Allegro em Hip-Hop

Allegro em Hip-Hop Babi Dewet




Resenhas - Allegro em Hip-Hop


94 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Ca Melo 25/08/2018

Um livro necessário...
Engraçado que quando vemos alguma bailarina no palco não temos ideia do quão difícil e quantos sacrifícios são necessários para manter uma postura e os movimentos em perfeição. Toda a leveza e graciosidade são “desmascaradas” em Allegro em hip-hop, quando lemos a história da Mila. Posso dizer logo de cara que esse livro entrou para a lista de meus livros favoritos da vida! A autora Babi Dewet conseguiu me envolver de forma tão profunda na história que foi impossível não sofrer junto com a protagonista Camila Takahashi em cada momento de crise durante a jornada em busca da perfeição e do papel principal na adaptação do ballet de repertório O lago dos cisnes.

"Nunca tivera tantos problemas com insegurança antes. Sempre se achou o suficiente e capaz, embora, claro, tivesse seus dias ruins. Quem não tinha? Na escola, era sempre a garota mais magrela da turma, a “tábua”, a “girafa”, e sendo japonesa, os comentários não eram muito criativos. Como toda bailarina, tinha uma grande preocupação com o corpo, mas raramente havia chegado a pensar que não era bonita o bastante ou que precisava de algo mais para se sentir bem. Então aquele sentimento de insegurança era quase uma novidade." (p. 101)

Mila passa a se sentir cada vez mais insegura, treinando movimentos incessantemente, além das horas habituais de prática durante as aulas e os ensaios. A garota passava boa parte das madrugadas treinando, independente das dores, da exaustão, desenvolvendo também crises de ansiedade, em que pequenos acontecimentos do cotidiano, até mesmo os que não eram diretamente com ela, fazendo-a chorar e se sentir que o mundo iria sufocá-la. Nesses momentos eu sentia um aperto muito forte e queria poder abraçar a personagem e chorar junto, por ser algo que eu já passei algumas vezes, mas não de forma tão intensa como Mila.

"Parou por alguns segundos, encostada no corrimão da escadaria que saía do prédio e respirou fundo. Suas pernas tremiam e ela sentia vontade de vomitar, a foma dava lugar ao enjoo. Não poderia ficar desse jeito. Contou sua respiração, como tinha aprendido, e tentava repetir para si mesma que não tinha por que se sentir daquele jeito! A sensação de que tudo estava errado, que ela não era suficiente e que queria simplesmente sumir porque algo ruim aconteceria tinha voltado – junto com a autossabotagem e a vontade de pensar em todos os problemas." (p. 206)

Quem passa por crises de ansiedade pode se sentir muito próximo à realidade de Mila e entender suas inseguranças e instabilidades, e pode ler com calma, Babi Dewet que também sofre de ansiedade soube tratar com muita responsabilidade e cuidado do assunto.
E mais do que isso, Mila precisa saber lidar com a imposição da mãe que mantém um discurso de que a filha precisa se esforçar cada vez mais, que ela precisa ser a melhor bailarina, independente do que precisa ser feito. Descendente de japoneses, a garota cresceu em rédeas curtas, sem direito a muitos momentos de lazer como uma adolescente comum, ou seja, nada de festinhas, namorados ou qualquer coisa que fosse contra “a moral e os bons costumes”. E ainda, ela tinha que ser a melhor, já que os pais que não tinham condições financeiras conseguiram mandar as duas filhas para a Academia Margereth Vilela, mesmo com bolsa, elas ainda tinham muitos custos, e por isso Mila colocava mais um peso em suas costas em não decepcionar o sacrifício dos seus pais.

Ao mesmo tempo que Mila ingressa no melhor academia de música do Brasil, que abriu aulas de dança, podendo desenvolver sua técnica com os melhores profissionais e ainda com a possibilidade de conseguir vagas em academias de elite do mundo, o seu mundo também se abriu para novas possibilidades, como a amizade com Clara (maravilhosa), mas principalmente quando conhece Vitor, um violinista que também não segue em nada os estereótipos de galã. O romance tem uma importância na vida de Mila, já que ela nunca tinha se envolvido com ninguém e não conseguia entender como as pessoas se deixavam levar pelos sentimentos, e pelas sensações que esses novos sentimentos causavam. Com uma narrativa em terceira pessoa que também trazia a perspectiva de Vitor, (uma sacada genial, diga-se de passagem) também temos um olhar das questões dele, e percebemos como o garoto é um fofo, me apaixonei pelo ruivo meio desastrado que fazia origamis e era fã de Drake ❤

Conseguindo equilibrar todas as questões desenvolvidas na história, o romance conseguiu trazer momentos de leveza em meio às crises de Mila e ao próprio ambiente problemático, devido aos vários tipos de preconceito. Babi Dewet durante as páginas dessa história abordou principalmente o preconceito que os asiáticos sofrem, juntamente com os estereótipos seguidos, como a facilidade para a matemática, a dificuldade em encontrar o tom de base para peles mais amareladas (e negras também) e as mulheres japonesas que eram tidas como “bonecas de porcelana”. Ainda assim, trazendo personagens diversos o racismo contra negros, e garotas lésbicas e/ou bissexuais também não ficaram de fora das críticas apontadas pela autora, como o machismo e as próprias regras do ballet clássico.

"Não fazia ideia de como comentários e piadas eram recebidos de forma totalmente distinta dependendo da pessoa e do seu histórico. Era algo que deveria ter pensado, mas que não tinha ninguém para dividir e elaborar essas ideias. Havia ouvido comentários maldosos a vida inteira e sempre ignorava pensando que eram só piadas. Não eram. Ela não podia mais ficar calada, se tantas pessoas eram machucadas e estavam se unindo para esse tipo de coisa parar de acontecer. Ela tinha responsabilidade também." (p. 209)

Outros pontos que merecem ser destacados são: a trilha sonora, que como de costume cada capítulo tem uma música, além das demais citadas ❤ ; e também a forma como a autora foi construindo a história a partir dos elementos do ballet clássico e do hip-hop. Com a descrição das aulas, as sequências de passos, os alongamentos ou até mesmo nos momentos de treino de Mila ficou evidente o quanto a autora pesquisou sobre esse universo e soube trabalhar com as informações que tinha, e com o hip-hop o leitor tem acesso ao movimento com os demais personagens, ressaltando a importância da cultura afro.

Eu senti um amadurecimento na escrita da autora do primeiro livro da série para esse, percebi que as protagonistas são bem diferentes e não passam a imagem da autora, não que isso fosse um problema, mas mostra uma evolução em criar e desenvolver personagens diferentes do que o autor é, entenderam? rs Diante dos pontos colocados recomendo a leitura deste livro, que mostra uma jornada de autoconhecimento, aceitação, descobertas e superação. Uma jornada sobre determinar o que realmente é importante para você, independente da opinião alheia, afinal, por que você seria parte de um grupo de bailarinos se pode fazer o solo da sua vida?

site: https://abookaholicgirl.wordpress.com/2018/08/25/resenha-allegro-em-hip-hop-de-babi-dewet-serie-cidade-da-musica-ii/
Carol 13/09/2018minha estante
Adoro a escrita dela! Comprei! Esperando chegar para ler


Ca Melo 13/09/2018minha estante
Ahh eu amei! Mais que o primeiro livro! ?


Jaque Ferreira 22/09/2018minha estante
Oie. Os personagens do primeiro livro aparecem nesse ?


Ca Melo 25/09/2018minha estante
Aparecem alguns rapidamente, mas cada livro dessa trilogia foca em personagens diferentes dentro do mesmo ambiente. ;)




Giovana | Blog Dei um Jeito 30/05/2020

A fofura que é o OTP
Camila cresceu com o único objetivo de conquistar uma grande carreira no balé, tendo toda a sua criação e rotina voltados para isso, nada de festas e distrações no meio do caminho, tempos livres se tornam horas de ensaios e as falhas são prontamente apontadas pela sua mãe, mas quando ela consegue o solo da sua vida e a pressão cai nas suas costas o seu corpo e mente não estão prontos para uma pressão nesse nível, começando a surgirem crises de ansiedade, mas conhecer Vitor pode ser a chave para ela ajustar a uma rotina que a mantenha bem.

Allegro em Hip-Hop é bem trabalhado na pressão e rotina das bailarinas, algo que tem fama e pressão parecida com a vida de modelos profissionais, há a pressão nos incansáveis treinos para ficar o mais próximo possível da perfeição e a exigência que não é falada com todas as letras de que é necessário parecer uma boneca e não ganhar 100 gramas a mais no peso.

Há também a discussão sobre racismo, que tem facetas diferentes para cada etnia, em que o clube da diversidade na Academia Margareth Villela trouxe de brinde um pouco de união feminina e troca de experiências.

Depois do mala adorável, que é o Kim em Sonata em Punk Rock, foi tão gostoso acompanhar o nenê adorável que é o Vitor, ele é fã, desastrado e talentoso, simplesmente um sonho de consumo. A Camila Takahashi é outro amorzinho, que com toda a pressão que recebe da sua família poderia ser bem amarga, mas é adorável e empática enquanto encara algo que não era a sua realidade quando crescia, criando amizades que parecem improváveis desde o início na Academia, que é o caso da sua melhor amiga Clara.

Nessa série Cidade da Música o que tem de mais gostoso é esse trabalho na mistura de ritmos, que em primeiro lugar pulsa música clássica, mas o que vem depois deixa tudo mais charmoso. Que me dá a deixa de panfletar a série da Amazon Prime Mozart in the Jungle, que não é teen, mas tem uma atmosfera bem semelhante!

site: https://deiumjeito.blogspot.com/2020/05/livros-allegro-em-hip-hop-babi-dewet.html
Cris 18/10/2020minha estante
Eu assisti Mozart in the Jungle pela indicação do seu comentário e é muitooo bom!!


Giovana | Blog Dei um Jeito 21/10/2020minha estante
Mozart in the Jungle é o meu xamego, que bom que gostou!!




Lethycia Dias 11/08/2022

Ansiedade e perfeccionismo
Camila é bailarina e estuda dança como aluna interna em um grande conservatório, onde se esforça diariamente para se destacar e ser a melhor. Quando as coisas começam a fugir de seu controle enquanto ela se prepara para uma importante apresentação, ela começa a questionar aquilo que sempre foi ensinada a acreditar.
A primeira coisa que me atraiu nesse livro foi o fato de a personagem ser uma bailarina e estudar em uma escola de artes. Eu amo histórias sobre artistas! Mas o que mais mexeu comigo durante a leitura foi com certeza a transformação interna que a protagonista passa, aprendendo a não se cobrar tanto e a levar menos em conta o que as pessoas esperam dela e mais o que ela mesma deseja.
Camila é uma personagem em quem me vejo muito, e ver como as expectativas altas de sua família a afetavam e como as coisas mudaram quando ela passou a encarar seus esforços de outra forma, eu não conseguia parar de pensar em como eu mesma lido com essas questões.
O romance com Vitor é outro ponto a destacar: ele é fofo desde sua primeira aparição e eu já estava shippando os dois muito antes de as coisas acontecerem. E acho que o relacionamento deles se desenvolveu muito bem.
Essa foi a primeira vez que li algo escrito por Babi Dewet e gostei muito do tom que alterna entre seriedare e bom-humor, das referências de música e filmes e principalmente da abordagem sobre diversidade: a escola em que Camila estuda pode ser um lugar elitizado, mas tem alunos de diferentes raças, culturas e sexualidades, e as questões vivenciadas por eles - inclusive por Camila, que tem ascendência japonesa - são trabalhadas na história de forma muito positiva.

site: https://amzn.to/3w0U67M
Lanna_resenhas 11/08/2022minha estante
Me interessei pelo livro




Dadá 19/09/2020

A vida é feita de pequenos momentos de felicidade
Um livro bem gostosinho e leve de ler. O segundo livro da série "Cidade da Música" conta a história de Camila uma bailarina descendente de japonês que tem é externamente talentosa e introspectiva. Aluna de uma conceituada escola de artes ela encontra na sua amiga Clara e em seu primeiro amor Victor uma nova perspectiva de vida com momentos felizes.
Narizinha 30/09/2020minha estante
Essa série precisa ser lida na ordem?




Três Leitoras 12/11/2018

Resenha: Allegro em Hip-Hop
Há poucos dias conversei com vocês sobre Sonata em Punk Rock e hoje é dia de falarmos do segundo livro da série Cidade da Música.



Neste livro, a personagem principal é Camila, uma neta de japoneses que foi criada de forma rígida para que seja a melhor em tudo que se propor a fazer. Então por isso, desde sempre ela se esforçou sempre mais e aprendeu que apesar de jovem não existe tempo a perder, ela é talentosa e deve aproveitar todas as oportunidades, sendo sempre a melhor, é claro.

Mesmo vivendo na Academia Margareth Vilela e tendo festinhas vez ou outra nos dormitórios, Camila só pensa no balé, sua rotina é ocupada pelas aulas e treinos na academia. Tudo em prol do seu crescimento e desenvolvimento enquanto bailarina. Seus dias são bem programados, nada sai do que ela pré estabeleceu, ainda mais agora que ela está concorrendo pelo solo na adaptação de O Lado dos Cisnes, ela quer muito representar Odette e Odile.



Só Camila não percebe o quanto ela cuida tão mal de si, se alimentando pouco, dormindo menos ainda e se cobrando demais, tudo isso e mais um pouco fará com que ela comece a ter vários quadros de ansiedade, fazendo com que ela entre em conflito e lá no fundo sente que tudo pode mudar.



E essa ideia de mudança será intensificada depois que ela conhecer Vitor, um ruivo bem desengonçado que toca violino e que ama a música clássica na mesma proporção que é encantado pelo hip hop.



E é essa dose de hip hop que trará uma nova visão sobre a vida e as coisas para a Camila.



Diferente do primeiro livro, desta vez fiquei encantada com os dois personagens, Camila e Vitor são daquelas pessoas de aura boa, que iluminam onde chegam e são realmente do bem. Pontos positivos do livro foi termos tido mais cenas na parte externa a Academia, a autora tratar do preconceito com minorias e de certa forma falar da importância do acompanhamento psicológico; e o ponto negativo, para mim, foi que desta vez não achei a leitura fluida, a sensação que eu tive foi que a história demorou de acontecer. Mas nem por isso digo que o livro não vale a pena ser lido, vale sim! Principalmente se você for fã da Babi Dewet.

site: http://www.tresleitoras.com.br/2018/10/resenha-allegro-em-hip-hop.html
Liachristo 06/04/2019minha estante
Você teve praticamente as mesmas sensações que eu tive lendo. Demorou muito pra realmente engrenar.




spoiler visualizar
leituras.malu 20/04/2021minha estante
Aaaaaaa eu amo esse livro, ele tem pouquíssimo reconhecimento mas é perfeito ?




Lu | @rei_no_literario 07/07/2020

Um livro com muita musica e romance
Esse é um livro que vai abordar vários temas, a música, a dança, preconceito e saúde mental, sem deixar de lado o romance. (inclusive, para quem gosta de ballet, música classica e hip-hop, a autora deu vários detalhes sobre e tem uma playlist com as músicas que usou para cada capítulo)
Esse livro está no ponto de vista de Mila, uma garota que é descendente de japoneses e tem por volta de seus 18 anos. Ela estuda em um conservatório de músicas, o Margareth Vilela, onde faz ballet. Seus pais são daqueles bem rigorosos que querem ver a filha brilhar, acabando deixando um peso imenso nos ombros dela, que não quer decepciona-los. Sua vida é bem regrada por causa disso e ela é uma das melhores bailarinas do conservatório. Esse ano é o mais importante de sua vida, o ano que vai concorrer para o papel principal de 'o lago dos cisnes' e tentar impressionar olheiros do mundo todo. Toda essa pressão vai desencadear alguns problemas em sua vida. Vitor, o violinista, chega em sua vida e faz ela perder um pouco desse peso nos ombros e a ajuda a passar por esses problemas.
Esse livro é realmente fofo, porém, só conseguiu me fisgar depois da metade, então resolvi dar 3 estrelas mais pela experiência de leitura do que pela história em si.
Sckyfox 14/07/2020minha estante
Eu ja ia perguntar o do pq 3 estrelas mas ai no final vc falou kkkkkkk




Ceci 30/11/2019

Razoável
Não se por estar ainda tão apaixonada pelo livro anterior e fui com exepctativas muito grandes, esse não conseguiu atingir.
O Vitor não me cativou, e eu gostava mais quando a Clara aparecia do que a Mila, não sei ainda como me sentir, mas foi uma leitura que eu realmente empurrei com a barriga, já que nunca demorei tanto com um livro.
nina 09/02/2020minha estante
Eu tive exatamente a mesma experiência, achei o livro muito monótono, e sonata muito melhor




Letícia @sereia_literaria 19/09/2018

Incrível, emocionante e necessário.
"Era engraçado como a força podia vir de pessoas que nem conhecia, de pequenos momentos ou detalhes. A cada dia isso ficava ainda mais claro."
Mila é uma dançarina talentosa de origem japonesa que sempre dedicou a vida no seu grande amor; Ballet.
A busca pela perfeição nos palcos e por melhora em cada movimento nunca foi suficiente para ela mesma e principalmente para a mãe, que vive cobrando melhores resultados.
Enquanto a Academia Margareth Vilela prepara cada detalhe para as apresentações artísticas, Mila dobra a quantidade de horas praticando as coreografias, suspende festas que vão rolar e até passa as madrugadas treinando, ignorando as dores e o cansaço pra dedicar todo o seu tempo a fazer aquilo que, desde pequena, foi induzida a fazer: Ser a melhor.
Com uma narrativa bem elaborada e bem desenvolvida, iremos acompanhar a verdade por trás da delicadeza que a bailarina apresenta enquanto encanta a platéia; suas crises de ansiedade, baixa auto estima e seu psicológico lhe auto sabotando.

Ao longo das páginas conheceremos o interior de cada personagem citado, incluindo Clara e Vitor, que serão responsáveis por confortar a vida de Mila nos momentos mais difíceis.Não sei explicar o que senti durante a leitura, pois foram diferentes sentimentos capazes de me fazer pensar que, em determinadas situações, o livro estava falando diretamente comigo. »Não só a história é incrível, mas todas as referências músicais foram essenciais para criar um envolvimento original com o enredo. No início de cada capítulo, temos como título algumas músicas que se encaixavam perfeitamente em cada momento, e por já conhecer a maioria delas, fiquei ainda mais feliz com essa leitura.
Babi Dewet deixa claro logo no início do livro, que assim como a protagonista, ela também sofre de ansiedade e, mesmo sendo um assunto delicado, fora abordado com muita propriedade e sabedoria.
No final, só consegui chorar ao ler as últimas frases. Esse é um daqueles livros cujo irei indicar mil vezes, pois a história da Mila precisa ser lida.
comentários(0)comente



Gramatura Alta 09/10/2018

http://gettub.com.br/2018/10/09/allegro-em-hip-hop/
Já conhecendo SONATA EM PUNK ROCK (resenha no blog), da Babi Dewet, consegui matar a saudade que estava dessa lindeza de escrita em ALLEGRO EM HIP-HOP. Eu, definitivamente, achei algo bem mais impressionante que o primeiro livro. Não sei se foi porque me identifiquei bastante com a Camila, personagem principal, mas achei que a Babi deu uma evolução na escrita. E com essa evolução, ela trouxe algo que muita, mas muita, gente tem: ansiedade.

Na história, Camila Takahashi é uma bailarina, mas não uma qualquer, ela é a melhor do Margareth Vilela, e isso faz com que ela tenha muita pressão sobre si. Uma garota que nunca aproveitou muito sua adolescência, por sempre ter que ser a melhor em tudo. Mila sempre conseguiu aguentar toda essa pressão, até que os sintomas de que seu corpo não está bem, começam a aparecer.

Lembrando que, se você percebe que tem algo de errado com seu corpo, procure ajuda, não tente achar que vai passar sozinho, não vai. Alguns sintomas da Mila, são: insegurança, angustia, preocupação exagerada, dificuldade para dormir, sensação de que algo ruim vai acontecer constantemente, tonturas, desmaio e queimação no estomago.

Mila é tão forte que, se fosse eu no lugar dela, já teria desistido e me escondido debaixo das cobertas, mesmo no começo, quando ela é mais ingênua. A nossa garota evolui bastante quando ela começa a ver que não deve mais aturar certas brincadeiras sobre seu perfil físico. Outro ponto que a autora acertou.

Voltando, isso que a nossa protagonista sente, não acontece muito quando ela está com Vitor, que, gente, é um amor de garoto, sério, onde vende?

Okay, acredito que a proposta do livro não era essa, de você, para melhorar, precisar de um namorado/homem para conseguir melhorar, mas, sim, de alguém que se preocupe com você. Acho até que foi por isso que a Babi não explorou o lado romântico logo de início, o que foi realmente ótimo, deu pra se apaixonar pelo personagem sem que ficasse algo fixo naquilo.

O romance entre a bailarina japonesa e o violinista ruivo é bem Young Adult, não é muito explorado esse lado sexual no livro, é uma leitura bem leve, algo que não vai te deixar de ressaca, mas provavelmente vai te tirar dela.

A Babi realmente sabe fazer personagens cativantes, e um deles que me conquistou, foi a Clara. Nunca vi uma personagem secundária mais maravilhosa. Sério, imaginem uma garota com a cabeça raspada, feminista, livre, que adora sair, beijar, curtir, filha de duas mulheres, e que, simplesmente, fala as verdades na cara de quem quer que seja. Gente, eu não sabia lidar com essa garota, realmente foi um dos presentes desse livro.

Acredito que o foco da história é fazer que o leitor se identifique, que tenha empatia, que veja que o mundo não gira em torno de si mesmo, que saiba respeitar as diversidades, e que nunca julgue o próximo por supostamente ser perfeito o tempo todo, ninguém é.

Foi uma leitura emocionante, e eu me vi como a Mila, eu senti essa pressão pela qual ela passou, eu tive que lidar com isso, então acredito que a forma como você pensa sobre si mesmo, também ajuda. Nunca pense que você é menos do que você se vê, e você não vai ser sempre o melhor em tudo, mas isso não importa de verdade, porque você vai ser o seu melhor.

Obs: dá para matar saudade do meu Kim e da minha Tim!!!

site: http://gettub.com.br/2018/10/09/allegro-em-hip-hop/
comentários(0)comente



cah 31/01/2024

Amei o livro!
Gente, que leitura gostosa e fluída! Amei cada minuto dela. Até acordei mais cedo pra ler um pouquinho mais! ?
Uma delícia de livro, recomendo pra todos fãs desse gênero.
comentários(0)comente



Karinevozniak 20/02/2019

Maravilhoso
Esse livro mostra a vida de uma bailarina atras do palcos, o medo a competição em que vivem, a ansiedade, e a Babi soube retratar isso de uma maneira muito legal!
comentários(0)comente



Bia Sousa 19/03/2019

Fofinho
Em Allegro em Hip-Hop, segundo livro da trilogia Cidade da Música da autora Babi Dewet conheceremos Camila Takahashi, uma estudante de ballet.

“A vida para algumas pessoas, pode ser como uma orquestra, cheia de instrumentos que compõem uma mesma música. Para outras, é como um número de dança. Pode ser coreografado, como uma rotina, cheia de altos e baixos, objetivos e expectativas, em que você sabe o começo, o meio e o fim. Ou pode ser livre, sem pensar no movimento seguinte, só deixando o corpo se mover e viver, com ou sem medo, entre os erros e acertos, seja guiada pelo ritmo ou pela melodia.”

Que ballet é uma das danças mais lindas e delicada, todos nós sabemos, mas poucas pessoas chegam a pensar o que cada bailarino(a) passa antes de chegarem em apresentações tão lindas, e é justamente os bastidores dessa profissão que conheceremos.

Mila, desde muito pequena era cobrada pela sua família no que diz respeito ao Ballet, e esperavam nada mais nada menos que a perfeição. Devido a isso, Mila se dedicava inteiramente a dança, ensaiando por horas a fio, sofrendo com dores no corpo, cobrança da família e professores, ansiedade e etc.

“O que importa é seguir em frente, sempre. Ao vivo, não existe pausa nem playback. É só você, o palco, seu corpo e a música. A plateia é só parte do seu show, não a protagonista.”

Tudo isso piora quando Mila passa no teste como bailarina principal da peça O Lago dos Cisne, na apresentação final do semestre do conservatório Margareth Vilela. A cobrança encima de nossa protagonista é enorme, pois era a oportunidade dela ser vista e conseguir entrar no The Royal Ballet em Londres.

Mila estuda na Margareth Vilela graças a uma bolsa que conseguiu, e pretende fazer dessa bolsa a oportunidade de sua vida. Mas depois de conhecer alguns alunos e principalmente Vitor, ela passa a se perguntar que vida é essa, que gira em torno apenas do ballet. Ela quase não tem amigos, mal consegue dormir, e nunca experimentou quase nada que uma garota da sua idade já se permitiu na vida.

“Era engraçado como a força podia vir de pessoas que nem conhecia ou de pequenos momentos ou detalhes. A cada dia isso ficava ainda mais claro.”

Do outro lado conheceremos Vitor, um rapaz de família rica, que sempre teve tudo e que toca violino na Margareth Vilela, pra ele nada precisa ter tantas regras, ele tem vários amigos, é comunicativo e adora sair, completamente o oposto de Mila.

Mas existe aquela história de “os opostos se atraem”, e é justamente isso que acontecerá com os dois. Com o tempo os dois viram amigos e acabam se apaixonando um pelo outro. Juntos eles descobrirão que o mundo não é como eles imaginaram, e que muita precisava ser descoberto pelos dois.

“- Acho que as pessoas tendem a pensar que, porque somos bailarinas e porque ouvimos música clássica, dançamos com leveza e que por isso nossa cabeça não é uma bagunça. Mas tudo é uma bagunça, se querem saber! Desde a ponta dos meus dedos tortos do pé até os grampos do meu cabelo, que doem demais.”

Mais uma vez Babi trás muita representatividade em um livro seu, além de abordar sobre ballet que na maioria das vezes é visto como dança para mulheres, trás personagens masculinos que também fazem parte da turma de Mila. Trás também sobre o preconceito étnicos, e esteriótipos criados com asiáticos, muçulmanos e etc.

O livro também é regado a música, muita música clássica e hip-hop, o que deixa a história ainda mais empolgante.

“-Acho que nada na nossa vida vem sem explicação. E acredito que tudo o que vem para a gente é coisa que podemos suportar. Às vezes, a gente nem sabe que pode, mas a vida vai te mostrando que superar cada coisa é uma vitória.”

Com uma leitura leve, rápida e gostosa, Babi nos apresenta um livro de excelente qualidade e que vale muito a pena ser lido. Temos um romance bem adolescente, até porque são personagens com seus 18 anos de idade, mas que ao mesmo tempo trás muitos assuntos que devem ser discutidos por todas as idades.

Não vejo a hora de ler o terceiro e último livro dessa trilogia, pois a Babi me ganhou de uma forma que jamais poderia imaginar, e tenho certeza que você também irá se render ao talento dessa autora linda de cabelos coloridos.

site: https://bercoliterario.wordpress.com/2018/10/20/resenha-allegro-em-hip-hop-babi-dewet/
comentários(0)comente



BlancBunny 19/04/2019

Allegro em hip-hop
Um livro maravilhoso, leitura indispensável. Através dessa arte a Babi Dewet consegue nos passar uma mensagem incrível e importante, que é: "a vida é feita de pequenos momentos de felicidade". Nos ensinado a nos encontrarmos, superarmos os preconceitos que muitas vezes não percebemos a gravidade, e os obstáculos muitas vezes colocados por nós mesmos por medo de magoar alguém sendo quem somos de verdade, e acima de tudo, descobrir o que nos faz feliz e não ter medo de seguir em frente, não se importando com aquilo que dirão de nós.
comentários(0)comente



94 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR