glauco.freitas.3 04/03/2021
Bom
#brandonsanderson é o meu autor de fantasia favorito. Sabe construir um universo como poucos e é a principal inspiração pro sistema de magia que vem crescendo em Folclórika, porém, em #skyward rolou um tropecelho.
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A premissa é aquela que, se alguém viu um anime nos 80/90, já conhece: a humanidade se fodeu, tomou no zóio lutando contra alienígenas e o último resquício de resistência luta desesperadamente para sobreviver. Os heróis dessa luta são os pilotos de caça que defendem a última cidade humana ataque após ataque e, como sempre, as cenas de batalha são um PUTAQUEPARIU a parte.
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Na principal batalha que definiu a sobrevivência do humanidade, porém, um desses pilotos teve mais do que as pregas aguentam e tentou fugir da luta. O Covarde, como ficou conhecido, foi abatido e morto pelos colegas, deixando uma filha que creaceu ostracizada na porra da sociedade e, óbvio, ela é Spensa (que caralho de nome é esse?!), a protagonista do livro que, claro, sonha em ser O REI DOS PIRATAS, digo, A MELHOR PILOTO DE TODAS!
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Como um mecanismo de defesa, Spensa cresceu se impondo através das palavras. Inspirada nos heróis mitológicos, sempre que se vê acuada, ela mete a bravata e fala que vai "usar seu crânio como taça para beber o sangue do seu primogênito". Literalmente. No começo é engraçado, mas é uma piada repetida a exaustão...
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O #worldbuilding é SENSACIONAL, misturando o clichê com elementos novos na medida certa entre o nostálgico e a novidade. A maioria dos personagens é bem trabalhada, mas você percebe uma certa fórmula surgir: sempre que Spensa vence a alcunha de covarde e se aproxima de alguém, pode ter certeza, essa é a próxima pessoa a morrer - ou a ser expulsa, ou a desistir...
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Em outro clichê - que, como todo clichê, não é necessariamente ruim - , Spensa encontra uma nave MUITO mais avançada do que a que os humanos possuem e ela vem com uma IA engraçaralha (e um dos melhores personagens do livro, inclusive).
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Das 1537 coisas que poderiam ter acontecido na batalha final, o autor escol h eu a mais Sessão da Tarde possível, o que me decepcionou um pouco. Mas logo depois vem um #plottwist - não o primeiro, aliás - que prepara o final pra um bom #cliffhanger (como eu tô poliglota hj).
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No fim é um bom livro, mas nem de longe se compara com #mistborn (obra SUPREMA) ou Os Executores. Lá fora, já tem o segundo livro (que lerei, com certeza). Como eu disse, foi um tropecelho, mas, pra ser sincero, se fosse obra de algum outro autor eu não teria sido tão crítico.
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#BJUNDA