marinayukie 18/02/2024
Uma releitura de respeito, genial!
A imortalidade é algo inoxidável.
Cobiçada pelos mortais, natural para os deuses.
Esse livro é uma releitura de Circe, a bruxa, filha de Hélio, divindade do Sol, e uma ninfa, Perseis.
Na narrativa, acompanhamos Circe desde o seu nascimento até seus maiores feitos. Sua vida eterna é descrita com um passar do tempo tão preciso, que me fizeram mergulhar em séculos de acontecimentos.
Uma história sobre a dualidade da vida: bem ou mal, certo ou errado, imortal ou mortal, vida ou morte, amor ou ódio, herói ou vilão. Uma história sobre a perspectiva de quem conta uma aventura e a percepção de quem ouve, com base em suas próprias experiências.
Sobre sobreviver em meio à um poder que transcende o céu, a terra e o tempo. Que no meio de um ambiente ferozmente consumido pela luxo da imortalidade, há quem deseje saborear a frágil linha da vida que só tem como destino a morte.
A transformação de Circe e seu amadurecimento foi surreal. Meu coração foi despedaçado, consertado, despedaçado novamente, consertado com vários remendos novos? Ficaram cicatrizes irremediáveis (ainda bem).
A escrita da autora é? especial.
Fui capaz de, mesmo sabendo que deuses não envelhecem em sua aparência, imaginar Circe envelhecendo através dos seus pensamentos, experiências, mudanças, palavras.