Pátria

Pátria Fernando Aramburu




Resenhas - Pátria


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Katia Góes 11/05/2021

Leitura Necessária...
?Pátria? | Fernando Aramburu

Nesta história, não existe mocinhos e nem vilões, ela fala dos traumas que são difíceis de serem superados e, que às vezes, esquecer é impossível, e ainda, de como o perdão e a reconciliação são essenciais para curar as nossas feridas.

O enredo narra a vida de duas famílias, ambas guiadas por matriarcas de pulso firme. Bittori e Miren costumavam ser amigas e confidentes, quando mais jovens, entretanto às diferentes dinâmicas e percursos sociais, torna essa amizade no mais puro ódio, indiferença e ressentimento, ainda que o amor espreite por entre alguns elos, mas sempre num silêncio comprometido. Agora inimigas, ambas possuem extrema influência em suas famílias, e é pelos olhos dessas duas famílias rivais que conhecemos a política e o território de Basco.

Miren e Bittori são mulheres fortes, que passaram por muitas dificuldades e sofrimentos, mas de alguma forma, conseguem se reerguer e seguir em frente. A vida sempre cobra o seu preço e a dor se acumula em seus corações. Elas mostram sabedoria, adquirida através de uma vida árdua.

É impactante observar famílias sendo divididas por um conflito, tanto de forma interna como externa. Quando os valores pessoais se tornam o ponto de discórdia, separando pais e filhos, maridos e esposas, e tantas outras relações, é bem doloroso. Ao mesmo tempo que mostra a força de cada um, lutando por aquilo que acredita.

Uma história tão infeliz quanto cativante, é também uma clara tomada de posição, uma condenação da violência, dos fanatismos e das ignorâncias que a suscitam. É uma descrição muito sutil da degradação moral que ela provoca numa sociedade, corroendo seus valores, criando inimizades e desonrando as pessoas, destruindo as instituições e as relações humanas.

Uma história cheia de drama e de muita emoção! Mais do que recomendo, acho na verdade NECESSÁRIA a leitura desse livro. Por mais que retrate uma cultura diferente da nossa, os sentimentos que as move não se diferencia do nosso. Inclusive, a HBO produziu uma minissérie inspirada neste livro.

Fica a dica!!

#clubeintrinsecos #intrinseca #lerébom #leitura #livroterapia #conhecimento #aprendizagem #apaixonadaporlivros
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Mila.Soraia 26/04/2021

Que livro incrível!
A forma como a narrativa se desenvolve é muito peculiar: não é linear, o ponto de vista é alternado a cada capítulo, os diálogos são apresentados de um jeito único. Precisei de alguns capítulos para me acostumar, mas depois embalei.
Confesso que era ignorante acerca da história do povo basco e do ETA, mas isso não atrapalhou em nada a leitura, pois a obra conta, em sua essência, dilemas humanos: luto, tristeza, revolta, resignação... e o inexorável efeito do tempo sobre as pessoas.
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Me perdi na leitura 21/04/2021

Sem palavras
Simplesmente não vou conseguir falar nada sobre esse livro, SENHOR
Só leiam, é INCRÍVEL
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Francine.Rostin 19/04/2021

Ahhhhh a Espanha e seus autores. Que livro!
Eu amo quando fico tão envolvida em uma obra, que preciso fazer uma ?pesquisa? paralela à minha leitura para me aprofundar no cenário. Eu conhecia muito pouco sobre o País Basco, além do ideal separatista, quase nada sabia. Que história linda! Um povo antiquíssimo, orgulhoso, aguerrido e fanático por suas tradições. Um romance com esse cenário, bem escrito e envolvente. Eu amei!
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ekundera 17/04/2021

?Da cadeia se sai um dia. Do cemitério, nunca mais.?
Através de uma narrativa não linear e com muitas perspectivas dos vários personagens, acompanhamos duas famílias, que deixam de ser amigas por influência do fanatismo patriótico. De um lado, um jovem que vai sendo sugado cada vez mais pela intolerância de grupo terrorista e separatista, capaz de qualquer atrocidade em nome dos seus ideais políticos. Por outro lado, um grupo familiar destroçado e cada vez mais hostilizado pela sua comunidade, que não tem coragem de desafiar os desmandos dos grupos armados. Sem muita alternativa, as pessoas vão aceitando as vicissitudes da vida, sem grandes expectativas para a sua triste realidade.
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Sergio 16/04/2021

Nada menos que espetacular
Em uma pequena cidade do País Basco convivem duas famílias amigas.
No entanto, a luta revolucionária do ETA vão colocá-las em lados opostos.
Com uma linguagem fluida e capítulos curtos, a história avança e retrocede no tempo, explorando os sentimentos dos personagens divididos entre a amizade é a ideologia.
O texto na contracapa do livro exprime bem o que a história nos mostra: ?Algumas histórias simplesmente não têm mocinhos nem bandidos, somente vítimas ?.

PS: existe uma ótima série, bem fiel ao livro, no NOW e também na internet
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Carol 15/04/2021

Uma narrativa muito diferente sobre duas famílias que se tornam inimigas por uma questão política. Foi uma leitura impactante.
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Karol 06/04/2021

Surpreendente
Uma necessária visão de como a guerra e o terrorismo podem mudar o destino de uma Vila inteira. Pátria traz uma visão nova (pelo menos para mim) do povo basco, seus anseios e sua luta. O autor trabalha sua redação de forma dinâmica, onisciente e muito interessante, é um deleite acompanhar.
Minha personagem favorita foi a Arantxa - construida com perfeição observando todas as limitações às quais pessoas em suas condições estão sujeitas.
O texto da quarta capa é perfeito: nem toda história tem vilões. As vezes a situação é o vilão.
Excelente leitura.
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Maria Eduarda Martins 27/03/2021

Pátria
O que dizer sobre "Pátria"?

Foi um dos livros que mais amei/odiei nos últimos tempos.

A escrita do autor é diferente. A primeira e a terceira pessoa são intercaladas, aspecto que torna a leitura um pouco empacada às vezes. Ler esta obra exige atenção.

"Pátria" se passa em muitos tempos. Estes remontam o período de luta armada do ETA, até a declaração do fim da mesma. O livro é sobre perdão, mas também é sobre os traumas da vida. Como uma tragédia muda a existência de uma família e a impede de seguir em frente. Como as pessoas se tornam cegas por um ideal (que elas nem entendem) ou por seus filhos (como é o caso da Miren).

As primeiras 200 páginas me deixaram obcecada! Fiz inúmeras pesquisas sobre o ETA e sobre a língua basca. Entretanto, algo no meio do livro não deu certo, o autor se estendeu demais e alguns personagens se tornaram INTRAGÁVEIS. Talvez isso tenha sido proposital...

O final marca o alívio para alguns personagens, mas com certeza não traz a paz esperada pelo leitor.
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rayssagurjao 07/03/2021

Politíca, famílias, luta...
Pátria é um livro de "narradores" oniscientes, ou seja, a gente lê visualizando por dentro da mente dos personagens, sem uma linha reta no tempo, uma vez que a mente dos personagens vão e voltam de acordo com as lembranças e acontecimentos.

É uma história que envolve principalmente duas famílias em um conflito por causa dos movimentos separatistas do "país Basco" na Espanha que causam a morte de um dos personagens. Uma narrativa muito bem escrita que nos faz pensar e refletir sobre a nossa vida, mas também observar como essas lutas modificaram e afetaram a vida de tantas pessoas para sempre.

A história é crua, dura e tem a visão do autor também embebida das questões de ser separatista e Basco ou não e também dos posicionamentos contra e a favor, fanáticos ou não.
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Cat 21/02/2021

Muitas reflexões
Esse livro é muito forte... Aborda temas mtt atuais como o ufanismo e a insatisfação do povo. Narra a história de duas famílias na Espanha divididas devido às ações do ETA. Uma história que simplesmente não tem mocinhos ou bandidos, apenas vítimas
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Amanda Ciarlo 18/02/2021

Narrativa sem surpresas
Acompanha a história de duas famílias envolvidas (em lados opostos) na luta do ETA pela independência do País Basco na Espanha. Narrativa muito diferente, que intercala narrador em 3ª e em 1ª pessoa, de forma não linear. Cada capítulo parte da perspectiva de um personagem diferente, em tempos diversos da narrativa. Apesar de ter gostando bastante do estilo narrativo e do tipo de escrita do autor, além de ter a possibilidade de conhecer mais sobre esse movimento emancipacionista espanhol, achei a história (de forma geral) maçante e arrastada. Acredito que isso se dê porque já sabemos, desde o início, o desenlace da história destas duas famílias, portanto o livro não apresenta muitas novidades, apenas as lacunas da história que vão sendo aos poucos preenchida, sem significativas surpresas. A leitura foi boa, mas pelas avaliações aqui esperava muito mais.
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Lurdes 07/02/2021

Que livro maravilhoso.
Bittori quer perdoar para que o fardo de sua dor não seja tão pesado, mas como, se não lhe pedem perdão?
Abordar as ações e consequências das ações do ETA não é tarefa fácil, mas Aramburu consegue nos guiar por caminhos tortuosos e nos apresenta uma história que extrapola as questões politicas do movimento.

Constrói uma história de afetos, de dores, de conflitos familiares, de descobertas, de auto conhecimento.
O autor vai desenrolando a narrativa sob o ponto de vista de vários personagens, tecendo uma teia de encontros e desencontros.
Sua sensibilidade em narrar os fatos, sem julgamentos e condenações, a não ser os empreendidos pelos personagens, que mesmo em momentos de grande sofrimento, mantém uma fina ironia, nos faz chorar, rir, nos apaixonar e nos emocionar.
Um daqueles livros que levamos para a vida.
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O resenheiro 30/01/2021

Até que ponto vale defender sua pátria?
Duas famílias antes amigas que não se falam mais. Uma delas vive um lado da história, tendo o aita (pai) assassinado pelo ETA. A outra família acaba tendo um dos filhos desviado para o lado dos defensores da libertação do Euskal Herria (país basco).

Capítulos curtos deixam fluir mais fácil a narrativa envolvendo o drama e a história de cada membro destas duas famílias. As amas (mães) de cada uma delas têm personalidade muito forte, deixando a dúvida de até que ponto conseguimos perdoar o outro.

O autor criou até um mini glossário para nós leigos entendermos e aprendermos um pouco os termos bascos que vão aparecendo ao longo do romance. O livro virou série na HBO! Muito Bom!
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fev 24/01/2021

Uma obra relevante com uma narrativa poderosa
Pátria narra a relação de duas famílias e como a luta nacionalista e o grupo terrorista ETA acabam afetando a vida e o convívio entre eles. Bittori e Miren são amigas de longa data e matriarca de cada uma dessas famílias. Ao longo da história vamos acompanhando a vida de cada um dos membros das famílias.

Para mim, o melhor do livro é a complexidade dos personagens e a construção do texto. No começo o modo de narrar de Fernando Aramburu me lembrou Elena Ferrante. Eu ainda prefiro Ferrante, mas Aramburu tem um texto que prende e flui de maneira incrível. A narrativa fica indo e voltando entre memórias e acontecimentos do presente. Em meu entendimento não há um acontecimento principal em que a história gira entorno. Cada personagem tem o seu conflito, as suas particularidades fazendo com que tudo ali se torne importante.

A complexidade não fica somente entre os personagens. A história se passa no País Basco em um período em que o grupo terrorista ETA atuava com ataques sanguinários em busca soberania do país. Com esse fundo o autor constrói um ótimo panorama sobre os integrantes do ETA e como eles agiam. Os julgamentos e pontos de vista sobre a luta nacionalista e os afetados pelo terrorismo são comentados pelos personagens ao longo das passagens. Há um discussão importante sobre movimentos que buscam independência e a forma que agem para chegar ao seu objetivo.

Enfim, é uma obra relevante com narrativa excelente além de ser rico em aspecto cultural. Não há o que negar. Apesar de achar o final fraquinho e diferente daquilo que eu esperava e vi durante toda a leitura. Ele parece não conversar com os acontecimentos extremos, mas se tratando de seres humanos tudo é possível. Recomendo a leitura porque acredito na relevância do da história.
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