Resenhas - Como as Democracias Morrem

Mary 03/08/2020

Muito bom!
Realmente esclarecedor. Nos ajuda a entender melhor sobre a política americana e nos faz refletir sobre o presente e o futuro da nossa democracia!

Leomar.Schwartzhau 11/08/2020

Ótimo livro para entendermos melhor varios regimes políticos vigentes no mundo, com ênfase na gestão Trump nos EUA

Julianne 13/08/2020

Necessário
Qualquer semelhança com o cenário brasileiro atual NÃO é mera coincidência.

Felipe Philipp 16/08/2020

Para quem é acadêmico, é um livro que só reforça nossos argumentos; para quem não é, será um balde de realidade. É sabido que as democracias são frágeis, são caras, são burocráticas, porém é o melhor que temos para atingir nossa máxima de "liberdade". No fundo se todos países observassem a Separação de Poderes e a Constituição, muitos problemas já seriam resolvidos. Porém o povo brasileiro mal lembra de sua suada Constituição de 88.

Vini 17/08/2020

É um bom livro. Mas os autores se focam muito na realidade norte-americana. Achei que a abrangência seria maior. Fiquei um pouco decepcionado com isso. Mas serve de lição pra nossa democracia.

Luís Otávio 17/08/2020

O bom senso é o salva-vidas da democracia
Uma análise perspicaz da atual conjuntura política e de como funciona esse sonho que chamamos de Democracia.
O livro em muitos momentos consegue nos assustar, por evidenciar como nós, brasileiros, estamos olhando para o abismo e como ele nos olha de volta, quiçá rindo. A eleição de Donald Trump nos EUA parece ter aberto a porta do autoritarismo no século XXI (ou pelo menos ter tirado o filtro que nos cegava) e libertado das masmorras mundo a fora todos os projetos de ditadores que se escondiam desde as décadas de 1980 e 1990.
É um livro muito bem escrito e didático, de fácil leitura para quem não é familiarizado com a dinâmica da política estadunidense mas com análises bem feitas sobre conjuntura atual, precedentes históricos e quase um passo a passo de como chegamos até aqui. Pelo menos nos EUA, quase tudo tem como base ou pano de fundo a "guerra racial".
Os parâmetros que os autores fazem com as democracias ao redor do mundo também são interessantes e dignos de nota, embora no penúltimo capítulo cometa o erro crasso de afirmar que a democracia no Brasil está intacta, quando na verdade se encontra muito mais ameaçada do que na terra do Tio Sam. É um livro que poderia facilmente ter 300 ou 400 páginas a mais, dada a complexidade e importância do tema, mas que em suas 219 páginas (com conteúdo) consegue sintetizar bem, além de introduzir o debate e ligar o sinal de alerta nos leitores.
A democracia é bem mais do que só o povo ou só os seus representantes. É um sistema frágil que necessita de comunhão, além de doses exageradas de uma coisa: bom senso. Bom senso dos eleitores, dos eleitos, do legislativo, do executivo e do judiciário. A democracia estadunidense deu certo até hoje porque teve bons precursores, com bons exemplos que inspiraram durante séculos, mas hoje ela pede socorro e quando alguém ouve um grito de socorro, independente da sua ideologia e preferências pessoais, tem por obrigação cívica ajudar. É compromisso de todos lutar pelo fomento e proteção da democracia.

Deise 19/08/2020

Leitura necessária
Mais uma leitura finalizada nessa quarentena. E mais do que importante, ela é essencial. Recomendo a todos que desejam entender um pouco mais sobre o sistema político e como isso afeta o exercício da democracia no mundo.

Allisson 21/08/2020

Como as Democracias Morrem- Levitski e Ziblatt
Livro de 2018. Os autores, dois fortes pesquisadores políticos da Havard tratam sobre os casos em que as democracias mundiais foram suplantadas por regimes autocráticos e totalitários.
Como a capa da edição que li informa, é um "best-seller do New York Times". O livro é um documentário escrito ao estilo acadêmico. Os caminhos tortuosos das democracias são vitrinizados, com ênfase na estadunidense, pondo tête-à-tête sua constituição de 1787 e trumpismo.
É um livro muito elogiados pela crítica especializada. Durante a leitura, vale a pena conferir a história dos autores e suas ligações políticas.
O livro tem uma escrita que permite a fácil leitura e adaptação. Para mim, o foco na história democrática dos EUA em um certo momento chegou a ser cansativo, a minha expectativa pedia mudanças de ambientes, que vinham como contrapesos, como formar de dizer "não faz isso porque vai dar naquilo que aconteceu naquele país".
Bom livro, indico a leitura.
Xero no cangote.
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Rafaele 22/08/2020

APENAS LEIA
O Bolsonarismo e o Trumpismo (tem esse?) chegaram pra ficar (infelizmente e a sociedade chora) e esse livro é o guia definitivo (modo de falar, né, não existe guia definitivo para nada) do porquê esses homens são péssimos e tóxicos e devem ser parados ou, pelo menos, muito bem controlados muito de pertinho. Absolutamente importante de ler e fácil de entender, o que é o mais importante de tudo. Bate um desespero gigante, sim! (mas pelo menos essa culpa eu não carrego).

Quero ler tudo que esse homem escrever!

bels 22/08/2020

É um bom livro, no geral. Mesmo com um foco óbvio na "crise" da democracia americana, sua base serve como exemplo para interpretar possíveis crises em potenciais em sua volta.

Mari 26/08/2020

Durante a primeira leitura não consegui me conectar muito com o livro ? ainda sim vou tentar, num futuro indefinido, ler ele novamente

Helena Gáti 30/08/2020

Uma leitura fluida e muito interessante, porém peca por ter um título sugestivo de algo que não é exatamente o foco da obra, gerando uma expectativa de um conteúdo mais amplo quando na realidade é um pouco mais restrito. Ainda assim, o livro traz análises pertinentes e esclarecedoras, interessantes para compreensão de diversos fatores da política atual!

João Pedro 01/09/2020

Como a democracia (dos Estados Unidos) morre.
Um baita de um engodo se mostrou este livro. Já era de se esperar uma pretensão em explicar, em 200 páginas, o declínio das democracias do mundo todo. Mas revelou-se bem mais arrogante.

Quando poderia ter ficado na análise da história da democracia dos EUA com sua ótica yankee, os autores resolveram retratar os autoritarismos latinos, por exemplo.

Citando, em um trecho, que os EUA tiveram papel fundamental para disseminar a democracia mundo afora e colocando a responsabilidade da existência de regimes autoritários apenas nas costas de líderes populistas da América Latina, os autores apenas revelam parte de uma visão centralizadora e colonialista.

Em um trecho, os escritores afirmam que os clamores de que o mundo passava por uma recessão democrática eram exageradas, citando países do Oriente Médio que tiveram o glorioso apoio estadunidense para "redemocratizar" suas terras.

Além disso, os parâmetros para analisar ações de Trump e outros políticos do mesmo país, sempre são os líderes latinos, mesmo os que vieram depois das próprias lideranças autocráticas dos EUA. Por que não usar seus próprios exemplos?

Ao contrário: enquanto cita a suspensão de habeas corpus por Lincoln, confinamento de nipo-americanos por Roosevelt e Lei Patriótica de Bush, termina citando que estes eram democratas comprometidos. Oi? Que democracia era esta baseada em segregação em que os dois partidos viviam respeitando as normas e leis escritas e não-escritas para não causar rupturas no status-quo racial?

E tem mais. Mesmo que esteja totalmente de joelhos para Trump, não coiba suas ameaças às instituições e à democracia, o livro clama o Partido Republicano como de "centro-direita", como se fosse uma estrutura a parte do seu maior representante. Mais um devaneio proposital.

"Os jornalistas se viram na linha de frente, denunciando - mas também provocando - o comportamento violador de normas do presidente." - também dizem os pesquisadores responsáveis pelo livro, reforçando outras passagens que culpabilizam os agentes democráticos da sociedade como sustentadores das loucuras e ameaças de Donald Trump.

Assim, conforme o final do livro se aproxima e, com ele, seções em que a opinião dos autores fica mais evidente, mais claro se torna uma narrativa autocentrada, que molda a realidade ao redor de suas regrinhas das "regras não escritas" e das "reservas institucionais".

E o pior é que não tentam aplicá-las - em vão - aos EUA, mas ao mundo todo.

Danilo 02/09/2020

Muito bom! Vou reler sempre que puder
Muito bom, muito, muito. Assustador também, a democracia brasileiro tá na UTI! Bem ruim a coisa.
Apesar de ter mais enfoque na democracia estadunidense, é uma história bem parecida com a do Brasil.
Recomendo bastante. Tem uma linguagem acessível e tudo é bem explicado.

Marina 06/09/2020

Então, o chato do livro é que sua análise se centra de forma mais detalhada na política dos EUA. No entanto, os fatos citados são bem ricos e podem ser encontrados e adaptados a muitas outras democracias. Acredito que a leitura (que é super atual) deva ser obrigatória.

Ler "Como as democracias morrem" é passar a enxergar "Como as democracias morrem" em todos os lugares, principalmente no Brasil de 2020. É uma experiência assustadora, mas que abre muito a sua mente.

A linguagem é didática e o livro traz exemplos de autocratas de diversos países e de diversas épocas. É super interessante observar como a morte das democracias costuma seguir certos padrões: a intensa polarização, a perca de tolerância entre rivais políticos e o jogo duro constitucional (todos eles explicados no livro) servem como alerta para entender quando um país está indo por caminhos perigosos.