Vih 08/05/2022
Encorajamento à prática educativa
O autor desta obra complexa e reflexiva foi professor da UNICAMP e da PUC, atuou como Secretário de Educação da Prefeitura de São Paulo de 1989 a 1991, a obra em questão foi sua última publicação ainda vivo, por sua grande contribuição em trabalhos de cunho educacional, crítico e político, foi reconhecido mundialmente e contemplado com títulos de doutor honoris.
Pedagogia da Autonomia é um livro complexo e reflexivo que produz indagações sobre práticas pedagógicas e saberes necessários à pratica docente. O autor explana suas reflexões, experiências e criticas à respeito do sistema capitalista e como o professor progressista pode ajudar e incentivar a autonomia dos educando em detrimento do pensamento fatalista, de que “ as coisas são assim mesmo”.
Paulo Freire atribuiu o fracasso educacional ao ensino tecnicista ultrapassado e à métodos engessados que negligenciam o contexto social e econômico do aluno, ou seja o ensino tradicional ( bancário ) que mantém o aluno voltado para os interesses do Estado, tornando o educando como um simples reprodutor das ideologias que o conectam apenas aquilo que esta na superfície de uma sociedade moldada pelo lucro e pelo consumo, aceitando o neoliberalismo e o que o circunda e impondo-o ao alunado em detrimento do incentivo à liberdade e de construções epistemológicas advindas de sua bagagem prévia.
O filósofo reconhecido pelas ideias radicalmente progressistas, aos quais deixa claro, que devem ser construídos por meio da curiosidade
Se, de um lado, não posso me adaptar ou me “converter” ao saber ingênuo dos grupos populares, de outro, não posso, se realmente progressista, impor-lhes arrogantemente o meu saber como o verdadeiro. (FREIRE, 2016, pg.79)
Esta obra retoma diversos pontos levantados em outras obras e embora tenha me incentivado em diversos pontos sobre meu futuro acadêmico, eu planejei compor essa resenha critica de uma forma muito mais elaborada mas, por tratar-se da minha segunda leitura de Paulo Freire (a primeira foi “ A importância do ato de ler”) senti a densidade dos temas e do teor filosófico e político da obra, o que me fez chegar à ideia de que Paulo Freire, faz diversas provocações ao leitor, para que a obra seja lida com criticidade, o que não me deixou muito feliz, pois fui em busca de uma leitura academia mais leve e me ferrei, concluindo que eu tenho MUITAS responsabilidades quanto à pratica docente e MUITO à aprender nessa trajetória, ainda mais no que tange ao tema : política.
Paulo Freire enfatiza a importância do conhecimento ou leitura de mundo. Este livro me incentivou à buscar mais conhecimento e reforçou a minha ideia à respeito de produção cientifica, cultural e educacional em meu país, levantando uma centelha de esperança e gana para prosseguir com a pratica docente e acadêmica. EU PRECISO LÊ-LO NOVAMENTE, de maneira mais fluida pois fiz várias pausas e preciso analisá-lo melhor, com mais repertório e embora alguns pontos sejam radicais, sonhadores e utópicos, o Patrono da Educação do Brasil deixa evidente seu posicionamento; “Prefiro ser criticado como idealista e sonhador inveterado por continuar, sem relutar, a apostar no ser humano (...)”.