O deserto dos tártaros

O deserto dos tártaros Dino Buzzati




Resenhas - O Deserto dos Tártaros


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Mari.Alves 17/08/2020

Não sei se foi pela época em que li (durante o isolamento social) mas esse livro me deixou bastante incomodada.
Pedróviz 17/08/2020minha estante
Esse é um livro para fazer pensar sobre as escolhas da vida. Pelo menos foi assim que interpretei... Um dos meus livros preferidos.


Mari.Alves 17/08/2020minha estante
Sim, mas também fala de solidão, de estar "preso" em um lugar esperando algo que nunca acontece. Acho que esses pontos juntamente com o momento atual me deixaram um tanto quanto angustiada.


Pedróviz 17/08/2020minha estante
De fato, essa leitura para quem é mais sensível ao isolamento é um tanto perturbadora mesmo. Até a natureza do lugar contribui para essa impressão.




Erica.Barone 10/06/2023

Embora a história proporcione importantes reflexões sobre a vida, fiquei entediada com a leitura. A própria vida de Drogo é tediosa e isso é muito marcante no livro. Pessoalmente não gosto de leituras que me deixa melancólica, por isso não o recomendo.
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nandalunac 31/01/2023

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Esse é um dos livros mais interessantes para refletirmos sobre a nossa vida. Quando você vai realizar seus objetivos? Vai ver a vida passar esperando que algo aconteça?
Simplesmente real. Um excelente livro.
Guilherme.Oliveira 01/02/2023minha estante
Estava esperando sua nota... Acho esse livro ótimo!




Robert125 10/09/2021

Sobre a passagem do tempo e o sentido da vida
Gostei demais da história e da forma como Dino Buzzati a tornou arrastada e cansativa, como fossemos sentinelas do Forte Bastiani. São inegáveis a qualidade da escrita do autor e as possibilidades das diversas interpretações sobre o tempo, a rotina e o sentido da vida. Talvez estejamos vivendo em um constante Deserto dos Tártaros sem ao menos saber e só iremos perceber esta nuance na hora de nossa morte.
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Igor 18/02/2020

Confesso que o começo não me pegou, assim logo de cara, mas com o passar da obra e entender do que se tratava, eu me apaixonei. Talvez o meu encanto venha da autoindentificação com Drogo, com a sua espera por um dia que o redimiria de toda a renúncia. É inerente do ser humano o desejo da recompensa no final de tudo e de querer que todas as coisas tenham um sentido maior. Me tocou de forma singular.
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Letícia 22/06/2022

Considerado a obra-prima de Buzzati e um dos melhores livros do século XX, O Deserto dos Tártaros conta a estória de Giovanni Drogo, um jovem oficial que acabou de terminar a formação na Academia Militar e é designado para servir no forte Bastiani. Trata-se de uma antiga fortaleza, próxima à fronteira e voltada para um deserto inóspito, por onde, muitos anos antes, transitavam exércitos inimigos da etnia tártara.

A princípio, Drogo considera que um breve período no forte pode ser uma oportunidade de alavancar sua carreira. Aos poucos, porém, ele prolonga sua estadia na expectativa, compartilhada por parte de seus colegas, de reviver as antigas glórias daquele lugar. Contudo, o enfrentamento das tropas estrangeiras parece nunca chegar.

O livro tem como tema central o tempo. Tanto a percepção que temos de sua passagem, quanto o contraste entre o tempo geográfico e o tempo humano, os eventos que se repetem ciclicamente, e o que fazemos com o tempo de vida que nos resta, ou seja, que propósito buscamos dar à nossa existência.

Não por acaso, o tempo e o espaço em que a trama se desenrola não são definidos, o que torna este romance atemporal. Além disso, são poucos os grandes acontecimentos. Durante a maior parte do livro, apenas acompanhamos a rotina militar do forte, o que torna a leitura propositalmente arrastada. Como leitor, nos indignamos com aquilo que o tenente Drogo não consegue admitir: que talvez ele esteja fazendo um mau uso de seu tempo.

Por conta dessa temática, o livro me lembrou de A Morte de Ivan Ilitch, que li no ano passado. Ambos nos fazem repensar nossas escolhas, refletir como e em que investimos nosso precioso tempo, e se o significado das coisas se mantém intacto diante da possibilidade de nossa morte. Por outro lado, enquanto terminei a novela de Tolstói emocionada, a leitura de O Deserto dos Tártaros me pareceu mais penosa e seu desfecho, muito mais melancólico.
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Cris 27/02/2020

Brevidade da vida
"Parecia ontem, entretanto o tempo se consumira com seu ritmo imóvel, idêntico para todos os homens, nem mais lento para quem é feliz nem mais veloz para os desventurados." Pág. 62

Neste livro acompanhamos a história do jovem soldado Giovanni Drogo, que é escalado para integrar uma equipe responsável pela vigilância de um forte.

O forte Bastiani é afastado da cidade e fica no meio de um deserto, de lá, os vigias devem cuidar para que não sejam invadidos pelos tártaros.

E assim nós acompanhamos a melancólica história deste soldado e as diferentes fases da sua vida. Quando ele chega ao forte, ele está empolgado com o novo cargo, e aceita a missão pelo breve tempo que lhe é proposto. Porém, conforme o tempo vai passando, ele vai percebendo que as coisas não se encaminham da forma como ele esperava e também percebe que viver naquele ambiente isolado não é tão ruim como ele sentiu assim que chegou lá.

Eu adorei esta história, e achei a narrativa do autor maravilhosa. É um tipo de livro que me fez gostar nem tanto pela história que estava sendo contada em si, mas pelas mensagens que o autor nos transmite conforme observamos o tempo passar: a brevidade da vida, o comodismo, a falta de perspectiva, e a valorização do significado de pertencimento.

Achei o começo um pouco arrastado, mas quando me acostumei com a narrativa, me envolvi pela forma melancólica e realista que o autor nos conta a história.

Uma história triste e que nos faz parar pra avaliar nossa própria vida.

"Justamente naquela época Drogo deu-se conta de que os homens, ainda que possam se querer bem, permanecem sempre distantes; que, se alguém sofre, a dor é totalmente sua, ninguém mais pode tomar para si uma mínima parte dela; que, se alguém sofre, os outros não vão sofrer por isso, ainda que o amor seja grande, e é isso o que causa a solidão da vida." Pág. 172



site: https://www.instagram.com/li_numlivro/
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Livia M. 19/10/2022

Uma vida inteira
Desperdiçada?
A longa espera
Um sentido à vida dava?

À espera da guerra
Tu vens tu vens,
Eu já escuto os teus sinais

A chegada da morte
Nasceu
Não viveu
Morreu

Triste melancolia
Drogo finalmente partia

O tempo passou
O vazio ficou
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Max 19/08/2022

A vida com um propósito...
Entendo a vida, a natureza, como um caos sem nenhum sentido aparente. Sob essa perspectiva, dar a nossa vida um propósito, seja qual for, fornece a ela um norte, uma direção, um caminho. É disse que trata o livro, sobre um propósito prá vida, mesmo que com o passar do tempo se torne profundamente melancólico, ainda sim, dará um sentido a ela. Interessante!
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Lara 13/07/2021

A solidão de uma vida sólida.
A princípio fiquei em crise existencial com o livro, depois percebi que esse deve ser o propósito, um apelo a movimentar-se, a sair dos hábitos que nos prendem dos Fortes existentes na nossa vida. Tempo, por mais que a gente não o perceba passando e não faça nada de novo, vai nos esculpindo. É isso que senti com essa leitura, enquanto os militares se prendiam a uma rotina infrutífera, fazendo algo sem sentido, vivendo seu dia de modo geral apático, suprindo apenas o básico, as coisas não paravam de acontecer ou de descontinuar. Como a perda de vínculos afetivos que está bem presente, pois ao jogar-se tudo numa esperança de coisas futuras, não desenvolveram nada no real. Queriam encontrar novidades numa paisagem fixa, Drogo e seus colegas ansiavam por uma coisa que eles não construíram: mudança. O apego à rotina é tão viciante que tudo para os personagens foi perdendo tanto o sentido que não ter mais sentido em nada tornou-se o normal. Assim, podemos refletir com esse livro quão apegados somos nas fantasias criadas por nós, uma reflexão que muitos filósofos se propõe a fazer.
Por fim, posso dizer que esse livro é um convite a revoltar-se, mudar (não digo só no sentido físico, mas no metafísico também), fazer qualquer coisa que traga mais vida ao que temos chamado de vida. Ademais devo completar, a leitura me deixou bem melancólica, as sacadas do autor são boas demais para não efervescer algo nos leitores.
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Erinaldo Santos 19/01/2022

E assim a inexorável passagem do tempo vence a todos.
Um livro que traz uma reflexão sobre o peso do tempo e da imobilidade.

Vale realmente a pena esperar por algo incerto ao invés de buscar outros desafios, outros lugares, outras pessoas?

Os homens afagam o ego com suas desculpas que dias melhores virão, para não tomar responsabilidade por suas próprias vidas.

Esperando a vida inteira para que algo magicamente aconteça e transforme sua vida medíocre em uma vida gloriosa, tomado pela comodidade, não tem coragem de enfrentar o desconforto da mudança para realmente fazer valer a pena a sua passagem por essa terra.

E assim a inexorável passagem do tempo vence a todos.
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Paulinho 17/12/2020

O isolamento e o tempo
Esse livro estava nas indicações de leitura para o período de pandemia, quarentena, e faz muito sentido, a maneira como a rotina no isolamento mudou a percepção do tempo, 9 meses passaram absurdamente rápido, pois o repetir do dia fazia-os parecer imóveis. Ao contrário de Drogo não esperávamos pela chegada do inimigo, mas pela partido do nosso. E ao contrário de Drogo que nunca o viu chegar, ou melhor, que quando finalmente o inimigo chegou ele já não o podia combater, nós assistimos o tempo correr sem o nosso inimigo partir, e tivemos que sair do nosso isolamento enquanto ele ainda está aqui matar a muitos dos nossos.
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Gláucia 12/11/2018

O Deserto dos Tártaros - Dino Buzzati
Publicado em 1940 foi o livro da TAG por Alejandro Zambra em outubro de 2018.
Não há muito o que falar sobre esse livro, de trama tão simples e sem grandes acontecimentos, sendo exatamente essa a grande questão. Assim como na vida podemos nos sentar e esperar pacientemente o tempo passar, o livro representa uma espécie de metáfora à passagem do tempo. E me chamou atenção para a minha própria... é bom ler esse tipo de coisa, às vezes nos faz olhar para dentro de si e refletir em como estamos deixando passar, o que estamos fazendo com o pouco tempo que temos aqui.
Recomendo a resenha em vídeo feita pela Aline Aimée do canal chave de leitura. Excelente como sempre.
Daniel 12/11/2018minha estante
Imaginava que esse livro fosse bem chato rs.
A verdade é que eu evito obras com temática de guerra.


Gláucia 12/11/2018minha estante
Ah mas não tem nada de guerra aqui, pelo contrário. Os soldados num forte passam anos esperando por um ataque improvável e com isso faz uma espécie de metáfora ao tempo perdido.




Alessandro232 01/11/2020

Um livro sobre o "deserto" que todos nós carregamos
TAG- EXPERIÊNCIAS LITERÁRIAS
"O Deserto dos Tártaros" é um livro aparentemente simples e curto. Mas, não se engane com sua aparentemente "simplicidade". Sem determinar a localização geográfica, acompanhamos a trajetória do protagonista, o jovem militar Giovani Drogo em direção a um lugar chamado "forte Bastiani". No entanto, somos informados pelo narrador onisciente, que ninguém sabe onde fica esse local, e Drogo, assim como o leitor se sente perdido, sem saber se ele existe ou não.
A sensação de decepção do protagonista,- que é transferida ao leitor- diante desse cenário que revela ser desolador e hostil. No entanto, passado algum tempo, Drogo sente que quando está no forte Bastiani há alguma coisa que o impulsiona a permanecer ali, como se algo grandioso no futuro ocorresse e pudesse lhe trazer algum tipo de recompensa pelo período em que ficar lá. Assim, Buzatti começa a narrar situações aparentemente banais, mas, que gradativamente revelam uma conotação filosófica sobre o que vem a ser a passagem muitas vezes morosa e entediante do tempo.
Buzatti que também era pintor, faz belas descrições pictórias do Forte Bastiani, que em alguns trechos revela contornos sobrenaturais, assim como a paisagem árida formada por montanhas que fica em seu entorno. Há nisso um elemento que dá uma conotação fantástica ao romance, e confere a obra um toque de originalidade.
Não é um livro de lances que podem ser considerados "emocionantes", e, embora concentrado na rígida rotina militar de Drogo e os habitantes do Forte, o autor cria uma contínua atmosfera de suspense em torno da provável invasão do povo tártaro. Será que isso realmente vai acontecer? Só lendo o livro para saber.
No desfecho da jornada de Drogo, nós leitores, ficamos com a impressão que todos nós carregamos dentro de si uma espécie de "deserto dos tártaros". O livro nos ensina que cada um tem o seu, e, por isso, temos que aprender a conviver com ele.
Para mim a leitura foi bastante fluída e a obra me fez refletir sobre aspectos- alguns negativos- da minha vida. A escrita de Buzatti em muito trechos é bastante poética, com matizes insólitas que torna seus cenários fascinantes e misteriosos destacando-se entre eles o imponente Forte Bastiani. Além disso, o final é surpreendente, imprevisível e de grande beleza, um dos mais bonitos e pungentes da literatura universal.
"O deserto dos tártaros" para mim foi uma experiência literária bastante prazerosa. Ele é outro pequeno livro no tamanho, mas imenso no conteúdo que traz interessantes questões filosóficas. O romance foi meu primeiro contato com a prosa em algumas passagens poética de Buzatti. Não é a toa que a obra é um dos clássicos da literatura italiana e um dos livros favoritos de Antônio Candido, o maior crítico literário brasileiro, que tem o trecho de sua resenha publicado na revista. - ela pode ser lida na íntegra no site da TAG.
Leitura altamente recomendada para quem quer ler algo diferente que nos refletir sobre o mistério "o que é vida" e cuja resposta pode ser surpreendente como aquela proposta na obra-prima de Dino Buzatti.
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Ana Clara 03/05/2021

Gostei da leitura. Apesar de não ter conseguido me conectar com o enredo. Mas é um bom livro
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