As intermitências da morte

As intermitências da morte José Saramago




Resenhas - As Intermitências da Morte


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suellem 07/04/2016

as intermitências da morte
Um livro sobre a morte. Imagine viver em um lugar onde as pessoas deixam de morrer no exato momento em que o relógio bate as 24 hrs no dia 31 de Dezembro. Parece incrível, né? Porém, nesse livro o autor vai mostrar que "assim como a vida a morte é necessária ". Nesse determinado lugar onde isso acontece, outros problemas começam a surgir, como a super lotação nos hospitais, a falta de preparo do governo, as funerárias falindo, as igrejas perdendo os fiéis visto que " sem morte não há salvação ", E aqueles mais esperto que se aproveitam do momento para ganhar dinheiro. Em um dado momento, as pessoas estão tão desesperadas que uma família resolve atravessar a fronteira para ver se lá as pessoas ainda estão a morrer, e assim que lá chegam morre um senhor um senhor que já estava entre a vida e a morte, e um bebezinho que já nasceu doente. Então é feito um enterro clandestino pelos parentes. Ao regressarem isso acaba se tornando notícia, sai nos jornais, e outras famílias querem levar seu parentes já quase mortos para lá. Porém surge a "maphia " um grupo que cobra um valor altíssimo para levar as pessoas para a morte. Algumas famílias acabam cedendo e pagando o que gera uma briga entre governos, pois estão invandido e lotando cemitérios sem pagar nada.

O livro se divide em 3 partes, a primeira descrita acima, a segunda o regresso da morte e a terceira o motivo da morte ter sumido. Apesar de curto o livro é bem intenso, uma história bem elaborada cheia de críticas (típico do autor ) a igreja, ao governo, as leis...
Não achei um livro previsível, porém não me contentei com o final, faltou explicação. E depois da primeira parte parece que a história demora a se desenrolar. Pensei em abandonar diversas vezes o livro. Não foi um livro ótimo, mas também não foi um livro horrível. Foi uma razoavel leitura.
Gaby.Mavonni 28/04/2016minha estante
Poderia me falar o personagem que você mais gostou e o que menos gostou e descreve-lo com detalhes e tambem a cena que voc mais gostou e a que menos gostou com detalhes, e me dizer qual relação esse livro tem com algum aspecto/momento historico-social pu moderno-social, urgengr me ajude, precisl disso para dia 29/04 ou seja amanhã, poderia me ajudar?




Landcaster 03/02/2018

Intermitências também nossas
É normal sentir-se de coração apertado ao terminar de ler esse livro?

Saramago dá mais um show de brilhantismo com seu minimalismos repletos do fantástico.

Como se não bastasse, traz à tona reflexões muito válidas sobre algo que nos é tão corriqueiros e tão cotidiano como a morte. Um dia ela vira para todos, caso não resolva prática conosco também uma de suas intermitências. Sobretudo quando o amor a supera como a maior forma de morrer.

Impossível não amar o desenvolver das páginas e a volúpia por saber cada vez mais.

Dá-nos até mesmo vontade de nunca mais morrer para poder revisitar muitas mais vezes essa obra de arte.
Landcaster 03/02/2018minha estante
Não consigo editar as estrelas. Ficou errado aí. Mas é um 5/5




Darla 17/11/2016

E se...
E se ninguém mais morresse?

Intermitências da morte é uma boa resposta para essa pergunta quase infantil.

Achei válidas todas as minhas próprias perguntas respondidas.

Mas aviso, resista até a página 100, pode ter sido impressão, mas até não chegar nessa página o livro estava bem chato.

Um ótimo livro para quem gosta de histórias inusitadas.
Clara 26/12/2016minha estante
Obrigada pela resenha! Porque estou na página 73, quase desistindo...




Drighi 29/07/2021

Saramago foi um escritor que fez parte da minha grade de estudos na faculdade, mas por conta da "fama" que o autor tinha não me atrevi ler nenhuma de suas obras. No entanto, por conta do grupo de discussão literária que faço parte em minha cidade, As Intermitências da Morte foi escolhida pelo voto coletivo e senti-me, de certa forma, obrigado a ler.

Confesso que essa foi uma das obrigações mais prazerosas que já tive. Digo mais, num momento oportuno para ler sobre a morte quando ela bate às nossas portas todos os dias. José faz uma crítica às dois pilares da sociedade: religião, estado. Ele aborda de uma forma crítica a morte e como a ausência dela é a instauração de caos para as esferas citadas.

Percebe-se no decorrer da obra tanto o riso irônico quanto a comicidade como instrumentos de crítica mordaz a instituições sociais, políticas e religiosas do mundo contemporâneo. Exemplar, nesse sentido, é o diálogo entre o primeiro-ministro e o cardeal, o qual se dá
no início do relato, logo que se difunde a percepção de que ninguém mais morre no
país; eles conversam, por telefone, sobre as situações complicadas do Estado e da Igreja ante a ausência da morte.

Uma obra necessária e que recomendo a todos leitores. Termino, minha resenha, com o trecho a seguir:

“Houve uma nova pausa, que o primeiro- -ministro interrompeu, Estou quase a
chegar a casa, eminência, mas, se me dá licença, ainda gostaria de lhe pôr uma
breve questão, Diga, Que irá fazer a igreja se nunca mais ninguém morrer, Nunca mais é demasiado tempo, mesmo tratando-se da morte, senhor primeiro-ministro, Creio que não me respondeu, eminência, Devolvo-lhe a pergunta, que vai fazer o estado se nunca mais ninguém morrer, O estado tentará sobreviver, ainda que eu muito duvide de que o venha a conseguir, mas a igreja, A igreja, senhor primeiro-ministro, habituou-se de tal maneira às respostas eternas que não posso imaginá-la a dar outras, Ainda que a realidade as contradiga, Desde o princípio que nós não temos feito outra cousa que contradizer a realidade, e aqui estamos, Que irá dizer o papa, Se eu o fosse, perdoe-me deus a estulta vaidade de pensar-me tal, mandaria pôr imediatamente em circulação uma nova tese, a
da morte adiada, Sem mais explicações, À igreja nunca se lhe pediu que explicasse
fosse o que fosse, a nossa outra especialidade, além da balística, tem sido neutralizar, pela fé, o espírito curioso, Boas noites, eminência, até amanhã, Se deus quiser, senhor primeiro ministro, sempre se deus quiser, Tal como estão as cousas
neste momento, não parece que ele o possa evitar".
Meus Anos Em Livros 08/02/2022minha estante
Estou lendo atualmente e essa foi uma das passagens que eu marquei por ter me chamado muita atenção! O livro realmente está sendo excelente!




Ana Letícia Brunelli 16/01/2018

Saramago mais ''atacado'' do que nunca!
Eu achei brilhante a ideia proposta pelo autor neste livro. Ele começa com a frase ''No dia seguinte ninguém morreu'' e a partir daí vai traçando, com toda a sua inteligência, ironia e rebuscamento, o que sucederia se a morte, personagem central do livro, chateada com a falta de reconhecimento e consideração consigo, resolvesse parar de matar. Personificada, a temida ceifadora de vidas aparece na história com atributos humanos, psicológicos e físicos, e experimenta as ambiguidades enfrentadas por todos os seres viventes.
A ironia de Saramago é deliciosa, e para mim, é o ponto alto de sua narrativa. Ele insere no contexto os tipos típicos da sociedade humana, retratando seus comportamentos, posturas e interesses de forma sempre sarcástica, porém com uma linguagem extremamente refinada e polida, e uma criatividade muito além do que normalmente podemos imaginar.
No entanto, apesar de admirar essas características do autor, confesso que nesta obra tive dificuldades com elas. É certo que não li todos os seus livros, mas entre os que eu li, neste ele me pareceu mais ''atacado'' do que nunca, tanto na criatividade, como na prolixidade de ideias e linguagem. Enfim, ''viajou na maionese''! O que não tira, de forma nenhuma, o brilhantismo da obra, e sim, só a torna ainda mais suntuosa e desafiadora para nós leitores.

''Como já alguém disse, tudo o que possa suceder, sucederá, é uma mera questão de tempo, e, se não chegámos a vê-lo enquanto por cá andávamos, terá sido
só porque não tínhamos vivido o suficiente''.
Marcoux 16/04/2018minha estante
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Ronald 17/07/2017

"[...] De deus e da morte não se têm contado senão histórias, e esta não é mais que uma delas."
Para os interessados em literatura aqui vai uma resenha amadora do livro "As intermitências da morte":
Com seu tom irônico, Saramago decide escrever sobre o que, provavelmente, é o maior temor da humanidade: a sua própria finitude. Na primeira parte da narrativa, nos é apresentado um país fictício no qual a morte encerra suas atividades por tempo indeterminado. Isso mesmo! A figura esquelética decide encostar sua famosa gadanha, com a qual costumava ceifar as vidas dos pobres mortais e opta por dar uma amostra da imortalidade. O presente é inicialmente visto como uma bênção vinda do próprio céu, no sentido metafísico da palavra, mas não demorou para que o "não morrer" se transformasse em um grande problema. O amontoado de gente moribunda ocupando os hospitais aumentam em proporções geométricas, as seguradoras falem, a previdência governamental fica no vermelho e as funerárias perdem sua matéria prima. Diversas camadas da sociedade são atingidas por uma crise nunca vista antes. O presente de grego da morte se mostra então como pesadelo para o Estado, para a iniciativa privada e principalmente para a Igreja, que acabara de perder o maior dos seus subornos: a promessa de vida eterna.
Saramago nos apresenta assim o que seria o outro lado da moeda da imortalidade: uma prisão da qual não há como escapar e, a depender dos nossos hábitos e de com quem teremos de conviver, ela será uma agonia sem fim. É por isso que os vampiros da literatura são sempre melancólicos, solitários e infelizes (exceto os que brilham na luz do sol). A segunda parte da narrativa é ainda mais interessante: o autor personifica a própria morte para que ela (sim, "ela") se justifique e devolva o "direito de morrer". A figura que era vista como a maior inimiga dos viventes, agora é aclamada como redentora. Mas a morte não decide apenas voltar de suas férias como também mudar a forma como exerce seu ofício: daquele momento em diante ela mandaria cartas roxas avisando sobre o falecimento com a antecedência de uma semana. A história aqui muda de ritmo e tom de uma forma elegante, e após uma das cartas ser mandada de volta para o remetente três vezes seguidas, passamos a acompanhar cada passo da morte em busca de explicações: onde já se viu? Nunca em toda a história alguém se atreveu a recusar uma ordem sua. A resolução desse mistério leva ao desfecho da história, no qual Saramago encerra de forma tão poética quanto icônica esta que, em minha humilde opinião, é uma das maiores obras do escritor português.
Moisés 26/03/2018minha estante
Esse foi o meu primeiro livro do Saramago que li e já se tornou um dos meus favoritos da vida, não apenas dele, mas de todos.
Achei muito interessante toda a problemática em torno do ?não morrer?, todo o caos que se instaurou na sociedade. O próprio Saramago foi incrível.
Ronald, já leu Ensaio sobre a cegueira?




Gláucia 29/01/2010

Morte divertida
O tema morte pode ser tratado de forma engraçada, nesse caso a Morte propriamente dita, a Morte-personagem. Com seus sentimentos, medos, ansiedades e amor...Que ideia diferente teve Saramago...
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Lilica 16/09/2010

Um livro surpreendente!
Este foi o primeiro livro que li do autor, e foi amor a primeira leitura. A história é deliciosamente surpreendente. A escrita do gênio é com desculpa do paradoxo genial!!! Fazer da morte o protagonista da historia é algo inusitado e ele o faz com maestria. Constrói uma temática interessante e reflexiva sem cair nos chavões, ou ser chato. A escrita de Saramago é também muito peculiar. A semelhança de Graciliano Ramos ele abusa da narrativa corrente deixando pouco espaço para os diálogos e não usa nome para identificar os personagens. Num primeiro momento a sensação é de uma certa confusão, mas logo o leitor se adapta ao estilo do autor e a leitura flui leve e apaixonante. Neste livro em particular ele propõe uma reflexão sobre o papel da morte na sociedade, e ao final da história acabamos por concluir que embora indesejada ela, a morte, é absolutamente necessária para o ciclo da vida. Favorito sem dúvida, recomendo!
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Peterson.Silva 15/06/2012

Espetacular
Um livro foda. Simplesmente foda. Ele dá uma volta tão completa lá pela metade que até parecem duas histórias, mas afinal o título faz referência às intermitência_s_, várias, várias. Aliás, duas histórias pois uma é mais como o Ensaio sobre a Cegueira e a outra é mais como... Bem... Como um romance romântico _muito_ bem feito, _muito_ gostoso de ler e de arrancar uns sorrisos de arranhar a espinha --- sorrisos e risos, na verdade, sorrisos e risos que fazem a gente pensar "Saramaaaago, miniiiinu, onde que cê tá iiindo, veeelho?". Enfim, um livro favoritado e cinco-estrelado, mas ainda tem suas coisas que, dessa perspectiva brasileira e específica, não dá pra superar. Não, nunca vou gostar de verdade dos diálogos dele, separados por vírgulas e marcados por letras maiúsculas. Entendo e até aprecio a dinâmica no final das contas, mas me irrito irremediavelmente. E, bem, eu achei o final muito, muito, _muito_ mais interessante em termos de coisas que dá pra pensar; enfim, o anglófono (porcamente traduzível apenas) "food for thought". Ainda assim (a despeito disso), eu adoraria ver uma revelação fatalista. De uma forma ou de outra, absolutamente fantástico. Ah, e, claro, sem falar da conversa entre a dona morte e a 'gadanha'. _Fenomenal_!
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Peterson Boll 11/01/2012

Leitura de filosofia em prosa e verso, com o habitual tratamento do autor, que por vezes beira a genialidade. Porém, falha um pouco no desfecho do enredo.
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Lílian 16/10/2012


As histórias de Saramago são maravilhosas, ele era, sem dúvida um autor inteligentíssimo, de grandes sacadas. Só que algumas vezes suas tramas dão voltas e voltas no mesmo lugar, isso é chato! Mesmo que se trate de algum recurso intencional para fazer "didaticamente" o leitor encarar e refletir sobre o papel de ser passivo e manso que o homem comum tem exercido no decorrer dos milênios, ou sei lá, causar alguma manifestação, jogar na cara de quem lê a "pasmaceira" da vida...
As tramas ganhariam mais com uma dose de dinamismo e prenderiam mais a atenção. Evitaria que o término da leitura se tornasse um exercício de perseverança, conforme aconteceu comigo nesse livro.
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Laura.Mota 26/07/2015

Intermitências da morte
Saramago coloca mais uma vez em prática aquele tipo de pensamento que às vezes temos, do tipo "e se de repente o mundo....", que invocam o absurdo. Mas em Saramago o absurdo se torna possível e aqui a morte dá um chilique e resolve parar com seus serviços por um tempo. O que parecia uma dádiva logo se mostra um problema: a igreja, as funerárias, os filósofos, o governo se põem a pensar: E agora? O livro, que poderia ser trágico ou sinistro por conta do tema da morte se mostra leve e de algum modo divertido a partir do momento em que o narrador vai mostrando seu lado irônico e em que o leitor pode interagir com ele. A morte, agora personagem, (mesmo com o 'm' minúsculo, como ela mesma quer) se mostra mais humana do que poderíamos imaginar.
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