O Encontro Marcado

O Encontro Marcado Fernando Sabino




Resenhas - O Encontro Marcado


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Paulinha 23/05/2020minha estante
Depois da leitura vale a pena assistir a participação do Fernando Sabino no programa Roda Viva, em dezembro de 1989. Na oportunidade, ele comenta sobre o livro, sobre literatura no geral, cinema, mercado editorial e até política. Vale a pena conferir.
https://youtu.be/-0YwkdS2igE




Karol 15/04/2020

Literatura de qualidade
Fazia tempo que eu queria ler "O encontro marcado". No início, fiquei um pouco decepcionada: a história de Eduardo parecia machista, datada, sem graça. A partir da segunda metade, no entanto, à medida que o protagonista envelhece, o lirismo desponta de maneira mais clara, com intertextualidades sutis e construções profundas. Eduardo era, no fim, um poeta.
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Vitor 27/03/2020

Se você não prestar atenção acabara se perdendo nessa incrivel história.
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wevertonaguiiar 22/03/2020

Impossível não se sentir preso a Eduaro, e aos seus erros, acertos e contradições.
O Eduardo como bom personagem, gera sentimentos mistos no leitor; ele não fez nada de horrível e nada de excepcional: é apenas um cara comum. Gosto do personagem, dos seus pensamentos (apesar de não concordar com todos). É um personagem constatemente pertubado, mas nunca de forma exagerada. Sabino nunca perde a mão. É um bom romance de formação e uma bela estréia de Fernando Sabino.
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Bruna1789 14/03/2020

" Não posso responsabilizar ninguém pelo destino que me dei. Como único responsável, só eu posso modificá-lo. E vou modificar."

No livro acompanhamos a história de Eduardo Marciano, podemos ver através da vida dele o poder de persistir por algo que queremos. Vemos também as consequências de fazer escolhas precipitadas, sua vida foi marcada por fatos que o desconcertou. Na busca de seus sonhos ele acabou se perdendo no caminho. Gostei da leitura, recomendo.
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edu basílio 03/03/2020

procurando eduardo

este foi o romance de estreia de fernando sabino, publicado pela 1ª vez em 1956. sua leitura é um bom indicativo de que o talento do autor é genuíno, e que foi merecido todo o reconhecimento que ele viria a ter nas décadas subsequentes, à medida que sua produção literária se expandia.

minha experiência pessoal com o livro foi peculiar porque, como eu, o protagonista se chama eduardo. foi a primeira vez na vida que leio uma obra de ficção cujo protagonista é meu xará (os edwards e édouards não contam), e isso foi bem mais intrigante do que eu podia prever: não consegui evitar imaginá-lo o tempo todo com MEU rosto, nem enxergar-ME totalmente inadequado quando suas atitudes não tinham nada a ver comigo, nem tampouco ME sentir esbofeteado quando seus defeitos, fraquezas e limitações humanos refletiam os meus próprios. quanta força tem um nome (ou quanta fraqueza tenho eu)!

[em um dado ponto, seu amigo hugo lhe diz: "(...) e você, eduardo, cheio de arestas que ferem sem querer. Seu ar de que sempre está indo a algum lugar que não é aqui, para se encontrar com alguém que não somos nós. sua desenvoltura, sua excitação mental, sua fidelidade a um destino certo, tudo isso faz de você presa certa do demônio -- mesmo sua vocação para o ascetismo, para a vida áspera, espartana. (...)" -- e eu tive que parar de ler por alguns minutos para respirar fundo e enxugar o suor do pescoço].

"o encontro marcado" é um romance de formação no qual acompanhamos eduardo da sua tenra infância à sua maturidade: sua relação com os pais de quem é filho único, suas amizades (a maioria fugaz; duas para toda a vida, que são a de hugo e a de mauro), seu casamento com a filha de um político influente (uma representação, ousada para a época, de que o casamento no mundo real tem mais espinhos que flores -- e que seca). a infância e a juventude de eduardo são narradas com mais leveza e humor. em sua maturidade, a narrativa vai ganhando tons progressivamente mais ásperos, talvez para refletir a própria perdição do protagonista com o passar dos anos... de fato, algumas pessoas ora próximas tomam rumos divergentes do nosso. todos morreremos, e é inevitável que vejamos partir, antes de nós, alguns dos que cruzaram nosso caminho e nos deixaram marcas. o matrimônio é muito mais um desafio de aprendizado sobre dar e receber do que uma fonte inesgotável de razões para sorrir.

mesmo se o eduardo criança foi um destacado aluno, o eduardo jovem um exímio nadador e o eduardo maduro um talentoso escritor, em minha visão o tal "encontro marcado" não se concretizou. e se em um primeiro momento após a leitura isso pareceu frustrante, depois de refletir um pouco eu imaginei que talvez fosse precisamente esta a mensagem de sabino: o encontro que temos marcado, todos nós, ao nascer, é com nosso eu profundo, e não adianta buscar a realização ou transcendência apenas no entorno e em outras almas que o habitam se não encontrarmos antes um sorriso franco no espelho.

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Fabio.Oliveira 17/02/2020

O livro passa por certo estágios da vida, teve alguma ocasião que realmente nos deparamos como algo que aconteceu em nossa realidade!
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Aécio de Paula 16/01/2020

O Encontro Marcado - Fernando Sabino
Publicado em 1956, esse romance conta a história de Eduardo Marciano. Um cara que foi jornalista, nadador profissional, boêmio noturno, genro de ministro, crítico literário. História cansativa e aborrecida, com mais de 300 páginas, só para contar a vida de um cara que passa o dia bebendo com amigos, fala um monte de merda, namora com várias mulheres, etc. Não consegui extrair nada desse romance.
Daniel 16/01/2020minha estante
Puxa! Até desaninei pra ler rsrs


Aécio de Paula 18/01/2020minha estante
Rsr mas espero que vc goste.


Daniel 18/01/2020minha estante
A história de "um cara que passa o dia bebendo com amigos, fala um monte de merda, namora com várias mulheres, etc." não é das que mais aprecio rs.
Mas tenho esse livro por aqui. Devo ler algum dia rs.


Alê | @alexandrejjr 20/06/2020minha estante
Puxa, Aécio, que bizarro! Mas é muito interessante ver como um livro funciona diferente pra cada leitor. Pra mim, por exemplo, mostrou como o tempo passa rápido demais, como a rotina cansa a vida, como sentimentos são irracionais, que a frustração é um fardo... ih, e mais um montão de coisa que daria pra listar. Sabe o que é engraçado? Eu também tive essa mesma percepção de que "nada acontece" no livro. Entretanto nas entrelinhas funcionou pra mim!




Nah Sakura 22/09/2019

Uma história que não vai a lugar algum
Assim como o protagonista na sua vida desinteressante, senti-me perdida e "patinando" nessa leitura. Tentei extrair alguma coisa boa do livro, mas foi em vão. Definitivamente essa leitura não foi pra mim.
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Julia.Rodrigues 22/08/2019

O encontro marcado
Eduardo Marciano ,a peste da cidade era na infância um menino muito mimado que manipulava todos a sua volta.
O menino então descobre o mundo da literatura e faz dela a sua paixão. Passa a ler vários livros e até ganha um concurso no Rio de Janeiro.
Quando adulto Eduardo casa-se contra a vontade do pai, pois ainda não tinha se formado. Mas seu casamento começa a ficar sem graça e ele acaba se separando da esposa.
Eduardo começa a relembrar de sue passado e fica atordoado por não ter a vida como queria.
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Inácio 04/10/2018

Fernando Sabino segundo Arsênio
por Arsênio Meira Júnior (publicada inicialmente no blog Caótico, em 2011)

Fernando Sabino já era adorado como cronista quando publicou O encontro marcado (1956), o grande romance sobre as atribulações existenciais de sua geração.
À medida que os anos se passavam e não havia nem sombra de um segundo romance, os críticos se convenceram de que, tendo acertado na veia com O encontro marcado, Sabino temia ser comparado consigo mesmo se voltasse ao gênero.

Levou 23 anos, mas ele finalmente atendeu ao chamado do público e da crítica, com O grande mentecapto, sobre “o doidivanas que (o próprio) continuava sendo”. E, tendo pegado o gosto, rebateu quase em seguida, em 1982, com O menino no espelho, “sobre a criança que gostaria de voltar a ser”.

Tenho que o sucesso de seus romances tende a obscurecer o que pode ter sido a grande contribuição de Fernando Sabino desde fins dos anos 40, quando se tornou um cronista regular de jornais e revistas: ensinar os jornalistas a escrever com clareza, simplicidade e, se possível, charme.

Foram cronistas como ele, Paulo Mendes Campos e, principalmente, Rubem Braga, que começaram a raspar a crosta parnasiana que sufocava o texto de imprensa daquele tempo. Só que, Rubem Braga e Paulo Mendes Campos nunca foram cobrados pelos romances que nunca produziram.

Em compensação, a Fernando se deve a permanência da produção jornalística destes dois monstros sagrados e também de outros cronistas, dentre os quais Elsie Lessa, Carlinhos de Oliveira e Sérgio Porto.

Fernando Sabino, ao lado de Rubem Braga, fundou duas editoras: A Editora do Autor e a Sabiá, no sorumbático ano de 1967. Durante o breve tempo que existiram, com suas edições sóbrias e caprichadas, elas ajudaram a fixar a crônica como um gênero à altura da melhor ficção brasileira – e, em alguns casos, melhor ainda do que essa ficção.
Muitas crônicas de Fernando são tecnicamente contos, tão ou mais bem realizados que os dos contistas oficiais – o mais popular destes contos de Sabino é o ‘O Homem Nu’ (1960).
Então, por que são chamados de crônicas? Porque crônica é tudo aquilo que o cronista chama de crônica, embora Fernando Sabino nunca se tenha dito cronista. Os outros é que diziam e ainda dizem.

Seus contos são confundidos com crônicas porque ele os publicou primeiro em jornais e revistas. O curioso é que, depois, ao saírem em livros, continuaram a soar como “crônicas”, não como ficção.

A explicação pode estar no fato de que, com seu enorme à-vontade ao escrever, Fernando contava um história como se ela tivesse acabado de acontecer com ele, livre de qualquer “verniz literário”.

Esse à-vontade, evidentemente, é um truque – porque só ele poderia saber o quanto lhe custava escrever simples.

Mas que as histórias contadas por Fernando Sabino lhe aconteceram, ah, não tenham dúvidas. Mesmo que ele tenha precisado inventá-las. Sua própria biografia parece história de Fernando Sabino, e o fato dele ter nascido no Dia da Criança já devia ser indício de peraltice.

Uma das primeiras coisas que aprendeu foi fazer fogo com palito de fósforo; antes, bem antes, ele já consumia histórias infantis. Após esse início, típico de um incendiário nerd às avessas, recém promovido do jardim da infância, Fernando conheceu Hélio Pellegrino, o que lhe seria útil e fundamental para o resto da vida.

Aos 16 anos, depois de devorar tudo o que lhe caía à mão (de balas de coco a livros de Giovanni Papini), Fernando Sabino escreveu seus primeiros contos, conquistou alguns prêmios literários em concursos juvenis, e en passant, tornou-se recordista em natação – seu tempo nos 400 metros nado de costas foi considerado digno de um Michael Phelps, apesar da prova ter sido banida das competições nacionais (por um breve período, é claro.)
Em 1940, aos 16 anos, o destino o colocou frente a frente com Otto Lara Rezende e Paulo Mendes Campos e, a partir daí, juntamente com Hélio Pellegrino, os quatro ficaram inseparáveis. Não apenas pela profunda amizade que os uniu até a morte, mas porque, quando um dos quatro estava ausente, os outros três aproveitavam para descer o sarrafo no indefeso faltoso.

Aos 18, Fernando já tocava bateria de jazz e se correspondia com o grande Mário de Andrade, mais isso não chega a ser propriamente uma vantagem: suspeita-se de troca de cartas entre Mário com vaga-lumes e com os membros da Igreja Ortodoxa Russa.

Aos 21 anos, tendo publicado um livro de contos e com uma novela no embornal, Fernando ficara amigo de todos os escritores cariocas, pelos menos daqueles que tinham visitado Belo Horizonte, dentre os quais o ainda engravatado Vinicius de Moraes.
No ano de 1944, Fernando radicou-se, definitivamente, no Rio de Janeiro. Otto Lara Resende e Paulinho Mendes Campos o seguiram correndo e Hélio, corajosamente, deixou-se ficar – só iria nove anos depois.

Ele foi o escritor de Gente I e Gente II (talvez os melhores livros de perfis já publicados no Brasil), foi o cronista que brincou de dar nós na semântica, embarcando em hilariantes confusões com as palavras.

Suas histórias são dignas de leitura e releitura. ‘A paz na rua Canning’,em ‘A mulher do vizinho’, sobre um barulhento clube de bridge, instalado na vizinhança, para o horror dos transeuntes; ‘O mistério daquela noite’, em ‘O gato sou eu’, sobre um rapaz cuja alma se separava do corpo; ‘Garotas de Ipanema’ em ‘A volta por cima’,sobre um garoto que estala um beijo numa respeitável bunda de fio-dental.

O seu romance O encontro marcado é o mais vívido depoimento da geração que amadureceu durante a Segunda Guerra Mundial.

Portanto, justíssimo perdoá-lo pelo tragicômico e pavoroso livro de sua lavra, intitulado Zélia, uma Paixão.
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Biblioteca Álvaro Guerra 02/05/2018

Um jovem escritor, Eduardo Marciano, está em procura de si mesmo e da verdadeira razão de sua vida. Quase absorvido por uma brilhante boêmia intelectual, seu drama interior evolui subterraneamente, expondo os equívocos fundamentais que vinham frustrando sua existência e sufocando sua vocação. Ele vê seu matrimônio quebrar-se quando já não pode abdicar, por força de sua própria experiência, o suicídio deixa de ser uma solução. Nessa paisagem atormentada, ele deve renunciar a si mesmo, para comparecer ao encontro com uma antiga verdade.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788501912008
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Alê | @alexandrejjr 17/03/2018

Simples, bem escrito e realista

Esta é uma das principais obras do Fernando Sabino e foi o segundo livro que li do autor, sendo que o primeiro foi "Deixe o Alfredo Falar!".

O grande barato deste livro, na minha opinião, está na escrita simples, direta e muito clara da história. Acompanhar a vida de Eduardo Marciano pode te fazer rir, pensar, sentir tédio e ter esperança. Outro ponto que vale destacar é como a narração se confunde entre o autor e a personagem principal, algo muito difícil de se fazer (bem). E, por último, a quantidade absurda de referências a literatos, filósofos e alguns personagens históricos mostram como o autor, enquanto romancista, dominava a técnica literária.
Vitoria 27/06/2022minha estante
Um dos primeiros livros que me recordo ter lido na adolescência! Passei anos com a história em mente, tentando relembrar qual era - não recordava autor nem título - até que finalmente o reli.


Alê | @alexandrejjr 27/06/2022minha estante
E a experiência? Continuou satisfatória, Ana?


Vitoria 28/06/2022minha estante
Continuo fã da obra!


clara 24/08/2022minha estante
é uma leitura difícil??


Alê | @alexandrejjr 25/08/2022minha estante
Não acho, Maria Clara. Acho um livro bem acessível, inclusive. Todas as referências são colocadas naturalmente na história, é bem interessante.


clara 25/08/2022minha estante
obrigada!!? aproveitando o comentário, queria pedir indicações de com qual começar clarice lispector


Alê | @alexandrejjr 26/08/2022minha estante
Pois então. Eu li apenas três livros da Clarice, Maria Clara. Dos três, achei mais interessante e acessível "Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres". "Perto do coração selvagem" é muito bem escrito também, mas menos redondo (afinal é a estreia dela). Agora, o que eu definitivamente não indico pra começar é "O lustre", pois esse é muito denso e desafiador.




ctcallado 07/11/2017

A experiência de ler O Encontro Marcado foi tão gostosa que compensou a minha sensação de esmorecimento com o desfecho tão pouco simbólico. No entanto, qualquer defeito no enredo é superado pela criatividade da narração. Me senti assistindo um filme. Adorei a utilização de “flashbacks" e “flashforwards” em alguns momentos. Foram tão bem construídos que não te deixam perdido nela. Puta golaço! Nesse sentido, apesar de não ser uma linguagem rebuscada, é também elegantemente trabalhada. Tem trechos incrivelmente bem escritos.

Hoje, depois de passar algum tempo da leitura do livro, sinto que ele se equipara a algumas experiências da vida... Aprende-se a curtir a viagem e não necessariamente o destino.


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