Queria Estar Lendo 20/08/2018
Resenha: Uma dama fora dos padrões
Uma Dama fora dos Padrões é o primeiro livro da nova série da Julia Quinn, que nos apresenta a família Rokesbys; vizinhos e também amigos íntimos dos Bridgertons. A história gira em torno de Billie, Sybilla Bridgerton, e George Rokesby.
A história de passa na Inglaterra, mais precisamente em Kent e parte em Londres, durante o ano de 1779. Nela, somos apresentados à Billie Bridgerton, o tipo de mulher que definitivamente não segue os padrões e não liga para isso. Ela é a mais velha dos irmãos e, apesar do contragosto da mãe, vive de calças e cuidando da propriedade da família. De uma inteligência e uma cabeça-dura sem igual. Adora um bom livro de Agricultura, claro, para desespero da mãe. No auge dos seus 23 anos, a família e amigos já desistiram de importuná-la com isso, apesar de acharem que ela está na hora de arrumar um marido.
"- Nós, mulheres, faríamos um trabalho muito melhor se pudéssemos governar."
Billie não acredita que arrumar o marido vai ser um problema, já que a sua amizade e da família com os Rokesbys a leva a crer que irá se casar algum dia com Edward ou Andrew. Ambos foram embora de Kent para lutar pelo país. Edward pouco manda notícias, para preocupação de todos e Andrew está de volta a Kent graças a um braço quebrado no navio.
O outro personagem principal dessa história é George, o filho mais velho dos Rokesbys. Como herdeiro e futuro responsável pela propriedade, ele nunca pode se alistar para o exército. Dono de uma presunção e um cavalherismo sem limites, ele e Billie vivem se alfinetando sempre que se encontram.
"Mas é claro que era ele. Porque quem mais passaria ali no pior momento, no mais estranho e embaraçoso, na única maldita hora em ela precisava ser resgatada?"
Billie nunca viu George como um amigo nem nada parecido com isso. Da família Rokesby, ele era o único com quem ela não tinha uma relação amigável. Mary, a única mulher entre as filhas, era sua melhor amiga desde o berço, literalmente, apesar de serem muito diferentes. Porém, Mary se casou e não mora mais em Kent, elas trocam cartas regularmente, mas não é a mesma coisa.
Edward foi embora com o exército e Billie também sente muita falta dele; junto com o irmão, Andrew, os três viviam brincando e passaram toda a infância juntos. Andrew é o mais brincalhão dos irmãos e importuna Billie como um irmão mais novo faria. É adorável e divertido ver a relação entre os dois. Andrew é o dono das melhores frases e cenas e de parte do meu coração.
"Eles ouviam Mary vez ou outra. Ouviam mesmo. E provavelmente era o único motivo pelo qual todos os quatro tinham atingido a idade adulta sem sequelas.
- Está lendo uma enciclopédia sobre agricultura e reclamando que é muito árida?"
Já o lado da família Bridgerton, somos apresentados a mãe de Billie, uma perfeita dama da sociedade. Ela e Billie tem uma relação de respeito e poucos conflitos, ela tolera que Billie use calças, exceto em eventos sociais nos quais Billie tem que usar vestidos, e entende o gênio da filha. Também conhecemos a irmã mais nova de Billie, Georgiana, com 14 anos já tem tudo para ser uma excelente dama e em alguns anos com certeza terá sua mão disputada por vários homens.
A relação de gato e rato de Billie e George é maravilhosa, fica com aquele sentimento maravilhoso de "pelo amor de Deus, quando vocês vão entender que são perfeitos juntos e se acertarem?". Foi muito bem construída! A cumplicidade que os dois constroem é linda. Você quer socar os dois por serem tão orgulhosos, mas no segundo seguinte querer guardá-los num potinho pra que nada destrua tanta fofura.
"- Sabem o quanto eu trabalhei para isso? Juro que pensei que teria que bater em você com uma vara."
Esse livro encheu meu coração de amor de um jeito que não estou cabendo em mim. Me admira muito eu conseguir escrever essa resenha até aqui sem surtar nem um pouco, porque eu não estou conseguindo lidar, de verdade. Ao mesmo tempo que quero guardar o livro numa redoma pra ter essa história só pra mim, eu quero que todo mundo leia e divida comigo esse sentimento, porque não está cabendo!!!!
Devo dizer que minhas partes favoritas do livro estão marcadas com post it e me segurei muito, porque, na real, eu queria colar post it no livro todo e foi muito difícil escolher só algumas para colocar na resenha, esse livro merece um post só com as melhores frases.
Julia Quinn faz com que você se apaixone por cada um dos personagens, cuidado. A escrita é bem leve, divertida e flui de uma forma rápida. Me segurei muito durante a leitura pra não ler tudo de uma vez. Queria devorar a história e saber o que acontecia, mas ao mesmo tempo queria me deliciar com a leitura.
Esse sentimento de devorar o livro ainda junta com a diagramação brilhante, com capítulos um em seguida do outro, diferente do formato comum que mantém o início do capítulo no topo da página o que me impedia de parar de ler já que quando eu via, já tinha começado outro capítulo.
A autora consegue tornar uma partida de croquet num cenário de guerra e a construção de um castelo de cartas em uma tarefa fascinante de assistir. Esse é um livro com alfinetadas pra todo lado, cenas divertidas, uma cumplicidade e amizade linda de Billie com os irmãos Rokesby e lógico, um romance daqueles que queremos pra nossa vida.
Foi o primeiro livro da Julia Quinn que li e ela já está no meu coração. Nesse momento me odeio um pouco por não ter lido nenhum livro dela antes. Se você nunca leu, não se arrependa como eu LARGA TUDO E VAI LER JULIA QUINN. Arqueiro, por favor, publica os próximos logo, quero mais!!!
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