Falsa Acusação

Falsa Acusação T. Christian Miller




Resenhas - Falsa Acusação


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Simone de Cássia 07/10/2019

Livros de enfoques jornalísticos costumam ser bons e esse aqui não fugiu à regra. O triste é o assunto do livro, os absurdos relatados, os traumas criados. A cada página, uma revolta. Bom livro.
Kah 07/10/2019minha estante
Tô assistindo a série a conta gotas pq dói ver aqueles absurdos...


Simone de Cássia 08/10/2019minha estante
Nem sabia que tinha série... vou ver! Obrigada pela dica! bjim


Drica 10/10/2019minha estante
Simone, gostei muito da série Unbelievable, Inacreditável


Simone de Cássia 11/10/2019minha estante
Adoro essas dicas de série! Brigadim, Drica. Saudades! Bj




Júlia Morales 05/03/2020

Falsa acusação
É um livro inacreditável e ao mesmo tempo cheio de pesquisas e informações.
A cada página parecia que eu estava lendo algo de ficção, mas quando os autores aprofundavam em suas pesquisas eu percebia o quanto isso ainda é tão real.
É uma leitura rápida, que só tem a acrescentar... Eu recomendo muito esse livro.
Quel Fagundes 14/05/2020minha estante
Tive a mesma sensação, precisei me relembrar muitas vezes que era real.


Júlia Morales 14/05/2020minha estante
Achei esse livro muito bom, mas muitas vezes, acho que por ter acontecido tanta merd* com a menina, parecia que eu não estava lendo algo real... Quando eles me lembravam que aquilo era de verdade eu ficava chocada, é muita cagada, da muita dó da menina.


Quel Fagundes 14/05/2020minha estante
Acabei de começar a ver a série sobre esse livro.... É impressionante!




Riva 13/03/2020

É inacreditável!
É um daqueles livros em que você fica sem graça ao dizer que amou!
Esse livro estava na minha estante desde o ano passado, mas sempre que o pegava para ler acabava o colocando de volta na estante.
Resolvi encará-lo agora e, para a minha surpresa, descobri que já havia visto a série (documentário) e que havia ficado indignada com o que eu vi.
É raro eu ler um livro depois ter visto um filme e vice-versa.
Contudo, abro exceções para livros desse tipo, pois sei que o livro vai trazer informações relevantes (dados estatísticos, dados históricos, por exemplos) que não existem no filme.
Infelizmente, o caso dessa jovem não é único.
Policiais sem preparo para lidarem com um crime dessa gravidade (e, no caso específico, polícias íntegros, com mais de 20 de carreira, mas que atuavam em outras áreas); informações que não deviam ter sido levadas ao pé da letra, sem antes terem sido averiguadas; pressupostos do tipo, “nossa, ela nem chorou”, “ela saiu contando para todo mundo”, “o tênis estava simetricamente alinhado”; a crença - quase - inabalável de que a vítima do estupro não é tão vítima assim fizeram com que essa jovem vivesse um pesadelo por quase 3 anos.
É revoltante! É deprimente! É inaceitável! É cruel! É inacreditável!
Drica 13/03/2020minha estante
Só vi a série, mas gostei muito!


Drica 13/03/2020minha estante
Verdade, Unbelievable!!!!!! Só vi a série, mas gostei muito!


Riva 13/03/2020minha estante
É doido! Muito doido!




Ana 22/04/2019

Um chute no estômago
Para começar, não é surpresa que um ganhador do pulitzer tenha uma escrita impecável, mas a escolha da linha do tempo e a linguagem similar a de um romance traz fluidez ao livro que não perde nada para a ficção em termos de escrita e trama. O tema delicado do estupro não é espetacularizado para gerar desconforto, lágrimas nem nenhum tipo de reação forçada, pelo contrário, os autores abordam o tema com delicadeza, mas com a relevância necessária. As vítimas de crimes sexuais são vítimas do crime em si e do procedimento policial e jurídico no qual é preciso que se desdobrem para provar a violência cometida contra elas e reviver o crime diversas vezes na frente de policiais machistas e de um ambiente hostil, no qual este tipo de crime é muitas vezes relegado a um crime de segunda importância se comparado ao homicídio, e que traz à tona questões profundamente incômodas para a sociedade que ainda é, na sua grande parte, moralista e que não gosta de tratar esses temas na esfera pública. Achei particularmente incômoda a parte na qual a polícia e o judiciário possuem um tipo de vítima padrão que estabelece os parâmetros de credibilidade para se acreditar se o crime de estupro realmente ocorreu ou não. Os capítulos que trazem o ponto de vista do criminoso são de embrulhar o estômago pelos detalhes sórdidos e as tentativas de justificativa de um predador, mas também nos faz refletir sobre como poderíamos prevenir esse tipo de crime ao tratar esses criminosos sexuais desde o início, sem moralismos e de forma mais objetiva. Como romance policial o livro é de tirar o fôlego, acompanhar na mesma velocidade as descobertas da polícia de pistas aleatórias e crimes aparentemente desconectados por todo o território nos dão uma ideia melhor de como o processo investigativo funciona realmente e como as falhas de comunicação e compartilhamento de informações ainda impedem operações conjuntas e eficazes. Uma série será lançada ainda este ano no Netflix com base na obra, mal posso esperar.
Alex Nascimentto 14/08/2019minha estante
Qual vai ser o nome da série? Quando estreia?


Ana 17/08/2019minha estante
Unbelievable, prevista para estrear em 2019, mas sem data exata.




Geisa 04/08/2020

Inacreditável
Livro investigativo que deu origem à série documentário Inacreditável na netflix. Livro muito bem escrito e pesquisado com muitas referencias importantes no que deu errado nas investigações de estupro nos EUA. Matéria ganhadora do Pullitzer. Adorei.
Juliana 04/08/2020minha estante
Realmente um livro ímpar. O que as vítimas e principalmente Marie sofreram foi terrível. Não me conformo a respeito da pasta " Canalha"




Rittes 11/12/2018

Quando o jornalismo vale a pena
Simplesmente uma aula de jornalismo, esse livro dos repórteres que trabalham para a Pro Publica. Absurdamente bem escrito e bem apurado, mostra o quanto ainda precisamos evoluir quando o assunto é a abordagem do crime de estupro pelas autoridades policiais. Estamos falando aqui dos EUA, então, dá para imaginar que no Brasil muitas mulheres se quer iriam registrar o crime. Às vezes, a dor causada pelo estupro é menor do que a indiferença e a desconfiança da polícia. Imperdível.
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rxvenants 11/03/2019

"(...) alguém precisa fazer esse trabalho. E alguém precisa fazê-lo bem."
Trabalho fantástico de T. Christian Miller e Ken Armstrong.

Falsa Acusação não trata apenas de histórias pesadas de sobreviventes de abusos sexuais, mas fala também dos mitos que envolvem esse tipo de agressão e os estigmas que ainda cercam casos de estupro.

São abordados vários materiais de apoio sobre casos assim. Todas as dúvidas que alguém poderia ter sobre esse assunto (Existe padrão de reação das vítimas? Quais os danos neurológicos depois de um trauma como esses? Como abordar o assunto? Como ajudar essas pessoas?) são esclarecidas com comentários de especialistas sobre o assunto.

Miller e Armstrong deram uma voz única para a questão de como "nas investigações de agressões sexuais, a credibilidade da vítima é tão debatida quanto do acusado."

Foi EXTREMAMENTE difícil ler sobre Marie e não me sentir péssima. Como mulher, foi horrível me colocar no lugar dela e imaginar o quão terrível dever ter sido ter seu relato calado por pessoas que deveriam te acolher e proteger.

O livro é fantástico na sua proposta de apresentar como a descrença nas palavras das vítimas pode influenciar investigações e machucar ainda mais uma pessoa em um estado tão delicado.

É complicado demais ler sobre todos os kits de estupro não analisados e todos os casos não levados à justiça, mas livros como esse me dão a esperança de que pelo menos discussões sobre isso estão sendo feitas.

A narrativa sobre o casos O'Leary é perturbadoramente brilhante. Edna e Stacy foram excepcionais em seu trabalho de investigação.

O cuidado com a escolha de palavras e nota dos autores é muito tocante. Tudo foi descrito de forma bem cuidadosa para que o livro em si não abrisse ainda mais as feridas das mulheres envolvidas.

Falsa Acusação mexeu tanto comigo, que minha cabeça tem milhões de coisas para falar, mas não consigo achar as palavras certas para falar sobre todos os aspectos que merecem maior visibilidade.

Eu entendo que a leitura pode ser muito difícil para pessoas que não conseguem lidar com esse assunto, mas é muito, MUITO importante ler histórias como a de Marie, Doris, Amber, Sarah, Lilly e tantas outras para entendermos como essas sobreviventes não devem e não podem ser silenciadas pela descrença de pessoas que nunca tiveram que travar uma batalha pela sanidade de seus corpos e mente.

Caminhamos aos passos de tartarugas, mas espero ansiosamente pelo dia em que vítimas ao redor do mundo serão tratadas com mais empatia e confiança e que estas, mortificadas, mas não apagadas, consigam cada vez mais denunciar seus abusos e lutar pela justiça que tanto merecem.
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AmAlia51 13/04/2019

Dolorido. Perturbador. Necessário.
"Este é um livro perturbador". Essa é melhor definição desta obra.
Em 2008, Marie, uma adolescente de 18 anos, foi a polícia denunciar um crime. Um homem mascarado, com luvas e uma mochila cheia de apetrechos invadiu seu apartamento e a estuprou.
A polícia, após alguns dias de investigação, começa a desconfiar da veracidade do crime e Maria passa de vítima a suspeita. Pressionada pela polícia e pelo olhar desconfiado de todos, ela admite que mentiu e que tudo não passou de uma estratégia para chamar atenção.
Marie foi julgada por todos.
Após dois anos, a detetive Stacy Galbraith foi designada para investigar um caso de estupro. Ao colher informações, chega a outros casos semelhantes em que o estuprador utilizava o mesmo modus operandi e tinha as mesmas características.
Eu - sinceramente - tive vontade de abandonar o livro em vários momentos. É revoltante a forma como a polícia trata uma vítima de violência sexual, esse modo cruel de me deu ânsia de vômito várias partes do livro. E o tempo todo veio em minha mente a máxima de "e estamos falando dos Estados Unidos, imagine no Brasil". É inevitável não fazer essa comparação.
A narrativa jornalística é bem descritiva e, ao mesmo tempo que isso cansa um pouco, nos traz muitas informações sobre o contexto da história.
Fora os sentimentos de indignação e nojo que nos faz querer jogar o livro bem longe, é uma obra NECESSÁRIA. Nesse mundo (ainda machista!), ser mulher é uma luta constante e ininterrupta. Temos que provar valores, capacidades e competências a cada respiração. E, como não poderia ser diferente, a nossa voz é questionada o tempo inteiro. Não basta ter sido vítima de uma violência (seja ela psicológica, física ou sexual), a mulher ainda precisa enfrentar o descrédito de uma sociedade extremamente machista.
O livro é dolorido, mas incrivelmente importante. ???????????????????????????
Mulheres, avante!
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Lídia Dias - @lendoquandoda 09/07/2019

Um trabalho incrível
O ano era 2008 e Marie, com 18 anos, tinha acabado de conquistar a tão sonhada independência. Após passar por diversos lares adotivos ao longo dos anos, sua vida parecia ter tomado um novo rumo. Com o apoio de uma ONG, tinha um apartamento para chamar de seu e a perspectiva de um futuro repleto de possibilidades. No entanto, os sonhos da jovem foram frustrados quando um homem entrou em seu apartamento no meio da madrugada e a violentou sexualmente em sua própria cama. Marie prestou queixa na polícia, mas por apresentar um comportamento ?fora do padrão? para uma vítima de crime sexual, seu depoimento foi desqualificado e os investigadores a coagiram a dizer que tudo não passava de mentira. Quando ela tentou voltou atrás, a trataram como criminosa. Além disso, Marie foi acusada de comunicação falsa de crime e praticamente todos que a conheciam acreditavam que ela, de fato, tinha inventado tudo.
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Simultaneamente a história de Marie e as consequências do estupro negligenciado pela polícia, acompanhamos uma investigação realizada por duas detetives, de cidades vizinhas a da jovem, que acabam unindo forças e recursos quando percebem que vários crimes sexuais acontecidos nos últimos anos podem ter ligação. Em contrapartida, alguns capítulos mostram a visão do estuprador e como, quando e de que forma ele começou a cometer os estupros.
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Os autores, T.Christian Miller e Ken Armstrong, são jornalistas do ProPublica e são vencedores do prêmio Pulitzer. Uma coisa que fez com que eu me demorasse na leitura é o detalhamento da vida pessoal das investigadoras e de alguns policiais envolvidos no caso, entendo que os autores optaram por contextualizar e enrobustecer o protagonismo desses personagens, mas achei desnecessário em alguns momento, o que não diminui a perfeição com que esse livro foi escrito.
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Antes de ler esse livro, é importante saber que há passagens fortes, que podem ser consideradas gatilhos. Por outro lado, é um livro reportagem muito completo e foi escrito com base nos artigos de investigação policial e entrevistas realizadas durante a apuração. Como se trata de uma investigação policial, e muitas mulheres foram violentadas, é importante ficar atento aos nomes dos personagens, para não se perder. A obra traz à tona como as vítimas de estupro são tratadas com desconfiança e como a polícia ainda é despreparada para lidar com casos desse tipo.

@lendoquandoda
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Bruna 28/07/2019

Um tapa na cara da sociedade
Antes de mais nada: recomendo fortemente este livrão!
Agora posso falar sobre a leitura rs

Um livro de tema denso e de leitura que pode conter vários gatilhos, ou seja, se prepara porque vai ter descrições dos crimes e o ponto de vista "frio e calculista" do criminoso. Mas que apesar disso, é escrito de uma forma que eu não diria que "minimiza", mas que suaviza os acontecimentos como uma forma de respeito as vítimas e a nós, leitores.
É um trabalho primoroso feito pelos dois autores- jornalistas investigativos-, que além de darem uma aula de como é feita uma boa investigação jornalística, trás a luz um tema que ainda provoca arrepios em muita gente por aí: casos de estupros.
E os arrepios a que refiro-me não é o do crime ser hediondo (o que é), mas a forma como ele é tratado tanto por parte dos policiais como pela sociedade em um modo geral.
Quem nunca se deparou com uma matéria que tratava-se de um caso de violência sexual e que não tenha sido escrita/realizada de forma sensacionalista? Ou o descaso com que autoridades tratam alguns desses casos? Até mesmo, a vergonha e o medo que as vítimas sentem ao relatarem o crime e serem desacreditadas e marginalizadas por amigos e familiares!?

Neste livro de pouco mais de 320 páginas, encontraremos além do relato e dados do caso (estuprador em série que aterrorizou Denver e arredores), uma discussão sobre os preconceitos que giram em torno deste tipo de caso e todas as implicações que isso vem a ter quando se necessita investigar este tipo de denúncia.

Eu já falei que recomendo fortemente a leitura deste livro a pessoas que se interessam sobre este tipo de discussão? Para, também, aquelas que querem se aprofundar com dados sobre este tipo de crime e todo o preconceito que ronda sobre ele? rs

Obs.: Quer saber mais sobre o livro?! Vem comigo no Podcast "Papo de Biblioteca", disponível nas plataformas:
Google Podcast: encurtador.com.br/HIJO6
Anchor: https://anchor.fm/brucksoares

site: encurtador.com.br/amoCQ
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Isa 07/09/2019

Falsa acusação, uma história verdadeira
Livro jornalístico excelente. Trata-se da história do estuprador Marc O'Leary que violentou diversas mulheres, jovens e também senhoras. Mas retrata principalmente a história de Marie, também vítima dele aos 18 anos, em 2008. Porém, como ninguém acreditou em sua denúncia, passou de vítima para acusada. Mais de dois anos depois, graças ao trabalho investigativo de ótimos policiais de diferentes localidades que juntaram suas provas, conseguiram não só prender O'Leary como provar que Marie falou a verdade. É uma história emocionante principalmente por saber que é real. Todos deveriam ler e ter conhecimento sobre esse assunto, que ainda hoje, é visto com desconfiança e indiferença pelas autoridades responsáveis.
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Nana 10/09/2019

Revoltante!!!!
Ler sobre estupro é difícil! Quando o livro é uma história verdadeira é pior ainda, e quando você lê que além de estuprar jovens ele também estuprava mulheres com mais de 60 anos é muito revoltante.
Não quero dizer com isso, que estuprar jovens seja normal, é horrível, assustador, repulsivo e absurdo! E estuprar pessoas idosas é completamente inconcebível!

A história começa com Marie, uma jovem que passou anos sendo atendida pelo serviço social, foi adotada por várias famílias e quando completou 18 anos foi morar sozinha em um pequeno apartamento. Quando sofreu o estupro, as mães adotivas duvidaram que fosse verdade pois achavam que ela queria chamar atenção.Isso deixou a menina tão confusa que acabou mudando o depoimento e dizendo que tinha inventado toda a agressão.
Paralelo a isso, foram investigados uma série de estupros no Colorado, EUA, e com o empenho de ótimas policiais o estuprador foi localizado, preso e veio a tona a ligação dele também com o estupro de Marie, que já tinha até sido indiciada por ter inventado um crime para a policia. Assim foi comprovado que a menina tinha falado a verdade.
O livro é muito bom, com um trabalho fantástico de jornalismo que nos fornece um relato bem detalhado do estuprador e também nos mostra como são tratadas as vítimas de estupro, que na maioria das vezes tornam-se as acusadas, pois são questionadas e pressionadas até que acabam desistindo de dar queixa.
Um livro envolvente que nos faz pensar em como o ser humano é capaz de coisas tão absurdas. A mente das pessoas é um enigma!
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Neuli0 07/04/2024

Sempre denuncie...
Esse livro muito bem escrito, se inicia a partir da história real de uma jovem, Marie, que foi estuprada, mas que quando foi denunciar, a acusaram de estar mentindo e ele foca na premissa de que os policiais devem ser mais abertos à como as vítimas nem sempre reagem como o esperado de uma vítima de estupro. Também relata outros estupros feito pelo mesmo criminoso e como duas detetives muito boas, junto com outras pessoas da área policial, conseguiram prendê-lo. Além de um resumo da vida do estuprador, dos envolvidos na investigação e claro, das vítimas.

Dito isso, vamos falar primeiro sobre a Marie: Eu sei que ela tinha passado por uma coisa horrível, mas francamente, não consegui ter empatia por ela desde o início, pelo contrário, senti muita raiva. Ainda mais porque já tinha assistido a série "Inacreditável", que foi baseada nessa história e já estava ciente de tudo que ela fez.

Sobre as outras vítimas, eu me senti muito mal por elas, que talvez, não tivessem passado por isso, se a Marie tivesse ido até o fim com a acusação.
Elas foram muito fortes, corajosas e guerreiras indo atrás de justiça.

Em relação aos detetives que interrogaram Marie, eu entendo em grande parte do porquê deles agirem daquele jeito. Se as pessoas mais próximas da Marie não acreditavam nela, como eles acreditariam, sem nenhuma prova concreta do possível estupro? E a atitude dela só corroborou com as suspeitas deles.
Sendo assim, o policial fez certo em denunciar a Marie por falsa denúncia de crime, dando uma importante amostra do que aconteceria com quem fizesse com que a polícia perdesse tempo e dinheiro, além de o mais importante, colocasse um inocente na cadeia.

Entretanto, também acho que as pessoas envolvidas no caso, incluindo médicos, policiais, juizes, promotores e advogados de defesa, devem ser mais sensíveis ao que a possível vítima está passando e passou. Não se deixando levar por aparência, profissão, classe... Mas ao mesmo tempo, não se pode acreditar de imediato, sem uma investigação completa, sem provas concretas.

O livro é muito bom, mas para quem é sensível ao tema, não recomendo, mesmo não achando as descrições dos abusos explícitas.
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Erica 25/10/2019

A desconstrução de uma vítima real de estupro. “Aliás que estupro?”
Nunca passei por uma situação onde alguém duvidasse avidamente da minha honestidade, mas com certeza se isso acontecesse eu ficaria puta da vida, agora imagine você dizer para todo mundo que foi estuprada e as pessoas simplesmente duvidarem porque você não está sendo tão convincente e sua versão é contraditória, pois uma pessoa que acabou de ser violentada tem que fazer sentido, chorar bastante, tem que ser lucida e narrar o crime de forma gráfica e em mínimos detalhes pra polícia, afinal o que são as palavras “trauma”, “vergonha”, “choque”...? É algo de comer?

Eu acredito que deva existir acusações falsas de estupros, mas primeiro é preciso fazer uma investigação decente e não simplesmente duvidar só de olhar pra cara da pessoa, é absurdo julgar depoimentos de supostas vítimas com esse descaso todo, a impressão que dá ao ler o livro é que a polícia é vidente, preguiçosa e que em maioria dos casos é preciso ser uma policial para compreender uma vítima feminina. Absurdo!

Bom... deixando de lado minha indignação, o livro é muito bom, ele tem uma crítica forte e pesada em relação ao estigma que vítimas reais de estupro carregam graças a casos isolados de pessoas que mentiram que foram estupradas, ou seja, se você quiser que alguém acredite em você, tem que fazer aulas de dramatização em Hollywood com direito a indicação ao Oscar, porque simplesmente fazer uma denúncia e mostrar evidencias, não dá! É inacreditável, mas é a realidade que o livro mostra através do relato chocante de uma jovem que passou por essa discriminação, o que faz com que o estuprador cometa o crime uma, duas, três...várias vezes sem ser pego. Aliás que estuprador? Se todo mundo está mentindo (óooodio!).

A história é baseada em fatos reais e é narrada em forma de investigação, apesar de indigesta e triste, pra mim foi uma leitura indispensável com tema importante e necessário, a escrita também foi bem viciante. Recomendo bastante!
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Luisa1033 14/01/2020

Inacreditável (Netflix)
Falsa Acusação é um livro de não ficção. Dois jornalistas juntam-se após descobrir que estão escrevendo sobre a mesma história: um caso de um estuprador em série. O livro lhe apresenta a história de Marie uma garota que foi estuprada e tem sua história desacredita e sobre uma queixa de Falsa Acusação; duas detetives do Estado Colarado que formam a colcha de retalho que é a investigação de dois casos de estupro que possuem as mesmas características e poucos dados do suspeito e o estuprador, toda a mente desse homem.
A escrita é incrível. O livro não é sensacionalista e procura não expor as vitimas mais que necessário mas, lhe apresenta todo o processo desde a chamada a policia, os passos da investigação, quem é o criminoso, como o processo seguiu a tribunal e dados estatísticos e históricos sobre estupro. Como a doutrina jurídica e como delegacias tratavam casos de estupro.

O tema é pesado e bastante forte as consequências de toda a história para os envolvidos. Ao mesmo tempo, o livro é um exercício de visão sobre um assunto sério e, infelizmente, tão presente no mundo.
Obs. Falsa Acusação é o livro que serviu de base para a série Inacreditável (Netflix). O caso é real e o nome do estuprador é dito no livro e é possível ver matérias sobre o caso e o rosto do criminoso na internet.
Obs2: O livro acompanha toda a investigação e todo o processo. As garotas foram estupradas então, se o tema for sensível não é a leitura ideal.
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