Resenhas - Feliz Ano Velho

Bianca 23/01/2023

Parece uma história trágica, e pode até ser que seja mesmo, mas o autor optou por tratar de tudo com leveza e bom humor, ainda que sem deixar de ser honesto, de modo que a leitura não se torna dramática.

Tem várias coisas problemáticas, certamente devido à época em que foi escrito, que acabam sendo desconfortáveis de ler, mas dá pra se conformar com isso.

No final das contas, hoje, tanto tempo depois da sua escrita, esse livro acaba servindo como um autêntico retrato na década de 70 no Brasil.

liaastr 23/01/2023

Achei muito legal por saber como é a vida de um tetraplégico, mas a leitura não me prendeu e algumas partes eu achei desnecessárias

Isabella.Arrais 20/01/2023

Li há muito tempo
O livro trata do acidente do autor e como modificou sua vida e suas relações, é um relato da sua vida pós acidente.

andrew 20/01/2023

Feliz Ano Velho
esse livro mudou a minha vida, o meu jeito de tentar viver e enxergar certas coisas. Ta, muitos livros podem ter essa mesma descrição mas esse é diferente pq eu realmente senti ou pelo menos tentar me apegar tudo q o marcelo apresenta durante a obra. Enfim, so consigo agradecer por ter tido olhos não só para le-lo mas também chorar com cada momento emocionante.

Fabrício 17/01/2023

Resumo de um jovem da década de 80
Boa estória de como foi o começo da década de 80 para um jovem universitário classe média alta. Da pra entender de forma leve, através do narrador, como foi o final do regime militar brasileiro e como a juventude da época se sentia e curtia a vida.

Wenderson.Martins 17/01/2023

Feliz ano velho foi a minha primeira experiência de verdade com uma literatura Nacional, cheio de acontecimentos dos anos 70/80, algumas referências a política que me fizeram torcer o nariz mas apenas relevei e segui a leitura.

Nunca tinha parado pra pensar ou imaginar como é a vida de um paraplégico, as dificuldades que ele encontra e fico feliz de ter tido essa experiência, pois creio que agora verei os deficientes com outros olhos, não com pena, mas com admiração por tudo que essa pessoa passou

PS: jamais pular em um lago sem saber a profundidade.

Clara 14/01/2023

é um livro bom, mas algumas vezes parece mais fantasia da cabeça dele do q algo que de fato aconteceu

@vidaliterata 13/01/2023

Muito bom, apesar das problemáticas
A primeira leitura do ano foi esse romance autobiográfico pelo escritor e jornalista brasileiro Marcelo Rubens Paiva. Indicação de um amigo, pois eu não conhecia o autor.

O livro abre com um prefácio escrito por um amigo dele, Luís Travassos, que foi ativista e presidente da UNE em 1968, que infelizmente nem chegou a ler o final do livro do amigo, pois morreu antes.

A história é composta de relatos e memórias em primeira pessoa de Marcelo, um jovem estudante paulistano de classe média. Um dia enquanto estava se divertindo com seus amigos em um lago raso, ele salta e bate a cabeça em uma pedra, na qual resulta numa lesão em sua medula, deixando-o tetraplégico.

Marcelo era um jovem saudável, mulherengo e estava estudando Engenharia. E de repente, ele se vê na UTI de um hospital, dependendo de cuidados de enfermeiros para tudo, sem saber se vai voltar a andar ou não.

Os relatos são fortes e angustiantes. Vemos a sua indignação, revolta e culpa por ter mergulhado e sofrido o acidente. Durante todo o livro ele relembra e reflete sobre vários acontecimentos de sua vida: sua infância, família, amigos e casos amorosos.

Apesar de sua situação trágica, o autor nunca deixa de utilizar o humor ácido, a ironia e críticas sociais, principalmente à ditadura militar. Seu texto é coloquial, cru e direto, com toques de erotismo. Vale ressaltar que a obra foi escrita nos anos 80, portanto, naturalmente possui termos ofensivos e problemáticos à mulheres e minorias.

Um fato chocante é que o pai do autor, Rubens Paiva, um conhecido político da época, foi preso e posteriormente assassinado covardemente por militares durante a ditadura. Marcelo descreve seu trauma e a angústia da família por busca de informações do pai, que "desapareceu" de sua vida quando ele ainda era criança.

Foi muito bom e emocionante acompanhar a evolução do Marcelo ao longo da história, você passa a comemorar com ele toda pequena conquista durante a fisioterapia. Ele é um grande exemplo de superação.

Gostei muito. É uma história que te faz refletir sobre várias questões da vida.

Anabs7 11/01/2023

Querido Marcelo Rodas.
Eu ainda sinto q esse livro tem um pouco de mim, mds tudo q o Marcelo dizia eu fica passada pq eu pensava a msm coisa. QUE LIVRO SENHORES!!! Ditadura, sexo, reflexão e MUITA RISADA.
Curtam a vida como se não houvesse amanhã

Marcos 09/01/2023

Publicado em 1982, feliz ano velho é um drama biográfico que conta a vida e a juventude do jovem Marcelo que teve um marco que mudou completamente sua vida.

Em um um rolezinho com jovens de sua idade em um lugar aberto Marcelo pula de um certo lugar com uma altura considerável e acaba chocando-se contra uma pedra, ou algo parecido, que havia dentro da pequena represa que lhe deixando paraplégico.

Mesmo com o acompanhamento terapêutico, Marcelo recuperou alguns movimentos do corpo porém, não todos a ponto de fazê-lo voltar a andar.

E é com esse acidente como um divisor de águas que a vida de Marcelo se torna uma reflexão lírica e profunda sobre as tramas da vida e as armadilhas da juventude, afinal, Marcelo só havia 20 anos quando sofreu o acidente e foi "condenado" a passar o resto de sua juventude ativa em uma cama olhando apenas, e exclusivamente, para o teto de uma sala de hospital.

Dançar, cantar, namorar, tocar violão, zoar com os parças foram algumas das diversões e entretenimentos juvenis que Marcelo perdeu e ao longo da narrativa, ele nos mostra como superou tal delírio. O autor protagonista relata abertamente e com todos os detalhes seus medos, suas aflições, seus temores e seus ódios, fazendo com que o leitor não sinta dó pelo ocorrido, mas que busque viver intensamente reunindo e colecionando grandes e eternas memórias.

A leitura e a escrita é linear traçando uma rota entre passado e presente da vida do leitor. É um livro que muitos comentam por ser um eterno best-Seller nacional e por isso vale a pena ser lido por diferentes públicos, para isso eu dei ??? estrelas, não foi meu livro favorito, mas curti a forma e a mensagem final que o autor quis passar.

Amelie 06/01/2023

Sobre a história, as poucas coisas que posso dizer que realmente gostei foram as referências culturais e históricas, a variedade de personagens que aparecem durante a obra, as cenas de sexo e o humor. Tirando isso, o livro não surpreende tanto assim. É um tipo de autobiografia diferente e boa pra passar o tempo. É até mesmo interessante pra refletir sobre si mesmo, já que o Marcelo, pela condição de tetraplégico, valoriza coisas que pra maioria são comuns. Mas se formos considerar só a narração em si, o livro não é nada tão maravilhoso.

Elleeen 31/12/2022

Não foi ruim, mas também não me prendeu muito. É mais um dos livros desse ano que só terminei porque deveria terminar.

Ana Peres 27/12/2022

Proximidade e familiaridade
Delícia de livro!

Essa é a melhor definição que encontrei... tenho a sensação de que Marcelo Rubens Paiva é tão real que a qualquer momento posso esbarrar com ele na rua. Ou até mesmo com um de seus doces amigos, Big, Nana, Gorda, Cassy... ou suas namoradas, Ana, Marina... é tudo muito palpável, desde seu apartamento em SP até sua vidinha campineira.

Não sei se isso se deve aos locais familiares onde a história se passa, ou à classe social parecida, ou às aventuras universitárias em comum ou aos sentimentos de rebeldia e urgência aflorados intrínsecos à pouca idade de Marcelo. Só sei que quero ser sua amiga, quero ser amiga de seus amigos, quero frequentar sua casa, quero ver de perto sua reabilitação e quero compartilhar com ele a revolta contra a ditadura que assombra o nosso país até os dias atuais.

Um livro que provoca reflexões sobre política, história, desigualdades socioeconômicas, arte, amor, futuro, saúde, juventude. Tudo de uma forma leve, fluida... foi um verdadeiro presente ter descoberto Feliz Ano Velho nesse momento da minha vida.

Daygor Vessozi 27/12/2022

É um livro que possibilita uma leitura extremamente fluida, com uma linguagem que altera entre a norma culta e o falar típico do cotidiano, com diversas expressões e falas do protagonista que chegam a ser irreverentes.
A história alterna entre momentos altos e baixos, os colocando juntos em diversos pontos, com situações melancólicas, mas que tiram uma frase cheia de palavrões e frustrações do personagem, esse uso de questões antônimas produziu uma reação estranha em mim durante a leitura, afinal, eu ficava em dúvida se tinha pena ou se ria da situação.
Um livro interessante e que recomendaria para alguns amigos meus que gostam de histórias que são bem contadas e com um toque de humor (talvez humor negro, mas humor).

Kami 24/12/2022

Esse é o tipo de livro que não dá para dizer se é bom ou ruim por razões óbvias. Gostei do jeito bem coloquial que o Marcelo escreveu e como ele ia e voltava no tempo durante a narrativa.