spoiler visualizarsirvosijk 11/06/2021
Por favor, vá tomar no cu
Amante Liberto é uma decepção de inúmeras formas, apesar de ter gostado dos personagens principais e dos núcleos paralelos com o Phury e o John, o livro é uma imensa decepção. Acabei descobrindo da pior maneira possível o quanto eu detesto J.R Ward e como sua cabecinha perturbada não consegue escrever uma única história sem acabar cagando no pau. A autora tinha TODOS os artifícios para ter me feito amar o livro, mas é claro que era bom demais para ser verdade, né?
O Vishous é aquele personagem que você nem dá muita atenção nos outros livros, ele era totalmente apagado, porém, desde o livro anterior quando ganhou algum destaque, já tinha conquistado minha atenção, e aqui, o personagem me conquistou nas primeiras páginas quando a autora confirmou que SIM, ele era apaixonado pelo Butch e todos sabiam.
Estava tão animada para ver um personagem não-hétero como protagonista que relevei todas as baboseiras comuns da Ward, mas ai houve o primeiro soco no estômago: Ele se considera uma aberração. De novo, decidi ignorar e continuei animada, porque achei que a autora iria desenvolver isso ou fazer ele mudar de ideia (a palhaça fui eu), e ela não só não desenvolve como faz tudo que gira ao redor do Vishous ser retratado como depravado e pervertido (por favor, né autora? você não precisa explicar porque ele gosta de BDSM, não precisa fazer conexões com o passado). E novamente, eu ignorei até chegar na maldita cena onde ele diz que estuprou um homem, foda-se o contexto, Ward, você come merda?! Qual é a porra do seu problema?! Fica difícil não ligar os pontos quando você faz o personagem dizer que a primeira vez com o homem foi sendo um ESTUPRADOR!
Estou enojada, decepcionada e, principalmente, ofendida. E o que mais me deixa puta é que se tirasse essa cena, NÃO FARIA DIFERENÇA NENHUMA! A autora não fez isso com nenhum dos outros, muito pelo contrário, fez eles serem estuprados por homens (olha a coincidência, né? todos os personagens LGBT são estupradores em potencial).
Ridículo.
Depois disso, o livro não tinha salvação.
O desenvolvimento do casal é inexistente, não que seja novidade, afinal todos são, é a marca registrada da saga, mas aqui parece ainda pior, já que a autora meteu um amor instantâneo que começou como um sequestro. Me senti lendo um Dark Romance, na verdade me questiono se não é o gênero dos livros. Apesar disso, a Jane e o Vishous são um ótimo casal, se esse livro fosse escrito de boa vontade, ele seria tão bom quanto o do Zsadist.
A Virgem Escriba continua patética como sempre; não temos aparições do Omega e dos Redutores (obrigada deus), e fomos apresentados ao novo conceito do universo que agora nos diz que Ômega e Virgem Escriba são deuses e que há um Deus, além de conhecermos a Cormia que é tão chatinha e as outras Escolhidas que são insuportáveis, o plot da diretora lá que atirou no Vishous é tão aleatória, seria melhor só dizer que era um redutor logo, não precisava daquilo.
Um ponto positivo como plot twist é saber que o Vishous tem uma irmã gêmea, realmente fiquei surpresa e, se choquem, não odiei.
E esse é o momento que falo sobre o final? Uma bela merda. Não foi uma surpresa, eu já sabia o que acontecia, entretanto o saber tornou-se pior, porque consegui ver a autora construindo esse desastre.
Jane se tornar um fantasma foi uma medida desesperada da autora para manter o casal junto sem grandes mudanças, como sempre (ela não é nem criativa, praticamente o mesmo plot do segundo livro). E, sinceramente, com tudo que estava acontecendo no livro, me pergunto porque ela só não matou o Vishous também, além de ser melhor, o final iria ser inesperado. Mas não, ela foi para o caminho mais fácil, onde, novamente, não há tristeza ou grandes mudanças.
Simplesmente patético.
Uma parte de mim quer ler o livro do Rehvenge, mas sinceramente? Não sei se vou ter cabeça pra lidar com essas merdas de novo.