Arquipélago Gulag

Arquipélago Gulag Aleksandr Solzhenitsyn
Aleksandr Soljenítsin




Resenhas - Arquipélago Gulag


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Rosangela Max 04/05/2022

Intenso e detalhista.
Este livro retrata como era viver em uma época onde a repressão atingiu o nível máximo e os soviéticos denunciavam seus compatriotas (vizinhos, colegas, amigos, familiares) na esperança de conseguir um indulto e não serem enviados para a prisão ou fuzilados pelo exército soviético, também conhecido na época como ?Terror Vermelho?. Qualquer coisa que pudesse ser considerada uma ameaça a derrubada ou enfraquecimento do poder soviético era eliminada pelo exército.
Os campos de concentração ficavam instalados em pequenas ilhas espalhadas pelo país, estas ilhas ficaram conhecidas como Arquipélago Gulag.
O trabalho do autor em contar como tudo funcionava é primoroso e detalhista. Informa desde o momento que as pessoas eram levadas como ?suspeitas? para a prisão, passando pelas fases do interrogatório, a fixação da sentença emitida por funcionários sem a mínima capacitação pra isso, até prisão em si, as condições sub humanas de torturas físicas e psicológicas, as transferências entre as prisões e o modo como eram feitas (através de trens, embarcações, caminhões e caminhadas), o trabalho forçado nos campos de concentração e a aplicação da sentença de morte para aqueles condenados a ela. Também conta como viviam os condenados ao exílio.
O que mais surpreende é que todo esse levantamento de informações foi efetuada de forma escondida, sem nenhum apoio de entidades governamentais. E mesmo passando anos preso, sem condições de fazer o registro de suas memórias, o autor conseguiu escrever anos depois apenas com o auxílio das informações guardadas em sua mente.
Recomendo a leitura.
Douglas Finger 04/05/2022minha estante
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Ricardo 28/06/2022minha estante
Um livro de inicio que de início já nos proporciona uma excelentes reflexão sobre o quão doloroso pode ser tempos de guerra e regimes ditatoriais.




guibre 23/02/2009

Instigante.
Nessa interessante obra, o autor, de acordo com sua experiência própria e de terceiros, também baseado em dados coletados em outros meios e publicações, efetua uma análise eloqüente do sistema repressivo existente na finada União Soviética. Desde o início, se percebe um tom crítico e irônico bastante contundente em relação a esse sistema.
No decorrer do texto, há menção de uma quantidade tão grande de iniqüidades que por vezes soa inverossímil a ocorrência de certos fatos, tendo em vista o considerável nível de polêmica que envolve a análise dessas circunstâncias político-ideológicas.
Entretanto, é de se destacar que, por mais que a impressão mesmo ao leitor mais crédulo seja de inverossimilhança em determinadas ocasiões (não somente em termos “negativos”, v.g., da crueldade e da iniquidade, mas também de um humor involuntário e, por vezes, “negro”), o autor pouco se utiliza de estatísticas que, por mais que impressionem os leitores, são controversos (e, por assim mesmo, fraco), até mesmo porque a menção de números amplos faz com que seja esquecido o sofrimento pessoal.
No entanto, não se trata de mera compilação de descalabros e desumanidades perpetrados pelo Estado e por seus agentes, mas inclui também uma análise do arcabouço jurídico que “legalizou” alguns procedimentos em relação aos opositores políticos do regime (reais ou imaginários), como a detenção por motivos insólitos (procedimento que, devido à extensiva e esdrúxula interpretação da lei comumente praticada acabou “criando” presos políticos a torto e a direito).
Nesse âmbito, verifica-se a plena inversão de diversos conceitos que passaram a permear o Direito (ao menos em sua teoria) séculos antes. O exemplo mais observado no decorrer de toda obra é o fato de que o maior objetivo do processo judicial (isso quando ele existia) era a obtenção da confissão dos réus, não importando se eles tivessem realmente qualquer responsabilidade ou cometido qualquer infração. Durante três capítulos, o autor faz interessantes “estudos de caso”, que caracterizam bem o sistema do Estado soviético para lidar com a sua população.
Portanto, a obra é decididamente relevante para aqueles que desejam adquirir mais conhecimentos sobre a formação de um ambiente de terror de Estado e as suas conseqüências, inclusive as menos óbvias. Por mais controvérsias que se possam mencionar sobre a parcialidade do autor, trata-se de qualquer forma de um referencial consistente e agradável de se ler (mesmo que o seu conteúdo seja consideravelmente dramático).
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Will 16/11/2022

A voz de milhões de vozes caladas.
Arquipelago Gulag é uma obra gigantesca, que apresenta detalhadamente o aparato soviético, desde o sistema aterrorizante de espionagem e incentivo a delação de todos considerados contrários, nocivos ou incômodos ao regime até aqueles que foram presos, torturados e mortos nas prisões soviéticas. Um livro muito forte, extremamente completo e assustadoramente real, já que escrito por um preso nos gulags, que unificou inúmeros relatos e números da época, criando uma experiência mista de autobiografia e registro histórico marcante.
Ótimo livro, excelente para reflexões sobre o perigo do autoritarismo e da crença numa verdade absoluta. O perigo de regimes ditatoriais transcende o viés ideológico: ele sempre será sobre a importância da liberdade e respeito a todos ficando em segundo plano para que o poder de poucos seja perpetuado com o uso da força e com um grande rio de sangue. Recomendo a leitura.
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Claudia.livros 28/06/2022

Perfeito!
Sem palavras para descrever a imensa honra de ter lido essa obra prima! O autor, de maneira brilhante, consegue nos brindar com a verdade nua e crua do terror soviético, misturando ironia e sarcasmo, realidade e doçura. É uma obra magistral.
"Em 1975, Soljenítsyn cria o Fundo Social Russo para Pessoas Perseguidas e suas Famílias, com o intuito de ajudar ex-prisioneiros do Gulag a se restabelecer e de estimular iniciativas culturais de russos exilados fora do país. (Todos os direitos recebidos pelo autor por Arquipélago Gulag são, até hoje, revertidos para esse fundo, administrado por sua viúva.)"
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Lucas 05/09/2023

Além dos Gulags
Tive a oportunidade de ler aqui muitas resenhas, a maioria delas tratando sobre a crueldade dos Gulags em si, além da opressão do estado soviético, que foi realmente perverso.

O livro realmente traz muitos relatos chocantes, e necessários, tendo em vista o quão são negligenciados pelo nosso sistema de ensino. Apesar de importantes, na minha opinião em algum momento se tornam repetitivos e não são a melhor parte do livro.

A cereja do bolo eu penso que seja a sensível percepção do autor sobre as questões humanas envolvidas em todo os acontecidos.
Ele traz reflexões sobre como é possível ter alegrias e extrair algo positivo mesmo em meio à turbulenta vida nos campos e por outro lado como é possível ter infelicidade mesmo após a ''liberdade'' no exílio, isso tudo escrito de maneira divina.

Outro ponto que foi abordado e vale a atenção é sobre o quão profunda é a cicatriz dos Gulags e da opressão dos comunistas na sociedade Russa. É incrível como o modo de ser deles está intimamente relacionado a tudo que aconteceu após a ''revolução''.

Ademais, ele retrata a ''libertação'' de presos, que deveria ser uma alegria, mas na verdade é um momento difícil e até insuportável para alguns libertos. A saída do Gulag é trazida como uma espécie de morte, onde eles deixam para trás tudo que cultivaram de relacionamento ao longo de muitos anos, com a quase certeza de que nunca mais os encontrarão.

É um livro repetitivo, mas sem dúvidas vale a leitura.

Serpassan 05/09/2023minha estante
Já tive a oportunidade de ler este livro há muito tempo atrás e realmente é comovente o relato do autor.


Serpassan 05/09/2023minha estante
Já tive a oportunidade de ler este livro há muito tempo atrás e realmente é comovente o relato do autor.




Erika 02/07/2020

Um manifesto
Existem leituras que te destroem o seu psicológico, a ânsia de finalizar te domina o tempo todo, e mesmo assim você a classificará como uma das melhores da sua vida e ainda vai querer falar dela para todo mundo.

Arquipélago Gulag é um "experimento de investigação artística", como consta na contracapa. Nele, Alexandr Soljenítsyn narra experiências próprias e testemunhos nos inúmeros campos de trabalhos forçados administrados pelo Gulag espalhados na antiga União Soviética, durante o período governado por Stálin.

Anteriormente eu havia lido Contos de Kolimá, de Varlam Chalámov, que trata do mesmo tema, o que de alguma forma me preparou para o que eu iria encontrar neste livro, mas Arquipélago traz mais detalhes, mais testemunhos e mais revolta. Impossível enumerar tudo o que os condenados sofreram sob esse regime, que perdurou até 1956, muitos anos após o mundo se horrorizar com os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial. É inaceitável.

Vale lembrar que a grande maioria foi presa por "crimes políticos", que consistiam em criticar a forma de governo ou embrulhar uma encomenda com um jornal com a foto de Stálin. Ou simplesmente ser casada com um condenado. Não eram bandidos que roubavam, matavam. Como exemplo prático atual, você pegaria 10 anos de trabalhos nas minas da Sibéria, exposto a um frio de 60 graus negativos sem vestimenta adequada, numa jornada de 15 horas diárias, com somente 300 gramas de pão duro e uma tijela de sopa rala no estômago, simplesmente por postar "Fora Fulano" na sua rede social.

É uma história feita para chocar, mas antes de tudo, pra alertar. Soa como um manifesto comunitário, mil vozes gritando "olhem fizeram com a gente! Não deixem isso acontecer de novo! ". Foi MUITO difícil passar por essa leitura, não vou enganar ninguém, pois o meu coração queria que eu deixasse o livro de canto para ler esporadicamente, mas meu cérebro não deixou. Seriam pequenas doses de sofrimento, seria pior. E eu precisava saber de tudo o que aconteceu, o mundo precisa saber!
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Thiers.Neto 18/07/2021

RESENHA - Arquipélago Gulag
Arquipélago Gulag é um livro que trata sobre os campos de concentração da União Soviética, mas ele não é só isso. O Arquipélago é um livro de história mas também de memórias dos indivíduos que viveram tudo aquilo ali, é baseado em documentação e em relatos de cartas recebidas pelo autor, é sobre a visão dos indivíduos mas também da sociedade, é reflexão psicólogica e também política.
Por mais extenso que seja, e essa edição ainda é um resumo da original, não é um livro maçante. Os relatos em cada capítulo não são para te deixar confortável, e as questões que o autor coloca fazem você pensar de qual lado você estaria da cerca se você vivesse aquele momento: "De onde surgiu essa raça de lobos no meio de nosso povo? Serão da mesma raiz que nós? Serão do mesmo sangue que nós? [...] e se a minha vida tivesse tomado outro rumo, teria eu me tornado um desses carrascos? É uma pergunta terrível, se formos responder com honestidade."
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Ludmila 26/05/2023

Angustiante, horripilante, triste e emocionante. Ler o que o ser humano é capaz de fazer chega a dar um nó no estômago. Mesmo assim valeu muito a pena a leitura.
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Gabrielli 14/11/2021

Incomparável
Uma história que deveria ser conhecida por todo mundo. Histórias de embrulhar o estômago que mostram até onde vai a maldade humana
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Miguel 22/10/2022

A Verdade contada por quem esteve lá
Escrever os horrores vividos no cárcere ou nos campos de trabalho da URSS stalinista era perigoso. Mais perigoso ainda era escrever sobre isso estando preso. Para compor este relato Soljenítsyn se valeu da ferramenta mais preciosa da humanidade: A memória.

Lembrar o passado para não repetir os mesmos erros. É uma ideia mais do que conhecida. Aprendemos na escola sobre os horrores cometidos pelos nazistas, mas não temos conhecimento dos crimes cometidos por outras ideologias ao longo do
século XX. Para muita gente no ocidente este foi o primeiro contato com a verdade por trás da fachada de prosperidade e união do governo bolchevique.

Soljenítsyn nos conduz por tantos horrores com maestria. Acompanhamos suas reflexões, sua denúncia e histórias de outras vítimas do gulag com uma narrativa elegante, retratos crus e por vezes até uma fina ironia. Vamos receber alguns socos no estômago nessa jornada, vamos ler sobre coisas que vão impregnar nossa memória, injustiça, tortura, genocídio, fome...

Um livro essencial para conhecer o verdadeiro stalinismo. Um livro para entender o que acontece quando uma utopia é colocada em prática.
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Fabio Shiva 09/08/2018

o supremo mal
Esta é, sem dúvida, uma das obras mais relevantes do século XX. E foi também um dos livros mais sinistros e apavorantes que li na vida. Levei mais de seis meses para vencer as 600 páginas desse tijolo de horror e ódio, e mesmo assim só porque da página 400 em diante, exaurido pela hedionda sombra do Gulag em minha consciência, me determinei a não tocar em outro livro até chegar ao fim deste (normalmente leio alternando entre três ou mais livros).

Imagine ser despertado na calada da noite por batidas urgentes na porta. São agentes do governo, que levam para interrogatório e averiguações. Que acabam consistindo em torturas diversas, como trancar você em um cubículo infestado de percevejos por dias a fio, urinar em sua cara ou deixar você sem comer, beber ou dormir até o limite da exaustão física e mental. Isso para não mencionar as rotineiras sessões de espancamento, que muitas vezes terminam em morte, mutilações ou lesões permanentes. Se você sobrevive ao “interrogatório”, já pode confessar seus crimes reais ou imaginários em um julgamento de fachada, que não passa de uma tosca encenação pública, para então receber a merecida pena: o fuzilamento, ou então cinco, dez ou mesmo vinte e cinco anos nos campos de trabalhos forçados. São esses campos da morte as numerosas “ilhas” do Arquipélago Gulag, tema deste livro que foi escrito a partir das experiências do próprio autor, bem como dos depoimentos de mais de 200 outros prisioneiros.

A maldade humana é muitas vezes retratada nas histórias de ficção como revestida de astúcia e esperteza. Esta triste história verídica, contudo, nos mostra que a maldade está muitas vezes acompanhada da mais obtusa e embotada estupidez. Penso que todo mal, de uma forma ou de outra, é fruto direto da ignorância, esta sim o mal supremo, ao qual se referiu o Cristo em suas redentoras palavras: “Perdoai-os, Pai, pois eles não sabem o que fazem”.

“Arquipélago Gulag” é hoje, talvez, uma leitura mais relevante do que nunca, nesses tempos estranhos, em que tantos parecem dispostos a endossar o mal, apoiando e aplaudindo práticas antivida como o totalitarismo, a tortura e a execução sumária. Penso que não poderei esquecer deste livro tão cedo. Deus nos liberte da ignorância, mãe de todos os Gulags.

***

“Ah, se as coisas fossem assim tão simples! Se num dado lugar houvesse pessoas de alma negra, tramando maldosamente negros desígnios, e se se tratasse somente de diferenciá-las das restantes e de aniquilá-las! Mas a linha que separa o bem do mal atravessa o coração de cada pessoa. E quem destrói um pedaço do seu próprio coração?...”

“Nós temos a tendência a revoltar-nos contra aqueles que são mais fracos, contra os que não podem responder. Isto é próprio do homem.”

“Não gosto dessas denominações de ‘esquerda’ e ‘direita’: são arbitrárias, permutáveis e não dão conta da essência.”

“Se a natureza humana evolui, não é com muito mais rapidez do que o aspecto geológico da Terra.”

“O homem é esperança e impaciência.”

“Como fazê-los compreender (por uma iluminação? por uma aparição? em sonho?): Irmãos! homens! Para que a vida lhes foi dada? No meio de uma noite escura, abrem-se as portas das câmaras da morte e seres humanos de almas grandiosas se encaminham para o fuzilamento. (...) Mas vocês têm sobre suas cabeças o céu azul e, sob o cálido sol, o direito de decidir seu próprio destino, beber água, sentar esticando as pernas, viajar para onde queiram. (...) Querem que lhes revele agora o segredo mais essencial da vida? Não persigam o enganoso, nem as posses, nem os títulos: tudo isso se paga à custa dos nervos, década após década, e numa noite só pode ser confiscado. Vivam com serena superioridade perante a vida... Não temam a desdita nem anseiem pela felicidade, pois ambas as atitudes vêm a ser o mesmo. A amargura não se prolonga eternamente, e a medida do prazer nunca se completa. Alegrem-se se não tremem de frio, se as garras da fome e da sede não dilaceram suas entranhas. Vocês não têm a espinha quebrada, suas duas pernas andam, seus dois braços se dobram, seus dois olhos enxergam e seus dois ouvidos escutam – quem poderiam vocês invejar? E por quê? A inveja é o que mais nos tortura. Esfreguem bem os olhos, purifiquem seus corações, então poderão aquilatar perfeitamente quem verdadeiramente lhes quer e deseja seu bem. Não lhes façam nenhum mal, não pronunciem palavras malévolas contra eles, não permitam que as brigas os separem, pois quem pode saber se este não é o seu último ato antes de serem presos? e isso lhe pesará na memória!...”

http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2018/08/arquipelago-gulag-alexander-soljenitsin.html


site: https://www.facebook.com/sincronicidio
Juliana 22/12/2018minha estante
Seiva, nunca vou me cansar de elogiar suas resenhas! Que bálsamo nesses tempos tão sombrios :)


Carolina 19/12/2019minha estante
Cara, as suas resenhas são sempre muito boas!




Marcella.Pimenta 08/03/2024

Ah, os campos de concentração que não conhecemos
Os campos de concentração nazistas estão nos filmes, nos livros, e, portanto no nosso imaginário. Embora eu me interesse pelo assunto, só há alguns anos tomei conhecimento de que não eram uma exclusividade da Alemanha sob Hitler.

Solzhenitsyn aqui nos conta sobre as condições degradantes dos prisioneiros (um balde para as necessidades fisiológicas não era humilhante. Não tê-lo sim.) e vai além. Sabemos a respeito das leis que encheram os campos (o longo e famigerado artigo 58), os julgamentos espetáculo e o medo instalado no país de que você poderia pegar 10, 15, 20 anos na Sibéria por não concordar com Stalin.

Minha leitura foi arrastada porque eram muitos nomes, de lugares, órgãos, personagens e eu tenho alguma, mas pouca familiaridade com a história da época. Portanto, eu recomendo uma leitura prévia sobre a Revolução Russa (golpe, né, mas quando é de esquerda eles botam um nome bonitinho) pra se familiarizar com o tema.

É um tema negligenciado mas importante para termos uma dimensão do caráter totalitário e opressor dos regimes comunistas.
Rodrigo 08/03/2024minha estante
Bravo... ???


Elielson.Goulart 09/03/2024minha estante
Já li Um Dia na Vida de Ivan Denissovitch. Mas este Arquipélago Gulag vou deixar um pouco mais pra frente




Leonardo Rosa 21/01/2013

Esquerda ou direita?
Um livro difícil de ler, com muitos relatos da história russa e seus personagens e algumas expressões típicas de sua língua. Assim, o autor relata, de acordo com o que vivenciou e com relatos de pessoas no qual ouviu ou conviveu, a triste ditadura imposta pela União Soviética desde o início de sua fundação.
Os meios par se atingir objetivos de confissão, tortura, trabalho forçado, violações dos direitos do cidadão... tudo em nome de uma ideologia?
O livro me deixou uma dúvida: Qual o caminho ideal na área da política? A esquerda ou a direita?
Cada vez mais estou convencido de que o ideal é o caminho do meio; como implementá-lo é uma dúvida enorme...
GeanPerius 02/09/2020minha estante
Sempre à direita.


Giulian.Mendes 01/12/2023minha estante
um caminho do meio voltado um pouco a direita eu diria...




Jose506 16/06/2023

A Indignação diante da Capacidade Humana de Infligir Dor
Ao mergulhar nas páginas do livro, minha alma foi tomada por um turbilhão de emoções. O espanto e a dor se entrelaçaram, enquanto cada palavra revelava a face obscura da humanidade. A frieza impiedosa, o confinamento cruel, a escassez de pão, as condições desumanas... tudo isso se acumulava como um peso insuportável em meu coração.

O relato daqueles cubículos apertados, das noites insones pela tortura da privação do sono, dos trabalhos forçados, do total isolamento, é uma afronta à nossa própria humanidade. Homens e mulheres, jovens e idosos, privados de sua dignidade mais básica.

E o que dizer das crianças que também se encontravam aprisionadas? A inocência roubada, presas em um ciclo inescapável de dor e sofrimento. Essas imagens ecoam em minha mente, provocando uma angústia profunda e indescritível.

Ao refletir sobre essas atrocidades, não posso deixar de questionar nossa própria natureza. Como é possível que, desprovidos de educação e conhecimento, os seres humanos se tornem capazes das piores crueldades? A ausência de empatia, o aprisionamento das mentes em dogmas de ódio e a falta de compreensão do outro alimentam essa terrível capacidade de infligir dor.

Contudo, em meio à minha indignação, uma centelha de esperança se acende. Acredito que a solução reside em nossa disposição de ouvir o oposto, de admitir que estamos errados e de buscar compreender por que alguém pensa de determinada maneira. A educação, o diálogo e a empatia são armas poderosas contra a escuridão que permeia a alma humana.

Que possamos aprender com os horrores do passado e nos comprometer a construir um futuro onde a compaixão prevaleça sobre a indiferença. Que a dor queima como brasas em nossos corações, nos impulsionando a agir e a sermos agentes de mudança. Somente assim poderemos redimir a humanidade de suas próprias feridas e evitar que atrocidades semelhantes assombrem o amanhã.

Que a história nos sirva como um lembrete constante de nossa capacidade tanto de causar dor como de curá-la. Cabe a cada um de nós escolher o caminho que trilharemos e a mensagem que deixaremos para as gerações vindouras.
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Fer2410 09/09/2023

Excelente
O misto de sentimentos ao ler esta obra, é indescritível!
A sensibilidade do autor nos toca em muitos momentos. Soljenítsyn tem um humor/ironia que precisa ser identificado para que algumas partes possam ser compreendidas.

Nos dias de hoje, é uma leitura obrigatória! O comunismo sempre fez um estrago, e todos nós sabemos que isso nunca dará certo.
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