saraffranco 18/03/2022
A história de Tiggy era um dos livros da saga que eu estava mais ansiosa em ler e, infelizmente, ele quebrou minhas expectativas.
Acredito que nesse ponto várias coisinhas das narrativas começaram a me "cansar", principalmente as irmãs sempre terminarem com alguém - em geral um homem, como se fosse o desejo de Pa Salt.
Sobre a narrativa em si, é agradável e bastante fluída, bem elaborada, descobrimos novas coisas sobre Atlantis, os cenários, como sempre, impecáveis. Mas as personagens...
Se na história familiar de Tiggy vemos uma mulher que não se deixava controlar e seguia o que sua intuição lhe dizia, a protagonista por outro lado, vai contra suas vontades para cumprir o que os outros dizem ser o melhor, ela é uma voz mais frágil que a de Estrela.
Zed Ezsu, embora faça parte da narrativa das plêiades, e haja outras questões por trás do personagem, consegue ser um grande motivo para desistir da leitura, e ainda a forma como Tiggy se deixa levar, pelo bem do patrão, até Zed.
Mas, a história familiar e seu cenário salvam tudo isso maestralmente. Sacromonte é encantadora, mais uma história de mulheres que lutaram contra preconceitos sociais enraizados e transformaram o que eram destinos pré definidos. A espiritualidade presente na história é muito interessante e usada no tom adequado pelas personagens.