Resenhas - Velhos são os outros

Livinha 13/11/2023

Uma delícia!
Assim como os outros livros da Andrea Pachá, a leitura desse foi uma delícia! Alguns casos engraçados, outros nem tanto. O ponto alto para mim é como sempre a sensibilidade da autora, frente a necessidade daqueles que buscam o judiciário.

Letuza 14/12/2019

Histórias lindas
Andréa Pachá é juíza, colunista e tem um talento incrível para contar histórias. O livro reúne algumas das histórias ouvidas e vividas pela juíza em seus anos na Vara de Sucessões. As histórias trazem reflexões sobre morte, incapacidade, amor, aceitação, abandono, cuidado, enfim, sobre a humanidade. São relatos emocionantes, sublimes, às vezes surpreendentes, escritos com muito talento e lucidez. A visão que temos da velhice, da morte, é tão míope, tão equivocada, e não pensamos, não conversamos sobre isso. Então simplificamos dizendo que quando alguém envelhece volta a ser criança. Essa infantilização do idoso não ajuda e não é justa. Por isso o livro de Andréa Pachá é tão importante. O Papa Francisco disse : ?Onde não há honra para os idosos, não há futuro para os jovens?
Todos deviam ler esse livro ? ! Dica de @books_resenha e @hugozaher
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Renata | @am0r_p0r_livr0s 24/03/2024

Pois é... saí da fase dos livros de suspense e entrei na dos reflexivos, e que tem como assunto principal a velhice e a morte. Dois dias depois de “É Sempre a Hora da Nossa Morte Amém”, depois termino esse outro, que me foi recomendado por um amigo querido, que já se designa velho (apesar de não ser... rsrs).
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A juíza Andréa Pachá, depois de trabalhar muitos anos na Vara de Família, se viu diante do desafio de assumir uma Vara de Sucessões, onde lidaria com processos de intervenções, testamentos e curatelas. Nesse livro, ela desenvolve os contos a partir de suas experiências nesses tipos de audiência.
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Por meio de contos curtos, alguns divertidos e outros nem tanto, a autora, além de narrar os fatos e contar as causas e desfechos de cada um, faz suas análises e reflexões sobre a velhice, acerca das dificuldades, angústias e sentimentos dessa fase da vida. Os contos são intercalados com depoimentos de idosos que funcionam como um respiro entre as histórias e fazem o leitor se colocar em seu lugar.
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São muito grifos que fiz, postei alguns nos stories, mas esse merece destaque: “Deixar de refletir sobre a nossa condição humana, transitória e com data de validade, não nos torna imortais”. Essa frase parece óbvia, mas vivemos como se não fôssemos morrer e isso pode fazer com que não façamos o que nos faz feliz, adiando coisas para preservar outras e, então, nós é que morreremos infelizes.
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No fim do livro, Andréa escreve seu “testamento” e um de seus desejos é: “Desejo não sofrer. Muito menos fazer sofrer a quem amo. Se não conseguir, desejo que os danos sejam reduzidos pela compreensão de que nossa condição humana nos faz precários e provisórios”. Esse é meu desejo também.

Paola 07/06/2023

Adoro os livros da Andrea. É o tipo de leitura que você tem que ler um capítulo de vez e pensar, simplismente delicioso, a escrita é fluida, simples, mas com muito significado

Rosa Daré 25/05/2023

Velhos são os outros... Leve e sensível !!!
Um olhar sensível e atento à velhice. Por meio de diversas histórias curtíssimas, Andrea Pacha nos mostra as consequências do envelhecimento - na justiça e fora dela. Uma lição pra todos que ainda não chegaram lá - recomendadíssimo! Rápido de ler mas com aprendizados para a vida toda.

Para quem é idoso e, principalmente para quem ainda não é. Vai trazer reflexão sobre esse momento da vida: existe vontade, desejo, sonhos, paixões e é preciso respeito e compreensão.

A gente nega a velhice, mas ela é inevitável para todos.

Trecho do livro:
"Mesmo sabendo que a morte não manda avisos nem notificações, vivemos como se nunca fôssemos morrer."

"É um desafio ser velho em uma sociedade que incensa a juventude, a beleza, o consumo. É um desafio envelhecer e ser respeitado com a fragmentação do trabalho, da previdência?, destaca Pachá.

Viver em uma sociedade que incensa a juventude e nega a doença, a infelicidade, a deterioração e até mesmo a morte não é exatamente a melhor maneira de assimilar a passagem do tempo e os impactos que ela produz. Não desejamos morrer jovens, naturalmente. No entanto, a maior longevidade possibilitada pela ciência nas últimas décadas tem introduzido conflitos complexos no dia a dia. Problemas que, na perspectiva da Justiça, vão desde o abandono material e afetivo de familiares até a disputa de curatela entre irmãos, passando pela escolha de tratamentos interventivos e pela liberdade para casar-se ou namorar. A excessiva judicialização da vida tem nos enre­dado em um fenômeno de infantilização emocional. A idealização de um juiz herói, capaz de estancar nosso desamparo, é na maior parte das vezes frustrada pela realidade.

"Todos envelhecemos. E sempre haverá mais tempo adiante. Os que estão atrás não nos alcançarão, e nós não alcançaremos os que nos antecedem. Nessa estrada que não terminará enquanto existirmos, seguiremos, velhos, olhando para outros velhos e nos sentindo menos velhos. Depois da velhice vem mais vida. E mais vida. E mais vida."

Velhos são os outros - Andréa Pacha - Editora Intrínseca - 208 páginas

Emmanuela1 18/02/2023

Velhos são os outros
Para quem é idoso e, principalmente para quem ainda não é. Vai trazer reflexão sobre esse momento da vida: existe vontade, desejo, sonhos, paixões e é preciso respeito e compreensão.

A gente nega a velhice, mas ela é inevitável para todos.

Trecho do livro:
"Mesmo sabendo que a morte não manda avisos nem notificações, vivemos como se nunca fôssemos morrer."

Neide22 08/06/2021

"Queremos ser adolescentes para experimentar as novidades que a vida traz. Queremos amadurecer para ter autonomia, segurança, liberdade. Mas quem quer envelhecer? Depois que a velhice chega, o que vem?"
Através de vários contos, este livro nos mostra a velhice de várias perspectivas.

Kalyne 27/06/2021

Frases que me marcaram:
"Desejo compreender que arrependimento não reconstrói nada e que não há do que se arrepender, quando nossas escolhas foram as melhores possíveis nas circunstâncias pretéritas."

"Juíza. Acostumada a sentenciar, determinar, ordenar, ajustar, restabelecer e outros tantos verbos impositivos, tenho aprendido a me resignar, compreender, contextualizar e acolher."


"Gosto de realizar audiências. Muitas vezes, é com os olhos nos olhos que se consegue ler o que nem todas as centenas de laudas podem produzir.
Magistratura é profissão para quem gosta de gente. Justiça sem coração pulsando pode ser até um trabalho digno, mas dificilmente tem o efeito transformador que só a humanidade compartilha é capaz de provocar."

Vanessa 19/01/2022

Perfeito do início ao fim! Recomendo este livro para pessoas de todas as idades, uma vez que o envelhecimento é inerente às nossas vidas e de algum modo sempre vamos nos deparar com o idoso, seja sendo ou através de pessoas à nossa volta. Pachá traz reflexões muito pertinentes sobre a vida, a justiça, os afetos e os conflitos que atravessam as pessoas idosas. Muito delicado e necessário!

Maria.Julia 12/03/2022

Que livro!!!
De uma sensibilidade absurda, que livro lindo. Me fez refletir sobre como me relaciono, não só com meus avós, mas com idosos em geral, comecei a olhar com outros olhos para as idosas que conversamos comigo no ponto de ônibus, que andam devagar e que podem parecer, ao meu ver, difíceis de lidar. Amei.