Nati 18/04/2021
Tão natural quanto a luz do dia...
Sou fã da banda demais, fez parte da minha adolescência, foi a minha trilha sonora em muitas histórias em minha vida, por isso sei que tive um olhar muito mais de fã que nada abala o amor pelo seu ídolo.
Muitas coisas contadas pela Grazon eu desconfiava, como a relação turbulenta dos meninos da banda, o Chorão ser usuário, e parecer perdido em algum momento (ou muitos). A fama e o dinheiro tem muito poder pra qualquer ser humano, e cada um lida com seus problemas de forma diferente.
Chorei com o livro, como chorei no dia que ele faleceu, lembro que aqui na minha rua tínhamos os famosos 'cadernos de perguntas' e lembro que no auge dos meus 13 anos escrevi Charlie Brown errado, na pergunta de banda favorita, riram de mim, mas eu não me importei, porque era real. Eu só consegui ir em um show do Charlie Brown, mas me senti realizada ali, só naquele show, pois ou não tinha idade, ou não tinha dinheiro.
Mas voltando ao assunto, chorão foi um cara de um carisma e talento surreal, o melhor ao meu ver, era uma autenticidade, sei que ele escrevia muitas letras e soube depois de ler o livro que eram todas, essa mulher foi realmente muito guerreira, ela era movida por amor acreditando que tudo daria certo. Ela pode ter se anulado (coisa que hoje em dia ela seria cancelada pela internet) mas acredito que foi uma escolha dela e pagou o preço.
Sobre o Chorão acabei por gostar muito mais dele do que antes. Como cantor, como ser humano, com erros e acertos, picos de raiva e muito amor, um cara que tinha um sentimento gigante de ajudar as pessoas, as lembranças são as melhores possíveis, como todo vício é triste perder alguém, mas acredito que suas letras, seus sucesso, sua presença de palco, seus fãs permanecem com o mesmo sentimento. Ótima leitura.