Resenhas - Pedagogia da Autonomia

Blackthorne 11/12/2022

Comecei essa leitura por causa da faculdade e saí extremamente impactada.
Paulo Freire em "Pedagogia da Autonomia" nos dá exigências para a prática docente, e vai desde aspectos do ensino em si, quanto psicológicos, emocionais, sociais e geográficos tanto dos professores, quanto dos alunos, afim de estimular o pensamento crítico e autonomia dos educandos.
Recomendo muito, pois é um livro ímpar e que levanta questões extremamente atuais, fomentando criticidade do leitor para a prática pedagógica, seja ele um professor, ou futuro professor, seja ele só um entusiasta do tema pedagogia.
5/5 fácil

Scarlett11 07/12/2022

"É por isso que devo lutar sem cansaço. Lutar pelo direito que você, que me lê, professora ou aluna, tem de ser você mesma e nunca, jamais, lutar por essa coisa impossível, acinzentada e insossa que é a neutralidade. Que é mesmo a minha neutralidade senão a maneira cômoda, talvez, mas hipócrita, de esconder minha opção ou meu medo de acusar a injustiça?"

Lendo Paulinho no final do semestre para me dar um gás e continuar seguindo com o que eu acredito, uma educação humana e ética ?

Tati Fischer 22/11/2022

Nada de pedagogia
Esse foi o último livro escrito pelo patrono de nossa educação. Graças à Deus!?? Ele não tem nada de pedagogia e sim como implantar a ideologia que ele seguia aos nossos alunos. É o livro mais escancarado, onde ele expõe isso. Com frases complexas, usando palavras repetidas, tem um entendimento comprometido para leitores que não tem experiência, pois ele escreve, escreve e quer dizer outra coisa, subliminarmente. Confirmando isso, após uma pequena frase no meio de uma narrativa extensa sobre o que o professor deve ou não deve fazer para/com os alunos. Li, para entender a visão de pessoas que o admiram. Mas lembrando que, para admirarmos, temos que conhecer sua história de vida, suas ideologias, não só como professor e sim como homem. Sua visão política é extremamente narrada neste livro. Sempre com doses subliminares.

Midois 18/11/2022

Ser Mais
Acho que Paulo Freire mudou minha forma de ver a educação brasileira. A ideologia fatalista neoliberal é tão poderosa e tão cinicamente imposta pela burguesia que eu não enxergava as possibilidades que a Educação poderia tomar. Certamente,eu sabia da precariedade da instituição e de como a postura reacionária enfraquece nossa aprendizagem numa escola, universidade, faculdade,etc. Contudo,a podridão da ética do livre mercado que o professor aponta na obra conseguiu me surpreender de inúmeras formas. Em nosso decadente cenário, somos sempre apontados de que
"O mundo é assim"
"A vida é a vida, né"
"O desemprego faz parte,você só tem que inovar"
como se a ética humana fosse menos importante que a ética do mercado.
A sociedade burguesa,o modo de produção capitalista, é um atraso em sua essência e não mudará,porque prefere seguir uma utopia da sobrevivência humana baseada na economia do livre mercado.

Liniane.Callian 16/11/2022

Ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para sua construção. Conforme o autor para ensinar sobre a autonomia não tem como somente pela teoria, mas é preciso possibilitar experiências práticas.
O professor progressista é aquele que tem autoridade referente a organização de conteúdos e busca conhecer as necessidades sociais, culturais do educando, assim desenvolvendo uma prática ligada a realidade dos alunos tornando a aprendizagem significativa.

Rangel 16/11/2022

Saberes Pedagógicos


Conforme Paulo Freire, no seu livro "Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática docente", homens e mulheres são seres históricos e inacabados, em constante aprendizado.

Os saberes necessários para a prática educativa da docência devem mudar na concepção sobre a educação de não concebê-la como uma educação bancária, uma vez que o educando, ao receber inúmeras informações, não vai poder ser um depósito educacional do educador.

Porém, o educador, no seu mister, deveria proporcionar ao educando a interação do conhecimento, a fim de a educação ser libertadora e emancipatória.

As lições freirianas no livro, então, resumem-se nos seguintes aspectos: 1) que ensinar exige rigorosidade metódica a pensar certo a respeito dos conhecimentos e a certeza da finalidade de estar aberto e apto a busca do conhecimento; 2) que ensinar exige pesquisar; 3) que ensinar exige respeito dos saberes dos educandos; 4) que ensinar exige criticidade consciente de estimular curiosidade epistemológica e problematização do conhecimento do senso comum; 5) que ensinar exige estética com ética prática de valorizar, intervir, escolher e decidir; 6) que ensinar exige corporificação das palavras pelo exemplo; 7) que ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição de qualquer discriminação; 8) que ensinar exige reflexão crítica sobre a prática; 9) que ensinar exige reconhecimento e assumir a identidade cultural.

Logo, ensinar requer como novas exigências: a) consciência do inacabamento; b) reconhecimento de ser condicionamento no meio das condições reais de existência; c) respeito à autonomia do ser do educando; d) bom senso; e) humildade, tolerância e luta em defesa do direito dos educadores; f) apreensão da realidade; g) alegria e esperança; h) convicção de que a mudança é possível i) curiosidade.

Assim, ensinar é uma especificidade humana que precisa de segurança e competência profissional com generosidade, compromisso e compreensão de que a educação é uma intervenção no mundo, de que a autoridade se alcança pela liberdade, que a tomada de decisão deve ser consciente, que o saber deve saber escutar, de que se deve reconhecer de que a educação é ideológica, pois ela reproduz o discurso do sistema, no caso do capitalismo, o que, infelizmente, legitima a desigualdade.

Por isso que a pedagogia da autonomia deve disponibilizar-se para o diálogo e buscar em querer o bem dos educandos com uma afetividade que não assuste.

Ao analisar o livro, suas dicas pedagógicas e recomendações são inovadoras, fantásticas e até revolucionárias, no sentido de romper com a ideologia capitalista que se imbui na mentalidade da educação como se fosse acumuladora do conhecimento. 

O conhecimento em si não pode ser considerado algo acabado, mas em construção, em transformação, que estimula todo ser aprendente em ser protagonista da história.

JoaoVictorOF 17/10/2022

Valiosos conselhos
Essa é a primeira obra de Paulo Freire que leio por completo. É impressionante a visão que ele tinha sobre a educação e a forma como ele descreve o ato de ensinar. É uma tarefa difícil, sim, mas intensamente humana e recompensadora para todos os envolvidos: um processo dialético no qual educando e educador aprendem um com o outro.
Também é quase tocante como ele revela conhecer muito bem os desafios da profissão, mas nos inspira a prosseguir. Para mim, que estou me preparando para começar seriamente na profissão logo mais, a leitura pareceu um terno abraço em alguns momentos.
É fácil, conhecendo a realidade de uma sala de aula, assumir que os conceitos aqui estabelecidos não passam de um sonho utópico; mas acho que qualquer professor precisa ter um horizonte ideal, ainda que distante, para o qual possa olhar ao pensar e organizar a sua prática.
É uma pena que haja uma turba odiosa, em sua maioria pessoas sem nenhum conhecimento ou preparo para falar de educação, que mancha o nome desse educador sem ter lido uma única palavra sua.

Ariane.Porto 04/10/2022

Ensinar requer uma série de quesitos para haver reciprocidade de sucesso.

Engraçado como muitos criticam Freire sem nunca ter lido nenhuma das suas obras, sem conhecer as suas teorias, atribuem a ele ideias deturpadas que em nada comungam com seus ensinamentos.

Paulo Freire, Grande Professor.

Mila 29/09/2022

Pedagogia da autonomia
Relação de educador e educandos vai muito além de transferir conhecimento, é saber ensinar e está sujeito a aprender com os alunos. É dá autonomia aos educandos a questionar, a ir contra esse sistema de injustiças e misérias e buscar os meios de reverter esse sistema. Um sistema que se não der autonomia para os alunos a pensarem acabam normalizando as injustiças.

Maria13245 28/09/2022

Pedagogia da autonomia
Fiz essa leitura para um trabalho da faculdade.
Nunca fui muito fã de livros "não literários", mas Paulo Freire me surpreendeu. Com sua escrita quase poética discorreu sobre os saberes necessários para a prática educativa, sempre de forma muito humanizada.
Tive dificuldade de focar em alguns momentos da leitura, mas como disse, não é um gênero que estou muito acostumada a ler.

DouReichert 20/09/2022

imagino que seja o livro que melhor sintetiza de forma acessível o projeto freireano. compreensível, profundo e prático.

@bibliotecagrimoria 16/09/2022

Sem dúvida Paulo Freire, através desse livro, tem muito a dizer aos professores atualmente. a preocupação em pensar a prática pedagógica em sua ética, em sua estética, em sua função política, é o ponto chave do livro.
Várias passagens são verdadeiros "puxões de orelha" em profissionais docentes que não tem noção da dimensão humanista da prática pedagógica.
Paulo Freire ensina o professor a pensar a sua relação com os alunos, com a realidade desses alunos e com a comunidade de que fazem parte. O autor demonstra em como, muitas vezes, a autoridade e o reconhecimento, o respeito, ao professor se fundam no compromisso ético que este tem com a formação dos seus alunos.
O estímulo à pesquisa, a prática da humildade em reconhecer suas limitações, estão entre as coisas que fazem, segundo o autor, o professor se policiar no seu processo de aperfeiçoamento, tendo influência direta em sua relação com os alunos e em como estimula o desejo da aprendizagem, da pesquisa, e também do ensino, nos mesmos. Pois "não há docência sem discência", ensinar também envolve aprender.

Cáh 13/09/2022

Paulo Freire sempre causa impacto com suas discussões ao longo da pedagogia.
Em Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire discorre sobre como os professores devem ensinar os alunos, criando uma ação transformadora. Para isso, explica sobre a ética crítica, a competência científica e a amorosidade autêntica, com base em engajamento político.

mari 12/09/2022

redundante
É inegável que Paulo Freire traz muitos ensinamentos valiosíssimos com esse livro, porém sinto que ele repetiu os mesmos pontos muitas vezes sem realmente aprofunda-los. Assim, mesmo antes de chegar na metade, já estava achando bem maçante, só terminei porque era leitura pra faculdade.

Mareufq 11/09/2022

Responsabilidade de ser gente.
?É na minha disponibilidade permanente à vida a que me entrego de corpo inteiro, pensar crítico, emoção, curiosidade, desejo, que vou aprendendo a ser eu mesmo em minha relação com o contrário de mim. (?)? (p. 131)