Trish Quinzel 10/04/2024
Como não amar tudo o que a Clara Alves escreve?
Conectadas foi o primeiro livro sáfico nacional que li em minha vida. Sua leitura foi iniciada em 7 de junho de 2022, e terminei de lê-lo um dia e meio depois. Antes dele, já havia lido livros com representatividade como a saga de A Rainha Vermelha, Os Sete Maridos de Evelyn Hugo, Minha Versão de Você e Cinderella Está Morta, mas nenhum deles foi capaz de me conquistar tanto quanto Conectadas me conquistou.
Talvez seja por ser um livro nacional. Ou talvez por eu me identificar com a protagonista. Ou até mesmo por ser algo da Clara, uma pessoa que me conquistou antes mesmo de eu ler algo dela.
Conectadas conta a história de Raíssa, uma garota gamer e lésbica que, para se livrar do assédio no mundo virtual, se esconde através de um avatar masculino e acaba conhecendo Ayla ? a garota por quem posteriormente se apaixona e precisa esconder o fato de ser uma garota para não perdê-la.
Além de termos uma protagonista lésbica ? o que foi muito importante para a minha versão mais nova que estava questionando a sua sexualidade por conta da heterossexualidade compulsória, mesmo depois de um ano tendo certeza que gostava de garotas ?, temos uma protagonista gamer. E isso lembrou-me a minha fase gamer, onde nos jogos eu também me escondia atrás de avatares masculinos por me sentir mais segura. Temos também representatividade bissexual e vegetariana.
A história possui uma leitura fluída e divertida, mas não deixa de abordar assuntos importantes. Perdemos-nos em meio ao romance de Ayla e Raíssa, sua história e suas aventuras. Tudo em Conectadas nos arrabata e simplesmente não temos como não gostar.