Resenhas - A Guerra

Alicia 24/03/2023

Um livre que traz muita informação e que nos mostra como as facções se organizam e quão grande elas são e se transformaram ao longo dos anos.
Achei a leitura interessante e fiquei impressionada com o nível de organização dos criminosos, e percebi, que de fato, não é a toa que essas organizações chamam de Crime Organizado.
Fiquei pensativa quanto ao perfil dos presos que mudou ao longo dos anos e de como o consumo da maconha/cocaína cresceu e se tornou uma praga não só no Brasil, mas em todo o mundo.
É um mercado gigantesco, que envolve muita gente e muito dinheiro. É assustador!
Gostei da leitura e recomendo, acho que o livro nos dá uma perspectiva que não encontramos facilmente sobre as penitenciarias e de como o sistema está todo corrompido. As prisões à muito tempo deixaram de ser um ambiente de regeneração (se é que um dia foram) e tornaram-se um ambiente hostil e de agravamento da violência. Trata-se de um caminho sem volta para a grande maioria.
A única coisa que não gostei na leitura foi a organização dos fatos. A narrativa ia e vinha no tempo e me senti um pouco perdida em alguns momento.
O final nos dá esperança de um norte, porém ao mesmo tempo sinaliza a existência de tantas correntes contrárias que é quase impossível conseguir visualizar que um dia tudo isso possa mudar.
Aborda a morte de Mariele Franco e de como sua luta por efetivar políticas públicas poderia ter impulsionado algo transformador, mas ao mesmo tempo a pressão contrária é tanta que ela foi assinada e até hoje não foram encontrados os reais culpados.
Frustrante e desanimados.

Roger Ruiz 14/02/2023

Chá de realidade
Este livro traz detalhes sobre so principais envolvidos na criminalidade brasileira e nos faz entender que a questão não é simples, o que nos distancia de aceitarmos medidas populistas, as quais são simples e não resolvem o problema. Ao contrário, aumentam-no. Ao lê-lo, seremos capazes de argumentar com aqueles que acham que bandido bom é bandido morto e explicar porque este pensamento não funciona na prática.

liv 20/01/2023

Que livro sensacional. Os autores discutem profundamente a questão do crime, do sistema penitenciário, das drogas, da segurança pública e da violência no país. O livro te deixa de boca aberta, impressionada com a riqueza de detalhes e a forma incisiva de retratar as problemáticas. Ao final do livro, você se enche com um sentimento de revolta e necessidade de transformação diante da violência evidenciada. A leitura pode ser um pouco pesada em alguns momentos, mas a insistência em ler vale a pena!

Yasmin 17/10/2022

Um livro fascinante, que explica detalhadamente como funciona as facções criminosas do país desde de seu incio e formação ate a sua estrutura.
Simplesmente perfeito.

andre96g 12/09/2022

Obrigatório para quem quer entender um pouco mais do assunto
Durante uma aula de urbanismo e espaços marginalizados foi apontado como o mundo do crime tinha uma importância na configuração social e espacial destes locais. Para melhor compreensão disso, nos foi indicado este livro. E nao poderia ser uma indicação melhor.
Acredito que todos que moram em São Paulo de alguma forma já ouviu falar do PCC, no entanto esse livro destrincha o grupo e mostra uma realidade que a maioria não está a par.
O livro é ótimo, sensibiliza, informa e nos faz pensar acerca dessa realidade e comp as política públicas vigentes só contribuem para o empoderamente destas organizações.
Acho que o único ponto que me desgradou foi a repetitividade em alguns momentos. No entanto isso logo era esquecido a medida que eu me aprofundava no capítulo.

Jefslau 05/09/2022

Tenebroso
Tenebroso saber que uma organização criminosa consegue ser ajeitar e produzir resultados de uma forma errada e que funciona melhor do que o estado que devia prover e proteger a sociedade.

Emi 28/04/2022

Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?
Bruno Paes Manso e Camila Nunes Dias, de maneira didática e detalhada, mergulham no mundo do crime e descrevem o surgimento do PCC e a sua expansão para além das fronteiras brasileiras.
O Primeiro Comando da Capital surge em 1993, após o Massacre no Carandiru, quando 111 presos foram executados. O mundo do crime, diante desse fato, se revoltou e passou a ditar as regras que iriam gerir as prisões brasileiras, impondo sua autoridade para além das fronteiras e baseando-se no lema: ?o crime fortalece o crime?.
Os autores ressaltam que a estratégia de Segurança Pública adotada pelo Brasil, qual seja, a guerra contra as drogas e o encarceramento em massa, promoveu a criação e organização das facções criminosas, que assumiram o papel de inimigos do Estado e partiram para o ofensiva, sempre mais ricos, prontos para o combate e atraindo jovens que jamais alcançariam o mesmo prestígio social se vivessem dentro da lei.
Esse livro não é um julgamento ao PCC, mas uma descrição crítica sobre as estruturas sociais que sustentam as facções criminosas, ressalvando que não há vilão e nem mocinho nessa história, o livro é a realidade nua e crua do Brasil.
Recomendo esse livro para aqueles que, assim como eu, possuem a mente inquieta em relação às mazelas sociais e não se contentam com respostas prontas e curtas!
É desse modo que finalizo 2º livro do ano e dou início aos posts sobre minhas leituras, com o objetivo de me incentivar a ler mais hahah

Rodrigo.Grogro 07/03/2022

Pcc x comando vermelho x Polícia e no meio nois a população no meio de uma guerra descontrolada, como mudar isso ...

carl 06/03/2022

Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?
?No geral, essa cena de violência é formada por homens que matam outros homens e acreditam fazer a coisa certa ao praticar esses crimes.?

A Guerra não é um livro que deve ser julgado como uma ficção. A Guerra retrata a realidade brasileira nua e crua, trazendo fatos sobre o crime organizado não divulgado nos grandes meios de comunicação e que diz muito sobre os percursos do Brasil. Portanto, a única resenha plausível é a de análise de dados.
Um livro muito importante que pauta sobre a romantização do crime ?[...]para essa garotada, o crime fosse além da violência e da ostentação, representando uma ?caminhada? que faz mais sentido do que a estrada que a sociedade tradicional pavimentou, cheia de obstáculos e armadilhas?, que afeta majoritariamente pardos e pretos que vivem em periferias, e que muitas vezes não possuem outras perspectivas.
Entretanto, para alem das violências dos traficantes, que matam sem piedade qualquer pessoa que pense em cruzar e atrapalhar o que mais almejam: iniciar uma tirania, Bruno e Camila discorrem sobre o preconceito com as favelas, pois na realidade a quantidade de traficantes lá não chega a ser 1% da população habitante, mas a mídia e o governo não se importam e espalham notícias falsas em que culpabiliza a periferia e a trata como o pior crime da humanidade.
Esse crime organizado que desde 1980 toma conta do país é financiado indiretamente ou diretamente pela mídia, milícias e a próprio governo, que quanto mais intervenções tentam fazer, mais fortes deixam o crime organizado. Principalmente a polícia, que aproveita e abusa do poder para destruirem famílias que não estão envolvidas com o tráfico e ignorarem os direitos humanos, punindo cruelmente aqueles dentro do tráfico.
No fim, como os autores dizem: ?Essa rivalidade vazia, autodestrutiva e suicida, que se reinventa com o passar do tempo, segue produzindo milhares e milhares de mortos todos anos?, nos fazendo refletir sobre a vida daqueles que entram no caminho do trafico, o sistema carcerário, o governo e suas organizações (falidas) para diminuir o crime e, a inutilidade da polícia que so serve para fazer a população insegura e fortificar ainda mais o tráfico.

Piêtra 16/02/2022

Incrível.
SENSACIONAL.

Livro documentado da forma mais clara e detalhada possível, trazendo toda a dinâmica e movimentação da facção por um olhar mais íntimo sobre a vida tão intensa e perigosa.

Nandara.Secco 24/01/2022

7- Um livro sobre drogas
Para o desafio Livrada! de 2022, na categoria sete, "um livro sobre drogas", escolhi "A guerra: ascensão do PCC e o mundo do crime no Brasil", de Bruno Manso e Camila Dias.

Considero este um livro necessário para entender como funciona e quais são as ferramentas e alcances do crime no país, assim como essencial para entender os desafios que estão postos para vencê-lo.

Como uma completa leiga no assunto de segurança pública, a leitura foi extremamente elucidativa e nos ajuda, enquanto cidadãos, a entender como o sistema carcerário no Brasil não é a melhor saída, por isso, certos discursos devem ser ponderados antes pela leitura deste livro.

Embora seja um pouco repetitivo, o maior benefício do livro é o capítulo final, que nos enche de esperança ao propor possíveis caminhos para combater as facções e a guerra em nome do tráfico. No entanto, também nos enche de medo com sua frase final, já conhecida: "quantos mais terão que morrer até que essa guerra acabe?"

Márcio 30/12/2021

Muito bom
Uma leitura necessária para quem quer entender a criminalidade brasileira e constatar os erros do Estado que prefere investir em repressão ostentiva do que em Inteligência.

Luana.Rayalla 17/11/2021

Muito interessante!!
E um livro muito bom, entretanto algumas coisas me incomodou na escrita dos autores, tem momentos que repetem o que já falaram em outros capítulos, isso pode ser cansativo. Porém isso acontece mais de um pouco mais da metade do livro. Fora isso, muito bom o livro.

hermes.willyan 11/07/2021

O que não se mostra por trás das cortinas
É um livro mostra o que não se vê por trás daa engrenagens que movem as facções criminosas. São cidadãos que encontraram no crime aquilo que o Estado foi incapaz de oferecer: segurança, trabalho, saúde e demais apoios assistencialistas. Não que eu defenda o crime organizado, mas a visão que se tem é que essa guerra as drogas e ao crime organizado não obteve resultados tão bons, além de ser dispendioso. É um livro que precisa ler com calma.