DJoy 07/07/2019
Decepcionante
A palavra que define a sensação antes mesmo de terminar a leitura: decepção.
Confesso, infelizmente, minha preferência por Literatura estrangeira, o que me afasta dos escritores e das obras nacionais, mas, nada que a curiosidade de uma leitora não ajude né! :). Como era de se esperar, não conhecia o trabalho do Raphael Montes (talvez tenha começado a conhecer pelo livro errado, enfim) mas, depois de algumas matérias que li sobre ele e suas obras, de como ele mergulha no universo sombrio, a curiosidade me fez investir na leitura.
O que achei... um livro sem apego, tá eu explico... uma leitura que não te cativa a nada nem a ninguém. Não posso nem dizer que detesto a "mocinha" porque, nem a isso, ela me motivou. A falta de profundidade e o desleixo, fizeram das personagens meras peças jogadas pra lá e pra cá sem nenhuma verdadeira importância. A história é ruim? Não, mas, foi tão preguiçosamente desenvolvida, que não chega a causar impacto, revolta ou sentimento de repulsa (que era o que eu esperava dado aos fatos). Dentre as personagens o “bandido ” sozinho poderia ter feito o livro ser sensacional, toda a carga que ele carregava, todos os demônios, todo o potencial, fica por conta só da nossa imaginação mesmo, do que poderia ser, assim como a “mocinha” que as vezes, (bem raramente) nos da um deslumbre do que poderíamos presenciar em consequência dos seus traumas e seus vícios.
Completamente cheio de clichês, o maior de todos sempre em torno da revelação do “bandido” ( que pra quem gosta do gênero matou essa muito antes do final hein...). E por falar em final... nossa, foi sofrível, pareceu que nem o autor aguentava mais escrever e fez “vai como tá e pronto”.