Assombrações

Assombrações Domenico Starnone




Resenhas - Assombrações


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Carolina.Gomes 18/12/2022

Assombrações
Após a leitura de Laços, decidi ler tudo do Domenico. Simplesmente amei a escrita do autor. Ele prende o leitor desde a primeira página e é quase impossível largá-lo.

Com Assombrações, não foi diferente, mas a trama de Laços me prendeu mais e eu fiquei buscando neste, as mesmas sensações provocadas pelo outro. Talvez não tenha sido uma boa ideia e pode ter comprometido a minha experiência.

Apesar de muito bem escrito, não me envolvi tanto com essa leitura e, por isso, não recomendaria esse livro como porta de entrada ao universo do autor.
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Ladyce 14/04/2020

Seria muito fácil brincar com o título do livro de Domenino Starnone, notando que depois de Assombrações, [tradução de Maurício Santana Dias], não conseguimos escapar das fugidias memórias que nos assombram depois  a leitura.  Obra certa, na hora certa? Talvez.  Faz mais de um ano e vira-volta eu me encontro pensando numa ou noutra imagem que ele me proporcionou. 

A história é simples. Um desenhista, ilustrador de livros, Daniele Malarico, de setenta anos, deixa Milão onde mora,  no norte da Itália, para passar um fim de semana em Nápoles, sua cidade natal. Vai com uma tarefa: cuidar do neto, Mario.  Filha e genro não estão disponíveis e têm um casamento em perigo. A tarefa não lhe agrada, mas sente um quê de responsabilidade,  ou sua filha não poderia tê-lo convencido a fazer isso.  A perspectiva de rever a casa onde cresceu, que é agora habitada pela filha, marido e neto, não é sedutora;  deixou-a para trás há muito tempo.

Lá pela década de quarenta do século passado Thomas Wolfe  avisava You can't go home again.  O lugar onde crescemos e vivemos nos primeiros anos de vida, não é o mesmo que carregamos dentro de nós adultos.  Nunca foi.  Nunca será.  O que dele lembramos não é o que outros veem, não é o que muitos percebem. O contraste entre o homem  de hoje e o de ontem traz lembranças que assustam, assombrações que nos mantêm desconfortáveis.

Daniele visita a casa natal depois de passar a vida tentando esquecê-la e os segredos que ali viviam. Ambição, criatividade e a inevitável vontade de ser o que acredita ser seu destino o levaram para longe e para a sublimação do passado.  Simultaneamente está se tornando consciente a cada dia da velhice, do corpo que não mais reflete o que foi, o adulto de sucesso. Num fim de semana, confinado na casa da infância contempla no neto, menino irritante e importuno, sua própria infância.  Há que confrontar finalmente o menino que foi e que traz dentro de si. Há que confrontar os fantasmas do passado.  As assombrações que o aterrorizam. 

"...Depois aquela fase passou, mas agora eu tinha mais mortos na memória do que na infância -- quantos conhecidos e amigos meus haviam partido depois de terríveis doenças --, e  mesmo as angústias se centuplicaram, tanto que às vezes, em Milão,  eu acordava de chofre, certo de que ladrões e assassinos estavam na minha casa, e perambulava insone pelos cômodos, estremecendo quando um reflexo de luz projetava na parede a folhagem móvel das árvores do pátio como se fosse uma presença feroz. O que é que me preocupa -- disse a mim mesmo -- mais do que ansioso, eu deveria estar melancólico: já vivi grande parte da vida e agora eu mesmo me aproximo da hora da morte, caberá a Mario me descobrir atrás de uma porta ou nos cantos escuros da casa. Quantas aparências o cérebro era capaz de por em órbita com seu circuito de emoções.  O menino não tinha medo do escuro, mas, depois daquele nosso convívio, talvez ele temesse minhas aparições."  [88]

Em Assombrações Daniele Malarico trabalha nas ilustrações de um conto de Henry James,  The Jolly Corner.  No final do livro acompanhamos as notas que Danielle faz para si mesmo, uma espécie de diário das ilustrações, das considerações que faz ao longo do trabalho.  No entanto, não ficamos sabendo do conteúdo da obra ilustrada. Não é gratuita aparição deste conto de Henry James.  The Jolly Corner é uma das histórias de fantasmas mais conhecidas de  Henry James.  Ela descreve a visita que um homem faz à sua casa natal em  Nova York depois de trinta e três anos de ausência. Ao visitá-la pondera sobre a escolha profissional que fez, e é obrigado a considerar quem poderia ter sido, caso tivesse escolhido outro destino.

Sutil, este pequeno romance, com menos de duzentas páginas, é rico em sabedoria. Numa quase meditação é uma obra que fica entranhada na alma do leitor.  Bela prosa e desenvolvimento do tema.  Vale a leitura.
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julinha_wtf 07/06/2023

Bom conceito
Foi uma leitura fácil que me prendeu, terminei em 1 dia, mas tem alguns pontos que me incomodaram.
Deixando claro que entendi e particularmente gostei do conceito de assombrações. Estamos muitos acostumados a fugir de algo que nos “assombra”, pegamos nossas coisas e vamos pra longe pra evitar bater de frente, mas o que acontece na verdade é que caímos em nessa armadilha que nos mesmos fazemos. Temos vergonha de pedir ajuda, tal qual o Daniele preso na sacada.
Compreendi também o conceito entre juventude e velhice. Acredito que a “repulsa” da Daniele pelo Mario vem desse fator, ele inveja que Mario tenha a vida toda pela frente, um leque de oportunidades, enquanto ele tem apenas o que resta de uma velhice pacata, sozinho, pois ele também não faz questão de estar presente na vida do neto e da filha, por isso estar com Mario um ser cheio de vida e energia seja tão desgastante para Daniele. Importante também frisar que Mario tinha muitas características de Daniele, e é assustador para ele estar diante a uma versão sua, mas melhorada, pois há outras questões em torno.
Confesso que não criei empatia alguma ao personagem principal, achei ele bem típico de um velho que já perdeu a esperança na vida, mas ao mesmo tempo achei interessante como esse livro trouxe a visão de uma pessoa assim e da forma realista que trouxe.
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Thais CardBeg 10/05/2021

Potências fantasmáticas
A obra me tocou muito ao refletir e vivenciar através do personagem sobre a vontade profunda de expulsar fantasmas da memória e o engrandecimento do Eu para encontrar sentidos e especialidades na vida. A convivência Avô e Neto e suas diferenças de idade e forças... os retratos lançados colaboraram para a queda desse Eu imaginário desejado. O livro causa raiva e angustia de um modo diferente, mais reflexivo e menos viceral.
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Aline | @42.books 12/03/2021

Tenho um corpo assombrado pela minha própria escassez de reatividade.


Esse é o meu último livro da "trilogia" sentimental de Starnone, e explicar a experiência é um pouco de explicar meu amor pela literatura italiana. Tem algo potente na forma desses autores de escrever e de contar o cotidiano, há uma geografia, um dialeto, que teletransportam o leitor para aquele universo de angústias e singularidades. Vi isso na Ginzburg, na Ferrante, e agora em Starnone. Não há generosidade forçada, os personagens são tridimensinais até na mesquinez de seus sentimentos, são palpáveis e reais, a ponto de gerarem incômodo com a anuição de reconhecimento.

Assombrações é o que mais foge da minha realidade em termos de compreensão, mas é o mais me faz embarcar em sentimentos desconhecidos. É claustrofóbico, denso. Ele destrincha uma relação de avô e neto que foge do idealismo. É um embate sobre a confiança cega de uma criança e as inseguranças que esta alimenta em um homem que, por anos, tenta fugir da sua mediocridade. É uma batalha silenciosa de gerações.

Esse livro é uma experiência, como os outros, e merece um lugar de reflexão. A escrita de Starnone é concisa, mas impecável, como esse livro.

"Podia se convencer de que sabia tudo só porque brincar lhe permitia esconder suas derrotas."
Camila 26/07/2021minha estante
que resenha linda!! você conseguiu descrever perfeitamente meu encantamento/obsessão pela literatura italiana de uma forma que nem eu mesma entendia hahahah com certeza vou ler ginzburg depois dessa




@limakarla 18/10/2022

Passado e futuro.
Esse é o segundo livro que leio do Starnone e não amei como o anterior, mas acredito que a escrita do autor continua consistente, envolvente e extremamente potente.

Nesse livro nós acompanhamos um avô que precisa cuidar de seu neto, uma criança de 4 anos (se não me falha a memória), mas que não tem tanto contato com a criança e nem mesmo tato para lidar com uma. Além disso, por estar em sua cidade natal, já estar na casa dos 70 anos e já fazendo alguns trabalhos apenas para se ocupar, acompanhamos nosso protagonista se deparar com diversos dilemas e fantasmas do seu passado. A casa, a lembrança dos seus pais, o bairro em que cresceu, o dialeto que fez parte de parte da sua vida.

São muitos momentos marcantes vividos nessa história, seu neto tem muito pra lhe ensinar e os dois estão sempre numa relação de amor e ódio, é muito bacana acompanhar o que os dois conseguem construir juntos e como esses fantasmas da nossa própria vida podem nos assombrar, nos causar angústia e o quanto fazemos o possível para nos livrarmos disso.
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NathaliaEira 27/02/2024

Na vida adulta a gente descobre que sentimentos antagônicos é mais que possível coexistirem; gosto quando os autores conseguem transmitir essa complexidade em seus personagens, ainda mais quando envolve grupos "imaculados", como é o caso das crianças e idosos.

o avô e o neto sentem amor e ódio numa mesma fração de segundos! Domenico consegue transmitir em suas palavras uma relação profunda entre neto e avô; entre o novo e o velho. mas esse "entre" é poroso e o avô vira neto e o neto vira avô.

"assombrações" é aquele livro de final de tarde, gostoso de ler! apenas me decepcionei por esperar o mesmo impacto que foi ler "laços".
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Ingrid.Sombra 24/07/2023

Assombrações
Li esse livro como parte do Clube de Leitura (A)normal da psicóloga Maria Camila Moura. O livro já me conquistou desde o começo, quando percebi que os dois principais personagens são um idoso de 74 anos, e uma criança de 4 anos, algo muito diferente de tudo que costumo ler. Além disso, a maior parte da história se passa em um tempo e espaço delimitados - aproximadamente uma semana em um apartamento em Nápoles. Devido às minhas leituras prévias de Elena Ferrante (que talvez seja o próprio Starnone!), eu já havia desenvolvido uma curiosidade pela cultura napolitana, e é praticamente impossível não comparar os dois autores.

O título, que pode querer nos levar à conotação errada, faz referência às assombrações que cada um de nós carrega dentro de si. Rodeado pelo ambiente onde nasceu, cresceu, e de onde fugiu assim que pôde, Malarico é assombrado pelo seu passado, suas decisões, tudo aquilo que foi/não foi, e por si mesmo. A participação do neto, Mario, nesse processo, é fantástica.

Em menos de 200 páginas, Starnone convida o leitor a pensar sobre várias coisas, mas acredito que a principal delas seja a respeito do que é que nos torna especiais. Num mundo que despreza o sujeito medíocre, o quanto estamos dispostos a fugir de nós mesmos para buscar o ideal de excelência?
Marina 20/04/2024minha estante
gosto mais da teoria que diz que starnone é o marido da ferrante. acho os universos e temas dos dois muito similares, mas a escrita é diferente, então não acho que seja a mesma pessoa, mas faz sentido que sejam duas muito próximas.




Priscila (@priafonsinha) 06/12/2018

Viciante a escrita de Starnone
Mais um livro de Starnone feito pra devorar. Com texto direto e momentos de tensão, Starnone consegue nos colocar no dia a dia de qualquer família, como no seu ?Laços?. Neste livro há um embate entre o avô e seu neto de 4 anos. Convidado pela filha para tomar conta do neto durante um final de semana em que ela estaria fora com o marido participando de um congresso (estes que por sua vez estão em crise), o avô (viúvo) vai de Milão a Nápoles (em sua antiga casa que agora pertence à filha) e vive suas "assombrações" e cuidados com o neto (um menino aterrorizante!).

Gostei muito! E em certo momento a leitura passa por um momento angustiante, temos que dar aquela respirada pra seguir adiante, não era só uma brincadeira...
Renata CCS 06/12/2018minha estante
Gostei muitíssimo de "Laços". Este tb parece ser um livro fascinante!


Priscila (@priafonsinha) 06/12/2018minha estante
Siiiiiiiiim! É muito bom! Leia. ;)


anitya 26/03/2019minha estante
E põe momento angustiante nisso! Senti fisicamente tudo que o avô passou ali. Leitura muito boa.


Priscila (@priafonsinha) 26/03/2019minha estante
Eu tb!! Isso me gerou um trauma de crianças e varandas quando li rs, mas já passou, ufa




Gabi 30/06/2022

um velho e uma criança
Bom, eu particularmente adoro a escrita do Domenico, mas esse livro faltou sei la alguma coisa. Gosto muito da ideia de uma criança e um senhorzinho chato que não convive com sua família há anos.
O personagem principal vive sozinho e recebe uma ligação de sua filha para que ele passe alguns dias cuidando do seu filho, enquanto ela e o marido que estão tendo uma crise de relacionamento precisam irem juntos em um congresso porque ambos atuam na mesma profissão.
Bom, desde o começo o avô não é muito fã da ideia, mas mesmo assim vai a Nápoles lugar onde foi criado e vai ficar na casa que havia passado sua infância, porque foi deixado para ele de herança e sua filha agora morava.
A dinâmica do neto e avô é bem interessante, entre o cuidar do neto e as assombrações que aquela casa trás a tona para o personagem principal, ele vai contanto um pouco de sua vida, de sua falta de atenção para com as pessoas, o modo que cuidou da filha e de como se achava superior ao lugar de onde havia vindo e o quanto isso só o assombrava com arrependimentos.
O livro se ganha na escrita do autor pois o enredo não é tão interessante, porém dou quatro estrelas para o brilhante capitulo três, pois quem estiver interessado nesse livro só ele vale muito a pena (você passa muita raiva) kkk.
Infelizmente esse livro não superou Laços, mas indico para quem quer conhecer a escrita do autor.

A trilogia sentimental não tem relação entre si e podem se ler separadamente!
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Arthur B. Senra 17/10/2021

Os dois polos da vida, infância e velhice, são fundamentais para falar e refletir sobre a vida, as incertezas presentes nessa caminhada. Escrita que nos coloca como testemunhas de um encontro.
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O resenheiro 08/10/2022

O velho e o menino
Assombrações do passado voltam quando Daniele Mallarico, um senhor de seus mais de setenta anos, se vê obrigado a voltar de sua pacata vida em Milão para a antiga casa em Nápoles, onde moram sua filha, genro e neto que nunca viu e conviveu.

Obrigado sim, pois sua filha ignora o estado de saúde e vontade do pai quando o intima a passar alguns dias em sua casa para tomar conta do neto, o adorável Mário, Mariuccio, como é chamado pela diarista Salli, enquanto ela é o marido, ambos professores, precisam viajar a trabalho para participar de uma conferência, onde serão palestrantes.

Assim começa o embate entre avô, o vovô que ainda trabalha como ilustrador de livros para se sentir um velho útil, e o pequeno neto de apenas quatro anos, um verdadeiro mini homem, um anão que sabe tudo e é como fazer tudo naquele apartamento antigo no último e sexto andar do prédio.

Situações hilarias decorrem então deste embate quando avô e neto ficam sozinhos e o vovô tem a oportunidade de recordar, tentar trabalhar e conviver enfim com Mariuccio, aquele que não consegue definir se o ama por ser seu neto, ou o odeia por ter ainda uma vida repleta pela frente, ou melhor, por ser astuto e mais promissor já que herdou muitas de suas proprias características e as melhorou com os genes de seus pais.

Uma obra leve e fácil de ler, com momentos de sutilezas que nos mostram o quanto somos seres humanos frágeis e cheios de sentimentos por serem desvendados, enterrados em nossas mentes e que nos assombram discretamente.
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Leila 10/05/2023

Assombrações de Domenico Starnone até que apresenta uma trama envolvente e interessante, porém, não posso dizer que tenha gostado muito do livro. Um dos pontos que me incomodou foi o personagem do avô, que não conseguiu despertar em mim nenhum tipo de empatia ou carisma, tornando difícil a conexão emocional. Além disso, o menino de quatro anos apresentado na obra é mimado e pra mim quase inverossímel, um geniozinho que sabe tudo. Essa caracterização acabou me afastando ainda mais da história.

O final do livro também não me agradou muito. O autor inseriu um diário do personagem com algumas elucubrações sobre a vida e sua leitura do conto de Henry James no qual estava trabalhando em ilustrações dentro da história do livro (ele era ilustrador de livros). Essa inserção não me pareceu muito coerente com o restante da narrativa e não acrescentou muito à trama.

Assim, é um livro que gera alguns incômodos e por isso tem a sua validade. Temos muitos livros falando da maternidade que não é perfeita, aqui temos um relacionamento avô-neto que também não é, provando que laços sanguíneos não são regras para amor incondicional. Todas essas nuances dos sentimentos dos personagens vão despertando sentimentos conflitantes em nós leitores, ainda mais porque se pararmos para pensar teríamos que ser empáticos com a criança né? afinal é uma criança de 4 anos, mas não é bem isso que acontece sempre no decorrer da leitura e isso causa estranhamento e questionamentos internos.

Enfim, gostei de ter lido, mas repito, não sei se gostei do livro, entendem? rs
Bora pro próximo!
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Andressa 20/06/2023

Assombrações é um encontro amargo com nossos próprios fantasmas. Estou encantada com a escrita de Domenico! O personagem chega a conclusões sobre si mesmo que nunca havia sequer pensado antes, à medida em que é tomado pelo confronto de ser colocado na posição de vovô, como uma terceira pessoa e não mais como se via e se admirava antes.
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Lusia.Nicolino 02/04/2022

Leitura leve, mas de muita reflexão
Assombrações – Starnone, Domenico - Todavia

Como lidamos com nossas memórias? Qual é o fio condutor que amarra uma pessoa à outra? Talvez um fio de Natal, com luzes que acendem, apagam, com cores diferentes. Umas sempre brilham mais que outras e algumas queimam antes do previsto. Starnone tira da banalidade a saudade do que já foi, o dia a dia das famílias, o caminho que se traçou para alcançar o futuro. Tudo isso através de Daniele, um artista, um ilustrador, cujo dom do desenho moldou sua carreira. Chamado a cuidar do neto, enquanto os pais do menino estão fora a trabalho, Daniele deixa Milão e volta a Nápoles. Revê o apartamento em que cresceu, enfrenta seus fantasmas e Mario, o garoto de quatro anos que entre manhoso e arrogante, descortina a vida. Starnone é um especialista em tirar fotos do cotidiano e com elas montar álbuns que falam de amor, intimidade, desamor, solidão. A vida nossa de cada dia são as vidas que ele nos narra com tanta delicadeza. Ler Starnone é sempre saboroso.

Quote: "Chovia, eu estava tenso. O trem cortava rajadas de vento que encobriam as janelas com estrias tremulantes de chuva. Em vários momentos tive medo de que os vagões saltassem dos trilhos, arrastados pela tempestade, e constatei que quanto mais se envelhece, mais se quer continuar vivo."


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