Vidas secas

Vidas secas Graciliano Ramos




Resenhas - VIDAS SECAS


103 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Rosangela Max 01/05/2023

O retrato de uma família forjada pela miséria.
Uma história profunda sobre a vida de uma família itinerante que sofre com os longos períodos de seca, sobrevivendo em um estado de extrema pobreza. E que sonha com dias melhores que parece que nunca chegam.
Apesar da história ter um cenário específico, acho que ela retrata bem a vida da família brasileira que vive na miséria, independente da região em ela more. É uma vida de luta interminável e de constante perda.
A escrita de Graciliano Ramos é simples e direta, mas forte ao mesmo tempo. Assim como seus personagens.
Recomendo a leitura.
Jhaze 02/05/2023minha estante
Nossa esse livro ainda existe?!?. Tem mais de 30 anos que li... até acho que devo reler novamente algum dia, pra ver se com a experiência de vida que tenho hoje muda alguma perspectiva no impacto da história...


Rosangela Max 02/05/2023minha estante
Existe sim. Os grandes clássicos são eternos! ?


Jhaze 02/05/2023minha estante
É verdade...os clássicos nunca morrem!




Rayza.Figueiredo 26/08/2022

Vidas Secas de Esperança
tanta crítica social que nem sei por onde começar;
a princípio, a família de Fabiano enfrenta as dificuldades da seca, da falta de chuva; fome, miséria, desilusão, quando encontram uma fazenda abandonada e começam a sonhar com uma vida melhor, logo chega alguém e reclama a fazenda, tomando posse como patrão e deixando a familia como empregados;
um emprego semelhante à escravidão, sem direito a carta de alforria.
são muitas às críticas quanto a falta de educação: como são enganados e passados para trás as pessoas sem estudo;
a polícia que ao invés de ajudar e proteger, abusa do poder e da violência contra os mais fracos e necessitados;
o ponto mais triste do livro, é a morte da cachorra Baleia, que era considerada parte da família como se fosse gente; tão semelhantes aos animais, são aqueles que vivem na miséria;
achei interessantíssimo que os diálogos acontecem apenas na cabeça dos personagens, inclusive o ponto de vista da cachorrinha;
e quando ela está morrendo, mesmo em agonia, dor e sofrimento, só consegue sonhar com preás e com o sorriso alegre de seu dono, mesmo sendo este quem lhe causou dor.
os animais perdoam, os humanos guardam rancor.
Emilia.Reis 28/08/2022minha estante
ahh como é triste ??


Rayza.Figueiredo 28/08/2022minha estante
muito ??




Bruna 15/09/2023

Vidas Secas
Primeiro contato com algo escrito pelo Graciliano e acho que não poderia ter começado melhor... que história maravilhosa, virou um dos favoritos do ano!
Nathani 17/09/2023minha estante
é muitooo bom




Lurdes 21/02/2024

Graciliano Ramos é meu autor nacional preferido, mas fazia muito tempo que não relia nenhum de seus livros (acho que li todos - vou confirmar).

Neste ano, em que suas obras caíram em domínio público, sinto imensa alegria por toda a atenção que ele está recebendo e pelas inúmeras edições que estão pipocando, facilitando ainda mais o acesso aos seus escritos.

Hoje falo um pouquinho de Vidas Secas.
Este clássico incontestável, que se debruça sobre a história de uma pequena família, com 5 membros: o casal Fabiano e Sinhá Vitória, os dois filhos - cujos nomes não são citados -, e a cadelinha Baleia.

Uma família como tantas outras do sertão, que foge da seca, buscando um lugar onde possam viver em paz, onde Sinhá Vitória possa ter a tão sonhada cama de couro, Fabiano possa cuidar de seus animais, ter seu gadinho e um cavalo para galopar, onde os meninos possam ir à escola aprender sobre tudo e ter um futuro melhor que seus pais.

Graciliano usa um narrador, que conta as desventuras da família que, em época de seca, se torna retirante, e em época de chuva tenta se estabelecer em algum lugar onde possam trabalhar, em geral fazendas que lhes dão um teto e exploram sua força de trabalho. E quando as chuvas vem forte demais, ainda tem as enchentes.
Em qualquer das situações, somente a falta de perspectivas de a vida melhorar.
Fabiano se diz ignorante, bruto, e o é, em muitas situações, mas tem um coração bom, respeita a inteligência da mulher, sonha com um futuro para os filhos e é muito apegado a Baleia, companheira inseparável de todos.
Se não fosse pela família ele talvez virasse cangaceiro, como forma de se defender e se vingar de todas as injustiças, exploração e violência que sofre daqueles que detem poder, o patrão, a polícia, o governo.

Fabiano é o protagonista, mas Baleia é nossa personagem inesquecível. Lembrem que ela tem nome e os filhos, não, tal a sua importância.

Vidas secas, não só de água, mas de amor e esperança.

Se ainda não leu, leia. Lindo, triste, visceral.
Gabi 21/02/2024minha estante
Meu autor preferido também ??




iszaaa 14/01/2024

Baleia eu te amo ??
Para falar a verdade, fui obrigada a ler o livro por conta de um trabalho escolar e nunca fui tão grata por ser manipulada pelo o sistemakkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Apesar de necessitar de um dicionário do lado durante a leitura (compreensível por conta da época em que foi escrito) ele é muito bom!! Essa 🤬 #$%!& te dá um choque de realidade.
iszaaa 14/01/2024minha estante
nao sabia que censurava nessa m




Natasha.Louredo 17/02/2024

"Vidas Secas", de Graciliano Ramos, é uma obra que transcende sua temporalidade. Ambientado no sertão nordestino, o livro nos apresenta uma família de retirantes em sua jornada árdua em busca de uma vida melhor. Graciliano constrói com maestria personagens complexos e cativantes, como Fabiano, Sinha Vitória, seus filhos e a cachorra Baleia, que lutam para sobreviver em meio à seca.

Um dos momentos mais tristes do livro é a morte de Baleia. A morte da cachorra é um momento profundamente comovente na narrativa. Baleia não é apenas um animal de estimação para a família de Fabiano; ela é um símbolo de lealdade, companheirismo e, em certo sentido, de humanidade em um ambiente tão hostil.

"Vidas Secas" não apenas denuncia as desigualdades sociais, mas também nos convida a refletir sobre questões universais como a dignidade, a esperança e a busca por uma vida melhor. Uma leitura obrigatória.
Agostinho8 17/02/2024minha estante
Concordo contigo. É atemporal.




Elida.Marinho 31/03/2020

Por que ler vidas secas? do autor Graciliano Ramos?
Sabe esse lance de que os mais velhos sempre têm histórias para contar? Então, sempre que tenho oportunidade, gosto de conversar com meu avô, que sempre tem ótimas histórias para compartilhar. Essa que eu vou falar brevemente agora não é uma das melhores. Pois bem, certo dia, em uma de nossas conversas, eu o questionei sobre como ele veio parar aqui no Rio Grande do Norte (ele é do Ceará). Ele com a sua simplicidade e empolgação começou a detalhar sobre sua vinda, disse que para chegar até esse estado andou quilômetros e quilômetros a pé, passou fome, sede e chegou até a desmaiar. Esse relato dele me tocou tanto, me fez por um momento parar e ver o quanto eu reclamo por bobagens, me fez ser grata por todas as oportunidades e condição de vida que eu tenho. Onde eu quero chegar com isso? Na verdade, eu não sabia o que escrever sobre esse livro, poxa, como eu iria transcrever os sentimentos que eu senti ao ler essa história? Eu queria ao máximo explanar o quanto esse livro mexeu comigo. Iniciei minhas considerações com esse breve relato, porque foi a lembrança que me veio à mente logo nos momentos iniciais da leitura, enxerguei ali naquelas páginas o meu avô, e esse momento me emocionou de um jeito único.

Então, por que ler esse livro?


- PROSA SIMPLES: A simplicidade da obra, sem dúvida alguma, é a que a torna grandiosa. Não espere uma narrativa complexa, permeada de palavreados bonitos, porque você não vai encontrar! O que temos aqui é algo genuíno, objetivo e sem muitos rodeios. Tá ok, mas por que é um livro grandioso? A grandeza que eu enxerguei está para além do modo simples de escrever do Graciliano, a riqueza da obra está nos detalhes contidos, o sertão, a seca, os personagens ? todos bem pensados e inseridos de modo a retratar muito bem os anseios enfrentados pelos nordestinos.


- A SOCIEDADE É DETERMINADA POR FORÇAS QUE FOGEM DO NOSSO CONTROLE:
A história do Fabiano deixa evidenciado que as nossas vivências e experiências não acontecem por um acaso, isto é ? as nossas glórias e derrotas durante a vida dependem de forças que muitas vezes fogem do nosso controle. Somos ligados ao meio que pertencemos, sendo assim, pode-se entender que o nosso cotidiano é determinado por acontecimentos que nos cercam. Fabiano representa muito bem isso. Ele vive em um ambiente escasso, de carência e opressão, o resultado disso é um homem que se enxerga como um animal, que não consegue ter domínio sobre a própria linguagem, em resumo, ele luta contra a própria natureza em busca de sobreviver a seca, além disso, sente-se oprimido pelas forças maiores.
Clara Vellozo 31/03/2020minha estante
Que bonito saber a história do seu avô e fazer esse link com Vidas Secas.




tguedes2 09/07/2021

[RELEITURA, Edição comemorativa 80 anos]
Que experiência inenarrável é ler Graciliano Ramos. Em "Vidas Secas" o autor transporta o leitor para dentro dos cenários e da vida de miséria de Fabiano e sua família. Tudo nesse livro é seco: a natureza, o cenário sócio-político e a própria narração. Graciliano não escreve enfeitado, não escreve de forma romanesca. A linguagem é seca, bruta, limitada, tal qual a dos seus personagens. Com isso, ele consegue nos transportar para aquele ambiente de forma magistral. Mesmo nesse texto seco e sem enfeite, a escrita de Graciliano é poderosa, causa sentimento através das situações. Afinal de contas, como não se compadecer com sinha Vitória que decreta que a única coisa que falta para sua felicidade é poder dormir em uma cama em pano de couro, em despeito daquela coberta de varas na qual efetivamente se deita com seu marido, cada um para um lado, porque no meio tem um nó que machuca as costas? Como não se emocionar com a brutalidade de Fabiano, com sua realidade de exploração e sofrimento, com sua dificuldade de se defender visto que não domina a fala? Como não se entristecer com a nossa querida cadela Baleia que, entre sua realidade de cochilar e ajudar o dono a manejar o gado, só queria um osso para roer, um preá, talvez? Como não empatizar com o menino mais novo e o menino mais velho, que na idade da curiosidade não conseguem fazer descobertas sobre o mundo naquela realidade limitada?
Graciliano abre e fecha o romance com a ida e vinda da seca, respectivamente, demonstrando o caráter cíclico dessa condição do sertão nordestino.
E finaliza: "O sertão continuaria a mandar gente para lá [para a cidade]. O sertão mandaria para a cidade homens fortes, brutos, como Fabiano, sinha Vitória e os dois meninos".
É um livro muito emocionante, extremamente real e denunciatório. Todo mundo deveria ler Vidas Secas.
Alê | @alexandrejjr 11/07/2021minha estante
Fui convencido.




Monique @librioteca 06/09/2020

Essa é a terceira vez que leio esse livro e posso dizer que ele é um dos meus preferidos da vida
O estilo seco de Graciliano consegue transmitir a aridez do ambiente e os efeitos de desumanização que a seca promove nos personagens. A esterilidade da situação é tão intensamente retratada que é quase possível “tocar” na miséria representada nessas páginas.

Para mim, um dos aspectos mais sensíveis da obra a representação do mundo interior da personagem Baleia. A cadela (humanizada enquanto Fabiano é animalizado) durante todo o livro compartilha suas sensações, seu afeto junto à família sertaneja, e seus sentimentos sempre me arrancam lágrimas no momento mais dramático da narrativa.

Eu sou nordestina, e a saga dessa família castigada, andando em círculos, derrotada pelo sol e moralmente humilhada pelas desigualdades sociais, toca fundo em mim. Afinal, fazem 82 anos que essa história foi contada, mas essa é uma realidade que infelizmente ainda podemos ver por aqui.

Todos os dias nordestinos abandonam os seus lares em busca de uma vida melhor, e por todo o país enfrentam preconceitos, violência e humilhações. Esse Brasil atroz não tem a disposição de perceber como o povo nordestino é forte, batalhador, alegre e esperançoso, mesmo diante de tantas adversidades.

Vidas Secas, portanto, carrega uma mensagem importante... a de que a existência miserável dos sertanejos nordestinos (ainda hoje) não é só determinismo do espaço, não é só consequência das condições em que eles vivem, essa miséria vem da falta de recursos básicos, da violência e da exploração que padecem, e do total abandono que sofrem por parte daqueles que tem o poder de fazer diferente.

Essa é a terceira vez que leio esse livro e posso dizer que ele é um dos meus preferidos da vida. Se você ainda não conhece essa história, fica aqui o meu apelo... apenas leia! Ah, e VIVA O NORDESTE!!!



site: https://www.instagram.com/p/CEzeC2Qj20h/
Felipe 06/09/2020minha estante
Viva o Nordeste e sua força! Ótima resenha! Li recentemente e já considero um dos meus preferidos. Graciliano é um mestre. A narrativa é precisa. Um livro pra reler outras vezes na vida.




Fabi.Filippo 06/07/2019

Esperança no meio de tanta tristeza
O livro retrata a saga de Fabiano e família , tentando sobreviver à seca do Nordeste.
Fabiano um homem que se comparava a um bicho, conformado com sua situação, justificava toda injustiça sofrida ao fato de não saber ler.
Relutou em seguir em frente, sair de sua zona de conforto. E quando decidiu por isso desejou que seus filhos tivessem uma vida diferente da sua .
Contou com o apoio e todo incentivo de sua esposa Sinhá Vitória, mulher de fibra é guerreira. Aliás foi dela a ideia de partir e tentar um futuro melhor.
E o que falar da Baleia ? Cachorrinha que fazia parte da família e que infelizmente não viveu para acompanhar os seus .
O livro já foi para a biblioteca que estou montando para minha filha ler quando for a hora.
comentários(0)comente



Luiz 27/10/2019

Vivo e dinâmico
Livro cheio de cores, tons, a princípio tentei ler encadeando fatos e criando uma linha do tempo, mas percebi que isso não era o foco, ficou bem melhor quando assumi a posição de espectador de vários quadros coloridos e cheios de detalhes, que vão dos pensamentos e aos elementos da natureza. É pra ler com calma e deixar o seu subjetivo construir em cima das palavras. :)
comentários(0)comente



Adriana Pereira Silva 20/12/2019

Vida que seca
“Vidas secas” pertence à segunda fase modernista, conhecida como regionalista, e é qualificada como uma das mais bem-sucedidas criações da época. Utiliza, para isso, do discurso indireto livre, narrativa não-linear, nomes dos personagens, denunciando as mazelas sociais do sertão nordestino.
O estilo seco de Graciliano Ramos, que se expressa principalmente por meio do uso econômico dos adjetivos nesta narrativa, parece transmitir a aridez do ambiente e seus efeitos sobre as pessoas que ali estão. Assim, ao escrever esta obra, utiliza-se de um narrador seco, com fala áspera e seca, dura a fim de que o leitor entendesse a dureza da vida dos personagens.
Mostra o drama de uma família nordestina, retirante, que vive fugindo da seca. É composta por Fabiano, sua esposa Sinha Vitória, o filho mais velho e o mais novo e a cachorra Baleia, fugindo da seca, encontram refúgio em uma fazenda abandonada e, logo que chegam, a chuva vem e traz vida a tudo. Assim, Fabiano acaba como vaqueiro desta propriedade. Assim, o narrador começa e termina a obra descrevendo a fuga desta família da seca, demonstrando que vivem um movimento cíclico.
São narrados episódios esporádicos da vida dessa família, considerado, por isso, um “romance desmontável”, pois há possibilidade desse ler de maneira desordenada cada capítulo. Contém um capítulo especial destinado à cachorra Baleia, personagem personificado da história, é como se fosse um membro dela.
A miséria é retratada pela seca geográfica e pela miséria imposta pela influência social, representada pela exploração dos ricos proprietários da região, mostrando como vive essa família, à margem da sociedade. Assim, o narrador descreve 2 antagonismos: a seca da natureza, que tira a vida de tudo, e a seca da sociedade, que permite uma distribuição injusta e cruel da terra, deixando tantas famílias em absoluta miséria. Como o escritor foi influenciado pela ideologia marxista, há uma defesa à revolução socialista, vista nesta obra.
Portanto, a obra mostra como compreender a natureza é difícil, mas tanto quanto compreender a sociedade, os homens brancos, que eram homens distantes, da cidade, que podiam ser tão cruéis como a natureza com a seca.
A família de Fabiano era analfabeta, com exceção de Sinha Vitória, sempre viveram isolados e não conhecem nenhuma outra forma de vida, que não seja de exploração e de miséria. Além disso, vivem quase como bichos, não conseguem nem conversar corretamente. Fabiano, por exemplo, muitas vezes não consegue verbalizar o que pensa, o que sente ou deseja, não conseguindo nem se defender de uma sociedade que o explora, humilha e, muitas vezes, o ignora.
Assim, “Vidas secas” é um romance que traz essa denúncia social e também revela a humanidade que existe por dentro dessas pessoas tão humildes e castigadas, fazendo-nos mergulhar na alma deles e vendo a força interior de cada um, mesmo da cachorra Baleia, e seu caráter.
comentários(0)comente



Paulo2175 12/04/2024

Fome e morte no sertão nordestino

"A cachorra Baleia, estava para morrer. Tinha emagrecido, o pêlo caíra-lhe em vários pontos, as costelas avultavam num fundo róseo, onde manchas escuras supuravam e sangravam, cobertas de moscas. As chagas da boca e a inchação dos beiços dificultavam-lhe a comida e a bebida." Uma das partes mais sensíveis deste livro, na minha opinião. Em tempos de calamidades os animais não tem como se defender, pois o ser humano vai pensar primeiro nele e na sua família, embora Baleia fizesse parte da família, mas acabou sofrendo como todos daquele meio.
"Vidas Secas" é um livro clássico da literatura brasileira escrito por Graciliano Ramos. Ele retrata a dura realidade de uma família de retirantes que luta para sobreviver em meio à seca no sertão nordestino. O livro aborda questões como a miséria, a fome, a sede e a busca por dignidade em um ambiente hostil. A narrativa é marcante e os personagens são muito bem construídos, o que torna a leitura bastante impactante.
comentários(0)comente



Daiana Ângelo 25/03/2020

Exploração e Segregação social
"Agora Fabiano conseguia arranjar as ideias. O que o segurava era a família. Vivia preso como um novilho amarrado ao mourão, suportando ferro quente. Se não fosse isso, um soldado amarelo não lhe pisava o pé não. O que lhe amolecia o corpo era a lembrança da mulher e dos filhos. Sem aqueles cambões pesados, não envergaria o espinhaço não, sairia dali como onça e faria uma asneira. Carregaria a espingarda e daria um tiro de pé de pau no soldado amarelo. Não. O soldado amarelo era um infeliz que nem merecia um tabefe com as costas da mão. Mataria os donos dele. Entraria num bando de cangaceiros e faria estrago nos homens que dirigiam o soldado amarelo. Não ficaria um para semente. Era a ideia que lhe fervia na cabeça. Mas havia a mulher, havia os meninos, havia a cachorrinha."(Vidas Secas)
comentários(0)comente



Daniele Freitas Pacheco 25/03/2020

Edição comemorativa 80 anos
Confesso que por ser um clássico da literatura imaginei que sua leitura seria mais densa. Pelo contrário, o narrador nos envolve de maneira eficiente nas vidas secas de uma família de retirantes. Além disso, essa edição do livro é maravilhosa, linda mesmo!
comentários(0)comente



103 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR