso só sabemos a suposta data da morte de Varya, que é quem acompanhamos durante o prólogo. Segundo a vidente, Varya vai morrer aos oitenta e oito anos. Então temos uma passagem de tempo de nove anos e começa a primeira parte onde vamos acompanhar Simon do ano 1978 até 1982. Como temos essa data de/até fica aquela dúvida se é nesse ano, 1982 que Simon vai morrer. Os irmãos estão reunidos novamente, dessa vez para o enterro do pai deles.

Varya e Daniel estão fazendo faculdade em outra cidade. Klara está terminado o ensino médio e pretende seguir a carreira de ilusionista. E como Simon não tem nenhuma vocação para gerir o negócio do pai, ele decide ir embora com Klara para São Francisco. Ninguém sabe, somente Klara, mas Simon é gay e ele ouviu falar que em São Francisco as pessoas podem ser o que quiserem, por isso ele aproveita a ida a irmã para se libertar. E assim segue a história em ordem cronológica, e em cada uma das partes vamos acompanhar um dos irmãos, Klara 1982-1991, Daniel 1991-2006 e Varya 2006-2010 vivendo suas vidas, tentando esquecer o que foi dito na sala daquela vidente.

Primeiro quero dizer que o livro não é o que eu esperava. Quando vi ele classificado como fantasia no skoob, fiquei esperando algo meio sobrenatural nessa coisa de saber a data das mortes. E não foi isso que aconteceu, encontrei mais um romance/drama familiar do que uma fantasia. E nem por isso o livro deixou de ser menos do que ótimo. Me surpreendi com a forma com que a autora escreveu sobre tantos assuntos considerados tabus, ou apenas como temas difíceis mesmo e que a maioria dos autores fogem. Ela escreveu de uma maneira leve e despretensiosa, mas que me absorveu de uma maneira que eu que estava lendo no ônibus só não perdi o ponto porque ia até o ponto final mesmo.

Me vi sendo sugada para dentro da história e era como se eu estivesse chegando e conhecendo São Francisco junto com Simon. E essa foi uma das melhores sacadas da autora. Os lugares apresentados são como se fossem personagens da história e eu que vivi essa época e lembro muita coisa, foi como se estivesse revendo acontecimentos marcantes da nossa história. A primeira parte foi minha favorita de todas e o Simon também foi o irmão que mais gostei. Que triste ver ele passar por tudo aquilo e logo quando ele conseguiu ser livre. a primeira parte do livro é fantástica e até então você fica na dúvida se Simon apressou as coisas ou se a vidente tinha razão.

A dúvida ainda permanece com Klara, que também me ganhou ao viver um pouco das histórias dos mágicos. Ela era uma mulher em meio a tantos homens na profissão, mas isso não impediu ela de seguir seus sonhos. Já com Daniel, o personagem que menos gostei dos quatro, a profecia da vidente volta com tudo e ele fica obcecado em descobrir mais sobre a mulher que eles encontraram tantos anos atrás. E por fim temos Varya, que me identifiquei muito, principalmente na parte sobre ela precisar de uma rotina. E no fim temos que responder a pergunta feita no início do livro. Se você soubesse a data da sua morte, como seria a sua vida?

Eu sempre me perguntei como seria nossa vida se já soubéssemos o dia da nossa morte. Será que viveríamos de forma livre, sem se preocupar com opiniões alheias e aproveitaríamos a vida ao máximo ou será que deixaríamos de viver para tentar mudar a data fatal? Aqui temos os dois exemplos, Simon que faz tudo o que tem vontade e Varya que vive dentro de um laboratório estudando uma forma de prolongar a vida. Qual deles fez o certo? Será que se Simon tivesse agido de outro jeito ele teria mudado seu destino? E Varya teria morrido jovem, antes da data prevista? Essa é a grande questão levantada pelo livro e no final cada um tem que encontrar sua resposta.

E enquanto pensamos nessa questão vamos acompanhar a vida dos quatro irmãos que deixam de ser uma família no momento em que a profecia é feita. E eu particularmente cheguei a conclusão que em hipótese nenhuma eu quero saber algo que vai acontecer de um jeito ou de outro. Mas em contrapartida vi o quando pode se perder se não fizermos exatamente o que temos vontade. Enfim, é um livro que recomendo. Ele é bem diferente de tudo o que tenho lido e visto por ai. A edição está um arraso. O livro é em capa dura e essa capa é perfeita. Se der leiam ele, é um livro que com certeza vai te fazer pensar e é uma história linda para se acompanhar.

site: https://blogprefacio.blogspot.com/2018/07/resenha-os-imortalistas-chloe-benjamin.html
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Pâmela Nunes 12/04/2019

Perturbador
Para mim essa é a palavra que define boa parte do livro, mas isso não significa que eu não tenha gostado ok? muito pelo contrário, é inegável que ele tem uma premissa interessante, tem um bom desenvolvimento, tem personagens reais com sonhos, medos, problemas e frustrações, aborda assuntos importantes e nos faz refletir.
Recomendo!
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mirna 06/04/2019

Os Imortalistas
Um drama familiar. Quatro irmãos quando crianças, vão a uma vidente e pra cada um, separadamente, ela diz quando vão morrer. A partir daí o livro é dividido em 4 partes equivalentes a história de cada irmão. Mostra a ligação entre eles, seus conflitos, suas perdas, seus medos. Não foi o que eu pensei, esse livro.
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Maiani - @minhavidaforadeorbita 21/03/2019

Como você acha que sua vida seria se você soubesse a data da sua morte?

Os irmãos Gold ficam sabendo de uma vidente capaz de dizer a data da morte de qualquer pessoa, e como jovens inconsequentes que são, vão à procura dessa mulher. Esse evento acaba se tornando um guia para a vida que eles terão e a narrativa acompanhará cada um desses irmãos, mostrando como isso os impactou.

Simon é o caçula e tem sete anos quando descobre o seu dia final, essa é pra mim uma parte muito sensível do livro, pois esse personagem tem uma história difícil e triste. Acompanhar a descoberta de quem ele é, como ele decide encarar o que o assusta, sua coragem para mudar de vida e ir à São Francisco, finalmente fazer aquilo que sonha, emociona. Sua trajetória e os perrengues que passa são essenciais para sua construção e desfecho.

Klara é a segunda mais nova e encontra a vidente aos nove anos, ela sempre foi a sonhadora dos irmãos, apaixonada por mágica e sabia que viveria disso. Mas se tornar uma ilusionista famosa em Las Vegas pode não ser o suficiente para ela, enquanto vive entre fantasias e realidade e que com certeza sofre de algum problema psicológico (possível herança genética).

Daniel é o segundo mais velho e foi à vidente aos onze, sendo dele a ideia de conhecer a mulher, algo que traz um sentimento de culpa e o persegue por toda a sua vida. Ele se torna médico do exercito e faz tudo para sua rotina ser segura e monótona, sempre seguindo as regras.

Varya é a irmã mais velha e com certeza uma das que mais sofre em decorrência da visita à vidente. Ela se torna obcecada com a longevidade e sua vida passa a girar em torno do tema, sendo esse também o seu trabalho. Essa foi uma personagem que me fez questionar muito minhas decisões, ver com outros olhos algumas coisas que antes eu condenava, de longe a minha favorita.

Esse livro me surpreendeu muito, me fazendo refletir sobre a vida (e a morte) e os caminhos que tomamos nessa jornada. Chloe mergulha de cabeça nos personagens para falar sobre conflitos familiares, consequências, apego ao passado e medo do futuro. Recomendadíssimo
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Lina 20/03/2019

Os Imortalistas basicamente vai contar (de forma breve) a história de vida de 4 irmãos que descobrem a data de seu falecimento.

Demorei aproximadamente um mês para concluir a leitura e acredito que isso se deve principalmente à minha relação com assuntos ligados a morte. Todas as vezes que dei continuidade para a leitura, uma sensação muito ruim surgia do nada.

O livro é bem escrito, tem uma linguagem de fácil compreensão mas peca na falta de detalhamento de ambiente e caracterização de personagens. Apesar de já ?saber? o final de cada personagem, achei que faltou algo para deixar a história mais interessante, faltou algo que tirasse a narrativa do final óbvio que já havia sido revelado.
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Juliana Augusta 27/02/2019

"se você soubesse a data da sua morte, como viveria sua vida?"
Os Imortalistas já começa com a premissa de que: "se você soubesse a data da sua morte, como viveria sua vida?". Quatro irmãos, ainda crianças, resolvem ir até uma mulher que acreditam saber dizer a data exata em que as pessoas vão morrer.

Obviamente que cada um reage de uma maneira assim que a tal mulher misteriosa revela a data da morte de cada um. Depois disso, o livro vai ser dividido em 4 partes, contando exatamente como está sendo a vida de cada um dos irmãos.

Quando terminei de ler a segunda parte, sobre a Klara, eu fiquei me perguntando se a mulher realmente acertou em dizer as datas, ou se eles por consequência disso acabaram "provocando" suas mortes. Fato é, que cada um viveu a vida de formas diferentes, uns mais reservados e não querendo acreditar na profecia e outros fizeram tudo o que queriam fazer.

O livro tem um ensinamento super bacana sobre a vida e a morte, mas infelizmente pra mim não funcionou muito bem. Talvez por ter ido com muita expectativa, já que vi bastante gente falar que adora o livro. E também, no princípio, eu achei que seria uma fantasia.

Particularmente achei bem cansativo, com algumas partes que achei desnecessária pra história e outras que estão estragou meu psicológico.
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Instagram: @descobrindoleituras
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Crischarles 24/02/2019

Se você soubesse o dia de sua morte, como seria sua vida?
"Se você soubesse o dia de sua morte, como seria sua vida?"
Pergunta intrigante e que gera reflexões antes da leitura de qualquer página deste livro.
Livro este que mostra como 4 irmãos seguiram suas vidas após saberem da data de suas respectivas mortes. O fato deles saberem a data de suas mortes pode sim ter criado um curso direto para que isso acontecesse, fazendo com que a previsão dada pela vidente fosse mais verdadeira.
Os 4 irmãos tem diferentes datas de morte e isso faz com que eles tenham diferentes estilos de vida (além de outros fatores da personalidade, claro), e essa diferença faz com que o leitor se identifique ao menos um pouco com um dos estilos de vida tomado por um dos personagens. Aqui no skoob mesmo vi quem se identificou mais com o estilo de vida mais aberto e acelerado, mas também vi quem se identificou com o estilo de vida mais inseguro ou sempre focado nos estudos e trabalho.
A certeza é que saber da data de sua morte pode sim mudar completamente sua forma de viver, caso acredite nela. Eu não saberia como lidar com tal informação, não sei que rumo tomaria e provavelmente só saberia se obtivesse essa informação de alguém e acreditasse nela. Ler este livro pode ser uma forma de você expandir sua forma de pensar no assunto, de ajudar na escolha de como viver sua vida e de como aproveitar as pessoas que você tem por perto.
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A.Maia 20/02/2019

Os Imortalistas
Quatro irmãos descobrem que há uma mulher capaz de revelar a data da morte das pessoas. Com isso, ainda crianças e cheios de curiosidade resolvem ir atrás da tal mulher, a fim de descobrir se suas previsões podem ser verdadeiras ou se ela diz a mesma data à todos. Querendo acreditar e ao mesmo tempo descrentes, essas quatro crianças crescem e seguem suas vidas com a lembrança de suas respectivas datas ativas em seus pensamentos.

Eu esperava que fosse uma leitura mais fantasiosa, mas se foca no lado real da vida dos seus personagens. A narrativa, em terceira pessoa, é bem diferenciada com uma linguagem um tanto rebuscada. O livro se inicia em 1969 e é dividido em quatro partes, onde temos contato direto com as escolhas e consequências de cada um dos irmãos, a partir do momento em que eles descobrem suas possíveis datas de morte.

- O primeiro dos irmãos a mostrar sua história, com pitadas de cenas hot, é Simon, um rapaz corajoso e que vai em busca de ser ele mesmo, sem medo da sociedade da época. Simon descobre o mundo, deixa transbordar sua paixão por dança e a sua homossexualidade.
- Por segundo é apresentada a história de Klara, uma ilusionista segura de si, procura sempre conquistar seu público e passar uma mensagem única para cada um.
- O terceiro dos irmãos é Daniel, um médico que não está contente com muitos pontos de sua vida e vai atrás para alterá-los e melhorá-los.
- Por quarto e último quem mostra sua história é Varya, ela têm muitos medos e inseguranças. A sua meta é conseguir descobrir algo científico que permita às pessoas viverem por mais tempo.

Em cada parte é possível perceber uma linha de desenvolvimento diferente, tanto no lado cultural quanto na dificuldade de cada personagem. Além da abordagem de temas polêmicos, a junção de todas as histórias torna o livro bem impactante. Deixa mensagens fortes que fazem seu leitor refletir sobre a vida no geral.

@oparaisodaleitura
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