Como as democracias morrem

Como as democracias morrem Steven Levitsky




Resenhas - Como as Democracias Morrem


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GuidoBR 27/06/2020

Livro conta como o mundo está passando por um período de "recessão democrática", onde diversos países estão elegendo líderes com atitudes autoritárias que enfraquecem as bases democráticas.

Cria um checklist para identificar políticos autoritários. Trump e Bolsonaro passam em todos os critérios.

Diz que os principais elementos que defendem a democracia são regras informais não escritas: Tolerância Mútua e Reserva Institucional.

Termina com um capítulo falando como podemos salvar a democracia, diminuindo a tensão entre partidos políticos e entre os cidadãos que pensam de forma diferente, e sugere algumas mudanças em leis como a introdução do voto obrigatório e mudança nos distritos eleitorais. Achei pouco aplicável no caso brasileiro.
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Suzanie 27/06/2020

Democracias inclusivas podem se tornar realidade?
Partindo da observação de movimentos anti-democráticos pelo mundo, os autores advogam que as crises atuais não passam mais por grandes golpes que levam a situar as rupturas em um único momento. É comum que governos autocráticos se estabeleçam por meio de instrumentos democráticos a serem gradualmente enfraquecidos, levando a uma centralização de poder.

Com uma narrativa fluida e bem construída, focam sua análise nos EUA, país que constitui, por excelência, o paradigma de democracia, e em que medida ela vem se tornando disfuncional.

Destacam a forma como as engrenagens democráticas foram protegidas desde a Reconstrução pós guerra civil até os anos de 1970 por meio de normas não escritas de Mútua Tolerância e de Reserva Institucional e que funcionaram muito bem, porém, baseadas em uma exclusão racial que permitia aproximarem membros do sistema bipartidário americano, na medida em que os antagonismos eram suavizados por proximidades ideológicas.

Explicam como, a partir de então, a inclusão das minorias raciais por meio da Lei dos Direitos Civis e da Lei do Voto, acarretaram um realinhamento partidário que passou a uma identificação ideológica mais homogênea, agora não mais partilhada, desencadeando assim grande polarização. Esse seria o princípio de uma guerra partidária que enfrenta hoje o seu ápice, e a eleição de Trump não teria sido ocasional, e sim engendrada nesse tipo de organização politica e social intensamente polarizada e pouco cooperativa.

Desde o início da leitura eu me perguntava: não seria uma democracia paradoxal essa que se sustenta sobre a exclusão de minorias, nos moldes das democracias do mundo antigo, e que, ao integrar a totalidade de seu povo, perde sua força?

Fiquei satisfeita ao ver que, ao final da obra, os autores colocam como grande desafio aos EUA a retomada de uma democracia plena, assentada em valores de igualdade e inclusão de minorias étnicas, mas também inspirada pelos primeiros republicanos:

?A genialidade da primeira geração de líderes políticos americanos não foi eles terem criado instituições à prova de erros, mas o fato de, além de desenhar instituições muito boas, terem estabelecido também ? gradualmente e com dificuldades ? um conjunto de crenças e práticas compartilhadas que ajudaram a fazer essas instituições funcionarem?.

Uma leitura que recomendo muito, na qual a historia norte-americana nos é apresentada numa perspectiva ampla e ao mesmo tempo concisa, em paralelo com histórias de derrocada e renascimento de democracias em outras partes do mundo.
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Natalia 02/07/2020

Paralelos
A principal sensação que se tem ao ler "Como as Democracias Morrem" é de desconforto. Os paralelos que podem ser traçados entre as imagens pintadas no livro e o Brasil de 2020 são dilacerantes. A preocupação se instala ao enxergar, agora com um arcabouço teórico extremamente bem construído, que o presidente é um autocrata. Já sabíamos, é fato; mas ter escancarado é doloroso e envergonha.

Justamente por isso, "Como as Democracias Morrem" é uma leitura obrigatória. É preciso adquirir um olhar mais sensível às investidas que se correlacionam com o assassinato da democracia e aos atos de quem dá a cara ao nosso governo. A linguagem é muito acessível (bem mais do que eu esperava), por isso, é muito fácil compreender o que está sendo dito pelos autores e tecer analogias com a realidade brasileira, apesar do grande foco na política estadunidense.

Esse foco me incomodou um pouco na leitura. Ainda que eu já esperasse a narrativa norte-americana como ponto central, acreditava que a fundamentação teria uma maior exploração dos sistemas das demais nações do mundo. Presumia que seriam analisadas quedas democráticas, como as latino-americanas das décadas de 60-70; elas foram citadas, porém os autores não se estenderam nesses retratos. Existem incessantes investigações e exposições acerca da política estadunidense, as quais são utilizadas como evidências de que o governo Trump coloca em risco a democracia daquele país. Os demais panoramas são apenas exemplos. Os autores demonstram, inclusive, bastante patriotismo no discurso. Pouco me interesso pela política norte-americana, portanto, em alguns momentos a leitura se tornou ligeiramente cansativa.

Outro ponto é que, como defensores da democracia, os autores endossam uma postura de diálogo entre oposições. Acredito, sim, que esse é um caminho para manter o sistema democrático; não se deve enxergar o adversário como criminoso, terrorista ou alguém que não é digno de concorrer. Existem, entretanto, algumas questões: até que momento é possível manter diálogo? Quando a postura da oposição é criminosa, esteja ela no poder ou fora dele, se colocar disponível para conversas e negociações é, realmente, legítimo? E quando a oposição, mesmo trabalhando dentro das determinações democráticas, é colocada em um lugar de marginalidade, como se portar para manter o sistema livre de autoritarismo? Acredito que essas respostas são pouco exploradas.

A leitura de "Como as Democracias Morrem" é, por fim, bastante relevante, principalmente no nosso contexto atual, para entendermos quais são os pontos que alicerçam uma democracia, os que fazem com que ela se mantenha e quais são os sinais de que ela está em perigo. Não traz, entretanto, de forma incisiva, os caminhos para enfrentar os autocratas ou as formas de evitar a morte do nosso sistema. Busco uma leitura complementar que aborde o tema para me sentir melhor. De qualquer forma, recomendo a leitura, por ser essencial abrir os olhos para a nossa política e entender o quanto estamos mergulhados em sombras.
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Mithrannussen 26/07/2020minha estante
Terminei a leitura hoje e gostei muito dessa sua resenha, além de incisiva quanto aos aspectos positivos do livro, afinal eles existem e são diversos, é ainda mais explícita quanto às limitações dos temas abordados. Em outras palavras, essa obra é um ótimo artificio para o incentivo de posteriores pesquisas e estudos sobre política e a desmitificação e revalorização da palavra democracia que é de tão popular quanto desprendida de reais significantes e significados em seu emprego corriqueiro.




Dan 03/07/2020

DEMOCRACIA EM RISCO
o livro relata a trajetória da democracia em diversos países e diversos momentos históricos.
Falar de democracia americana e falar sobre republicanos e democratas de forma a demonstrar, o momento difícil que os Estados Unidos enfrenta atualmente. A defesa das instituições e a tolerância mútua sempre foram essenciais para a política de freios e contrapesos americana.
A democracia sempre será a melhor forma de resolver os problemas políticos do país e ameaçar essa democracia é sem duvidas um risco social enorme. Com a era trump, alguns direitos estão vivendo sob ameaça e existe uma enorme preocupação de violação e a política americana se enveredar por um caminho sem volta.
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Ribeiro 08/07/2020

Os Professores de Harvard Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, trazem neste livro uma análise de governos autoritários que começam a tomar contra do cenário político a partir de 2016 com a eleição de Donald Trump. Trazendo à tona alertas de como e porque é perigoso líderes autoritários tomarem frente em pesquisas eleitorais e de como os pesos e contrapesos de partidos políticos podem barrar e evitar que esses outsiders tomem a frente do poder. No livro, usam vários exemplos de governos autoritários, desde a extrema esquerda até a extrema direita, e os mecanismos que são usados para os extremistas se manterem no poder. Creio eu, que esse será um livro atemporal, e que de tempos e tempos, vai servir como um livro para nós lembrar do perigo que corremos quando deixamos que autoritários anti-democráticos cheguem ao poder.
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Victor.Guindani 11/07/2020

Excelente livro sobre política.
É um excelente livro sobre politica, relata muito bem a linha tênue entre democracia e ditadura/autoritarismo. Trás uma otima reflexão sobre os perigos do autoritarismo e de certas politicas de discurso de odio. Ainda assim, acho que algumas vezes há um certo exagero dos autores... mas sem dúvida é um tema que precisamos a estar sempre alerta e vigilante, o livro trás boa ferramentas para isso.
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Ferreiro 15/07/2020

Muito Bom !
O foco central está localizado na história dos Estados Unidos como democracia. No entanto, em muitos momentos faz apontamentos rigorosos sobre como a democracia foi corrompida em outros países de maneiras barulhentas ou silenciosas.
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Sarah 16/07/2020

Um alerta para/pela democracia
Livro interessantíssimo para compreender a realidade política brasileira atual. Os dois professores de Harvard procuram demonstrar quais são as bases de sustentação da democracia, inspirados na análise da política institucional estadunidense, a saber, tolerância mútua e reserva institucional. E tratam de vários casos nos quais governos democráticos correram tais bases democráticas até transitar a um regime ditatorial. O livro faz acender uma luz vermelha na cabeça dos brasileiros já preocupados com o devil compromisso democrático do atual presidenre. Achei muito interessante, repleto de exemplos de diferentes países.
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Giovanna1242 19/07/2020

"A polarização pode destruir normas democráticas. Quando diferenças socioeconômicas, raciais e religiosas dão lugar a sectarismo extremo, situação em que as sociedades se dividem em campos políticos cujas visões de mundo são não apenas diferentes, mas mutuamente excludentes, torna-se difícil sustentar a tolerância. [...] À medida que desaparece a tolerância, os políticos se veem cada vez mais tentados a abandonar a reserva institucional e tentar vencer a qualquer custo. Isso pode estimular a ascensão de grupos antissistema com rejeição total às regras democráticas."
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Teh Remuska 20/07/2020

Um estudo interessante sobre as formas de política, a fragilidade da democracia e como líderes caóticos conseguem se eleger.
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Bibi 26/07/2020

Razoável
Apesar do assunto ser muito interessante, confesso que achei o livro entediante apesar de rápida leitura.

Diria ser um livro imperdível ja que o assunto e as informações compartilhadas são incrivelmente atuais para o Brasil. Vale a pena.
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Thiago.Silva 27/07/2020

Como,de fato,as democracias morrem
Geralmente associamos a derrubada de regimes democráticos a bom explodindo do dia pra noite. De fato,foi isso o que ocorreu em países como Chile e Argentina. Mas hoje o que se vê são as democracias morrendo aos poucos,e antes das pessoas se darem conta,estarão sobre um regime autoritario
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Manu 29/07/2020

Um livro necessário
Confesso que achei muito estranho ler um livro com tantos ?Donald Trump? escrito!! Um livro necessário que você entende como as democracias se destroem, onde mostra 4 ações que se um candidato à presidência apresenta, é porque ele não é adequado, capaz de comandar um país e sim destruir uma democracia. Exemplo de Donald Trump. Achei interessante também como mostram a maneira que os presidentes chegaram ao poder em vários países e o que eles causaram, exemplo de Maduro! Um livro muito necessário principalmente para o momento que o Brasil se encontra, onde o nosso presidente praticou essas 4 ações e mesmo assim foi eleito.
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