Resenhas -

Day 09/11/2020

alguem me explica
pensando sobre o que acabei de ler. achei muito interessante a abordagem, com um tema muito atual. talvez eu faça parte do grupo de pessoas que nao entendeu o "segundo final"? provavelmente, mas ainda assim gostei muito.

Paulo 22/10/2020

A internet hoje se tornou um pequeno universo de como anda a nossa sociedade. Em um momento de extrema polarização, parece que as redes sociais oferecem um campo seguro de impunidade para revelarmos nosso lado mais obscuro. Instigar pessoas, perseguir pessoas, vitimizar pessoas. Tudo isso é possível em uma terra sem lei. Mas, às vezes o que fazemos nesse mundo acaba se refletindo na realidade. A narrativa contada por Rainer Peter vai buscar nos ícones negativos da internet uma maneira de pensar e refletir sobre o assunto e quem sabe através do choque de realidade, buscarmos uma solução para isso. Ou pelo menos debatê-la mais abertamente. Quem Matou o Caixeta é uma obra interessante sobre os tempos atuais.

Na narrativa temos uma espécie de documentário ficcional sobre um influenciador chamado Caixeta. Um indivíduo com uma fala polarizadora, uma postura reprovável e opiniões questionáveis, mas que tinha toda uma base de fãs que o idolatravam. Obviamente que ele também tinha uma outra base de pessoas que o detestavam. A internet se tornou a plataforma perfeita para que um Incel como ele se tornasse popular. Uma de suas atividades mais conhecidas era o de pegar frases ofensivas e usar com pessoas reais. Passar uma cantada abusiva em uma mulher, ofender integrantes de grupos LGBT, se colocar em situações surreais apenas para mostrar que podia. Só que ele acabou sendo morto por alguém. O protagonista está assistindo ao documentário ao lado de sua namorada que o colocou para que ele tivesse um choque de realidade para saber o que acontece a pessoas abusivas. Só que essa discussão entre os dois vai levar a uma situação ainda mais bizarra...

Preciso admitir que a arte do quadrinho não me agradou. Acho que se tratou da proposta em si da HQ de usar uma estética que se assemelha a um documentário com uma mistura de vídeo do Youtube. Para mim ficou artificial demais e tirou o foco do que era realmente importante. A proposta de um quadro por página também me soou estranho pelo menos da forma como foi feito. Por outro lado, preciso ressaltar o quanto o Rainer foi inteligente ao fazer várias brincadeiras com personagens famosos dos quadrinhos e das animações. Personagens que davam depoimentos sobre o Caixeta. Como Rainer criou um universo onde a estética das pessoas é estilizada não fica estranho você ver o Goku ou o Mickey sendo entrevistados pelo documentarista.

Sem dúvida alguma o ponto alto da HQ é a temática da intolerância social nos dias de hoje. A maneira como o autor explora esses pontos é um sinal do domínio narrativo. Isso porque ele não alivia nos golpes. Com um humor ácido e uma ironia latente presente nas páginas, ele vai torcendo o limão para nós. É incômodo. Mas, se pararmos para pensar um pouco é a maneira como muitos radicais atuam. A cultura Incel é essa, a da trollagem e do uso de uma impunidade que parece cercá-los que os torna onipotentes em suas pequenas redomas de vidro. Ao mesmo tempo a narrativa mostra o quanto eles são pequenos e insignificantes como pessoas. A necessidade do choque para a curtida ou para o compartilhamento. Eles vivem disso. É assustador pensar que esse tipo de pessoa tenha tanta espaço em nosso meio.

Por outro lado temos uma metanarrativa presente aqui. Isso porque a história do Caixeta é apenas um meio para o autor contar sua verdadeira história, a de um namorado abusivo com sua parceira. Mostrar o destino do Caixeta é uma metáfora para o que acontece ao protagonista. Pior é sua namorada compará-lo com o polêmico personagem, algo que ele nega veementemente. Ao vermos um comportamento tão escancarado como o do Caixeta não conseguimos distinguir se não fazemos o mesmo, e apenas negamos a nós mesmos que não somos dessa forma. O Caixeta pode ser o nosso lado mais sombrio. Tem uma cena final que corrobora com essa percepção que eu tive sobre a narrativa. E é uma cena de arrepiar.

Quem Matou o Caixeta é uma HQ experimental que vale o seu interesse. Pode não ter uma arte que tenha me agradado muito e os personagens são mais estereótipos em si do que personagens como um todo (mas tem a ver com a forma de apresentar o tema), mas falar de um assunto tão cabeludo como esse com a segurança que o Rainer teve é, no mínimo, elogiável. Sim, vai ser uma jornada incômoda para alguns, mas é necessária para deixarmos o tema pronto a ser debatido. Precisamos encarar o problema de frente e encontrarmos soluções para que a sociedade possa ter uma chance de sair desse contexto violento e polarizado atual.

site: www.ficcoeshumanas.com.br

sara440 04/10/2020

Afinal, quem é o culpado?
Quem Matou o Caixeta? É um HQ muito interessante, que aborda temas polêmicos.

Dri 16/09/2020

Quem matou o caixeta? Foi você?
Uma hq muito bem construído enfatizando discursos de ódio, machismo, racismo e intolerância tão livres em tempos de internet. Recomendo!

Paula1735 06/09/2020

Interessante...
Uma hq brasileira que possui um formato diferente,mas bem criativo e que casa bem com a proposta, aborda temas polêmicos, como o machismo, preconceito e discriminação de ódio na internet.
Instiga o leitor a repensar algumas atitudes e seu comportamento.
Uma leitura bem rápida, em menos de 20 min pode ser concluída, mas vale a pena dar uma chance.

Mikael_13 25/05/2020

Uma hq muito legal, ela instiga o leitor a refletir e repensar suas atitudes.

fã do bolo de abacaxi 14/05/2020

recomendo pra todo mundo
a ilustração tá ótima. a história começa com aquele suspense de investigação, já que todo mundo quer saber né. quem matou o caixeta?

o hq é curtinho, na minha visão não prometeu o que não podia cumprir. inclusive adorei a sacada no final. eu gosto dessas coisas que fazem a gente pensar.

Jaque Moreira 16/04/2020

Interessante
Muito legal o preconceitos abordados neste quadrinho. Uma leitura rápida e leve. Vale a pena o tempo investido.

Viviane.Oliveira 22/08/2018

HQ nacional abordando tema atual sobre os chamandos 'youtubers'
Estilo do desenho interessante, no qual se reconhece vários outros personagens de desenhos animados e narrativa atual abordando a realidade da internet como fonte de informação, expressão e comunicação. Aborda, sobretudo, o papel dos chamados 'youtubers' como influenciadores dentro dessa realidade, não rara vezes fomentando discurso de ódio, opiniões mal fundadas e conceitos rasos para milhares de seguidores. Esse fato é personificado no 'youtuber' Caixeta, o qual afirmar que o o mundo ficou chato pra "ca-ra-leo" com a onda do que ele chama de politicamente corretos. Pra crescer e conseguir cada vez mais 'likes' e seguidores, ele produz vídeos de conteúdo duvidoso, recebendo críticas e elogios. Porém, a pressão e as críticas agressivas que ele recebe pela internet dão o tom de mudança
à vida de Caixeta.
Ao longo da história, algumas passagens são capazes de causar desconforto.
É possível perceber que o comportamento do Caixeta é comum e praticado por outras pessoas. Seria tudo isso fruto de construção social? Será que estamos realmente desconstruindo esse cenário? Essa dúvida paira assim como a que dá titulo ao quadrinho.
O final da narrativa é desconcertante e com um quê hilariante.
Afinal, quem matou o Caixeta?
Eu, ele mesmo, você ou a sociedade?

Enrique.Carvalho 28/07/2018

Atual
Um quadrinho muito bem ilustrado e que toca em assuntos atuais e como eles afetam o mundo ao seu redor.