A guerra

A guerra Bruno Paes Manso




Resenhas - A Guerra


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Izaynil 09/06/2021

Organizaçao...
Leitura obrigatória sim!

O livro é uma pesquisa a fundo sobre o surgimento e a construção da hegemonia do PCC. Os relatos originais e os salves (cartas dos líderes para a facçao) mostram o quão importante é esse debate. Uma leitura fluída, que me prendeu a todo tempo. Ao final do livro, os autores fecham com maestria, estabelecendo uma possivel saída para as autoridade que insistem em manter o ostensivo tratamento ao sistema. Esse livro é necssario pois desmistifica muitos gargalos presente na estrutura social brasileira.

Obs: A estrela máxima nao veio por um pequeno detalhe. A escrita desse livro é muito vai e vem. Assuntos retrados no cap 1 voltam a tona em outros capítulos e por ser rico em detalhes a leitura pode ser cansativa pra alguns. Pra mim nao, mas ...
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Paula 03/06/2021

?a força do pcc não decorre apenas da capacidade de governar o crime, mas também do apelo de sua proposta: um mundo do crime capaz de melhorar a vida de seus integrantes e de seus familiares?. A promessa de uma melhora de vida que de outra forma não tem boas expectativas.
É uma fonte muito rica sobre a história do pcc, mas também da violência no brasil como um todo. Deixa muito claros alguns problemas que devem ser corrigidos, pois do contrário vão continuar sendo um tiro no pé pro país, quais sejam a superlotação nos presídios, as condições precárias de lá e a falta de uma reeducação dos presos, uma vez que essas são condições que fortalecem o sentimento de ódio ao sistema. Mas não só isso, mostra como é muito simples a circulação de informação lá dentro e como, quase pela maioria das vezes, as ordens vêm de lá.
O livro se apresenta meio como uma reportagem bem completa, destrincha muito bem como funciona -ou como eles acham que funciona- o sistema do pcc e tb de outras faccoes, alguns capítulos ficam meio repetitivos, mas a leitura é muito boa. No fim os autores ainda apresentam ideias bem inteligentes de como todo esse problema deveria ser tratado, com enfoque na educação e menos na questão de contenção militar, algo que é bem levantado citando, principalmente, a situação nos morros do RJ como exemplo, onde ela acaba afetando a vida dos outros moradores mais do que ajuda, levando a sensação de um terror pro dia a dia desses.
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Bersa Mendes 10/05/2021

Boa temática, porém com muitas idas e vinda
Talvez pelo fato de ser redigido por dois autores, a organização dos capítulos dos livros tenha se perdido um pouco e ficado um pouco confusa para o leitor. Apesar o tema relevante senti que, muitas vezes, o assunto dava voltas, retornava em capítulos posteriores. A escolha da divisão ou diferentes abordagens sobre um mesmo assunto partindo de diferentes autores talvez tenha causado essa impressão. Mas é um tema demasiado relevante.
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Igor13 24/03/2021

O mais completo e atualizado que conheço
Daria 4,5. Muitas informações úteis do PCC e outros grupos criminosos. Além de uma análise convincente. O livro parece uma mistura de trabalho jornalístico e acadêmico. Em alguns momentos, fica um pouco chata a leitura porque: 1)os autores descrevem detalhes desnecessários, 2)os muitos 'salves' (comunicados) do PCC e outros grupos do crime e 3)os autores voltam aos mesmos assuntos muitas páginas depois, o que confunde um pouco.

Apesar dessas observações, o livro traz uma análise bem interessante de um tema complexo. Os autores vão fundo no assunto. Provavelmente o melhor livro sobre crime do Brasil.
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JOÃO Luiz 19/03/2021

Livro com um teor jornalístico com cara de documentário...parece que se está lendo a página policial da semana passada. Como gosto não se discute, apesar de esclarecer bastante coisa sobre a origem e desdobramentos do PCC, e as disputas com outras facções e o papel da segurança pública no contexto geral, é uma leitura um pouco chata, perdendo de longe, por exemplo para ?O dono do morro Dona Marta?, escrito pelo Caco Barcelos. Confesso que terminei de ler pra não abandonar.
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Jess.Carmo 21/02/2021

As prisões não diminuem as taxas de criminalidade
A obra não é apenas uma descrição restrita ao surgimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) e ao seu desenvolvimento. Os autores retomam aqui o velho tema do fracasso da justiça penal. Quando digo que é um velho tema, não é à toa, já que nos acompanha desde o século XIX. Segundo Moreau-Christophe (1839), "onde houver uma prisão, há uma associação de outros tantos clubes antissociais" (p. 7), ou seja, a prisão "favorece a organização de um meio de delinquentes, solidários entre si, hierarquizados, prontos para todas as cumplicidades futuras" (FOUCAULT, 1975, p. 261). O PCC é reflexo desse fracasso histórico que é a justiça penal.

O PCC não encontrou grandes dificuldades para que sua ascensão fosse bem sucedida. A falta de vontade dos políticos brasileiros em aderir propostas de políticas públicas pautadas em estudos na área de segurança pública facilitou o crescimento do grupo paulista. Sempre foi mais fácil usar o velho discurso de que as prisões devem ser um depósito dos tipos indesejáveis que a polícia captura. Por essa lógica, com o criminoso fora de circulação, o crime se dispersaria. Triste engano. A vida insalubre do sistema penitenciário brasileiro, o esquecimento e desprezo da sociedade brasileira fabricaram um dos maiores grupos de crime organizado da América-latina. Afinal, se o Estado e a sociedade me esqueceram, o que me resta é sobreviver. Além disso, mesmo em liberdade, as condições dos ex-detentos permanecem precárias, já que estão sob constante vigilância; o estigma do crime nunca os abandona.

Sem ter nada a perder, a população penitenciária aderiu ao discurso revolucionário do PCC. Segundo eles, os "crimes eram praticados em nome 'dos oprimidos pelo sistema' e não em defesa dos próprios interesses" (p. 12), o que os diferenciavam do grupo de traficantes cariocas Comando Vermelho (CV). Nesse sentido, o crime era uma forma de sustentar um projeto inicialmente revolucionário. O objetivo não era mais crescer individualmente dentro do mundo do crime, mas procurar uma forma de sobreviver ao sistema através de uma organização grupal. Daí o lema "o crime fortalece o crime".

Apesar dos salves sempre finalizarem com os lemas de "Justiça, Paz, Liberdade, Igualdade e União", esses ideias perderam o sentido nas últimas décadas. O grupo passou a ser uma empresa. Alguns poucos se beneficiam com o lucro do tráfico.

A guerra declarada ao grupo se confunde também com uma guerra declarada a toda população das comunidades. Não importa se a comunidade do Alemão tenha 100 mil habitantes e apenas 0,5% da população pertença ao grupo, todos os moradores sofrem com a violência policial. Dessa forma, o Estado, responsável pela ação covarde, passa a ser visto como um inimigo por toda favela. O que resta é a convivência com os traficantes.

A solução que os autores apresentam é atacar financeiramente o grupo. Como se trata de uma lógica empresarial, seu calcanhar de Aquiles é justamente o capital financeiro. Portanto, é necessário investimento em inteligência policial, desmilitarização da polícia e a descriminalização das drogas. Além disso, é preciso atrair a população para outros projetos que prometam melhorias para a comunidade. Trata-se, acima de tudo, de uma disputa por almas. Os benefícios que o tráfico oferece são sedutores, a saber, dinheiro, carros, fama, mulheres. A vitória contra o tráfico também depende "da capacidade de atrais pessoas em torno de projetos voltados para o bem comum" (p. 327).

site: https://www.instagram.com/carmojess/
Douglas 22/03/2022minha estante
Excelente resenha, Jess. Consegui o livro hoje, através do Plus.




Olívia Saldanha 01/02/2021

A Guerra.
O livro de Bruno Paes Manso e Camila Dias Nunes narra sobre o início e a ascensão do PCC, como maior facção criminosa brasileira da atualidade, detalhando os meandros da organização, suas subdivisões, ideologias, estratégias de expansão global, rivalidade e alianças com outras facções e o papel do Estado neste processo.
Há nitidamente um trabalho de pesquisa muito aprofundado, que vão desde entrevistas a membros da organização e integrantes da Segurança Pública até transcrições dos salves (comandos emitidos, em regra, pela cúpula da organização aos demais membros). Acredito que a analise sociológica e jornalística tenha obtido êxito em fazer com que o leitor enxergue vários ângulos deste problema.
Entretanto, como muitos já comentaram aqui, a falta de uma ordem cronológica na narração dos fatos prejudicou um pouco o meu entendimento (pois tenho mais facilidade de assimilação quando os fatos seguem uma linha do tempo). O livro é uma ótima experiência para quem possui curiosidade sobre a crise da Segurança Pública no Brasil.
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Wallace17 18/01/2021

Uma aula sobre narcotráfico
“Policiamento ostensivo nos bairros pobres e encarceramento em massa seguem os remédios mais usados e justamente as soluções que ajudaram a induzir o crescimento das organizações criminosas no Brasil"

Quando sociologia e jornalismo se entrelaçam, surgem trabalhos magníficos como este livro sensacional dos autores Bruno Paes Manso e Camila Nunes Dias, publicada pela editora Todavia (@todavialivros)

A Guerra é uma daquelas leituras fulminantes que a gente não consegue largar. O livro nos apresenta uma descrição detalhada sobre o surgimento, disseminação, códigos, condutas, comportamentos, disputas e vivências das facções nos presídios brasileiros.

Muito gente nomeia esta realidade como "submundo do crime”. Aliás é um termo curioso, como se fosse possível separar o mundo “oficial” e o mundo do crime. Tem uma entrevista do José Arbex Júnior, para o programa Provocações da TV Cultura, na época apresentado pelo saudoso Abujam, no qual ele diz: “O crime organizado conta com a participação do Estado e dos grandes bancos. É indissociável o narcotráfico da movimentação do mercado financeiro. As altas especulações financeiras contam com braço do narcotráfico”

A Guerra é uma análise provocadora sobre a violência urbana, a política de guerra às drogas, a situação dos presídios brasileiros, dos processos de ascensão das facções e as disputas pela hegemonia do narcotráfico.

Para complementar a leitura assistir entrevistas e documentários sobre o tema compõem esta guerra sangrenta e sem fim. É uma experiência de leitura intensa e me fez pensar em muitas coisas. Em um país que tem mais 890.000 pessoas privadas de liberdade, segundo o Banco de Monitoramento de Prisões, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), até setembro de 2020, mais de 32.000 mortes violentas, sem incluir as mortes em decorrência de intervenção policial. (os dados foram coletados pelo jornalista do G1, via assessoria de imprensa e via Lei de Acesso à Informação) 3/4 das mortes são pessoas negras, os locais onde ocorrem os conflitos entre tráfico e o Estado são as favelas, a população carcerária é majoritariamente negra. Uma guerra que está longe do fim.

site: https://www.instagram.com/p/CKMexIVH8pk/
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Dauro 03/01/2021

Boa reportagem investigativa
Livro-reportagem sobre os bastidores do Primeiro Comando da Capital, suas disputas com outras facções criminosas, a expansão pra outros países e a falência da segurança pública no Brasil. Bem apurado, mas às vezes repetitivo.
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Maria.Jose 07/12/2020

Não foi tão envolvente como imaginei. Achei os capítulos mal organizados também.
Roneide.Braga 24/12/2020minha estante
Concordo plenamente, ainda não conseguir concluindo, mesmo sendo interessante a uma má organização na ordem cronológica.


Roneide.Braga 24/12/2020minha estante
Concluir*


Maria.Jose 31/12/2020minha estante
Sim, é bem problemático.




custodiovitoria 25/10/2020

Leitura imprescindível para entender o Brasil.

A obra se compromete a descrever a atuação do PCC. Faz bem mais que isso. Descreve, é claro, a organização do crime organizado no Brasil, todavia, apresenta também um panorama do sistema penitenciário brasileiro e a dimensão do problema.
Kaory 26/10/2020minha estante
Nossa amiga quero MT ler


custodiovitoria 26/10/2020minha estante
Muito bom, miga. Recomendo




Vinícius 19/09/2020

Ótima leitura
Leitura indispensável para quem se interessa pelo tema, trazendo uma visão mais contemporânea do crime organizado no Brasil, deixando a questão sobre a problemática do ciclo punitivo que vivemos onde as más decisões políticas ocasionam resultados desastrosos, deixando a população no meio do fogo cruzado entre polícia e ladrão.
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Caroline.Lafayette 04/09/2020

Ótimo 'documentário'
O tema me interessa muito e o livro traz detalhes muito interessantes sobre o PCC e o mundo do crime no Brasil. O excesso de personagens (necessários) e a falta de uma cronologia dificultam um pouco a leitura. Vale a pena!
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Haislan 14/07/2020

Livro muito bom de se entender mais sobre as facções criminosas
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Beatriz Vercesi 05/07/2020

Livro pra quem tem estômago forte. Corações, cabeças e vísceras são tiradas dos integrantes das facções nos primeiros capítulos para logo depois explicar a ascensão do PCC no Brasil e no mundo.
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