O Capeta-Caolho contra a Besta-Fera

O Capeta-Caolho contra a Besta-Fera Everaldo Rodrigues




Resenhas - O Capeta-Caolho contra a Besta-Fera


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Bruno.Rafael 30/09/2019

Grata surpresa!
Esse livro foi uma boa surpresa! Não conhecia o autor, e nunca tinha ao menos visto seu nome. Foi uma leitura despretensiosa e que valeu muito a pena. O livro tem grandes sacadas, a começar pelo título que foi o que me chamou a atenção inicialmente. É um título chamativo! O título já entrega a ideia central do livro, uma luta entre dois seres: de um lado o Capeta Caolho que durante a leitura se descobre que é um cangaceiro, contra a Besta-Fera, que é um lobisomem. Duas figuras, duas lendas, que são conhecidas no sertão nordestino, que é onde se passa a história, mas precisamente na cidade de Terezinha de Moxotó.

Everaldo Rodrigues, o autor, explora muito bem a linguagem nordestina durante seu texto. É muito interessante ver um autor contemporâneo utilizar essa linguagem, que é um dos pontos fortes do livro, tão bem quanto ele utilizou. Tanto no sentido de resgatar e valorizar palavras e expressões que pouco se vê atualmente, já que o contexto temporal é dos anos 30, (embora muitas dessas palavras sejam corriqueiras para quem mora no Nordeste) como de formar um estilo para o texto, formando um ambiente adequado. Essa forma de se expressar está evidenciada tanto nos diálogos quanto nos nomes próprios, os nomes das pessoas (Zé Mindim, Tonho Matias, Nonoco, Dona Déda, Neco) e o da cidade (Terezinha de Moxotó) refletem o jeito nordestino de se expressar. Everaldo, assim, valoriza e difunde essa cultura linguística do Nordeste que é tão bela.

O livro tem passagens descritivas e de explicação que agregam à magia contida no livro. Tem livros onde as descrições são enfadonhas e até desnecessárias, mas neste livro não, as descrições alimentam mais ainda a mente do leitor a imaginar aquele universo criado por Everaldo, onde ele explora o sertão, os mistérios, os cangaceiros, o povo humilde. O livro poderia até ser maior para a alegria da imaginação, mas o resultado foi muito bom.
Mona 01/10/2019minha estante
Exatamente isso....




Fran 22/08/2019

Muito bom
Vencedor do prêmio Aberst de Literatura na categoria conto de Horror, Everaldo Rodrigues traz em O Capeta-Caolho contra a Besta-Fera cangaço e lobisomem em um único cenário.

Nos anos 1930, em meio ao sertão, o cangaço estava em seu auge. A cidadela de Terezinha de Moxotó no interior de Pernambuco vivia sua época de trevas. Atacada todo mês por um lobisomem, não tinha homem em sã consciência capaz de se pintar de macho e enfrentar a besta-fera. É por isso que o prefeito e Coronel Jesuíno de Cândida decide contratar outro dos piores pesadelos daquele povo humilde, um bando cruel de cangaceiros ao comando de Jeremias Fortunato Silveira, famoso pelo codinome Capeta-Caolho, o diabo encarnado. E, apesar das esperanças de que um dê cabo no outro, o povo acabará por entender que combater o mal com o mal nunca é a melhor escolha.

Quando assinei o Kindle Unlimited, encontrei muita coisa boa e O Capeta-Caolho contra a Besta-Fera foi uma delas. Considero esse conto uma obra de arte nacional, que desbrava muito da nossa rica cultura, por vezes esquecida. Aqui temos o povo sofrido de Terezinha de Moxotó, corpo endurecido pela vida e pelo ambiente que os cerca, com maneiras de agir e falar muito características da região. Everaldo foi bem minucioso ao trabalhar esses detalhes, pois dessa forma garantiu uma imersão excelente.

Eu achei que as descrições de ambiente fizeram jus ao gênero. Ao ler o vento arrastar a terra, é possível sentir aquela expectativa do que está por vir: o momento em que se torna a caça ao invés do caçador. Se envolver com algo que já é consagrado na literatura fantástica como o lobisomem requer, sim, uma dose generosa de inovação, mas sempre me pergunto se boas ambientações já não seriam o suficiente para criar essa sensação de encontro com algo novo. Quando me pergunto o que deu tão certo com O Capeta-Caolho contra a Besta-Fera, tenho certeza que o cangaço fez seu trabalho.

Agora vamos falar das motivações dos personagens. Sem querer dar spoiler, acredito que a base da trama envolvendo tanto a Besta-Fera quanto o Capeta-Caolho dão riqueza ao seu confronto final, uma batalha visceral, ágil, transbordando emoções humanas e um tanto diabólicas. Talvez você não goste de terror, e apesar desse livro não dever nada ao gênero, acredito muito que você poderia se aventurar por ele. É uma obra que conta muito sobre nossos medos, ressentimentos, sobre perder quem se ama e como um monstro pode ser construído dentro da alma de um bom homem.
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Pizza 28/02/2019

MUITO BOM
Uma homenagem ao nordeste em uma história já conhecida.

Livro bem escrito, bem desenvolvido e de narrativa dinâmica.

Uma história até previsível, mas escrita de forma tão bem feita que é impossível não se prender e emocionar.

Até os agradecimentos são legais.

Virei fã do escritor.
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Paulo 18/12/2018

Recordo-me de uma novela que passou há muitos anos na televisão chamada Mandacaru em que os habitantes de uma pequena cidade se tornaram reféns de um cangaceiro chamado Zebedeu. E a novela conseguiu transportar o clima de cangaço para os espectadores de uma forma que lembrava demais os filmes de Velho Oeste. Everaldo Rodrigues emprega esta fórmula do western spaghetti em seu romance com muito sucesso apresentando uma história muito sólida que se calca bem nas lendas do interior do Brasil.

Com uma escrita bem redonda e indo direto ao ponto, Everaldo consegue criar muito bem a atmosfera do sertão. Seja com as frases empregadas pelos personagens, seja pelo clima árido ilustrado pelas páginas. Não é fácil ser capaz de ilustrar uma ambientação para o leitor; muitos autores falham nesse intuito. Aqui, a gente sente a aridez da vida do sertanejo, a mão de ferro dos coronéis e o medo com o cangaceiro que pode se aproximar e destruir a vida daqueles que cruzam o seu caminho. A história segue uma boa noção de início, desenvolvimento e conclusão chegando até a ter um plot twist lá pelo final da narrativa. Para mim, mesmo sendo uma novella, a narrativa ficou no tamanho certo. Se ficasse maior poderia ser tediosa e se ficasse menor, poderia ficar corrida demais. Nesse sentido, o autor acertou bem a mão. A narrativa é em terceira pessoa sem se prender muito a um personagem sendo bem mais onisciente. Isso permitiu ao autor explorar todos os núcleos narrativos que ele desejasse.

Os personagens são bem construídos com o destaque dado a Jesuíno e ao próprio cangaceiro Jeremias. Quem está imaginando um cangaceiro herói está bem enganado. Everaldo não romantiza e nos coloca um capeta-caolho extremamente cruel e que em nenhum momento revela lado algum de bondade. Esse jeito cinza de enxergar as coisas faz com que os personagens não sejam bons ou maus exatamente (apesar de os cangaceiros serem ruins mesmo). Mas, a gente percebe que todos possuem suas próprias motivações. Ou o Moraes que possui estranhos conhecimentos sobre lobisomens e um passado misterioso. Mesmo Jesuíno é um coronel muito inexperiente e tenta resolver as coisas de um jeito diferente. Apesar disso ele acaba precisando exercer o seu mando quando necessário.

No fundo, a narrativa é uma longa história de vingança. A vingança de um homem contra aquilo que foi feito a ele há muito tempo. Os elementos sobrenaturais representam um algo mais na narrativa. Servem para dar aspectos gore ao que está sendo apresentado. Lembrando que o mito do lobisomem tem a ver com os instintos mais primitivos sendo liberados. Quando a fúria alcança um estágio irracional, o lobisomem se liberta de todos os seus pudores e sua bestialidade precisa ser saciada com o sangue de culpados e inocentes. Se pensarmos na história do médico e do monstro, o monstro representaria os sentimentos reprimidos do médico diante do mundo que o cerca.

O último capítulo nos reserva uma batalha incrível entre cangaceiros e lobisomem (e outras coisinhas mais). Bela cena de ação que compõe o maior capítulo da narrativa. Consegui imaginar completamente aquela cena, o que significa que daria para filmá-la na telinha sem perder nada. Méritos para o autor que foi capaz de criar tamanho dinamismo em um confronto entre um monstro e homens munidos de armas de fogo. Curti a história e já separei outras coisas do Everaldo para ler mais tarde. Se vocês não conhecem, deem uma oportunidade que não irão se arrepender.

site: www.ficcoeshumanas.com
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Drugue 12/12/2018

O lado mais seco do Sertão...
Posso dizer que eu tive a chance de conhecer algumas pessoas muito talentosas na minha vida e uma dessas pessoas sem duvidas é o autor Everaldo Rodrigues. Conheci o Everaldo quando seus livros ainda eram só ideias e tive o prazer de ir acompanhando a evolução das ideias para contos e finalmente ver esses contos serem publicados e apreciados por muitos e no ultimo dia 29 de Junho ele lançou um livro que pra mim, até agora, é sua obra prima: O Capeta-Caolho contra a Besta-Fera!

Nas palavras do próprio autor: "Sertão. Anos 30. É o auge do cangaço…

Um lobisomem ataca, todo mês, a cidadela de Terezinha de Moxotó, no interior de Pernambuco. Sem ter a quem recorrer, o prefeito e Coronel Jesuíno de Cândida contrata o bando do cangaceiro Jeremias Fortunato Silveira, conhecido como Capeta-Caolho, figura aterrorizante, tão maléfica quanto o monstro que os ataca, na esperança de que o bandido terrível dê cabo da besta-fera. Mas quando os cangaceiros chegam na cidade, o povo entende que combater o mal com o mal nunca é a melhor escolha."
Everaldo é famoso por contos e livros de terror, mas nesse livro o terror é muito mais cru e humano, nesse livro nós somos apresentado ao terror que o próprio homem causa. Terezinha de Moxotó é o seu povo é o personagem principal do livro e o autor mostra a cada página como a vida no sertão é sofrida, e como cada pequena conquista, mesmo que seja pitar um cigarro a noite após um dia de trabalho duro é tida como uma felicidade e como cada dia é uma luta pela própria sobrevivência. Os personagens são um show a parte, você se apega a eles facilmente e vê a cada página o desespero em não saber se ele vai sobreviver até o final da história, esse desespero, junto com os terrores mostrados fazer com que a leitura flua de uma maneira que eu terminei o livro querendo muito mais.

A escrita é algo a ser destacado, Everaldo não se faz de rogado e usa todas as gírias e sotaques típicos do sertão para te deixar ainda mais envolvido e ambientado nessa universo e já que estamos falando nisso, precisamos falar sobre o Bando de Jeremias Fortunato Silveira, o Capeta-Caolho, o cangaço sempre foi uma das minha curiosidades sobre a história do Brasil e nesse livro o autor nos dá um gostinho de como foi essa época de figuras tão misteriosas e terríveis, Jeremias é um cangaceiro de primeira e te faz respeitar o cabra mesmo que seja na base da força.

O Capeta-Caolho contra a Besta-Fera é uma obra sensacional, que vai te deixar grudado do começo ao fim, seus personagens vão te conquistar, a o mistério vai te deixar intrigado até seu derradeiro final. Enfim, eu me sinto na obrigação de recomendar o livro por que uma história dessas, escrita por um autor nacional e com o eBooks por R$1,99 não tem como não comprar né?
Aproveito para deixar aqui meus mais sinceros parabéns para o Everaldo, esse livro superou todas as expectativas!

site: https://questdavez.blogspot.com/2018/07/o-capeta-caolho-contra-besta-fera-o.html
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Gabe | @cafecomgabe 11/11/2018

Puro mistério
"O que nos define? Eu lhe pergunto e respondo: são as desgraças que nos acontecem. Elas moldam a gente."

Terezinha de Moxotó é uma cidade do interior de Pernambuco, um lugar pacato sem muitos acontecimentos que tirem a paz e o sossego dos morados a não ser uma besta que anda cometendo atrocidades. Uma morte chama a atenção dos moradores e em reunião eles decidem que medidas drásticas devem ser tomadas.

É assim que, desesperado, o Coronel Jesuíno de Cândida decide recorrer a um bando de cangaceiros, não um bando qualquer mas o temido bando do Capeta-Caolho mas não sabia ele que após fazer contato com estas pessoas, a besta seria o menor de seus problemas.

Com uma ambientação incrível, o autor consegue nos colocar no meio do sertão de décadas passadas de forma magnifica. Com descrições impecáveis e uma narrativa gostosa de ler somos cativados desde o inicio por essa história cheia de cultura e ensinamentos. O retrato das pessoas do sertão e seus costumes é muito bem desenvolvido, a trama toda é carregada de uma dose de mistério que deixa o leitor apreensivo quanto a desvendar essa busca intrigante pela besta e as histórias que existem por trás desse suposto lobisomem que aterroriza a cidade. Toda a representação do cangaço e seus hábitos, assim como a forma de se portarem chama muito a atenção, não lembro de já ter lido nada parecido e adorei.

Com um enredo de tirar o fôlego, Everaldo nos entrega uma história rápida porém instigante, cheia de raízes que resgata nossa cultura nordestina muitas vezes menosprezada na literatura. Cheio de ensinamentos vemos que combater o mal com o próprio mal nem sempre é uma das melhores saídas, em meio ao caos nunca enxergamos o óbvio diante dos nossos olhos.
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Kit 19/08/2020

Bom demais! A forma como o Everaldo escreve é muito natural, escrita leve, direta e muito gostosa de ler. Adorei a ambientação em Terezinha de Moxotó; me senti lá no meio dos personagens, todo nervoso com a besta-fera e com o capeta-caolho.
Primeiro contato que tenho com o escritor e espero ler mais algum livro dele em breve. Terror BR me surpreendendo cada vez mais!
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Maju 26/12/2019

Observação
A narrativa poderia ser impecável, se não fosse mais uma dessas que colabora com o machismo e que por isso também, invisibilizam a vivência da mulher. Percebo isso em alguns aspectos, o mais grave está na citação das violências feitas pelos homens do cangaço, em que o autor levanta o ?estupro? que assim mesmo pode ser dito ou ?violência sexual? por meio da metáfora ?mulher usada? e ?usou a mulher?. Diante do nosso país que é estruturalmente machista e que somos todos criados sob à cultura do estupro, esse tipo de eufemismo não cabe jamais em uma literatura contemporânea. Além disso, a história se passa sem que haja uma voz feminina sobre a questão, o que é sim muito invisibilizador, uma vez que as mulheres se fazem presentes em todos os contextos narrativos e nesse caso, o do cangaço é um desses, as mulheres guiavam o bando também e pegavam em armas para se protegerem ou se vingarem, assim como qualquer outra mulher da população ? porém, o autor preferiu apresentar as mulheres dessa história reduzidas à servidão ou a violência (muito banalizada, por sinal), pois as mulheres que aparecem são as que servem o café para os homens de poder e as que foram mortas pela besta-fera, além das que são relembradas como as violentadas pelos homens do cangaco. E enquanto a literatura não for capaz de reparar esses danos históricos, nesses ?detalhes?, dificilmente a nossa sociedade irá mudar, ainda mais que são esses ?detalhes? que constroem o imaginário coletivo de um povo.
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Pablo 09/08/2018

Leitura arretada de boa!
Com um título genial desses, não tinha como sair uma história ruim. Quer dizer, até tinha, se estivesse nas mãos de um escritor menos habilidoso, mas Everaldo Rodrigues prova que conhece do riscado logo nos primeiros parágrafos e não deixa a peteca cair até o prometido confronto entre os dois maiores monstros do sertão. Uma prosa arretada da moléstia! Daquelas histórias de se contar ao redor da fogueira e dormir com um dos olhos abertos depois.
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Fábbio (@omeninoquele) 12/11/2018

Maravilhoso!
❝As vezes as circunstâncias não parecem boas, mas o destino dá um jeito...❞
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Terezinha de Moxotó é uma pequena vila no sertão do Pernambuco que como muita cidade de sertão sofre com a pobreza e a falta d'água. E é lá que a lenda do lobisomem surge, quando pessoas começam a serem mortas quando a lua cheia aparecia.
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Não demorou muito para que a história do lobisomem se espalhasse e deixasse aquele povo sofrido com medo e se trancasse à noite em casa. Pois a lenda era mais do que apenas história e vinha matando conhecidos.
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O coronel da cidadezinha, de uma família tradicional, os Cândida, que eram os donos do lugar e governavam a mãos de ferro, logo teve a idéia de acabar com o Lobisomem, mas nenhum dos seus capangas e sertanejos tinham coragem para tal feito. E depois de muito pensar ele decide oferecer uma gorda recompensa em dinheiro para o bando de cangaceiros que eram o segundo terror do vilarejo.
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E lá se vai um capanga do coronel rumo à levar a proposta do homem ao líder dos cangaceiros, também conhecido como capeta caolho e batizado como Jeremias Fortunato, que aceita sob suas condições nada altruísta, e mesmo relutando o coronel acabara aceitando e selando o trato com o cangaceiro.
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O lobisomem vinha tirando a vida de muitos inocentes e pondo medo em toda uma cidade e precisava ser parado. Mesmo que o custo fosse a cidade estar nas mãos do mais terrível cangaceiro do lugar.
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Muita morte, sangue e mistérios ao redor dos dois, lobisomem e cangaceiro vão ser revelados nos capítulos que se seguirão. Um livro curto mais muito bem elaborado e escrito, uma história passada de geração em geração que ganha nova releitura e que faz com que o leitor se surpreenda a cada capítulo.
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Se você gosta de uma leitura com ambientação no Brasil e mais especificamente o do sertão nordestino contado de forma fidelíssima, recontando uma lenda do folclore brasileiro e acima de tudo com muito terror e sangue, esse livro está mais do que indicado pra você!
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#OCapetaCaolhoContraABestaFera #EveraldoRodrigues #LiNoUnlimited

site: https://www.instagram.com/p/BqF-anhA2rN/
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Gustavo Rafhael 03/11/2020

Eita livro bom da gota
Primeiro contato com a obra de Everaldo Rodrigues e já estou apaixonado.
O capeta caolho e a besta-fera é uma história de terror, cheia de ação, que se passa no sertão nordestino onde um cangaceiro é chamado para livrar uma cidadezinha de um lobisomem que vem aterrorizando o povo.
A escrita é muito bem elaborada, muito rica em detalhes. A histórias é cheia de surpresas.
Fiquei realmente apaixonado pelos personagens e cenários narrados pelo autor.
Lembra muito Ariano Suassuna.
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Jô Santos 18/03/2020

História com cheiro de nordeste
O livro trata de uma batalha épica entre um lobisomem e um perverso cangaceiro, figuras presentes no imaginário popular do Nordeste, e de uma pequena cidade que é assolada por essas duas figuras terríveis.
O livro é dotado de uma linguagem típica nordestina e traz muita representatividade para o nosso povo. Apesar disso a figura dos cangaceiros ainda é um pouco estereotipada, ainda assim o livro cumpre seu proposito, afinal ele não busca fazer uma análise aprofundada do fenômeno do cangaço e sim, divertir o publico que se sente identificado com a história e sua narrativa peculiar. Um enredo simples, mas com uma narrativa deliciosa, bela em seus detalhes, caprichosa. Uma história sobre medo, sertão e sobre a maldade humana.
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Gárgula 11/03/2020

O Capeta-Caolho contra a Besta Fera
Um ebook premiado
O premiado livro O Capeta-Caolho contra a Besta Fera, de Everaldo Rodrigues foi meu primeiro livro lido de 2020 e ganhou imediatamente minha avaliação máxima de cinco estrelas no Skoob e na Amazon.

Eu estava de olho nele há algum tempo e aproveitei o desafio do Desencalendo, que participei em janeiro, para iniciar as leituras por esse livro. Não poderia ter sido mais feliz.

Premiado muito merecidamente com o Prêmio ABERST de Literatura na Categoria Melhor Conto ou Novela de Horror é um livro que todos devem ler.

A riqueza do Nordeste brasileiro e suas lendas terríveis
Ambientado no sertão nordestino, a história nos apresenta a cidade de Terezinha de Moxotó, pequena e esquecida, mas palco de estranhos e bárbaros assassinatos. A já desesperançosa população local, se imagina agora fadada a morte sanguinolenta e cruel. Pois é exatamente aí que a lenda de um lobisomem surge como o responsável pelas violentas mortes.

O autor consegue enriquecer o enredo com bons elementos do agreste, seja na forma de falar ou de pensar, seja na descrição da vida daquele povo, que apesar de temente a Deus acredita em toda a sorte de horror (lendas) ou, como chamamos na cidade grande, folclore. Temos além disso personagens clássicos da vida local: o vigário, o matuto, o coronel e o cangaceiro.

Enquanto lia, não pude deixar de lembrar de O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. Acredito que além do cenário sertanejo, a excelente construção dos personagens tenham ajudado a lembrança. Suassuna também usa o fantástico em sua obra, sendo esse outro ponto de correlação. É fácil perceber como o ambiente do sertão brasileiro é muito rico de possibilidades. Deveria ser um ambiente muito mais utilizado e explorado. Funciona tudo, da comédia ao terror, sendo um terreno bastante fértil da literatura.

Conclusões finais
Um enredo envolvente e surpreendente que nos coloca em uma aventura cheia de sofrimento, medo além de muita brasilidade. Sem dúvida uma história maravilhosa, daquelas que por anos lembrarei podendo contar como um “causo” muito peculiar.

Muito bom começar o ano com uma história tão boa como essa!
Que seja o presságio de leituras surpreendentes!

Boa leitura!

Resenha publicada no site Canto do Gárgula.

site: https://cantodogargula.com.br/2020/02/15/o-capeta-caolho-contra-a-besta-fera/
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Denaldi 28/10/2019

Terror nacional incrível
Ultimamente não tenho muito muitos livros nacionais. Mas criei vergonha na cara e fui ler esse que, só pelo título, já merece sua atenção.

A história se passa no sertão nordestino. Mostra como é dura e sofrida a vida de quem mora e tenta arrancar um pouco de sustento da miséria.

Como não bastasse isso, o vilarejo de Teresinha de Moxotó ainda tem que lidar com uma criatura diabólica. Que quando ataca deixa os pedaços das vítimas totalmente irreconhecíveis.

Como ninguém tem coragem de ir atrás do ser demoníaco, o coroné do lugar resolve contratar um bicho tão ruim quanto a besta-fera, o Capeta Caolho.

Eu simplesmente adorei! O autor passa bem a história do lugar e os acontecimentos que vão se desdobrando. Mistura de um jeito muito interessante elementos regionais, como cangaceiros e superstição, com fortes teores de terror.

Certo trecho me lembrou um outro de It, de Stephen King.

Super recomendado
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Fabio.Dimant 10/01/2020

Quer se sentir na caatinga?
Ótimo livro, não pelo terror, mas pela maneira que Everaldo Rodrigues é meticuloso tanto das descrições como no uso das palavras e costumes. A leitura é fluida e divertida.
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