Falsa Acusação

Falsa Acusação T. Christian Miller




Resenhas - Falsa Acusação


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Maíra Marques 10/09/2020

Li depois de assistir a série na Netflix. É, certamente, um tema perturbador e muitas vezes próximo de nós: estupro e violência sexual. As vítimas (que muitas vezes preferem ser chamadas de sobreviventes) têm que ser fortes num mundo que julga sem conhecer, em que as leis e as formas de investigação, muitas vezes, são insensíveis. Há no livro vários dados sobre esses casos nos EUA (estatísticas, formas de abordagem as sobreviventes). Fiquei pensando como isso ocorre no Brasil, acabei me lembrando de alguns casos recém noticiados pela mídia. Com certeza é uma leitura pesada.
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Flavinha 02/08/2020

Uma leitura rápida. E com uma série que já havia assistido na Netflix. Gostei bastante da leitura. E assustador o quanto se sofre p colocar fim em um ato que nos dá tanto medo. Vale a leitura.
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Kaah 07/05/2021

Ainda não superei o que li
Estava pensando ainda nesse caso que li, tô sentindo a mesma sensação que senti quando li Vox, queria distribuir pra todos ler, pra tentar ajudar a diminuir o quanto as mulheres são atacadas de todas formas, fazer homens entender, mulheres anti feministas entender (apesar de infelizmente não ter 100% de esperança que casos assim possa mudar algo nessas pessoas, já que a gente vê diariamente). Em Vox é sobre a Voz das mulheres ser caladas, contadas, controladas, nesse livro, sobre o seu mais íntimo ser invadido de uma forma mais brutal que possa existir para uma mulher, pior que isso, o seu relato de abuso ser questionado por dois homens que se dizem pra servir e proteger você.

Estou indignada que ainda possa existir tantos casos assim, esse questionamento, essa pressão pra uma mulher admitir que só quer chamar atenção. Marie foi muito forte, não sei como conseguiu passar por tanta merda que segundo ela, pode ter sido pior que o estupro em si.
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Lady Addams 03/06/2023

Vítimas de estupros: precisamos falar sobre [gatilhos!]. Baseados em fatos reais
Confesso que esta é uma das resenhas de livro mais complexos, reflexivos, apavorantes, informativos e , sobretudo, NECESSÁRIO!!! A história de vida da sobrevivente é uma lição de força feminina, perdão e resiliência.
Na obra dos jornalistas T. Christian Miller e Ken Armstrong, de cunho investigativo e retrativo com uma história real (infelizmente), lemos sobre uma vítima de estupro que foi pressionada, desacreditada e constrangida pela própria polícia ao denunciar que havia sofrido violência sexual. Não obstante isto, a garota foi humilhada publicamente e "apunhalada" por quem deveria tê-la apoiado.
No livro, conhecemos a jovem Marie de apenas 18 anos, a garota possui um passado e histórico de vida complicado, órfã que passou por muito lares adotivos, mas que no final, sempre era retornada para as mãos do estado. Contudo, pelos inúmeros lares em que passou, Marie criou laços com duas "mães": Shannon ( que também foi vítima do mesmo crime) e Peggy. Estas, apesar de diferentes, mantiveram uma boa relação com a garota, com direito a encontros "familiares" e a conexão entre as duas citadas para tratar de assuntos sobre Marie. Todavia, aos 18 anos, Marie decidiu que não moraria em lares adotivos e receberia auxílio e preparação concedida pela assistência social para que a própria pudesse responder e ser responsável pela própria vida.
Já tocando a própria vida, Marie sofre o crime de violência sexual e cuida em denunciá-lo. Ela conta que foi imobilizada por um homem mascarado, ameaçada e estuprada em sua própria casa, como também seu agressor a obrigava fazer posições sexuais para tirar fotos íntimas, jurando que se fosse denunciado para a polícia, as publicariam na internet. Por fim, obrigou a jovem a se lavar após o abuso sexual, afim de evitar que encontrassem evidências do DNA do abusador no corpo da garota.
Quando já encaminhada a investigação pelo sargento Mason, o mesmo recebeu uma denúncia que acreditava que Marie esteja inventando a situação e para a surpresa do leitor, a denunciante é de uma das "mães" de Mary, Peggy. Esta ligou para a outra "mãe" Shannon, vítima de abuso sexual no passado, e juntas levantaram suspeitas sobre a história contada por Marie e denunciaram à polícia, informando que a denunciante sempre foi uma garota que precisava ser o centro das atenções, talvez fosse até uma personalidade histriônica, suspeita levantada apenas porque Marie era uma garota carente que sofreu abusos e desamparos durante toda a vida, expondo o passado de abandonos e complicações da jovem.
Com as já levantadas suspeitas, Mason entrevistou pessoas próximas de Marie, mesmo nenhuma afirmando que desacreditava na garota, o sargento junto com policial Rittgarn, resolveram fazer uma nova entrevista com a vítima, mas agora, por decisão precipitada e errônea, não seria questionada na posição de vítima, mas sim no local de suspeita de um crime.
Os dois policiais humilharam e constrangeram a depoente, usando o método da Técnica Reid que se apoia fortemente na abordagem da linguagem corporal. Vale ressaltar que a linguagem corporal e a indução de confessar algo, característicos de tal técnica, não são comprovados cientificamente, principalmente, se tratando de um caso de estupro, já que é notável - e ressaltado a todo momento no livro - que cada indivíduo reage de uma maneira única e particular. O capítulo do livro onde os oficiais de polícia induzem a vítima a confessar um crime que não cometeu é um verdadeiro alerta de gatilhos (me senti apavorada, sufocada e descontente). O leitor notará o uso de gaslighting pelos homens, manipulando Marie a ponto de duvidar da própria história vivida e em si mesma.
Ao conseguirem a falsa acusação, Marie acaba indiciada e condenada por , supostamente, ter mentido para a justiça. A menina de 18 anos, por sua vez, não tem mais forças para lutar contra o sistema, aceita a condenação que lhe foi imposta, onde teria que pagar uma indenização ao estado e fazer tratamento psicológico por causa da "mentira" inventada. Se já não bastasse o prejuízo judicial, a vítima foi ridicularizada nas redes sociais e colocada como um exemplo de falsa acusação de estupro pela mídia, acabando por ser isolada da casa de seus antigos lares adotivos e amigos.
O caso de Maire, como tantas outros de estupro, já podia ser considerado um "caso perdido". Entretanto, anos depois, em uma região próxima, a detetiva Galbraith começa a investigar o caso de outra mulher estuprada, o agressor invadiu a casa da mulher violentada, imobilizou-a , abusou sexualmente a vítima e tirou fotos íntimas com ameças de que se o denunciasse à polícia, as fotos seriam divulgadas. Galbraith acaba sendo informada pelo marido policial que na região vizinha já tinha sido registrados casos similares. Assim, Galbraith conhece a detetive Hendershot que relata os crimes similares: um homem mascarado invade a casa e imobiliza as vítimas, estupram elas por horas, tiram fotos das mesmas enquanto sofrem o abuso e usa as fotografias para ameaça-lás e, por fim, manda-as para o banho. Diante disto, as duas mulheres tinham certeza que estavam diante de um estuprador em série . O livro levanta a questão, inclusive, que é mais comum o número de estupradores em série do que assassinos em série.
Trabalhando juntas, acabaram descobrindo outros quatro estupros em outras regiões que tinham as mesmas características. A equipe de investigação interligaram as poucas evidências que eram apresentadas em cada caso e chegaram em um nome em comum: Marc O'Leary , ex veterano do exército.
Marc O'Leary , definido pelas investigações como um homem erudito, acabou-se descobrindo que era um verdadeiro estudioso do estupro. Sim, ele estudava a vítima, investigava e planejava uma forma de que a polícia não poderia descobri-lo, inclusive o fato de o porquê cometer os abusos em cidades diferentes: O'Leary confessou que sabia que as jurisprudências das cidades não conversavam entre si, seria uma chance quase remota de associarem os crimes. Além de um grande estudioso, descobriu-se através da apreensão do computador do estuprador que este era um viciado em pornografia, mantinha vários sítios da internet e pastas com as fotos íntimas tiradas durante os abusos sexuais, todas as vítimas dos trabalhos de Galbraith e Hendershot foram reconhecidas, exceto uma, Marie.
As duas detetives acabaram conhecendo a história e denúncia de Marie ao acaso por causa das fotos encontradas no HD do maníaco. Logo perceberam como a jovem garota foi humilhada e abordada de maneira escrota e errônea pelos responsáveis do cumprimento da lei. Não há o que se possa fazer para reparar o trauma do crime e a humilhação pública sofrida por Marie, o mínimo foi feito, como devolver a multa que foi paga e retratação dos responsáveis pelo caso. Entretanto, me chamou a atenção a resiliência e força de uma mulher tão nova e tão sofrida, Marie perdoo os que duvidaram de si e retomou sua vida, tornando-se caminhoneira.
O criminoso confessou todos os crimes cometidos e cooperou com a investigação, deixando apenas a resistência para uma pasta cryptografada de nome "canalha" em seu computador que nem mesmo os profissionais que trabalham no caso conseguiram quebrar o código para conseguir o acesso.
A obra, em si, é um belíssimo trabalho do jornalismo investigativo, uma história curiosa, cruel e real, tanto que a história de Marie também é adaptação da série "Inacreditável" na Netflix. Creio que se deparar com um caso como esse, faz-nos pensar que vítimas de estupros são descredibilizadas e envergonhadas pela sociedade misógina e que precisamos ser mais solidários e empáticos, precisamos também, de uma nova abordagem e cuidados com os sobreviventes de um crime tão horrendo.
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Júlia Morales 05/03/2020

Falsa acusação
É um livro inacreditável e ao mesmo tempo cheio de pesquisas e informações.
A cada página parecia que eu estava lendo algo de ficção, mas quando os autores aprofundavam em suas pesquisas eu percebia o quanto isso ainda é tão real.
É uma leitura rápida, que só tem a acrescentar... Eu recomendo muito esse livro.
Quel Fagundes 14/05/2020minha estante
Tive a mesma sensação, precisei me relembrar muitas vezes que era real.


Júlia Morales 14/05/2020minha estante
Achei esse livro muito bom, mas muitas vezes, acho que por ter acontecido tanta merd* com a menina, parecia que eu não estava lendo algo real... Quando eles me lembravam que aquilo era de verdade eu ficava chocada, é muita cagada, da muita dó da menina.


Quel Fagundes 14/05/2020minha estante
Acabei de começar a ver a série sobre esse livro.... É impressionante!




Paloma F. 01/04/2021

É uma história muito intensa de ler, demorei um pouco pra engatar, mas fiquei bem entretida na história
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Maria Viviane 20/08/2021

Sentimento de revolta.
Fiquei extremamente revoltada com os acontecimentos desse livro, com o desenrolar dos fatos, em como não mudou muito o que acontece na atualidade. A justiça e falha em todos os lugares, o que fizeram com essa menina (Marie) é desumano, eu fiquei chocada com o que esse doente fazia com as vítimas.
Enfim, foram tantas coisas erradas nesse caso, que eu poderia fazer uma resenha só sobre isso. Mas, vamos lá, os primeiros capítulos "prende" a nossa atenção, porém, eu achei que o livro focaria mais no caso de Marie, outra coisa que me incomodou muito também é que eles descrevem muitoooo a vida dos detetives, e isso deixou a leitura arrastada, muitas vezes estava em uma parte muito boa, e do nada falava de um assunto totalmente diferente, e é isso, agora vou assistir a minissérie sobre esse livro.
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Inspirações Literárias 30/12/2020

A única verdade real é a da vítima...
Neste livro encontramos um alerta poderoso sobre revitimização das vítimas de violência sexual. E o quanto ainda possuímos um sistema imerso em preconceitos e desqualificação das vítimas numa sociedade patriarcal.
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Vanessa 07/04/2021

Quanta humilhação uma mulher precisa passar para que acreditem que foi vítima de violência? O texto retrata a realidade de muitas mulheres que por vezes preferem sofrer caladas.
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Mih 18/02/2020

Impactante
Quantas Marie não estão perdidas por aí, guardando dentro de si toda dor física e emocional de alguém que sofreu um estrupo? Esse livro é o tipo de leitura que nos tira da nossa zona de conforto, não tem como não se colocar no lugar das vítimas e imaginar de onde elas tiram força pra sobreviver depois disso? Ao mesmo tempo em que acompanhamos duas detetives incansavelmente buscarem por justiça, vemos o descaso de pessoas que deveriam estar preparadas para dar o suporte nescessário as vítimas, sendo cruéis e fazendo com que a vítima se sinta culpada. O que mas vai te impactar nesse livro, é descobrir que ele realmente é baseado em fatos reais pois a medida que nos aprofundamos na história, vamos reconhecendo as vítimas da história, em pessoas próximas de nós que também sofreram nas mãos de um estrupador em série. Mas torcemos para que assim como no livro, haja pessoas dispostas a lutar incansavelmente por todas as Marie
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Dayane 29/06/2022

Baseado em uma história real
Os jornalistas T. Christian Miller e Ken Armstrong acompanham o trabalho incansável e a dedicação de duas detetives para colocar um estuprador em série na cadeia e dar voz às suas vítimas ? fazendo também uma análise da maneira ultrajante como as mulheres são tratadas quando denunciam casos de violência sexual. 
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Geisa 04/08/2020

Inacreditável
Livro investigativo que deu origem à série documentário Inacreditável na netflix. Livro muito bem escrito e pesquisado com muitas referencias importantes no que deu errado nas investigações de estupro nos EUA. Matéria ganhadora do Pullitzer. Adorei.
Juliana 04/08/2020minha estante
Realmente um livro ímpar. O que as vítimas e principalmente Marie sofreram foi terrível. Não me conformo a respeito da pasta " Canalha"




Sisih 13/09/2020

Uma triste história real, com relatos bem fortes e me fizeram pensar que as pessoas machistas ainda precisam evoluir muito.
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Adriane 23/01/2023

Tema importante
Eu acreditei que seria um livro policial e de suspense. Não foi. Mas me surpreendi com o tema importante e muito bem escrito. Cheio de detalhes e documentos.
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Najlah 11/09/2020

Esse livro é muito bom. Ele ficou na minha cabeça por vários dias e me instigou a pesquisar mais ainda (em reportagens e documentários) sobre a investigação envolvida nessa história. Assisti a série dele da Netflix depois (em uma maratonada só rsrs), e que é muito fiel ao livro também.
Ele retrata a história de Marie, uma menina de 18 anos que foi estuprada mas que teve o seu relato desacreditado por policiais. A sua história segue em paralelo com outras histórias de estupro, junto de muitos dados e estatísticas (nos EUA), e de um caso investigativo comandado por duas detetives. Os dados mostrados podem ser cansativos às vezes durante a leitura, como se você estivesse "lendo um documentário", porém vale a pena prestar atenção.
Ele relata como o trauma de mulheres estupradas se manifesta de distintas formas, podendo-as deixar muito ansiosas ou muito calmas, recordando-se de muitos ou poucos detalhes, com memória não cronológica do ocorrido, etc, e de como essas variadas manifestações podem (na maioria das vezes) ser alvo de descrença na sociedade. Crime de estupro é delicado porque é um crime que "ninguém viu", e portanto as investigações podem tomar diversos rumos (e isso é bastante mostrado no livro).
Achei que o livro não foi tão pesado como eu esperava. Acredito que o foco dos escritores era conseguir transmitir muitas informações sem dar muito "gatilho", principalmente nas leitoras.
Aprendi muito e recomendo MUITO.
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