Gente pobre

Gente pobre Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Gente Pobre


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Luciana Sabbag 28/12/2015

Gente Pobre é o primeiro romance de Dostoiévski, escrito em 1846. O autor tinha apenas 25 anos e surpreende pela maturidade, mas confesso que não sou muito fã de livros antigos, com linguajar rebuscado (pode até parecer falta de cultura, mas realmente não tenho muita paciência).
O livro é um romance epistolar (escrito em forma de troca de cartas) - que até é um estilo que curto - sobre dois personagens humildes de São Petersburgo. Mostra como a esperança pode ser destruída pela falta de recursos e como o dinheiro faz toda a diferença no modo como as pessoas são vistas e tratadas.
Os personagens são muito reais e bem interessantes. Makar, mesmo pobre e sentindo vergonha de si mesmo e de seu fracasso, faz o que for preciso para fazer sua Barbara feliz e satisfazer os desejos dela. A história de amor, por fim, acaba de uma forma realista.
Não amei, mas também (óbvio) não achei ruim.

Nota 3 de 5.
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MatheusH. 08/12/2018

Retrato da Pobreza na Sociedade Russa ou "Gente Pobre"
Que Fiódor Dostoiévski é um grande autor russo, não há dúvidas! Mas será que o autor já início suas obras digno do título? Gente Pobre, é a primeira incursão literária do autor, e sim, é um obra a altura do título que Dostoiévski detém.

Publicado originalmente em 1846, a obra de estreia traz consigo a linguagem de um Dostoiévski de 25 anos, ainda "em busca de seu estilo" (frase repetida várias vezes pelo protagonista da história). Porém, o estilo linguístico que o autor/personagem tanto enfatiza estar buscando não passa de um mero coadjuvante frente a importância social, a carga dramática e a construção dos personagens que já fica evidente nas primeiras páginas.

Gente Pobre é um romance epistolar que trás uma parte da vida de um funcionário publico (de baixa hierarquia) e de uma jovem moça que batalham, cada um ao seu modo, para se sustentarem na São Petersburgo da primeira metade do século XIX. Ambos nutrem uma relação fraternal, e trocam cartas noticiando pequenas conquistas pessoais, mas também diversas desgraças e malezas que lhes acometeram ou acometeram pessoas próximas. É nessas desgraças cotidianas que Dostoiévski revela-se um autor irreverente ainda no primeiro romance.

Leia a resenha completa no blog www.lidoserelidos.com

site: www.lidoserelidos.com
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LER ETERNO PRAZER 18/07/2019

Todos os amantes da leitura sabem da importância de Dostoiévski na literatura mundial! Pela sua forma de unir o psicológico com os dramas da vida cotidiana trazendo sempre temas tão fortes e realistas,com isso ele mudou a forma de fazer literatura e vem inspirando leiturei e escritores pelo mundo afora.Gente pobre é seu primeiro livro, publicado por volta de 1896 onde contava com seus 24 para 25 anos já nessa sua obra de estreia já nos mostra a veia forte do autor que seria com o decorrer dos anos.
Em Gente pobre vamos conhecer a vida de Makar Diévuchkin e Varvara Alieksiêievna. Essa foi escrita no estilo que se define como romance epistolar. Nossos dois personagens se correspondem praticamente todos os dias através de cartas onde vão narrando seu dia a dia, seus desabores, suas aflições e dificuldades.
Makar é um funcionário de repartição pública que mora em um quartinho quase sem mobília e muitas vezes se encontra sem recursos até para comer.Varvara e uma órfã de pai e mãe que mora ao lado de Makar e que também passa pelas mesmas dificuldades.Mesmo sendo tão pobres jamais se entristecem ou perdem a esperança de dias melhores, entre os dois podes vislumbrar muito carinho, cuidado, repulsa, amor, amizade em um contexto paupérrimo onde as pessoas precisam fazer o máximo para a sobrevivência, onde a alegria pode ser extraída de uma fita em um chapéu ou ainda achar que tem determinada sorte por ser pobre, porém nem tanto.Através das cartas percebemos como mesmo as palavras mais singelas e bem colocadas não escondem a miséria humana, perceber a nuance da pobreza fica cada vez mais necessário a cada página passada e a curiosidade para saber dos sentimentos de um para o outro também.Um livro maravilhoso, triste, mas de uma profundidade imensa.
Não me prolongar ei mas, deixo aqui, para aqueles que não conhecem a obra desse fenomenal escritor, uma indicação maravilhoso.
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Amisterdan 23/07/2016

Escassez e a riqueza da "Gente Pobre"
Gente Pobre - Fiódor Dostoiévski

Primeiro romance de Dostoiévski, e ele já mostra a genialidade que permeia a sua carreira, pois na primeira obra, já escreve como um autor consagrado.

Romance epistolar que descreve a escassez e a riqueza da "Gente Pobre". O autor nos apresenta a história de Makar, um humilde funcionário e Varvara uma jovem órfã. O leitor acompanha pela troca de cartas, as contantes dificuldades e as pequenas alegrias desses personagens.

Apesar da constante dureza na vida dos heróis, Dostoiévski consegue mostrar beleza no meio das mazelas da pobreza sem parecer piegas. Simplesmente belo. Simplesmente Dostoiévski.
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Ilton Paiva 05/03/2017

Excelente obra.
Romance epistolar do grande escritor russo (seu primeiro livro), em que cita e coteja uma personagem da obra de Gógol e outra de Púchkin; é considerada a primeira manifestação do romance social.

Apenas, algumas das várias impressões que tive com a leitura desta obra de Dostoiévski:

O sentimento do velho Pokrosvi em relação ao filho de mesmo nome. Ele o ama muito, em virtude da grande semelhança com sua falecida esposa (mãe do rapaz). A atual esposa o maltrata muito, ao contrário da finada. Há uma projeção da imagem da mulher no moço, por parte do pai.

Na página 116, Varvara solicita que Makar pare de se condoer pelos infortúnios alheios, assumindo a dor das pessoas, precipuamente, a dor dela. Senão será o homem mais infeliz do mundo. Entendo que, Makar estava muito empenhado em ver Varava feliz, a quem nas cartas a tratava por filhinha ou pombinha. De modo que, sua vida era tão miserável que sentir a dor da moça, talvez o fizesse esquecer da sua própria dor. Porém, Varvara enxergava por outra ótica. Para ela, o pobre infeliz estava somando a sua dor com a dela, andando mais maltrapilho e sem dinheiro do que antes de conhecê-la, gastando o seu pouco dinheiro lhe comprando coisas e lhe lhe enviando dinheiro. Para ela, ele estava aniquilando sua identidade e a própria esperança de ter uma vida melhor. Para Makar, o que importava era ver Varvara bem, assim como um pai deixa de comer para não tirar da boca dos filhos.

Na página 118, Makar demonstra se preocupar com o que dizem sobre ele, os dedos apontados e os risinhos sobre sua vida miserável.

Na página 118 a 121, uma sucessão de infortúnios acontecem com Makar no espaço de horas. É engraçado e triste. É aquele dia em que você pensa: “Eu não deveria ter levantado da cama” ou “Só falta um raio cair na minha cabeça”. O pessimismo é tão grande diante dos acontecimentos que o pobre coitado, sentado na sala de um senhor, vê os generais pintados nos quadros o olharem com ira. Essas páginas são bem hiena Hardy: “Oh céus! Oh vida! Oh azar!” Inconformado com sua penúria, ele bebe com os últimos copeques enviados por Varvara e piora sua reputação, deixando-o transtornado com sua honra objetiva.

Bela descrição da infância de Varvara é escrita na carta da página 129 a 132. O leitor é transportado a um momento mágico da moça com riqueza de detalhes. Ela afirma: “As lembranças são tão vivas, mas tão vivas, todo o passado surgiu diante de mim com tanta nitidez que o presente me parece tão turvo e obscuro...”

“Quando me lembro de você. É como se colocasse um remédio em minha alma dolorida, e embora sofra por você, mesmo esse sofrimento me faz feliz” (p. 143). Nessa passagem, o homem demonstra que não se importa mais a sua própria felicidade, pois a felicidade para ele está condicionada à felicidade da jovem.

Ao receber o dinheiro dado por compaixão do general da repartição em que trabalha (na Rússia antiga, havia 14 cargos na hierarquia do serviço público e alguns tinham os mesmos nomes de cargos militares), o velho conselheiro titular com 30 anos de serviço sente a sua dignidade restaurada com o aperto de mão do general. Não foi o dinheiro que marcou a sua alegria no ato, mas o aperto de mão como se fosse um dos generais. O gesto foi mais valoroso do que o dinheiro. Makar se sentiu reconhecido e elevado a um general. Pobre, de repente, só tem o nome, mas preza por esse valioso direito da personalidade.

Outra personagem, nas páginas 153 a 156, passa pelo momento de restauração da sua honra: Grochkhov. Este infeliz é absolvido no tribunal, após anos e diz : “ A honra é tudo que homem pode ter na vida.

O destino de Makar e Varvara é o que o ensaio fisiológico de Dostoiévski se propôs a mostrar: A realidade social de seu tempo, sem hipocrisia.
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Cleber 01/08/2019

O Duplo é muito bom. Dostoievski é o cara.
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Israel145 18/06/2017

A obra de estréia de Dostoiévski causou um grande impacto na época de seu lançamento na Rússia. Além de trazer Dostoiévski como um autor revelação, para muitos, um novo Gógol, trouxe algumas mudanças de paradigmas no romance russo.
Em um panorama geral da literatura russa, a linguagem coloquial não existia nas letras. Todos, independentemente da classe social tinham seus textos e diálogos escritos de maneira correta seguindo a norma culta. Os personagens de Dostoiévski vieram quebrar esse paradigma com o emprego de uma desconcertante linguagem coloquial.
O romance trata do amor platônico entre um velho funcionário público pobre e sua vizinha, uma empregada anos mais nova que ele. Todo o romance é estruturado nessa troca de cartas, onde Dostoiévski pôde inclusive “exercitar” o estilo do autor das cartas, Makar Alieksieievitch.
As referências literárias são inúmeras. Desde as diversas citações aos grandes autores russos, até a composição dos personagens. Makar é inspirado no funcionário público de O Capote, de Gógol, e alguns traços do personagem do conto de Púchkin O chefe da estação, enquanto Varvara é inspirada em Liza, da novela Pobre Liza de Karamzim.
Os paralelos não param por aí. No contexto geral, o texto faz o mesmo jogo de palavras que Karamzim fez no original russo (Liza pobre no contexto material e pobre Liza no contexto existencial). Dostoiévski faz o mesmo trocadilho (Gente Pobre ou Pobre Gente), segundo elucida a tradutora Fátima Bianchi no posfácio.
Apesar do romance ser todo baseado na troca de cartas e cansar um pouco devido a esse estilo singular, que era muito comum na época, a história em si é comovente se analisada pelo prisma russo e pela sua importância sócio-cultural, principalmente quando encaixada no panorama da Rússia do século XIX. Dostoiévski estreou com grande estardalhaço mostrando um futuro promissor, coisa que anos depois chegou a ser comprovado com as grandes obras que elencaram o autor ao patamar de reconhecimento, consagrando-o como um dos grandes mestres da literatura universal.
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Taiane 12/08/2017

Bela, poética e triste obra. Um bom livro, mostra que a uma verdadeirazade é aquela que busca a felicidade mútua, mesmo diante das dificuldades que vive com a realidade.
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Adriano.Santos 05/12/2017

O que seria de nós?
Obrigado, 34, por nos permitir ler esses ótimos livros de línguas e culturas não tão populares, a Coleção Leste é essencial. Já a primeira obra de Fiódor é basicamente é simplesmente objetiva, sua simplicidade, seus personagens coesos e sinceros, seus dilemas tão próximos da maior parte das pessoas que vivem as dores e sofrimentos de tal condição de vida sintetiza o que é ser pobre ontem, hoje e sempre, como a genialidade de seu autor, perene.
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Carlos 18/01/2018

Una novela terriblemente conmovedora escrita con estilo epistolary. En Pobres Gentes Dostoyevski nos muestra un retrato de la vida de dos personas de clase trabajadora en situación de pobreza que viven en el suburbia de San Petersburgo en el siglo XIX.

La prosa es vívida, y la narrative está escrita de una manera tal que el lector puede hurgar en la mente de Makar, un pobre copista, y Varvara, una pobre modista, y vivir su dolor, su angustia, su amor, y así. Dos personas que padecen la crudeza del dolor, de la pobreza, la muerte, que buscan reconciliar con la voluntad de Dios.

Esta fue la primera novela de Dostoyevski, la que le valió la aclamación de la crítica y la prominencia, y bien merecido pues Pobres gentes es una lectura maravillosamente triste. Una verdadera delicia.
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Carlos 18/01/2018

Una novela terriblemente conmovedora escrita con estilo epistolary. En Pobres Gentes Dostoyevski nos muestra un retrato de la vida de dos personas de clase trabajadora en situación de pobreza que viven en el suburbia de San Petersburgo en el siglo XIX.

La prosa es vívida, y la narrative está escrita de una manera tal que el lector puede hurgar en la mente de Makar, un pobre copista, y Varvara, una pobre modista, y vivir su dolor, su angustia, su amor, y así. Dos personas que padecen la crudeza del dolor, de la pobreza, la muerte, que buscan reconciliar con la voluntad de Dios.

Esta fue la primera novela de Dostoyevski, la que le valió la aclamación de la crítica y la prominencia, y bien merecido pues Pobres gentes es una lectura maravillosamente triste. Una verdadera delicia.
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Eliane 02/08/2019

Os personagens vivem uma situação financeira difícil e raramente se encontram, mesmo morando na mesma vila. As cartas vão revelando aos poucos o passado e o presente dos protagonistas. São revelados seus pensamentos mais ínfimos, suas angustias, as pequenas alegrias e seus desejos mais simples. Difícil para o leitor achar que os mesmos não são reais.
Nesta obra incrível e de forte apelo filosófico, Dostoiévski nos mostra como a vida do pobre de uma cidade grande é explorada e como, na medida do possível, os mesmos encontram uma forma de preencher o vazio de uma existência miserável, tentando superar os obstáculos que sociedade os impõe. Ensina-nos que, mesmo tendo sua inteligência e capacidade esmagada pela vida, o “homem sem importância” consegue pensar, agir e se tornar um ser pleno, excepcional, com alma e sensibilidade, apesar da sua condição social. E que, por mais miserável que seja, sente vergonha quando sua vida é exposta. Dostoiévski retrata muito bem em Gente Pobre a defesa da dignidade humana.

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Edna 08/12/2018

Amigos verdadeiros
Gente Pobre / Dostoiévsk

A história é relatada através de cartas entre Makar Diévuchkin um Senhor de 47 anos e já a 30 um funcionários público que exerce a função nada reconhecida de Copista.

Varvara Alieksiêievna a quem ele chama de Varienka, de minha pombinha, minha filha , uma jovem órfã e desamparada que com um grau de parentesco longínquo eles iniciam suas cartas.

Relatam todo o dia a dia, cada vez mais carregados de tristeza e angústia onde os fatos grandes como consideram que pode ser conseguir um pequeno empréstimo, até os infortúnios mais tristes como ver crianças de seus vizinhos pedir esmolas pelas ruas em um inverno rigoroso sem agasalhos ou ainda a morte por inanição. *dói a alma

Eles se correspondem sempre nos piores momentos é a troca de correspondências que os mantêm firmes. Quando um está muito triste o outro o impede que desista.

A pobreza extrema, as necessidades físicas que faz balançar a alma acredito que são poucos que conhecem mas
poucos se envolvem, tem que ser grande, imensamente grande para isso. 

Humilhações são vividas pelos personagens envolvidos a condição social e econômica de um indivíduo influencia sempre desde os tempos mais remotos até hoje, o respeito a dignidade é algo muito caro.

Uma obra atemporal!

Só posso dizer não desistam da leitura quando se sentir em como os personagens porque ela contagia, siga e sinta a honra de conhecê -la! 5/5
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