As intermitências da morte

As intermitências da morte José Saramago




Resenhas - As Intermitências da Morte


1183 encontrados | exibindo 151 a 166
11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 |


Peterson.Silva 15/06/2012

Espetacular
Um livro foda. Simplesmente foda. Ele dá uma volta tão completa lá pela metade que até parecem duas histórias, mas afinal o título faz referência às intermitência_s_, várias, várias. Aliás, duas histórias pois uma é mais como o Ensaio sobre a Cegueira e a outra é mais como... Bem... Como um romance romântico _muito_ bem feito, _muito_ gostoso de ler e de arrancar uns sorrisos de arranhar a espinha --- sorrisos e risos, na verdade, sorrisos e risos que fazem a gente pensar "Saramaaaago, miniiiinu, onde que cê tá iiindo, veeelho?". Enfim, um livro favoritado e cinco-estrelado, mas ainda tem suas coisas que, dessa perspectiva brasileira e específica, não dá pra superar. Não, nunca vou gostar de verdade dos diálogos dele, separados por vírgulas e marcados por letras maiúsculas. Entendo e até aprecio a dinâmica no final das contas, mas me irrito irremediavelmente. E, bem, eu achei o final muito, muito, _muito_ mais interessante em termos de coisas que dá pra pensar; enfim, o anglófono (porcamente traduzível apenas) "food for thought". Ainda assim (a despeito disso), eu adoraria ver uma revelação fatalista. De uma forma ou de outra, absolutamente fantástico. Ah, e, claro, sem falar da conversa entre a dona morte e a 'gadanha'. _Fenomenal_!
comentários(0)comente



Peterson Boll 11/01/2012

Leitura de filosofia em prosa e verso, com o habitual tratamento do autor, que por vezes beira a genialidade. Porém, falha um pouco no desfecho do enredo.
comentários(0)comente



Lílian 16/10/2012


As histórias de Saramago são maravilhosas, ele era, sem dúvida um autor inteligentíssimo, de grandes sacadas. Só que algumas vezes suas tramas dão voltas e voltas no mesmo lugar, isso é chato! Mesmo que se trate de algum recurso intencional para fazer "didaticamente" o leitor encarar e refletir sobre o papel de ser passivo e manso que o homem comum tem exercido no decorrer dos milênios, ou sei lá, causar alguma manifestação, jogar na cara de quem lê a "pasmaceira" da vida...
As tramas ganhariam mais com uma dose de dinamismo e prenderiam mais a atenção. Evitaria que o término da leitura se tornasse um exercício de perseverança, conforme aconteceu comigo nesse livro.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Aline 24/07/2012

Ah... O gostinho da primeira vez
Confesso que este livro ficou um bom tempo parado na minha estante, até que, finalmente, um estímulo sobrenatural fez com que eu dissesse “é hoje” e me sentisse pronta para ser iniciada no mundo de Saramago.

Logo na primeira página estranhei a forma do texto, quase sem pontuações. Mas me adaptei muito rapidamente à leitura que, de repente, passou a ser rápida e fluida.
Na primeira parte, imergimos no contexto de uma nação onde a morte parou de matar (?!). O tom é de documentário, com muita crítica e uma ironia ácida ímpar. Posteriormente passamos ao ponto de vista da própria morte e, finalmente, temos um desfecho mais romantizado que encerra o ciclo da narrativa.

Crítica social, ironia inteligente e transposições sucessivas do irreal sobre o real. Tudo na medida certa e com estilo único, genial.

Adorei.
comentários(0)comente



Rita.Sodre 04/05/2015

Mais uma leitura concluída. Texto crítico, irônico e desafiador. A falta da morte e suas consequências nas diferentes instâncias da vida em sociedade. Discussões morais são os pontos altos. Um tanto decepcionada com o final, mas, quem sabe, os finais não sejam tão importantes e, antes, as provocações feitas ao longo da história.
comentários(0)comente



Horroshow 31/05/2015

Impecável
Resenha por Marina Borges

À última badalada do dia 31 de dezembro, tudo parece mudar. Pessoas que estavam à beira da morte parecem dar um novo suspiro em direção a uma nova vida, ou melhor, à imortalidade. No dia 1° de janeiro tudo é diferente. Cidadãos, jornalistas e até mesmo clérigos procuram uma explicação para o que estava acontecendo. Por onde a Morte está?

Como poderíamos imaginar, esse acontecimento abala todas as estruturas da sociedade. De repente, gerações e mais gerações coexistiriam. Seguro de vida? Para quê? As seguradoras, na tentativa de não falir, oferecem novos planos. Todos tentam se adaptar a essa nova realidade, apesar do aparente caos. Até as fronteiras precisam ser repensadas, já que esse fenômeno afeta apenas aquele país e algumas famílias tentam levar seus familiares para morrer nos países vizinhos. Parece perturbador, certo?

(... Leia mais no link abaixo)

site: http://bloghorrorshow.blogspot.com.br/2015/02/as-intermitencias-da-morte-jose-saramago.html
comentários(0)comente



Alcinéia_az 13/07/2015

“A morte conhece tudo a nosso respeito, e talvez por isso seja triste.”

A morte decidiu oferecer aos seres humanos que tanto lhe detestam uma pequena amostra do que seria viver para sempre, isto é, eternamente, e, no dia seguinte ninguém morreu...
Não há no dicionário palavras suficientes para descrever este livro, até a metade ele é maravilhoso, daí para o final é muito melhor. Nesta obra Saramago critica a Igreja, o Estado, a mídia a e hipocrisia do ser humano, e, ao mesmo tempo nos emociona com um incrível romance... Perfeito!!!
Na primeira parte do livro a morte nos é apresentada como fatal, aquela que decide, e se com sua presença a humanidade sofre, em sua ausência esta definha. A morte passa de odiada, a desejada. Na segunda parte, a morte não perde o seu poder, mas ela conhece o único sentimento que lhe é mais forte e o qual não consegue vencer... o amor.
Emocionante!!!
comentários(0)comente



@raizaxavier 25/07/2015

Saramago surpreendendo
Um dos finais mais lindos que já li na vida!
comentários(0)comente



Laura.Mota 26/07/2015

Intermitências da morte
Saramago coloca mais uma vez em prática aquele tipo de pensamento que às vezes temos, do tipo "e se de repente o mundo....", que invocam o absurdo. Mas em Saramago o absurdo se torna possível e aqui a morte dá um chilique e resolve parar com seus serviços por um tempo. O que parecia uma dádiva logo se mostra um problema: a igreja, as funerárias, os filósofos, o governo se põem a pensar: E agora? O livro, que poderia ser trágico ou sinistro por conta do tema da morte se mostra leve e de algum modo divertido a partir do momento em que o narrador vai mostrando seu lado irônico e em que o leitor pode interagir com ele. A morte, agora personagem, (mesmo com o 'm' minúsculo, como ela mesma quer) se mostra mais humana do que poderíamos imaginar.
comentários(0)comente



Felipe Lima 24/08/2015

Nada Mais Humano Que a Própria morte
A cada livro que leio de Saramago mais surpreso e impressionado fico. Comprova-se claramente que sua fama é merecida, mesmo tendo alguns obstáculos (forma de escrita modernista e o idioma pt-pt) ainda sim, estes não conseguem ofuscar o brilho hipnotizante da obra do autor. "As Intermitências da Morte" trabalha sobre a figura da morte que assombra a todos os seres humanos. À medida em que Saramago humaniza a morte, ele também começa a desconstruir os temores humanos que a cercam, demonstrando que tememos ao que vem post-mortem e não a morte em si.
Extremamente sagaz e sutil, o autor lusitano consegue construir sua trama baseando-se numa antiga pergunta: "O que aconteceria se um dia nos livrássemos da morte?". A resposta mostra-se bastante crível quando o escritor passa por várias instituições humanas (como o Governo, a Igreja e a Famila) apontando como aquilo que o homem mais deseja, poderia levar a sociedade em que vive a uma situação de colapso. Depois de um breve momento de euforia, os homens percebem que a morte é uma parte vital do nosso ciclo de existência e que sem a mesma a vida torna-se quase impossível.
Num segundo momento do livro, após desconstruir o homem e sua relação com a morte, chega a vez da própria morte ser desconstruída pelo autor. Saramago consegue com maestria, dar feições tão humanas a morte (às vezes mais humanas que as das personagens humanas do livro) que é muito fácil para o leitor simpatizar com a ceifadora. Como todos a morte aos poucos sente, descobre e vivência sentimentos que são de características humanas (vaidade, culpa, pena), chegando ao seu clímax ao reconhecer-se de fato humana, quando a mesma se descobre falível. Até mesmo o violoncelista, que só tem destaque nos últimos 4 capítulos, consegue ter uma profundidade que nos cativa. Conhecê-lo por si e pelos olhos da morte nos dá uma chance de criar um carinho pela personagem que para alguns autores é difícil construir em poucas páginas. Encantado e satisfeito eu chego ao fim do livro, refletindo sobre as inúmeras questões postas pelo escritor as vezes de forma sutil, ora de forma irônica e outra de forma totalmente clara. Só mesmo Saramago para me fazer ler um capítulo inteiro e me fazer sentir diversas coisas: eu começava me divertindo no capítulo, no meio achava que o mesmo estava ficando maçante e quando chegava no final e eu tinha a ideia completa de onde o autor queria chegar eu pensava "Meu Deus... Isso é genial!"
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Luiz Gonzaga 17/09/2015

E a morte, onde está?
Saramago nos oferece uma ideia-armadilha: habitar um país cujo nome, por não interessar, não é mencionado; onde as pessoas mesmo não têm nome e onde, eis a armadilha, a morte se resolveu por interromper suas atividades por tempo indeterminado.
O que poderia representar o paraíso vai se convertendo no seu oposto à medida que nos damos conta de como nossos desejos - eu não queria morrer! - podem ser impensados e inconsequentes. Funerárias, hospitais, asilos, serviço de saúde e a própria igreja se deparam com a possibilidade de colapso enquanto os personagens, todos anônimos: o cardeal, o primeiro-ministro, o rei, o tocador de violoncelo; se agitam para entender e conviver com essa nova realidade, a falta que a morte faz. Então eis que, entre esforços para manter as aparências e disputas entre máphia e governo, a morte surge! É afinal a principal personagem, a que dá o tom, aquela que por suas decisões, indecisões e desejos, proporciona que viajemos para o mundo das pessoas sem nome incapazes de morrer, pra dentro de nós mesmos.
Saramago nos proporciona vários motivos e momentos de reflexão durante a leitura. Como as cartas de aviso que a morte resolve enviar, num rasgo de generosidade, aos seus próximos clientes alguns dias antes da hora fatídica: o que farão aqueles que souberem a data exata da sua morte?
A luta de interesses entre o estado em crise e o cidadão comum que, não pretendendo permanecer com doentes terminais eternos em suas residências, não vê alternativa que não seja negociar com a máphia o enterro dos seus entes queridos no estrangeiro.
O anonimato dos personagens que faz com que o leitor seja pressionado a comparar os dois mundos, o real e o imaginário, e concluir que afinal não são tão diferentes.
“As intermitências da morte” é um livro de perguntas: o que aconteceria se...? E ainda mais, um livro para reflexões: O que faríamos se...? É uma estadia no mundo dos sonhos.
comentários(0)comente



Luiz Bento 06/11/2015

Fôlego
Se tem uma coisa que Saramago sempre tira é o meu fôlego mental. E não é simplesmente por não separar os diálogos, por não dar nomes aos personagens, por não gostar de ponto final. Isso tudo ajuda, mas os diálogos que ele consegue produzir é algo simplesmente genial.

Incrível como esse livro começa de forma quase que tradicional saramagoniana, mas em uma segunda parte traz uma experiência completamente diferente que beira o non sense aliado ao humor. Em um primeiro momento achei que seria minha pior experiência com Saramago, mas é claro que a mudança de ritmo é algo planejado e meticulosamente calcularo. E ele sempre me surpreende e fecha a trama de forma magistral.
comentários(0)comente



1183 encontrados | exibindo 151 a 166
11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR