Resenhas - A Filha do Rei do Pântano

Isah Conti 16/03/2019

Forte e emocionante!
A Filha do Rei do Pântano - Karen Dionne | @taglivros

"Coisas ruins acontecem. Aviões caem, trens descarrilam, pessoas morrem em enchentes, terremotos e tornados. Motos de neve se perdem. Cachorros levam tiros. E meninas são raptadas."

Nesse livro vamos conhecer Helena. Sua história não é nenhum conto de fadas, muito pelo contrário, ela é uma enorme tragédia. Sua mãe foi sequestrada quando tinha 15 anos e desde então vive com seu raptor em um pântano escondida. Ela acabou engravidando e deu a luz a Helena ali mesmo.

A única coisa que a menina conhece é aquilo que seu pai a apresenta, suas informações sobre o mundo são tiradas de uma velha revista achada na cabana em que vive e ela acreditava que era amada por seu pai, até descobrir toda a verdade sobre sua "família".

Anos após, já morando na cidade e longe das atrocidades que viveu na infância, Helena segue a vida com suas filhas e marido, mas quando escuta no rádio que o Rei do Pântano, como ficou conhecido seu pai, escapou da cadeia, ela sabia que teria que desenterrar alguns segredos.

Helena sabe que é a única com capacidade de entrar no pântano e capturar seu pai e para garantir a segurança de sua família ela vai entrar nesse jogo. Uma caçada sem fim, o pior lado de seu pai está a todo vapor e ela vai relembrar coisas do seu passado que já estavam esquecidas há muito tempo.

"... As mortes têm que parar. Vou encontrar meu pai. Vou capturá-lo. Vou devolvê-lo à prisão e obrigá-lo a pagar por tudo o que fez."

- Um livro difícil de ler! A história é narrada por Helena que conta para nós o presente e passado de sua vida, onde antes a garota vivia sobre os cuidados do pai. Para ela era difícil não ama-lo, pois além de não saber o que ele havia feito, àquilo era a única forma de amor e cuidado que conhecia e acompanhar tudo isso é de deixar qualquer leitor enjoado. Criada sobre um teto de agressões e medos, caçando e vendo a maldade nos olhos do pai, Helena tenta a cada dia viver uma vida normal com sua família.

- Um dos pontos mais fortes desse livro que eu senti, foi o fato da autora nos mostrar o quanto ser criado num lar onde agressão e o ódio são normais pode formar o caráter de alguém. Helena convivia desde criança com a forma bruta de seu pai e em alguns momentos achava que a correção que ele aplicava a ela ou sua mãe era uma forma de amor vinda dele. A autora também mostra que existem o caminho do bem e o mal, basta a nós escolhermos o que achamos correto.

- Um livro para refletir! São menos de 300 páginas, mas que nos ensina uma grande lição. Além de tudo, vemos nessa forma de ficção coisas que realmente acontecem com jovens em todo mundo e podemos ter uma ideia do que a maioria passa nas mãos de seus sequestrados.

Dimitrya 26/05/2019

Vale a pena refletir
A primeira metade não me atraiu, dei continuidade devido a minha necessidade de sempre terminar aquilo que começo. Do meio para frente passou a ser mais interessante. Inicialmente desencadeia sentimentos "ruins", desconfortáveis, e depois trás o alívio das escolhas certas que a protagonista faz. Como em tudo que leio tiro sempre uma reflexão, nesse caso não foi diferente. Creio que a ideia geral, ao menos para mim, seja a de que somos produto de tudo aquilo que vemos, ouvimos, comemos e aprendemos ao longo da vida. Ou seja, o meu "normal" nem sempre é o normal do outro, uma vez que essa definição depende de parâmetros aos quais fomos submetidos ao longo da vida. Logo, a protagonista tinha como natural as atrocidades do pai por não conhecer outra realidade.. o que muda no momento em que seu conhecimento de mundo é ampliado para além do pântano, onde sua natureza interna e personalidade (demonstradas pelos amigos imaginários) vem a tona e determina a sequência da própria vida.

Senhor Wayne 25/06/2019

Legalzinho e shallow now
O escopo do livro é interessante, levando em conta o que ocorreu e sequencia que a trama tem desde a fuga do pantâno, mas falo explorar o trauma. Ser concebida num pântano por um pai extremamente psicopata e não ter maior exploração interior deteriorou minha experiência nesta obra. O que fica é? A boa filha manda lembranças, livro da tag que inaugurou o projeto Inéditos e tem um plot twist que ooooo.

vitoria 30/10/2019

Muito bom
Apesar de ter muita narração de cenário e de coisas específicas o livro é bem bom. Me diverti mt com ele. A única decepção foi descobrir a capa q a TAG fez pq ela é mais bonita

Geovana.Freitas 24/11/2019

Grata surpresa
Foi meu primeiro livro pela Tag, e quando li a sinopse percebi que valeria me associar ao clube e não estava errada. A construção é muito boa e, mesmo com um final previsível, é uma história que prender e te faz ficar na expectativa do que vem a seguir. Confesso que algumas partes me deixaram desconfortável, principalmente quando vc lembra do homem horroroso que conduz a história (Não que algum momento vc esqueça). Recomendo à todos!

Pri | @biblio.faga 25/11/2019

“A filha do Rei do Pântano”, escrito por Karen Dionne, foi a obra enviada no mês de outubro de 2018 (TAG Inéditos).

Um título legal e uma capa bonita e clean são excelentes meios de chamar minha atenção, tanto no momento de comprar quanto na ordem de leitura.

O livro conta a história de Helena Pelletier, esposa e mãe amorosa de duas meninas, mas também resultado de uma conduta hedionda, um crime nefasto: sua mãe foi sequestrada quando adolescente pelo homem que chama de pai e mantida refém em uma cabana remota nos pântanos do Michigan.

Mais de vinte anos depois, Helena tem que reviver o passado e ajudar na caçada de seu genitor (o Rei do Pântano) que matou dois guardas, escapou da prisão e desapareceu no pântano.

A leitura é fácil e envolvente, daquele tipo de livro que se lê em uma sentada.

Acho que foi muito bem explorada a dualidade entre amar um pai - que, em retrospectiva, se descobre mau, violento e com o potencial de ser brutal - e a dificuldade de carinho pela mãe, mesmo diante de notório esforço e doação.

Também é bem delineada a dificuldade de reinserção em uma sociedade com regras e leis próprias, e até então, desconhecidas.

A vida pode ser brutal de maneiras diversas.
Recomendo :)

Quotes:
“Eu era inteligente, jovem, ansiosa para adotar o mundo exterior, ávida para aprender. O problema era que as pessoas não estavam igualmente ansiosas para me adotar.” (p. 156)

"..mas é preciso aceitar a responsabilidade por suas decisões, mesmo quando elas não tem o resultado que se esperava." (p. 270).

site: https://www.instagram.com/biblio.faga/

Ley 11/12/2019

Extremamente doloroso
Essa leitura foi um desafio para mim, e também é um livro que me rendeu muitas sensações. O tema proposto é bem delicado e sinto que as pouco mais de duzentas páginas se transformaram em mil na medida que fui avançando na leitura. Tudo isso aconteceu pela quantidade de cenas dolorosas que o livro apresenta.

Ele é contado sob os olhos de Helena, que narra todo o livro. Ela é uma mulher aparentemente normal, mas que foi criada em circunstâncias peculiares. Sua mãe aos 14 anos, foi raptada e mantida presa pelo seu algoz em um pântano. Ele a estuprou e ela engravidou de Helena, que acabou sendo criada também no pântano. Helena sempre pensou que sua família fosse normal e não a culpo por isso.

Quando criança, ela nunca havia conhecido ninguém além de seus pais e isso transforma a mente de uma pessoa. Sua criação, cujo principal responsável foi seu pai, deixou grandes marcas em sua vida. No início da leitura, enquanto Helena está adulta, vemos que ela e sua mãe saíram do pântano e seu pai foi preso anos antes por conta do sequestro.

Recentemente foragido, o pai de Helena está a solta e ela sente que é a única que pode localizá-lo. Enquanto sai em busca de seu paradeiro, Helena tem flashbacks da sua infância sob os cuidados de seu pai e a sombra de sua mãe. Essas lembranças nos dão peças para montar um quebra-cabeça sobre como foi sua infância e como ela saiu do pântano.

No decorrer da leitura, o leitor irá deparar com uma enxurrada de novas sensações e nem todas elas são boas. A criação de Helena dada por seu pai, a transformou numa pessoa partidária dele, e continuamente desprezando a mãe. Senti uma falta enorme de menções da mãe de Helena no livro, mas ela é como uma sombra tendo como principal objetivo apenas corroborar na construção da protagonista.

site: https://www.imersaoliteraria.com.br/2019/09/a-filha-do-rei-do-pantano.html

Mah Nunes 13/12/2019

A filha do rei do pântano
Que história gostosa.Em algumas partes me revoltei com Hellena. Mas compreendi seu amor pelo pai ruim. E como é bonito qndo ela salva a família. Tudo q fez na minha opinião foi pelo amor à mãe.

Marcia @belaspaginas 06/01/2020

Que livro!!!!! Me senti numa verdadeira caçada.
"Sim, eu era a filha de uma jovem raptada com seu raptor. Por doze anos, vivi praticamente sem ver ou falar com nenhuma outra pessoa além de meus pais. Posto nesses termos, parece terrível. Mas essas eram as cartas que a vida tinha me dado, e eram com elas que eu precisava jogar se quisesse seguir em frente."
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Helena tem uma vida perfeita, bem casada, duas filhas, um cachorro, todo cenário é lindo, mas seu passado é montruoso, sua mãe foi raptada aos 15 anos por Jacob Holbrook (o Rei do Pântano) e ela é fruto desse crime, vivendo num mundo mínusculo e tendo uma adoração pelo pai bruto, seus dias são pescar, caçar e ver sua mãe sofrer na mão desse monstro, mas na cabeça de Helena está tudo normal, até a verdade cair no seu colo como uma bomba e ela vê seu mundo desmoronar. Anos depois Helena se vê obrigada a encarrar seu maior pesadalo e ir atrás do Rei do Pântano em defesa da sua família.
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Um livro intenso e cativante, alimentado pelo amor doentio e regado de muita maldade, foi uma misturas de sentimentos, na mesma hora que eu sentia pena de Helena, muitas e muitas vezes queria dar uns cascudos nela, mas quando o assunto é a mãe dela, ai sim meu coração foi absurdamente destruído, como eu sofri e ainda vou sofrer por essa mãe as cenas do sequestro e o que ela passou é anguistiante, esse livro me causou sérias crises de ansiedade, entrei fundo numa caçada em busca de um homem sádico, horrível, monstruoso. E mais uma vez fica nítido que pontas soltas de um passado se não resolvidas pode sim voltar a te assombrar.
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?Se eu pudesse saber de tudo isso antes de acontecer, teria feito diferente? Claro. Mas é preciso aceitar a responsabilidade por suas decisões, mesmo quando elas não têm o resultado que se esperava.?

valadão 11/01/2020

incrível
o livro conta a história de helena. filha de um psicopata, estuprador e sequestrador, ela nasceu e viveu no pântano durante 12 anos de sua vida. muito tempo depois, seu pai foge da cadeia e ela se vê na obrigação de achá-lo e se vingar.
os capítulos são divididos entre histórias de sua criação e como ela e sua mãe fugiram do homem e sua jornada para encontrá-lo agora.
ao mesmo tempo que você quer saber mais sobre como ele se comportava e como isso influenciou em sua personalidade, fica ansioso para descobrir se ela o encontrará no presente.
as mortes são muito delicadas e tocantes, fiquei triste em todas (incluindo a do psicopata).
o final é bem previsível, mas não haveria outro jeito das coisas terminarem.
o começo é um pouco arrastado, mas conforme a história se desenvolve, você se apega muito a ela, e em alguns momentos até fica meio dividido entre ?gostar? do pai de helena ou nao. típico de um psicopata controlador.
mas, como nada é perfeito, o livro também tem seus defeitos.
a escrita da autora é um pouco cansativa na parte do passado da personagem principal. ela escreve de uma forma muito detalhista e acaba colocando coisas nao muito relevantes, como histórias que nao levam a lugar nenhum e como caçar e fazer armas letais.

arlete.augusto.1 14/01/2020

Surpreendente
Não esperava muito desse livro e fiquei surpresa com a originalidade da estória e como a autora consegue desenvolvê-la bem e com fluidez intercalando passado e presente da narradora. Gostei bastante.

Dani - LunaBlue2000 02/05/2020

Vale a pena conhecer a história
A filha do rei do pântano conta a história de uma jovem mulher assombrada por seu passado fatídico. Enquanto leva uma nova vida com sua família construída sem muitas informações íntimas sobre sua infância, Helena se depara com a notícia que seu pai (que raptou sua mãe ainda nova e a manteu trancafiada por anos) fugiu da prisão.. e sabe que apenas ela mesma consegue capturá-lo novamente.

Esse não é um estilo de leitura que eu normalmente procuro mas tive a oportunidade de ler algo novo, então resolvi aproveitar.

Inicialmente achei bem maçante e chato. Tive muita dificuldades em me ligar com a personagem, sentia ele fria narrando suas lembranças e pontos de vista quando criança, mas creio que um pouco depois da metade do livro aí sim que a história começou a engrenar.

É visível a melhora da narrativa de Helena, talvez pelo fato de que ela amadureceu de acordo com as histórias contadas de quando morava no pântano e das emoções contrastantes sobre o pai (que ódio fiquei desse cara. Foi então que comecei a sentir suas emoções, dores e pequenas alegrias.

O final é eletrizante e nos últimos capítulos não dá pra respirar.

Fiquei com raiva pelo corte de vários momentos tensos das histórias, em que no capítulo seguinte mudava para um trecho do presente ou passado... ficava na angústia de saber o que aconteceria, mas acho que no geral, a forma que a escritora colocou cada passagem do tempo ficou interessante.

Os detalhes escritos sobre as diversas plantas, animais exóticos, árvores, natureza e da cultura nativa norte americana são muito bem escritos. Dá pra ver a escritora fez um bom trabalho de pesquisa quanto à isso, e admiro muito a obra nesse ponto.

Julia I 05/04/2022

É um livro muito bom mas que não me prendeu muito, acho que enrolou em algumas partes mas não o bastante pra deixar a leitura chata em geral eu gostei bastante mesmo não me prendendo no livro

grazisapienza 03/05/2022

A batalha da realeza do Pântano
"Pequena Sombra, é assim que meu pai me chamava na infância"

Cara... que livro sensacional.
Eu ainda não consigo acreditar que eu protelei tanto para ler... Achando que poderia ser um thriller ruim. Mas eu me apaixonei.

O que eu mais gostei desse livro é como ele foi desenvolvido para entender Helena e tudo o que levou ao ponto alto do livro ? o reencontro entre Jacob e Helena, pai e filha. O embate final.

A maneira de construir os capítulos, alternando entre as memórias passadas de Helena e o que ela estava passando no presente foram feitas de maneira magistral, mostrando assim todos os gatilhos responsáveis pela sua psiquê e pelas suas reações. Alternando sempre entre, muitas vezes, a visão inocente da pequena Helena com a visão já amadurecida da versão adulta, que olha pra trás e vê como as coisas não eram tão boas quanto ela achava.

O uso da fábula de Andersen também foi maravilhoso, usando assim de lição para ambas as Helenas e como talvez uma lição pro leitor: um aviso sobre máscaras enganarem. E também pela realidade de Helena ser tão próxima da história.

Fiquei muito animada quando começaram as história de infância e acabei engatando com maior vontade no livro nesses momentos. Recomendo fortemente a leitura.

AnaM 15/05/2022

´ótimo.
Um livro que pode facilmente ser lido em um dia, leitura super leve, interessante e rápida, personagens bons e carismáticos, principalmente a protagonista, Helana. Além de tudo é uma baita reflexão sobre relacionamento abusivo, e em como a cabeça das vitimas sempre ficam confusas com relação ao que é certo ou errado, ficam dividas em amo/odeio a pessoas, ficam sempre com uma balança nas mãos tentando medir a as atitudes do seu agressor, é um livro para se pensar. Realmente muito bom.