Resenhas - Amor em Minúscula

Carol Rodrigues 10/09/2009

Despretencioso e cativante
Este é mais um caso de um livro que me ganhou pela capa. Eu que adoro gatos (e só não crio um porque minha mãe não deixa - a casa é dela) peguei o livro pra ver por causa do gatinho na capa. Lendo o prefácio* em si, achei que talvez fosse uma historinha tosca, mas como estava na prateleira dos mais vendidos (livros da moda) fiquei com vontade de ler - já estava morrendo de vontade de ler alguma coisa, mesmo.
Então comecei a ler o livro e não consegui parar!
Gatos são animais interessantes e ninguém passa imune por eles.

"Diz-se que os gatos são egoístas, quando, na realidade, são simplesmente espertos. Não vêm a você se podem fazer com que você vá a eles" - Trecho do livro.

O que dirá então Samuel, personagem principal do livro, que vê sua casa e sua invadida por um bichano? Ao tentar se livrar do gatinho e depois ao resolver adotá-lo (ou ser adotado pelo gato - bem sabemos que são eles quem nos escolhem), sua vida passa por uma série de acontecimentos, abalando sua rotina monótona de professor de filosofia alemã.
Dizem por aí que toda ação gera uma reação, não é mesmo?
A partir do encontro com o felino, Samuel percebe que cada pequeno gesto, pode ter um grande resultado.
O encontro com o gato leva a um encontro com um vizinho, que o leva ao encontro de um grande amor de infância, que o leva ao encontro de um estranho que estuda sobre a lua, que o leva ao encontro de um tipo suspeito num bar, que o leva...

O livro nos leva a reflexão de que um simples detalhe, um mínimo ato de bondade um "Amor em Minúscula", pode causar a transformação de uma vida.
Não esperem nada de complexo, o livro é simples, singelo e de texto simples. Sem grandes pretenções, trata-se de visualizar que nosso futuro depende coisas simples que fazemos no dia-a-dia, de mínimos atos, como o de alimentar um gato...

Gabi Machi 11/12/2012

Li esse livro há mais ou menos 2 anos e não achei muita graça. Reli a poucos dias e adorei. Acredito que gostar ou não de "Amor em minúscula" depende muito do momento de vida que você está passando.
A história em si não é muito empolgante, mas Francesc escreve lindas frases que fazem você refletir sobre a vida e a forma como você lida com ela.
E a partir de hoje é isso: Amor em minúscula é o novo lema da minha vida!

Paloma 16/12/2011

A minúscula que se torna maiúscula.
Ah, amor em minúscula não é somente um romancinho mamão com açúcar para ler enquanto você brigou com seu parceiro. É mais que isso. Porém é preciso ser analista, é preciso detectar os ensinamentos que o autor deixa sutilmente nas páginas do livro. Sinceramente eu amei esse romance, mas não pela história entre Samuel e Gabriela, e sim por ter tantos pitacos de filosofia. Francesc faz com que a gente enxergue uma pessoa por completo, quando entra na parte dos lados iguais da moeda. Ele diz sobre o quão perigoso pode ser querer entrar na vida de alguém, e que temos de estar preparados para tudo. Ele mostra que pessoas não são de todo bem, ou de todo mal, e que existe um equilibrio. Ele faz com que você abra os olhos para as pequenas coisas que acontecem e desencadeiam grandes coisas.
Uma pessoa apegada à detalhes e à filosofias pequenas vai adorar Amor em Minúscula, diferente de alguém que só procura um romance estilo Edward e Bella e deixa passar despercebido tantos trechos cheios de metáforas.
Fora que algumas coisas que o autor menciona dá curiosidade de pesquisar mais, por exemplo as canções, as palavras que não tem tradução em outra lingua, o livro..
Claro que comprei pela capa, mas não me arrependi nem um pouco.

"Desfrute as pequenas coisas, porque
talvez um dia você olhe para trás e se dê conta
de que eram as grandes coisas.
Robert Brault"

Helder 24/08/2012

Um pequeno enorme livro
Na minha opinião, as pessoas deveriam sempre ler por prazer e nunca por imposição, e este pequeno livro é um bom exemplo de prazer em ler.
Como detesto estórias de animais (Nunca gostei nem de filme da Lassie), confesso que pensei 2x antes de comprar este livro, mesmo encontrando-o numa estante de ofertas, mas graças a Deus dei uma lida nas resenhas aqui publicadas e decidi investir naquela capa com um gatinho, e assim como ele fez com Samuel, posso dizer que ele também me levou por outros caminhos, e de uma maneira extremamente suave e gentil.
Resumindo, acho que posso dizer que o tema principal deste livro é o acaso.
Samuel começa um novo ano sem grandes perspectivas. Quarentão solitário, vai sobrevivendo. Até que naquela manhã de ano novo, um gato aparece em sua casa e o faz sair de sua zona de conforto, levando-o a conhecer Titus, um velho escritor que mora no andar de cima e pede sua ajuda para arrumar um ferrorama. Sem conseguir dizer não ao velho, Samuel vai ao centro procurar uma loja especializada em ferroramas e ao atravessar a rua, cruza com Gabriela, seu 1o amor de infância, que lhe deu um beijo de borboleta. Buscando rever seu antigo amor, Samuel passa a frequentar um bar onde conhece o estranho Valdemar, sempre carregando seu manuscrito sobre a face oculta da Lua.
Ao parar para escrever esta resenha agora, isso tudo me parece um monte de nada, mas é tudo tão lindamente amarrado na estória que a leitura vai fluindo e em paralelo a tudo o que vai acontecendo, o autor vai desfiando cultura. Mendelsson. Kafka, Herman Hesse, Marylin Monroe e muito mais.
Uma estória, diversos contos, aulas de filosofia. É um pouco disso tudo.
Mas deixe-se levar por Mishima, o gato, e conheça estes personagens.
Impossível não se emocionar com o reencontro de Samuel e Gabriela. A falta de palavras, as sensações.
Dificil de explicar. Só lendo mesmo.
Recomendo para limpar o coração e acreditar que o mundo pode ser simples e bom.

Nati 19/03/2014

Tão despretensioso, quanto um gato.
Um livro delicado e despretensioso que narra a rotina de vida de Samuel, um professor de filologia Alemã, que tem sua vida virada de cabeça para baixo após a visita de um gatinho muito traquina.
Cheio de referencias a literatura alemã, o que faz qualquer leitor de carteirinha adorar, o leitor vai se deliciando a medida que vai acompanhando a total desconstrução do solteirão solitário para o homem que vai agregando amigos por onde passa e aprendendo a dar e receber amor.
Mishima, o gatinho simpático, apesar de desencadear toda essa reviravolta na vida de Samuel, diferentemente de outros romances com animais acaba sendo só mais um personagem na trama, não sendo o personagem principal.
Como Mishima, a vida de Samuel é invadida por Titus um redator que mora no andar de cima e acaba sendo um ótimo conselheiro. Valdemar, um físico sonhador,e literalmente lunático. A veterinária simpática. E finalmente Gabriela um amor de infância que ressurge na vida de Samuel e faz ele sair de vez da letargia para ir em busca daquela que ele tem certeza que será o amor da sua vida.
No começo demorei a emplacar a leitura e pensei que ela fosse ser parecida com outros livros que tinha lido, mas depois não conseguir mais parar até o fim da jornada de Samuel em busca do amor e da felicidade.
Uma leitura que não tem a pretensão ser nada a não ser entretenimento, mas acaba te fazendo refleti ao final dela. Pois, afinal que não quer o efeito do amor em minúscula na sua vida?
Para esse livro dou 4,5 estrelas.

Mihh :) 01/08/2012

Li "Amor em minúscula" pela primeira vez há uns dois anos atrás e desde então eu quero reler. Acabei de reler e novamente tenho a sensação de que vou querer ler de novo e de novo.
É como se o livro fosse o Mishima pra mim, talvez algo grandioso esteja por vir, apenas por lê-lo. Esse é o amor em minúscula!

Um livro simples, cheio de quotes lindos e encantador.

Claire Scorzi 05/02/2009

Um livro fofo
A partir do encontro com Mishima, o gato, a vida de Samuel se modifica e o leitor é brindado com referências mil: a livros e escritores (Goethe, Hesse, Kafka, Brecht, Rilke, Shakespeare, Merton, e tantos mais), filmes clássicos (desde Ladrão de bicicletas e Os desajustados, passando por Fome de Viver, com David Bowie e Catherine Deneuve), músicas (Chopin, Schubert, Mendelssohn, e até um clássico do rock, o album The Dark Side of the Moon, do Pink Floyd). Há a descoberta da amizade, o temor da solidão (e, ao mesmo tempo, a segurança emocional que ela garante), o reencontro do amor perdido (ou esquecido). Há pequenas frases iluminando o livro aqui e ali, e o formato em capítulos curtos torna fluida a leitura. O livro é fofo e otimista, traz personagens simpáticos, mas em alguns momentos parece auto-ajuda em forma de ficção e isso incomoda.

Adriana 16/09/2011

“Agradeçamos, porque se hoje não aprendemos muito, ao menos aprendemos um pouco. E se não aprendemos um pouco, ao menos não adoecemos. E se adoecemos, ao menos não morremos. Portanto, agradeçamos.” Página 168

Simples, belo e cativante. São alguns dos adjetivos que poderia usar para descrever este livro. Apesar de achar que não o li no melhor momento possível, apreciei bastante a narrativa. Entretanto, não acredito que seja um livro para o público mais jovem, que gosta de ação, personagens ágeis e uma trama extremamente bem amarrada e desenvolvida.

Amor em Minúscula conta a história de Samuel de Juan, um professor de meia idade muito solitário. Ele não tem propósitos reais em sua vida, mas isso está prestes a mudar. Com a chegada de um gato em sua porta, vários acontecimentos os levam ao convívio de outras pessoas. Mishima, o gatinho, o faz sair de sua casca e enfrentar o mundo.

Nessa jornada, ele acaba reencontrando Gabriella, uma personagem coadjuvante de sua infância, mas que ele sempre acreditou ser sua alma gêmea. Além dela, ele descobre Valdemar e Titus, dois estranhos amigos que lhe ensinarão muitas lições importantes.

“Pela primeira vez me dava conta que nosso valor se mede, sobretudo, pelo bem que fazemos aos demais” Página 180

Esse foi um livro que me fez refletir bastante sobre o amor, a vida e a morte. O autor nos apresenta diversos temas de forma superficial e vamos nos aprofundando em cada um deles ao longo dos capítulos. Mencionei que não li a obra no momento adequado porque acho que não consegui captar todo o significado que ela passa.

Mesmo assim, foi uma leitura prazerosa. Adorei as referências à literatura e cultura germânica, que eu adoro. Também fiquei fascinada com a descrição dos cafés e da cidade de Barcelona, cidade que desejo muito conhecer pela rica arquitetura!

Um ponto negativo foi a tradução, que em alguns momentos deixou a desejar. Por se tratar de um escritor espanhol, a tradução poderia ter trabalhado melhor diversas frases, que ficaram confusas. Isso porque dá pra perceber que se trata de uma escrita espanhola pelas características marcantes dessa língua.

Fora isso, fica a dica de um livro mais adulto, um romance encantador que te prende às páginas e te faz terminar a leitura suspirando.

Resenha em: http://mundodaleitura.wordpress.com/2011/09/12/francesc-miralles-amor-em-minuscula/

Paula 18/11/2009

Pequenas epifanias
Comecei a ler esse livro sem muitas expectativas. Queria algo leve para me ajudar a descansar depois de um dia intenso de trabalho. E foi então que me surpreendi. A história é meiga e leve, realmente um bom divertimento. Conseguiu me deixar curiosa para saber o que ia acontecer depois. Os capítulos são curtos e a leitura acaba sendo muito gostosa.
O livro conta a história de Samuel, um professor solteirão que vê sua vida mudar por conta do aparecimento de um gato em seu apartamento. Depois disso, ele faz novos amigos, reencontra um grande amor da infância e percebe que sua vida nunca mais voltará a ser a mesma.
Mas de repente o livro acaba. Da forma que você não imaginava que ia acabar, de tão clichê. Cheguei até a conferir se não estava faltando nenhuma página no meu livro (mas não estava). Então preciso dizer que, pelo que estava lendo, esperava mais do final. E é por conta do final que ele só ganha duas estrelas. Mas valeu a leitura. Não é a mais alta literatura (se é isso que você quer ler, tente outro), mas é esperançoso e meigo e faz você pensar na vida e nas coisas minúsculas, porém importantes.

Preciso fazer uma observação em relação à edição do livro: fico sempre decepcionada quando pego um livro para ler e ele está cheio de pequenos errinhos bobos, mas que incomodam, e que poderiam ser evitados com uma leitura final mais cuidadosa. Não sei se isso se deve ao meu olhar de revisora apenas ou se o qualquer leitor mais atento os perceberia também (eu acredito que sim), mas acho que uma editora como a Record poderia ter mais cuidado nesse aspecto.

Fernanda 12/09/2010

Sublime
Achei um lindo livro, cheio de reflexões acerca da solidão e da vida de uma maneira geral.
O livro nos convida a filosofar um pouco sobre o cotidiano e os acontecimentos triviais.
Muito interessante mescla filosofia, mistério, amizade, solidão ou seja nos fala sobre as pequenas coisas da vida. Lindo e lindo!

Brubs. 18/05/2011

Você é burro.
A princípio o livro parece imbecil. Só o fato de ter um gato na capa me deixou um pouco apreensiva, porque fiquei com medo de ler e ser aquelas histórias tipo "Marley e Eu" ou pior que isso, aquele tipo de história que rende enredo de filmes com animais falantes ou super-heróis da sessão da tarde da Globo.

Fui surpreendida, graças a Dieu.

O autor dá uma surra em quem não tem base de leitura e em cultura no geral. Cita desde Goethe e Kafka, até autores de música clássica, haikais e parábolas de Buda. Parece cult demais, mas juro que faz sentido.

Todo esse contexto intelectual é bem explicado pelo protagonista ser um filólogo alemão, mas mesmo assim, o livro pode te deixar meio desconfortável (e burro) por abordar, dentre diversos exemplos, uma interpretação à parte do "Enigma do Castelo" de Kafka e umas piras muito loucas, que não sei bem se partem do contexto de conhecimento do Samuel (protagonista), ou se são uma sessão de show-off cult do Miralles (escritor).

O livro conta a história desse tal professor, que lá pelos seus 30 anos se vê solitário, e até bem conformado com a sua situação. Com o aparecimento do gato Mishima, Samuel acaba criando vínculo com o velho Titus, morador do andar de cima de seu apartamento, acreditando que o gato seja dele. Depois de uma negativa e de um favor pedido por Titus, Samuel se vê num daqueles desenrolares do acaso, onde acaba encontrando na rua uma antiga paixão, a tal da Gabriela, que há 20 e tantos anos, lhe dera um "beijo de borboleta" debaixo da escada.

Assustado pela coincidência, Samuel se determina em reencontrar a moça, e com isso, criando uma rede de acontecimentos, que alongam o livro para uma história viciante.

A narrativa tem o ritmo excelente e talvez por isso seja difícil abandonar a leitura. Comecei a ler o livro na noite de domingo, e terminei de madrugada mesmo. Não da pra se contentar em parar num capítulo e dizer "ah, vou continuar depois...".

E no fim, o livro não se trata de amor, mas sim de uma série de conceitos, dúvidas, comparações geniais que o autor faz. Achei lindo.

Carla 19/03/2009

Comprei por causa da capa
Adoro gatos vi o livro e comprei por causa da capa ... não esperava encontrar um romance lindo, meigo e tão fofo.
O gato do livro como os da vida real leva os personagens a descobrirem quem são.

Ericona 01/02/2011

Pequeno grande amor
"Amor em minúscula" é um livro encantador. Me faz muito bem lê-lo durante o primeiro mês do ano, disso eu tenho certeza. Por que esperar que grandes coisas aconteçam, se com apenas pequenos gestos, pequenas mudanças podemos encontrar aquilo que tanto esperávamos, e até mesmo coisas que jamais desconfiávamos que encontraríamos?
O ponto é: precisamos nos permitir. Quando a gente se permite, vive sem reservas e temores, a gente pode se deparar, sim, com a felicidade. É essencial que a gente saia da própria casca e decida encarar o mundo seja lá o que esse mundo tenha a nos oferecer. Não temos nada a perder; muito pelo contrário, se ficarmos presos à nossa solidão, estagnados, com medo do que está por vir, é que estamos perdendo o que poderíamos ganhar se não fôssemos tão covardes e acomodados.

Vivamos! Vivamos o "Amor em minúscula"!

nathykw 30/04/2009

Um dos melhores livros que já li na vida.
É profundo, e, apesar de eu detestar filosofia e afins, me conquistou inteiramente.
Um aviso: não comprem só por causa do gato da capa, esse NÃO é um dos protagonizados por animais.
É interessante como toca em vários assuntos ao mesmo tempo, incluindo o amor do título, de uma forma sutil e agradável.