Maisa @porqueleio 15/05/2020Estória forte, sobre um tema dolorosoResenha – A filha do Rei do Pântano | Autor: Karen Dionne | Tradução: Cecília Camargo Bartalotti ǀ Ano: 2018 | Páginas: 281 | Editora: TAG Inéditos/Verus Editora | Gênero: Suspense e mistério
Helena teve uma infância diferente. Até os doze anos, ela viveu em uma cabana no pântano no Michigan, convivendo apenas com seu pai e sua mãe. Idolatra o pai, que a ensina as histórias do povo Ojibwa, a caçar, a atirar. Já a relação com a mãe é diferente, já que ela é apática, submissa, e não sai da cabana. O que Helena não sabe é que sua mãe foi sequestrada ainda muito jovem pelo seu pai.
Mas sua vida muda completamente. Fora do cativeiro, vivendo com sua mãe e seus avós maternos, ela tem de se adaptar a vida na cidade. É vista como uma garota selvagem, que tem dificuldades de convivência, mas ela está longe da natureza que aprendeu a amar. Quando chega a maioridade, resolve se afastar das pessoas que não a entendem, e tenta enterrar seu passado. Conhece Stephen, com quem se casa e tem duas filhas – sem contar ao marido seu passado.
Seu pai consegue fugir da prisão depois de quase vinte anos enjaulado. E Helena sabe que é a única capaz de encontra-lo e devolvê-lo à prisão. Assim, pensando na segurança da sua família, Helena decide ir atrás de seu pai. No que depender dela, pela última vez.
O livro mescla presente e passado, talvez por conta disso tenha ficado um pouco perdida no início, já que os fatos que levaram a formação da personalidade da Helena, bem como os acontecimentos após sua libertação, vêm devagar. A Helena criança é difícil de ser entendida, mas consegui ver toda a situação pela perspectiva dela, afinal essa é uma estória do resultado de um sequestro, de alguém que não faz ideia do que acontece ao seu redor. Senti falta de mais detalhes sobre a mãe dela, Mas não era essa a estória a ser contada. Brutal, mas incrível!
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