spoiler visualizarVanessinha Porteiro 29/04/2020
Não expõe mentiras, mas esconde verdades
Esse livro não possui o objetivo de evangelização;
É um livro que tem passagens bonitas, da vida do autor, sua fé cristã, de suas experiências e superações, chegam até inspirar.
Também expõe algumas verdades sobre o agir da sociedade, da igreja e de cristãos, pelo fato de que, às vezes, não conseguimos lidar com algumas questões sociais, mas esse problema é, muitas vezes, mais individual do que institucionalmente coletiva.
Talvez, o grande problema da obra é a ocultação de verdades bíblicas e seus propósitos, ou seja, é mais uma filosofia pessoal do que uma evangelização.
A omissão das verdades acontece quando o Pastor Henrique joga para o eleitor sobre o amor sem dizer, claramente, a fonte do mesmo; fala sobre a vinda de Jesus como se fosse uma mera coincidência; trata os feitos de Cristo como se fosse algo que aconteceu momentâneamente; trata Jesus como mais um. No livro, Jesus não é entoado, e Deus é resumido com aquela falácia que Ele É só amor. Além disso, há um problema maior que foi criado pelo autor: a "rixa" entre as intituições seculares e religiosas com as intituições cristãs, exclusivamente as evangélicas, só pioram com a obra. Ele coloca uma impressão de culpa aos cristãos sobre os problemas sociais, nos liga ao fascismo e ao racismo. Ou seja, tornando fundamentalismo religioso como a principal fonte de sofrimento dos não incluídos socialmente. Cria uma injustiça mascarada de luta social.
Talvez o Pastor não saiba disso, mas há um esforço enorme de apresentar um Deus verdadeiro que nos ama, que entregou o Seu único filho para que voltássemos a estar perto de Deus, que aliás isso também é ocultado.
O Henrique, com o seu livro, talvez na intenção de aproximar os excluídos e julgados socialmente a Deus, cria uma barreira entre eles e ao próprio Deus. Ser livre, na cosmovisão (é esse o nome que se dá a forma que enxergamos o mundo) cristã, não é fazer o que quer ou bem deseja, mas ter a barreira (o véu), que separavá-nos de Deus, quebrada (rasgada), e ter a certeza que, essa barreira, nunca mais será construída novamente.
Eu já conhecia o Pastor Henrique pela mídia, e já o ouvi falar algumas vezes. Eu encontrei esse livro disponível gratuitamente na Amazon e decidi lê-lo por confronto, no entanto fico feliz por não ter feito isso o tempo todo; há o que absorver, há o que refletir, há o porquê lutar. Mas não pode maquiar quem Deus é e quem Cristo foi. Deus é amor, mas é Justiça também, essas duas ações andam juntas.
Sobre o Pastor Henrique Vieira, é nítido e admirável a expressão do dom da misericórdia concedido a ele por Deus. No entanto, até mesmo os dons divinos e santos podem sacrificar e suprimir o mesmo Deus.
Enfim, que a Paz de Deus esteja com o Pastor Henrique todos os dias e que cumpra o propósito na qual foi enviado.
Aos não Cristãos, que a Graça, a Paz e o Amor de Deus os alcance.
Aos Cristão, que o Amor de Deus seja a prática de todos os dias. A Justiça a Deus pertence!
Que a Paz esteja convosco!