Luciana Mara 21/05/2011O Rei Marcos da Cornualha estava sendo ameaçado e por isto, o Rei Rivalen de Loonnois se dispôs a ajudá-lo. Em retribuição, Marcos deu-lhe a mão de sua irmã, Brancaflor. Os dois casaram e se mudaram para o mosteiro de Tintagel.
Então o mosteiro foi atacado pelo Duque Morgan. Toda a corte tentou fugir, mas o Rei Rivalen foi morto. Brancaflor, que estava grávida, esperou apenas dar a luz para morrer e se juntar ao marido. Assim, nasceu Tristão, que foi criado por um guarda da rainha, Rohald, nos domínios do Duque disfarçado de plebeu. Tristão aprendeu a caçar, tocar e a ser um guerreiro.
Em suas andanças, Tristão foi seqüestrado por um navio inimigo, mas por milagre conseguiu chegar até Cornualha. Ele encontrou alguns habitantes locais, mostrou suas habilidades de caça e foi levado para conhecer o Rei, e de imediato eles se tornaram amigos.
E em uma das batalhas Tristão quase morreu. Mas este foi curado por Isolda, a loura, sobrinha de um guerreiro morto por Tristão, fato ignorado por ela.
Depois de muito procurar, Rohald encontrou Tristão e revelou que ele era sobrinho do Rei Marcos. Tristão optou por continuar servindo ao Rei, para o ódio de quatro barões que queriam ficar com o reino. Eles instigaram o rei a se casar, entretanto o Rei disse que só se casaria com a mulher do fio de cabelo dourado, o qual é levado por um pássaro até o castelo. E assim, Tristão lembrou que o cabelo era de Isolda, e prometeu ao Rei ir buscá-la.
Ele encontrou, superou a prova imposta e ganhou a mão de Isolda para seu tio. Mas durante a viagem de volta, Tristão e Isolda tomam o vinho com feitiço de amor que a mãe de Isolda fez, e assim se apaixonam loucamente. Contudo, eles não podem ficar juntos, porque Isolda era prometida de outro.
Então eis o conflito do livro: o casal se encontrava, mesmo sendo proibido, eram vigiados de perto pelos quatro barões e enfrentavam vários desafios para ficarem junto. Como tudo aconteceu e o resto da história descubra lendo (ou vendo o filme =P).
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A história, no geral, é bem bacana. Todo mundo curte um 'amor impossível'. Mas tudo é contado tão direto, sem floreios, que o livro perdeu um pouco do encanto (sem contar a presença do narrador chato que fica cantando os acontecimentos, 'Fulano vai morrer', 'Beltrano vai fugir' antes destas coisas acontecerem).
Como o livro era 'a lenda', não tinha detalhes dos acontecimentos, tão pouco uma descrição precisa do ambiente. Eu adoro a descrição das batalhas, as estratégias de guerra, mas neste livro ficava só no 'Tristão foi para a batalha ao lado do rei e venceu'. É frustrante! Espero satisfazer minha vontade de sangue em Guerra dos Tronos que comprei semana passada (e que ainda não chegou =P)
Eu tenho um filme inspirado neste livro. Lembro que escolhi Tristão e Isolda para ler para o DL justamente por causa deste filme. Mas pelo que lembro (e posso garantir que minha memória para estas coisas não é lá muito boa) as duas obras são um bocado diferentes. Recomendo (muito, muito, muito) mais o filme. Mais emoção, mais ação, até mais amor.
E amor é o que senti que faltou. Como o tempo inteiro os amantes, que no livro sempre se chamam de 'amigos', ressaltam que se amam por causa da poção que tomaram eu senti que o amor não era verdadeiro. Era uma fixação, uma necessidade de estar perto, junto, próximos e não realmente o amor que os unia. Passa longe de Romeu e Julieta, apesar do final ser o mesmo (e isto não é spoiler, está no primeiro parágrafo do livro).
Mais em: http://toclivros.blogspot.com/2011/03/52-tristao-e-isolda.html