Gente Pobre

Gente Pobre Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Gente Pobre


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Elaine 11/12/2023

História muito envolvente.
A narrativa se dá por cartas trocadas entre dois amigos, ambos pobres que se ajudam mutuamente.
Ao longo da história vamos conhecendo sobre a Bárbara e Makar. No começo senti que era uma relação amorosa, mas depois percebi que se tratava de um carinho entre pai e filha. Mesmo eles não sendo parentes, Makar fazia de tudo pela Bárbara. Em certo momento ele se individa muito a ponto de não conseguir pagar o aluguel ou comprar roupas novas, visto que as suas estão velhas e puidas.
Não tem como prosseguir daqui sem dar spoilers, mas a leitura é muito envolvente, me peguei aflita em vários momentos e o final bem é um final bem escrito.
Dostoievski sabe escrever, é prazeroso ler seus livros.
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joyboy0 09/12/2023

"Gente Pobre" foi a primeira obra do renomado autor Fiódor Dostoiévski, apresentando uma trama simples, porém extraordinariamente complexa, ao abordar questões sociais e emocionais relacionadas à pobreza. A narrativa desenrola-se por meio de cartas trocadas entre dois personagens, revelando seus diálogos e descrevendo as lutas diárias enfrentadas.

Nos diálogos contidos nas cartas trocadas pelos personagens, destaca-se a empatia e a conexão entre Makar e Varienka, uma relação gentil e empática que reflete a preocupação recíproca, assemelhando-se a uma relação entre pai e filha. Essa ligação é evidenciada pelos apelidos carinhosos, conselhos e compartilhamento de experiências cotidianas, resultando em diálogos bem escritos e fluidos que transcendem a ficção, causando um impacto emocional profundo.

A pobreza é explorada de maneira intensa na obra, revelando a dura realidade vivida pelos personagens, uma realidade que persiste até os dias de hoje. Dostoiévski critica a sociedade por expor e desumanizar aqueles em situação de pobreza, muitas vezes retratando a condição econômica como uma característica definidora da pessoa. A temática do "homem sem importância" é abordada sob diferentes perspectivas, revelando não apenas a visão da sociedade sobre o indivíduo, mas também como o próprio se percebe diante dessa realidade. Elementos sutis, como a vestimenta, tornam-se tangíveis à pobreza, destacando as limitações econômicas dos personagens e expressando a autopercepção muitas vezes indiferente. Makar, em uma carta, expressa resignação: "Eu me acostumei, porque me acostumo com tudo, porque sou um homem pacífico, porque sou um homem sem importância."

A presença e importância da literatura para os personagens também são notáveis, destacando-se em seus diálogos como um meio de preservar a dignidade por meio do crescimento intelectual, além de servir como uma válvula de escape da dura realidade enfrentada por Makar e Varienka.

O paralelismo entre a vida no campo e na cidade é um tema recorrente na obra, explorado por Varienka, evidenciando como a vida urbana a afeta, causando desânimo e solidão. Mesmo cercados por prédios, pessoas e lugares na cidade, observa-se solidão, vazio e falta de sentido, com a correria diária gerando ansiedade e afastando do presente. As lembranças da vida no campo despertam sentimentos de saudade e nostalgia, proporcionando uma visão aconchegante, mas também uma angústia constante.

A leitura de "Gente Pobre" é magnífica e única, enriquecendo a compreensão e envolvendo o leitor em uma atmosfera singular. É surreal como as obras de Dostoiévski conseguem despertar diversos sentimentos, utilizando diálogos e momentos simples para criar uma conexão única com o leitor.
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Vanessa Golla 30/11/2023

Pobreza x Nobreza
Em Gente Pobre temos Makar, um homem de meia idade e Varvara, uma mulher órfã, dois amigos extremamente pobres que trocam cartas contando seus infortúnios e alegrias.
Mesmo mal conseguindo o próprio sustento, o homem se torna um verdadeiro protetor da garota.
A pobreza dos personagens constratam com a nobreza de seus sentimentos.
Em uma das cartas a órfã diz: "os infelizes devem afastar-se de si, para não se contagiar ainda mais com infelicidade?
Vale a leitura.
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Mariana.Munik 29/11/2023

Profundo. Poético. Reflexivo
Esse é o primeiro romance de Dostoiévski e é o primeiro livro que leio deste autor.

Me encantei com a sua escrita: poética e romântica. É claro que me demandou um pouco mais de atenção devido ao vocabulário mais antigo e rebuscado, porém não tira sua beleza.

Fiquei por muitas vezes reflexiva por tantas frases impactantes durante toda a narrativa que é feita por cartas entre Bárbara e Makar.

A relação de pobreza e felicidade no livro é bem marcante e o que tornou o livro ainda mais impactante apesar de ser curto.
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jackpveras 19/11/2023

Os personagens são pobres, mas a história é riquíssima
Este é o primeiro livro de Fiódor Dostoiévski, e todos os elementos mágicos do escritor estão lá, de uma maneira nada discreta, diga-se de passagem: intensidade, perturbação, delicadeza, personagens sofridos e melancólicos, universo diegético russo conturbado em função dos contextos históricos e sociais da época.
Mais uma obra russa do meu projeto "Releituras".
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mizumonoo 13/11/2023

Angustiante, mas isso era esperado
O início do livro é meio entediante, mas ao mesmo tempo não... Precisei reler várias vezes algumas das cartas para tentar entender as intenções dos personagens, mas quando cheguei na metade da história já não conseguia mais enxerga-los como personagens, comecei a vê-los como pessoas reais, como conhecidos meus e é realmente impossível não simpatizar com a aflição dessas pessoas. Eu tinha estranhado que estava lendo Dostoiévski e ainda não estava me sentindo angustiada, mas logo passou, eu só fui sentir qualquer forma de alívio nas págs 150 por aí, mas voltei a ficar ansiosa tentando imaginar como tudo vai dar errado dessa vez e como os personagens voltarão a ser infelizes, surpreendentemente tudo começa a se arranjar e o desespero diminui... Mas então, chega o final e os dois precisam se separar... Apesar de conseguirem superar todos os obstáculos que os mantinham infelizes, cada um precisa seguir o seu caminho e isso torna o final um tanto quanto agridoce, como eu adoraria uma continuação para saber se conseguirão ser felizes mesmo separados. É realmente impressionante como todo livro de Dostoiévski deixa um gosto amargo no fim, ao menos na minha experiência. Enfim, recomendo, é uma leitura interessante.
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trizisreading 07/11/2023

Gente Pobre
Esse foi o primeiro romance de Fiódor Dostoiévski, e já com a publicação dessa obra logrou grande sucesso e reconhecimento, sobretudo pela crítica positiva de um dos críticos literários mais importantes da época, Vissarion Belinski.

A narrativa desta obra é feita por meio de uma troca de cartas entre os dois personagens principais: um funcionário público, Makar Diévúchkin, que tem a função de copista e trabalha em uma repartição pública de São Petersburgo, e Várvara Dobrossiélova, uma jovem adolescente.

Nessas cartas relatam experiências do dia a dia de angústia, felicidade, desespero, ou simplesmente relatos de acontecimentos que querem se manter a par. Ambos passam por uma situação de pobreza, embora Várvara tenha tido uma infância abastada, mas que no decorrer de sua vida acabou se tornando pobre também.

Em diversos momentos da narrativa me senti tocada pelos relatos de ambos os personagens, como no relato que Várvara faz de quando vivia com sua mãe e um amigo, ou então de quando Makar relata o momento em que, em um gesto de bondade, seu superior dá a ele uma nota de cem rublos, e embora esse dinheiro fosse uma enorme necessidade para Makar, o que realmente o deixa tão feliz foi o gesto de seu superior segurar sua mão (nesse momento me lembrei do filme "Parasita", pois rico não toca em pobre), e assim, ele diz que toda a vergonha que sentia sumiu, que se sentiu como um igual.

É possível também, perceber que existe uma afeição muito grande entre os personagens, pois mesmo que passem por grandes necessidades, estão sempre pensando em agradar o outro. Mesmo quando não possuem dinheiro, tentam de alguma forma lhes ser útil de algum modo.

mirianbezerra 08/11/2023minha estante
adoro suas resenhas amg, você escreve muito bem!


trizisreading 08/11/2023minha estante
@mirianbezerra muito obrigada, seu comentário fez meu dia feliz!


Sr. Paixão 09/11/2023minha estante
É de se admirar uma resenha assim.




Invasão Bárbara 05/11/2023

Gente pobre
Gente Pobre, de 1846, é a troca de cartas entre um casal de amigos. Ambos miseráveis e com problemas de saúde em decorrência da pobreza, mas tentando se dar apoio emocional e financeiro, quando algum deles têm dinheiro.

Makar Diévúchkin é um homem de meia-idade, trabalha como copista, um dos empregos mais baixos na hierarquia do cargos públicos russos. Solitário e maltratado pelos colegas de escritório, ele finalmente encontra um motivo para viver ao conhecer a Varvara.

Varvara Dobrossiélova é uma moça que nasceu em uma boa família. Porém, uma série de acontecimentos trágicos foram levando-a à caminho da miséria e a morar de favor na casa de uma conhecida. O livro não deixa claro, mas tudo sugere que após se tornar órfã, sua tia a prostituiu, e esse é o ponto central da sua desgraça e melancolia.

Varvara e Makar tem algum grau de parentesco que nunca fica bem definido, além de um tipo de paixão platônica um pelo outro. Na sua troca de correspondências, eles passam a desabafar sobre as situações cotidianas. As humilhações, vícios, fofocas, doenças e pessoas mal intencionadas que a pobreza atraí.

Porém, Makar, mesmo não tendo dinheiro nem para comprar botas depois que as suas rasgaram, vai se tornar um homem pleno e consciente de sua situação, suas cartas vão ficando refinadas e seu olhar sobre o mundo, poético. Até que uma boa notícia vinda da sua amiga muda drasticamente a relação entre eles.

O Makar segue o arquétipo do “homem pequeno”, personagens que têm seus sonhos e esperanças esmagados pelas estruturas sociais.

Gente Pobre faz referência à três contos que eram muito populares entre os leitores russos da época, tanto que o Dostoiévski nem explica do que se trata, porque parte do princípio que todos sabem do que ele está falando. Equivaleria a perguntar, aqui no Brasil, se a Capitu traiu ou não.

São eles: Pobre Liza (a tradução exata do livro do Dostoiévski seria “Pobre Gente”), Karamzin; O Chefe da Posta, Púchkin; e O Capote, Gógol.


site: https://www.instagram.com/invasao_barbara/
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Pedralto 04/11/2023

Esse é o primeiro romance de Dostoievski, mas é de uma maturidade que impressiona até hoje, tendo sido marcante já na época em que foi lançado.

O livro é um romance social epistolar, relativamente curto. Na verdade diria que é bem condensado, pois mesmo sendo curto ele tem um peso muito grande.

A história retrata a relação entre um funcionário público mais velho de baixo escalão da Rússia do século XIX e uma jovem costureira, ambos de classe social baixa, que possuem um grau de parentesco não revelado. Eles possuem um amor (platônico? Paterno? Romântico? O livro deixa em aberto) forte um pelo outro e o a história retrata a forma como eles cuidam um do outro e lidam com a situação de pobreza em que vivem. As personagens são complexas e bem desenvolvidas.

O livro foi marcante para a época e vale a pena a leitura até os dias de hoje.
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Italo 04/11/2023

Fraco
Confesso que eu peguei esse livro com muitíssimas expectativas, não somente por ter sido uma indicação mas, também, por ser mais uma obra do dostoievsky. todavia, achei uma das leituras mais dificeis que eu ja tive - considerando que eu li dom quixote e o castelo.
a obra, em si, é interessante. todavia, o tema é muito mal explorado. sinceramente? tambem não sei muito como poderia ser explorado. foi uma leitura penosa. tao penosa quando eu li o cortiço, do Aluisio de Azevedo. Por sinal, talvez seja O Cortiço russo - ou o O Cortiço seja o Gente Pobre brasileiro.
achei fraco e me decepcionou. não chega nunca aos pes de Crime e Castigo, mas não desanimarei de ler Dostoievsky por isso.
Rafael V. 04/11/2023minha estante
Vale a pena ler "o manifesto comunista" e depois ler esse livro de novo.




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Raissa 30/10/2023

Não aguento mais sofrer ?
Meu coração doeu em quase todas as partes da história, me encontro destruída novamente. A escrita do Dostoiévski lembra muito a do Victor Hugo (o Dostô tb curtia as obras dele), e consequentemente é triste da mesma forma. Não sei o motivo de continuar a ler livros que me destroem, mas já virou um vício ?. Não digo q esse foi meu livro favorito do Dostoiévski, mas ele continua sendo muito bom e extremamente necessário!
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letresenhas 15/10/2023

Sugar Daddy dos anos 1846
A genialidade de Dostoiévski é transcendental, é lindo ver que o que ele escreveu no século passado ainda é atual e intrigante. Basicamente esse livro trata de uma relação entre um homem que pode (ou não) ter um grau de parentesco com a protagonista e nutre por ela um grande afeto, ao ponto de vender as próprias posses para conseguir enviar dinheiro a ela e garantir que ela não passe por necessidade.
A protagonista esconde coisas, se vitimiza muito, mas também tenta ajudá-lo de forma branda algumas vezes, sinceramente, acredito que ela não seja dissimulada e sim uma menina tentando sobreviver, sem um pai que a ajudasse e com um homem que estava disposto a dar a ela tudo que ela necessitava.
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Beatriz.Alves 14/10/2023

Gente pobre
O que é pobreza? A falta de bens para a manutenção material de um ser humano? Se for isso, nossos personagens são pobres. Mas não podemos dizer o mesmo quanto à pobreza intelectual e cultural.
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