Capitães da Areia

Capitães da Areia Jorge Amado




Resenhas - Capitães da Areia


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LadyVox 01/04/2024

Atemporal, poético e inescrupuloso
A obra deveria ser obrigatória para todos os brasileiros que se interessem o mínimo por leitura. Jorge Amado narra, de forma singular, a história de meninos, homens em situação de rua com toda a violência e visceridade possível. A sentimentalidade é presente em todo o livro, é possível entender a mente de personagens como Pedro Bala, Sem-Pernas e Pirulito. A evolução dos personagens, a conotação política e religiosa do livro o torna uma verdadeira obra-prima. Só um coração de pedra pra não se sensibilizar com a história dos meninos abandonados pelos pais, pelo governo, meninos estes que se multiplicam a cada dia e vemos na rua sem perspectiva de vida. É impossível olhar um menino de rua e não associar aos personagens do livro, por isso tal obra é violentíssima, isto é, descreve a realidade de jovens brasileiros de forma nua e crua. É triste pensar que um livro escrito a 86 anos atrás descreve tão bem a realidade do país, dito isso, retomo meu ponto de que deveria ser leitura obrigatória de todo brasileiro, não só pela leitura fluída, a forma como o baiano descreve cenários tão tristes com uma profundidade psicológica e sentimentalismo dignos de um verdadeiro destaque, como também pela importância que se dá essa questão negligenciada pelo governo e que não deve ser apagada também do imaginário social. É muito fácil julgar um garoto que assalta e dizer que o mesmo merece a morte, quando a carência que o acomete não pode ser contabilizada com números. É necessário o incentivo a leituras de obras como essa pra que não seja esquecido que o problema da desigualdade social e a falta de educação assola o Brasil por séculos e é uma chaga presente na nossa história.
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Crixtina 01/04/2024

Capitães da areia
?Se fizera homem antes dos dez anos para lutar pela mais miserável das vidas: a vida de criança abandonada. Nunca conseguira amar a ninguém, a não ser a este cachorro que o segue. Quando os corações das demais crianças ainda estão puros de sentimentos, o do Sem-Pernas já estava cheio de ódio. ?
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clarita 01/04/2024

Um livro de fato, atemporal
?Porque a revolução é uma pátria e uma família.?
Relendo essa maravilha, um livro que todos deveriam ler, que retrata temas que até hoje são vistos na sociedade. A inteligente do Professor, todo o ódio da vida do Sem-pernas, a sede de revolução do grande Pedro Bala, o grande sonho de Pirulito em ser padre,o amor que todos sentiram pela Dora, todos juntos com uma grande família, tudo que eles não tinham na vida, foi encontrado nos capitães da areia. Uma história emocionante da Bahia, tudo tão lindo até a questão da fé e da religião.
Pedro Bala sendo um grande líder tão novo, até porque eles nunca foram só meninos, eles sempre foram pequenos homens
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Letícia 01/04/2024

Incrível
É um livro que mostra a realidade das crianças que foram abandonadas, e traz gatilhos de muitas situações que acontecem nos dias de hoje na sociedade. O autor pensou muito bem na escrita dos personagens, que são bem detalhados e bem pensados.
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Mandinha 31/03/2024

Um clássico da literatura brasileira
A história dos ?capitães da areia? é comovente, revoltante e emocionante. A maneira com que o autor descreve os sentimentos de cada criança, e as situações que elas se encontram, de maneira tão crua e realista faz a gente se sentir no lugar de cada um, como se estivéssemos ali, assistindo de algum lugar. Incrível como nós conectamos com cada criança, com cada história, e conseguimos acompanhar o crescimento de cada uma em tão poucas páginas. Triste, duro e realista seriam as palavras que eu usaria para descrever a história. É inegável o teor político que a história exala, mas, ainda que eu discorde do lado que o autor tomou, fica claro o porquê de esse livro ainda ser tão fundamental literatura brasileira.
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ratão 30/03/2024

Trapiche
Era onde viviam, onde criaram memórias, onde de certa forma tiveram uma família, não a tradicional... ja que não tiveram esse luxo de um colo materno, uma cama para dormir e alguém que o cuidassem, o velho trapiche.
Como a criminalidade chega nas crianças? é uma pergunta com várias respostas, e algumas delas se encontram no livro.
A perda, a dor, a "mãezinha" ou "irmã" de todos, Dora. A ausência afeta nossas experiências e ciclos sociais, encontraram na Dora um carinho que não tivera em suas vidas, encontraram na Dora paz, segurança.
Crianças que não tiveram acesso a bens BÁSICOS de um ser humano, crianças que cresceram como homens adultos, e não como crianças. Andavam como homens, pensavam como homens e viviam como homens, porém no fundo, assim como o Padre José Pedro observou, eram apenas crianças. Criaram uma resistência imensa com as dores da vida, transformaram sua vulnerabilidade em sinônimo de resistência as ruas. A mesma rua que se enchiam de orgulho, a matavam. Um amor traiçoeiro.
"Só a suave carícia no seu rosto. Era como se o mundo houvesse parado naquele momento do beijo e tudo houvesse mudado. Só havia no universo inteiro a sensação suave daquele beijo maternal na face do Sem-Pernas..."
Cada um criou seu próprio senso de identidade, tendo suas próprias lutas.
Livro bom, extremamente delicado e detalhado, causando umaleitura cativante.
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Marcos.Gonçalves 30/03/2024

Ainda continua atual
É sinistro que as notícias de jornais no começo do livro parecem com notícias de hoje em dia e o livro foi publicado em 1937. É um livro muito conhecido, e lendo agora faz todo sentido ele ter sua fama. Trata de crianças vítimas de abandono que não têm outro caminho a não ser a criminalidade. Jorge Amado comunista nato consegue pregar sua visão política e social de uma forma bem didática aqui e gosto muito da escrita dele ser bem acessível e não elitista como muitos faziam na época. Um ótimo livro, com uma mensagem pesada, mas passada de uma forma simples e que nos faz questionar ainda nos tempos de hoje.
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Matheus656 30/03/2024

Lirismo e denúncia social
A ficção e o lirismo envolvem a forte denúncia social, mais atual impossível, no dia a dia dos ?Menjnos Perdidos? de Jorge Amado. O autor reforça como os crimes e violência cometidos não são escolhas e sim uma imposição do meio que vivem e da sociedade. O marginalismo e a luta de classes são o mote do romance, costurados pela ?revolução? a princípio apenas aguardada pelos Capitães mas depois alcançada com suas próprias mãos.
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201 29/03/2024

No começo não botei fé, mas esse livro é simplesmente incrível. Incrível como o livro mostra uma realidade tão amarga que dói e ao mesmo tempo esperança, liberdade e "festa". Nunca mais vou enxergar a vida da mesma forma
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Arthur.BordAo 28/03/2024

"A liberdade é como o sol. É o bem maior do mundo". A liberdade é o que rege a vida dos Capitães da Areia. Aquilo que eles não abrem mão, a vida nas ruas, os roubos, a fome, o sexo, apanhar da polícia, a amizade, o desprezo do povo, tudo isso é liberdade para as crianças. É o que eles têm de mais sagrado, que se tira sobra só dor e ódio. "Capitães da Areia" foi publicado em 1937. As crianças que Jorge Amado viu na Cidade da Bahia em 1937 ainda estão lá, com outros nomes, outros rostos, mas ainda pobres. Ainda sozinhas, ainda desprezadas, ainda lutam. Em busca de um carinho, um amor de uma família que nunca tiveram, um abraço. Ainda é um retrato da sociedade, não de uma época cristalizada na história, mas de uma sociedade que muda e que continua a mesma. "Capitães da Areia" é um relato magnífico da realidade baiana e, por extensão, da brasileira, contada pelo belíssimo lirismo de Jorge Amado. À parte da importante mensagem de luta que o livro traz, são as histórias das crianças que nos comovem, que inspiram a compaixão e a angústia, que nos mostram a dura realidade à qual fechamos os olhos. Entre as páginas do livro e pelas ruas do Brasil, os Capitães da Areia seguem lutando, defendendo sua liberdade em um mundo onde o único crime verdadeiro é ser pobre.
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Julie 28/03/2024

Escrita diferenciada
A história conta a vida de um grupo de crianças abandonadas e órfãs que "se viram" como podem. É triste mas carregada de significados, onde crianças viram adultos em responsabilidades pois só assim conseguem sobreviver sozinhos.
É uma escrita e narrativa diferenciada, onde muitas situações se misturam, às vezes como alguém externo contando, em outras como a própria pessoa vê, e ainda como parte das situações são apresentadas a público por meios de comunicação. É uma luta da pobreza e das injustiças. Você fica torcendo para que todos tenham uma família ou um bom destino, mas assim como a vida real, nem todos tem a mesma "sorte" e capacidades.
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cborelli 28/03/2024

Esse livro foi o meu impulso inicial para gostar de ler. Não pensei que fosse gostar tanto. Conta a história de um grupo de meninos, que em situação de abandono lutam todos os dias para sobreviver e permanecer juntos. As histórias no trapiche e as reviravoltas do enredo te prendem em cada linha.
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